“...Laranja madura na beira da estrada, tá
bichada ou tem marimbondo no pé...” É o que diz a canção de Ataulfo Alves. A
casa caiu! E por causa de uma ‘laranja madura’ do “laranjal de dona Nina” caíram
dois vereadores.
Nesta terça-feira (23/08/22) em
Sessão Plenária do Tribunal Superior Eleitoral aconteceu o julgamento de um
recurso (Arespi 060047482/Ipirá-BA), cujo relator foi o ministro e presidente
do TSE Alexandre de Moraes.
Com uma votação de 7 a 0, o TSE
determinou a nulidade de todos os votos dos partidos PP e PSB, nas eleições
proporcionais de 2020, em Ipirá, consequentemente, a cassação dos registros e
dos mandatos dos vereadores Ernesto da Nova Brasília e Rafael Teixeira, além do
recálculo do quociente eleitoral, para determinar a posse dos dois novos
vereadores que tomarão posse.
O presidente do TSE foi enfático ao
apontar que isto sirva de exemplo claro para as próximas eleições, de forma que
a FRAUDE na cota de gênero não ocorra de forma nenhuma, nem no pensamento,
muito menos na intenção.
É evidente que os vereadores
Ernesto e Rafael foram bem votados (mais de 900 votos cada) e estavam fazendo
um bom trabalho na Câmara de Vereadores, mas pecaram em não acompanhar o que
estava acontecendo dentro da chapa do seu partido PP. Vamos até considerá-los
inocentes ou portadores da ‘boa-fé sem pestanejar’. Boa-fé objetiva e subjetiva
em quem coordenava e organizava o processo eleitoral do seu partido. Aqui está
o erro dos vereadores.
Alguém errou feio! Quem? Talvez o
coordenador da campanha, que formulou essa chapa! Talvez o espertalhão que
achou que “isso passaria batido”, que ninguém ia levar em conta essa artimanha.
Apelaram de uma forma barata e mesquinha. O TSE determinou como fraude
eleitoral e os dois vereadores foram cassados. Quem é o culpado?
Os dois vereadores eleitos foram os
verdadeiros e únicos prejudicados. Quem fez a lambança, seja lá quem foi, sequer
foi penalizado. Inclusive, a vice-prefeita que diretamente não recebeu um só voto
e continua no seu posto, desde quando os votos da majoritária não foram nulos,
até porque o partido PP não recebeu voto para prefeito, mas a madeira cantou na
eleição proporcional e sobrou nas costas dos dois vereadores, porque ‘alguém’
cometeu a besteira de colocar uma ‘candidatura-laranja’ achando que não era
nada grave. Que imbecilidade! Quem pagou o pato?
É bom lembrar que a chapa de
vereadores da jacuzada, também, correu o risco de receber uma chapuletada
daquelas, quem salvou o barco do naufrágio foi o vereador Suíta que conseguiu
um advogado com competência para virar o jogo. As lideranças do grupo (Luiz
Carlos e Marcelo) cruzaram os braços. Ia ser o Titanic da jacuzada!
A queda dos dois vereadores vai
balançar o coreto na politicagem de Ipirá. Isso terá conseqüências inconciliáveis,
ontem, hoje, amanhã, antes, depois e sempre. Na queda, a macacada rachou bem rachado.
O grupo do deputado Jurandy Oliveira não vai querer ver a cara do prefeito
Dudy.
É bem provável que o prefeito Dudy
tenha ficado satisfeito, radiante e feliz, pois conseguiu se livrar de dois
vereadores que não rezavam na sua cartilha. Mas, daqui pra frente, do ‘laranjal
de dona Nina’ ele só vai chupar limão.
As lideranças da macacada (Dió e Antônio) não tiveram capacidade para desativar o laranjal, agora vão tomar um garrafão de garapa de limão, com laranja amarga para adoçar a cangibrina na boca de uma eleição que precisa de muitos braços e muitas bocas para levantar o grito.
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