O coronavírus está solto e avançando sem vacina, sem remédio e
sem controle satisfatório no Brasil, que chegou à segunda colocação em mortes e
casos no mundo. Caminhamos para 900 mil casos e 45 mil mortes.
Não é pouca coisa! Seria, por exemplo, a morte de todos os
eleitores do município de Ipirá. Imagine, não ter ninguém para votar no jacu e
no macaco! Aí, para muita gente seria o fim do mundo, num mundo que muita gente
acha sem fim e não está nem aí para o coronavírus.
Em Ipirá estamos com 30 casos confirmados. O que chama atenção é
a rapidez do crescimento da COVID-19 em Ipirá nos últimos dias. Ocorre que,
pelo boletim da prefeitura, são 135 casos suspeitos, se confirmarem o
crescimento no ritmo destes últimos dias, na casa dos 5% das suspeições,
ficaremos com 6 casos novos, mais do que a quantidade de respiradores do
Hospital de Ipirá.
Além do mais, são 745 casos monitorados, havendo ou não alguma
possibilidade de casos positivos. Se acontecer 1% (só 1%) de confirmação
teremos 7 casos, o que excede completamente as camas com respiradores no
Hospital de Ipirá.
Tudo é possível. As ruas de Ipirá estão cheias de gente e onde
tem gente, tem fila de gente; onde tem fila de gente, tem aglomeração e, com
aglomeração de gente, ocorre grande possibilidade de contaminação. Não é que
não exista nenhuma condição de contaminação, existe sim. Basta, qualquer um de
nós, cometer um pequeno vacilo ou um esquecimento na prevenção e poderá
acontecer o que ninguém quer que aconteça.
Por mais que a prefeitura tome atitudes de prevenção contra a
COVID-19, não serão suficientes para solucionar qualquer problema mais grave; diante
deste fato, é que todas as pessoas deverão ter a máxima precaução e não ficar de
bobeira, porque a trajetória poderá ser a mais terrível possível: uma cama com
ventilador no hospital local; a necessidade de deslocamento para a capital; o
enfrentamento de um corredor da morte chamado regulação; os problemas clínicos
e uma morte prematura. Que não haja necessidade de nada disso.
As medidas de confinamento, muitas vezes, necessárias para
conter a disseminação da COVID-19, provocaram a paralisação econômica e essa
crise econômica mundial atingiu o Brasil. Ipirá está sendo atingida. A
arrecadação municipal da prefeitura está sofrendo uma queda de 30%, conforme
acentuou o próprio gestor municipal.
E qual foi a atitude do prefeito Marcelo Brandão diante dessa
queda na arrecadação pública para os cofres da prefeitura?
A primeira atitude do prefeito MB foi fazer, em maio, um decreto
de suspensão de contratos de 108 funcionários da educação, entre eles
auxiliares de serviços gerais, porteiros escolares, merendeiras, etc.
‘Que maldade!’ Poderá pensar muita gente boa. Mas, pare e pense:
quais são os interesses representados e defendidos pelo prefeito Marcelo Brandão?
Naturalmente, em primeiro lugar, os interesses da sua oligarquia familiar.
Pense mais um pouco: é bem provável que cinco pessoas da família que trabalham
na prefeitura recebam mais do que os 108 funcionários com contratos em
suspensão no desejo do prefeito. Entre os dele e os outros, você queria o quê?
Não seja ingênuo.
Os vereadores se uniram e vetaram o decreto do prefeito.
Corretíssimo. Observe a importância do VEREADOR. Numa boca de eleição, quando
os mandatos poderão ser renovados, você acha que algum vereador ia tomar uma
atitude tão perversa e impopular como essa? Seria um tiro no pescoço.
Os funcionários públicos municipais de Ipirá devem ficar atentos
e mobilizados. Observe bem: daqui para frente, as receitas da prefeitura
diminuirão bastante, devido ao déficit financeiro do Estado; o aperto financeiro
para as prefeituras ficará acima do normal; a folha de pagamento ultrapassará o
percentual da lei de Responsabilidade Fiscal. Em contrapartida tendo que
sustentar uma máquina pública cara, com proventos do Executivo e Legislativo
nas alturas. O que fará o próximo gestor se for jacu ou macaco? Naturalmente
vai querer jogar a crise nas costas dos funcionários e da população. Não
duvidem.
O veneno está de prontidão. Suspensão de contrato; diminuição de
salários; atraso de pagamento dos funcionários; atraso no pagamento dos
fornecedores, etc. Já fizeram discurso comentando uma redução salarial de 30%
para os servidores da Educação. Isso é gravíssimo e vai de encontro a todos os
direitos e conquistas.
Depois das eleições a coisa vai apertar e feder. O gestor
municipal do jacu ou macaco vai colocar o ferrão e defender os interesses das
oligarquias (de família ou de grupo).
O funcionário público não pode entrar de peito aberto para tomar
porrada, nesse jogo manjado de jacu e macaco. Não dê mole. A hora da atitude é agora, antes das eleições
2020.
O funcionalismo público municipal tem que reforçar a sua
trincheira de luta na defesa de seus interesses trabalhistas e tem que eleger
VEREADORES que fiquem do seu lado, que tenham compromisso com a causa do
funcionalismo e não tenham rabo preso aos interesses do gestor municipal de
plantão.
É necessário ter clareza das coisas para evitar uma grande dor de cabeça
no futuro. Na próxima postagem colocarei a relação de pré-candidatos a vereadores que merecem
a sua atenção e apoio.
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