sábado, 26 de outubro de 2019

A CORRIDA DO OURO


Quem é a cabeça pensante da políticagem de Ipirá? Na minha opinião, Dió. Quem é o maior negociador político de Ipirá? O deputado Jurandy Oliveira. Quem é o pré-candidato da macacada 2020? Dudy. Quem é o pré-candidato da jacuzada 2020? O prefeito Marcelo Brandão, não tem outro. Esse é o tabuleiro de xadrez da políticagem de Ipirá com destaque para suas principais figurinhas carimbadas.

Vai uma pergunta para a macacada: Qual é o candidato jacu que a macacada quer enfrentar? A resposta que está na boca de todos: Marcelo Brandão. A macacada acha que vai ser uma baba ou sopa no mel.

Para a gente entender melhor: faltando um ano e dois meses para terminar o seu mandato, qual é a situação política do prefeito Marcelo Brandão? Melhor ou pior do que na campanha de 2016?

O prefeito Marcelo Brandão goza, neste momento, de um desgaste estratosférico na comunidade e o pior, no seu grupo. Eleito sob uma expectativa muito grande; era uma esperança fundada em supostas promessas e por ser um agente propagador e anunciador de novos tempos, mas aos poucos essa condição foi esvaziando-se e sobrou um prefeito com forte ranço oligárquico.

É um administrador amarrado a fortes compromissos familiares e atua como um ‘Iluminado Salvador’ de Ipirá. Mostrou-se, na prática, refratário à participação popular na sua gestão, seja em Conselhos ou Assembléias populares com poder decisório.

Sua administração é centralizadora, com fortes particularidades próprias: uma grande empáfia; omisso quanto aos principais problemas do município; descaso ao não atender aos anseios da sociedade; descompromisso com o interesse público, ao não dar a menor importância às demandas da comunidade e ao não atender às súplicas da população para solucionar as necessidades reais do município.

Por tudo isso, a situação do pré-candidato Marcelo Brandão não é nada satisfatória e suas perspectivas eleitorais são pequenas, mesmo assim, o prefeito não abre mão da reeleição e diz que não perderá a eleição de 2020 e que vai pra cima, porque...

O que fará MB para não perder as eleições 2020? Fico imaginando o rosário de promessas, rezas e velas acesas para Santa Dulce dos Pobres, que olhará para o candidato do jacu ao poder municipal em Ipirá 2020 e anunciará: “Esse milagre é impossível! Deixe-me de fora da confusão dos senhores jacu e macaco, botem a mão nas suas consciências e apliquem o dinheiro público em benefício da comunidade carente do município que vocês querem governar.”

Para quem está no mato sem cachorro, como o prefeito Marcelo Brandão, toda vereda é um largo caminho. Sem apoio da Santa, o prefeito deverá recorrer ao apoio de outros recursos, tal qual o terreiro de Gretchen de Ogum, lá chegando, observará a placa: “FECHADO DESDE 2002.” O prefeito imaginará “Uai! Eu não sabia que esse santuário tinha fechado as portas, mas eu vou ganhar essas eleições 2020, custe o que custar, porque...”

Com tanta certeza e convicção do prefeito MB resta-nos uma segunda pergunta para a macacada: qual é o candidato do jacu que vocês têm mais medo? Para os que pensam com mais de um neurônio, a resposta foi: “o prefeito Marcelo Brandão.”

Por que esse medo do prefeito Marcelo Brandão? Porque o jacu MB usará a mesma arma da macacada: a bufunfa.

O pré-candidato Dudy, segundo seu assessor no. 6, está juntando 80 mil reais todo mês e fará uma campanha de mais de um milhão e que não aceitará um centavo de nenhum contribuinte para não ficar com nenhum compromisso (não é assim assessor no. 6?) . Isso não será mantido nem aqui no inferno eleitoral, nem na Lua, nem no Céu, porque...

Simplesmente, porque o prefeito é Marcelo Brandão, que tem o controle do dinheiro público (dez milhões de reais mensais) e não pensará nem com meio neurônio em afundar o pé no acelerador e puxar essa campanha para dois, três, cinco milhões de reais. O empresário pré-candidato Dudy aguentará esse repuxo?

