O tamanho da ingratidão em Ipirá é enorme. Uma persona como Neco
‘Atrapalhado’ não tem um nome de praça ou rua em Ipirá. Não há de veras haverá
de faltar: “quem foi esse ilustre cidadão, que ninguém reconhece, nem sabe quem
é?” A resposta está na ponta da língua: um trabalhador.
Não só um trabalhador, mas um trabalhador gabaritado, do
tempo que fábrica de enxada fazia enxada ‘sem bater’ e o Neco ‘Atrapalhado’
fazia a batição com maestria e a terra era puxada, pelo agricultor, para os pés
em abundância. Necessário se faz uma observação, a fábrica era da marca ZAP.
Um trabalhador ferreiro dos bons, com tenda montada no Tanque
de Santana, cuja ‘alabanca’, batida e aprontada no fole por Neco ‘Atrapalhado’
era respeitada em toda região. Vá lá que que seja um pequeno esquecimento, para
amenizar uma profunda ingratidão.
Por que um governador que teve em Ipirá mais de 70% dos votos
neste município não bota os pés nesta praça? Evidente, que estou fazendo uma
referência ao Jerônimo Rodrigues, tratando-o como ‘O Herói do Sertão’ em
novelas do rádio, que o Neco ‘Atrapalhado’ tanto gostava de assistir ouvindo.
Diferentemente do senador Otto Alencar, este sempre está
deixando seu rastro em Ipirá. Pisou no famoso ‘Largo dos Malandros’, onde o
futebol, ouvido pelo rádio, era a matéria-prima das discussões. O prefeito
Thiago Oliveira estava na cola. O ‘Pai Véi’ não estava, mas quem fez falta foi
o vice Deteval Brandão.
Chegou a hora do pedido. Celular na posição, gravando a
postagem para ser divulgada na rede social. O prefeito Thiago Oliveira, com a
emoção na flor da pele, fez um pedido de ‘uma reforma’ para a Praça da
Bandeira.
Eu vi, com esses dois olhos que a terra haverá de comê-los,
aquele pedido de uma reforma para a Praça da Bandeira, que o bajulismo descarado
mudou de nome, numa prova inconteste, que as administrações de Ipirá estão
fazendo ‘zero praça’ na cidade e que as novas praças de nossa terra são novas
só no nome.
A Praça São José, o famoso Puxa, agora é Praça Delorme
Martins. A melhor explicação é o bajulismo vergonhoso que inunda esse município.
Mudança só no nome.
O prefeito Thiago Oliveira ficou cheio de dedos na hora do
pedido. Prefeito T.O.! Faça um pedido escrito, uma carta de reivindicações e
bote pocando nessa gente poderosa lá de cima.
Se fosse Neco ‘Atrapalhado’, mesmo desajeitado, confuso e
fazendo as coisas de maneira atrapalhada, que tivesse o direito de fazer um só
e único pedido ao senador, ele solicitaria um Instituto Federal da Bahia (IFBA)
para Ipirá, igual ao que o senador levou para Rui Barbosa.
Quando Ademildo foi prefeito ele preparou um rosário de pedidos
e entregou ao governador Jaques Wagner, que foi sincero e direto na resposta: “prefeito,
aprenda a pedir! Não peça muita coisa porque não virá, peça uma só coisa e divulgue
à população e vá se preparando para a inauguração. É assim que a banda toca.”
O prefeito T.O. choveu no molhado e bateu na mesma tecla que
prefeitos passados pela prefeitura de Ipirá quando reivindicou: “a revitalização
da Praça da Bandeira.” Entra prefeito, sai prefeito e todos eles mexeram nessa
praça, que já está custando seus 4 milhões de reais. E o que tem essa praça
para custar, 4 ou 5 milhões de reais?
Essa Praça da Bandeira é a marca do Ipirá antigo, do tempo do
Camisão. O Ipirá do futuro, (observe o que eu estou colocando em 2025) de 2050
para frente, terá como avenida principal e centro propulsor desse município,
uma AVENIDA que irá do Pau Ferro ao povoado de Umburanas, por ter asfalto, energia,
água, largura e comprimento.
Por que não pensar nessas coisas? Por que não fazer um
planejamento nesse sentido? Por que não ‘pensar Já’ em infraestrutura, áreas
verdes, paisagismo, obras públicas e civis, em urbanismo para essa área?
Não, lá isso não! Vamos pensar, meter o dedo e agir na
transformação da Praça da Bandeira, melhorando a acessibilidade para os carros
ficarem estacionados, fazendo uma convivência harmônica e perfeita entre carros
e gente de forma que ... Lá isso é coisa para se pensar!?
O prefeito Thiago Oliveira está completando um ano de
administração no município de Ipirá. Ainda, não tem uma obra de seu governo com
recursos próprios. O que foi feito até agora, foi feito com recursos de emendas
parlamentares impositivas. Se essa moda pega, vereador vai virar prefeito no
pedaço! Quero ver o que será feito com o dinheiro público no mandato de quatro
anos do gestor T.O., pois Ipirá receberá mais de 1 bilhão de reais nesse período.
O prefeito T.O. é bom de festa! Nisso, o sujeito é o bom da
boca (Marcelo Brandão também era bom de festa). Mesmo sem querer o prefeito T.O.
já deve pensar em mais quatro anos de mandato. Como não pensar, se ele já está
projetando o nome do candidato de 2032/!?
O secretário de Agricultura Jota Oliveira será a bola de
2032. Observe o espaço, apoio e bola levantada que sua secretaria está
recebendo do prefeito T.O. neste primeiro ano de mandato. É a família Oliveira
se preparando para uma longa invernada. Da marmelada das Eleições de 2024, para
um período de 4 elevado ao cubo (x3). Como sou ruim em matemática, eu não consigo
nem imaginar o tempo que a família Oliveira quer ficar sentada na cadeira de
prefeito.
‘Só não enxerga, quem não quer vê’. Quando César do Sindicato
foi secretário da Agricultura, o secretário só recebia bola dividida para ele
se lascar. Tudo era regrado. O PT de Ipirá não tem vez no campo político. O
povo de Ipirá vota em Lula, nos governadores do PT e os macacos da Nova
Política levam a fama. O secretário Darlan da Infra faz mesmo o quê?
Nos tempos atuais, de lives e postagens nas redes sociais, se
o saudoso Neco ‘Atrapalhado’ vivo estivesse para fazer uso dessa ferramenta,
seria o maior sucesso nos celulares, com o seu jeito e maneira desordenada com
que se comunicava: “já fui e nem cheguei; tô vindo, sem ter ido; levantei sem
ter caído.” Neco ‘Atrapalhado’ era um criativo executor da oralidade da
literatura do absurdo.
Por que não tem nome de rua em Ipirá para Neco ‘Atrapalhado’;
para o gari Genarinho; para o motorista Tiago da Caçamba de Lixo; para o gari ‘seu
Filinto; para o ser humano Júlio ‘Doido’ e tantas outras figuras populares? O
bajulismo de plantão que o responda.

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