A macacada tem muito medo da irresponsabilidade do prefeito MB, que fez o que fez quando era liso e agora que está sentado no cofre público não precisará do milagre da Santa, nem dos búzios do Terreiro, mas simplesmente do brilho reluzente do ouro.

Diante desta realidade, o pré-candidato Dudy manterá a palavra de não aceitar apoio econômico dos macacos? Taí uma coisa que eu duvido, porque, todos nós, somos sabedores que se trata da corrida do ouro.

A população aguarda 2020 com ansiedade, que comece agora. Muitos querem um emprego de garimpeiro e a picareta para cavar os bolsos já estão devidamente afiadas, afinal de contas, trata-se da CORRIDA DO OURO. Não é dinheiro que dá a vitória nas eleições municipais de Ipirá?

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

INCÊNDIO NA CAATINGA DE IPIRÁ


Quinta-feira (10), o grande líder da macacada Diomário Sá, o Dió, falou uma hora, explicando a atitude política do deputado Jurandy Oliveira e justificando o lançamento da pré-candidatura de Dudy pela cúpula do grupo, ao tempo que, fechava a porta definitivamente para a pré-candidatura de Nina, mas como bom estrategista político deixou uma janela aberta para uma composição na chapa com uma possível candidatura de Nina à vice de Dudy.

No início desta semana, um correligionário de Dudy, pessoa de confiança e do alto staff político do pré-candidato fez, pelas redes sociais, um comentário político pertinente em relação à atuação política do deputado Jurandy Oliveira, mas fez um complemento infeliz, inconseqüente e desnecessário ao falar que Nina tinha uma doença em casa, fechando e vedando completamente a janela que estava aberta. Fechando bem fechada, com sete chaves, de uma vez por todas e de maneira irreversível para Nina assumir a condição de vice. Como se sentiu o deputado?

A questão é puramente política. O estrategista Dió argumentou em cima da democracia interna do grupo, mas não abriu mão da indicação do pré-candidato pela cúpula. O deputado falou que acatava o resultado de uma pesquisa de opinião pública para a indicação. Prevaleceu a indicação da cúpula. Isso foi um tiro na cabeça do deputado, maior até do que a insinuação. O deputado morreu?

Ingênuo é quem pensa que o deputado Jurandy é amador na política! O estrategista político Dió reconhece categoricamente que o atual prefeito Marcelo Brandão está atravessando um desgaste descomunal, mas, mesmo diante do fato, ele teme que a irresponsabilidade do atual prefeito eleve os gastos de campanha para a casa dos dez milhões de reais. Com receio e medo de que isso aconteça, a macacada pretende dar uma cacetada certeira na cabeça do prefeito MB, sacando da jacuzada o candidato a vice e o nome preferido é Zé Ricardo, atual vice. O deputado Jurandy perdeu o caminho?

A chapa preferida da cúpula da macacada seria Dudy/Zé Ricado, uma chapa que tem o apoio do senador Otto Alencar. O deputado Jurandy perdeu a briga política? Eu digo NÃO. Embora a porta e janela da macacada estejam hermeticamente fechadas, o deputado está vivo e com um caminho escancarado à sua frente. Poderá trabalhar na construção da chapa Nina / PT de Ipirá com o apoio dos seguidores da candidatura de Aníbal Ramos e essa seria a chapa que teria o apoio do governador Rui Costa, porque politicamente 2022 terá início em 2020.

Incêndio no Camisão. A jacuzada com Marcelo Brandão e na vice um membro da família ou o sacrifício de um vereador jacu (apoio ACM Neto); a macacada com Dudy/Zé Ricardo (apoio do senador Otto Alencar); uma terceira via com Nina/ PT de Ipirá na vice (apoio do governador Rui Costa). Tudo isso dependendo do ressentimento e de um grande posicionamento político do deputado Jurandy Oliveira.  

Esse grande incêndio só poderá ser erradicado com bombeiros de Salvador (BA); enquanto isso, a gente vai vivendo e aprendendo com o apoio, com a leitura e a ajuda dos amigos e ‘dos mano’, mano Brau Santos entre eles, ao tempo que vamos observando esse incêndio devastando esta província chamada Ipirá (BA). Parece que isso aqui é coisa perdida; muitos candidatos e nenhum projeto para o município.

domingo, 13 de outubro de 2019

MACACOS PARTEM PRA CIMA DA POPULAÇÃO


Em Ipirá-Ba é assim: os grupos políticos são conhecidos por macaco e jacu. Partidos são coisas secundárias. Isso caracteriza o atraso do lugar.

Pensando em 2020, a macacada definiu extra-oficialmente o nome de Dudy como pré-candidato do grupo. Agora é prego batido e ponta virada.

Ficou claro que não tem prá ninguém. Coitado do PT de Ipirá! E Nina? Oh, coitada! Sobraram na buraqueira. Vão ficar de stand by para 2028. Eu digo isso, porque assim é o jogo do poder.

Nina tem mais serviço prestado, na base do clientelismo, com sua Associação, do que Dudy e é a esposa do deputado Jurandy Oliveira, enquanto Dudy tem apoio de seis vereadores do grupo macaco, que são os donos dos votos em Ipirá. Isso tem peso e define a orientação da cúpula do grupo.

O deputado Jurandy Oliveira queria que a escolha acontecesse através de uma pesquisa popular, com os dois nomes dos pré-candidatos. Colocaram os nomes de meia-dúzia de pretendentes, constando alguns que não são candidatos nem a síndico de prefeitura. Viajou deputado, ‘colé mané pesquisa’!

O deputado pode esquecer a escolha através de pesquisa, vale o indicador da cúpula. A cúpula do grupo macaco bateu o martelo; tá rebocado, piripicado e sacramentado: é Dudy. No momento em que o líder no. 1 da macacada ia falar, seu celular tocou, ele disse: “É o líder no. 5, não vou atender não!” O público deu risada. Não adianta o líder no. 5  ficar chateado, porque o caso é para fazer rir e, muito mais do que rir; é para fazer de conta que o no. 5 é líder.

O deputado já deixou bem claro: “só se briga na política quando se tem força.” Com essa batida o deputado já jogou a toalha; uma vice está de ótimo tamanho para Nina. Aí a batida de frente é com o PT de Ipirá que, provavelmente, é outro pretendente à vice.

Nesse embate, por obra e graça do governador Rui Costa, o deputado Jurandy Oliveira tem mais estepe para corrida em pista molhada e esburacada. O PT de Ipirá terá que se contentar com alguma secretaria.

O Renova Ipirá não terá nada, porque não existe mais. A chapa dos “amigos de infância” (Dudy/Renê) tinha um poder de extermínio e devastação maior do que os incêndios na floresta Amazônica. Renova Ipirá já era, nem se fala nisso.

Toda essa engrisilhada; essa barulhada toda; tudo isso batido num liquidificador; todo esse bolo; toda essa fermentação e mistura tem um motivo: tudo isso é para enfrentar o grupo da situação, o chamado jacu.

Na cabeça da pule do grupo da jacuzada está o atual prefeito Marcelo Brandão, que representa o poder da família Martins que predomina neste agrupamento e, inevitavelmente, buscará a reeleição. O grupo não tem outro destinatário.

Os dias da gestão do prefeito Marcelo Brandão estão contados; falta um ano e três meses para o encerramento de seu mandato.. Ipirá vivencia a experiência de um playboy na prefeitura. Não é nada confortável e confiante. O gestor passa por uma temporada nebulosa; com um desgaste administrativo acentuado, vai colhendo os frutos que plantou. Só nessa apresentação do pré-candidato macaco, perdeu 5 candidatos à vereador do seu grupo em 2018. Isso significa porrada no lombo.

O prefeito Marcelo Brandão vai pagar caro pelo seu comportamento administrativo irresponsável, insolente, indiferente e indigesto. Quando não honra a palavra; não mantém os compromissos de campanha; não atende às necessidades reais do município, quando faz pouco caso das demandas da população e é um excelente e atento defensor das conveniências da sua família. A gestão MB trabalha no improviso, no abstraimento. Demonstra claramente a falta de compromisso e transparência com a coisa pública. Ipirá sofre muito com a gestão de M.B.

Em fase final de mandato, ainda falta um ano e três meses para o prefeito MB deixar o poder municipal e o distinto prefeito acha que é pouco e vai para a reeleição. Vai ter que rezar muito e fazer muita promessa para a santa Dulce dos Pobres, que terá a oportunidade de fazer o grande milagre de sua santificação, o maior de todos; o milagre dos milagres, fazer com que o prefeito Marcelo Brandão continue mais quatro anos na prefeitura de Ipirá.

Sem essa fé redobrada na nova santa, resta ao prefeito Marcelo Brandão o cofre da prefeitura e a ganância pelo poder é do tamanho de dez milhões de reais para serem torrados na campanha, nem que Ipirá se lasque.

Em 2020 teremos o Duelo de Titãs: o dinheiro público contra o empresário rico. Ambos desobedecerão a todas as determinações legais da Justiça Eleitoral, sempre foi assim no esquema jacu e macaco, para o atraso de Ipirá, que viverá mais uma situação indigesta, vexatória e emblemática.

sábado, 28 de setembro de 2019

O ABRAÇO


Que bom seria para Ipirá, se na convocação da seleção brasileira o técnico Tite chamasse Bilisco! Uma sorte dessa Ipirá não dá. Isso teria uma repercussão mundial: Quem é esse Bilisco?
É a nova sensação futebolística de nossa terra. Esse Bilisco joga na Europa? Não, ele bate baba em Ipirá. Onde fica Ipirá? Olha para onde se voltariam os holofotes, as lentes e a inclinação da mídia esportiva, tanto os jornais como as televisões nacionais e internacionais. Pare e pense! Dá para observar a significância que isso teria? Ipirá teria uma visibilidade clara e notória. Seria importante para Ipirá? Sim. E como seria importante! Uma sorte dessa Ipirá não dá.
Seguindo as pegadas do esporte. Um ipiraense que está brilhando no cenário nacional é José Ronaldo Rios de Almeida, Nem do Karetê, faixa preta, instrutor da ASKIPI (Associação de Karate Ipiraense), que representa com técnica, desenvoltura e brilhantismo essa academia.
Nem do Karatê é um atleta de ponta e de alto rendimento, que atua com destreza e habilidade, mostrando força, velocidade e coordenação motora compacta. Nos dias 14 e 15 de setembro de 2019, Nem participou do Campeonato Brasileiro de Karatê, em São Paulo, na cidade de Bady Bassitt, próximo a São José dos Campos.
Não deu outra. Nem do Karatê é campeão brasileiro de Katá e Kumitê (luta), coroando as conquistas do campeonato interiorano e baiano nessas modalidades. Isso tem um significado muito grande.
Não tenhas dúvida: quando o atleta conquista uma medalha e um título desse gabarito, ele o faz, também, para a sua cidade. O karatê será esporte olímpico nas próximas Olimpíadas de Tóquio em 2020 e seria importante, notável e motivo de verdadeiro júbilo, se Ipirá tivesse o seu primeiro atleta olímpico. Seria Ipirá ultrapassando e vencendo os seus limites.
É fato que esses acontecimentos mostram e mostrariam ainda mais, a grandeza de Ipirá; da mesma forma, que no aspecto literário, se o livro A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS atingisse uma posição relevante no ranking de vendas do AMAZON, isso despertaria e chamaria a atenção de um número maior de pessoas em todo o Brasil. Isso é bom para Ipirá? Creio que sim.
Que livro é esse? Quem é o autor? O livro apresenta-se no formato e-Book e traz histórias, estórias e fotografias de nossa região. Seu autor é ipiraense e isso tem um significado umbilical e uma relação direta com essa terra. Quanto mais pessoas adentrem nesse universo literário, mais o município de Ipirá se tornará falado e despertará interesses, dando a Ipirá uma certa projeção para novos olhares e abraços.

Você observou como é que as coisas acontecem? Tudo que é feito para divulgar Ipirá é bom e ficará ainda mais maneiro se todos derem sua parcela de contribuição: aplaudindo Bilisco; valorizando o trabalho da Academia ASKIPI e adquirindo o livro, basta acessar o site: "https://www.amazon.com.br" e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura.


domingo, 22 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (48)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 48 (mês de maio 2018)(atraso de um ano e 4 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava na avenida assistindo ao desfile da comemoração do ‘Dia da Pátria’. Do outro lado da rua estava o Matadouro, que, também, assistia ao desfile e foi convidado pelo prefeito para postar-se ao seu lado e ouviu a colocação do prefeito Marcelão:

- É uma grande satisfação encontrá-lo aqui na avenida, Vossa Pessoa vai ver o maior desfile que já foi feito nesta terra em todos os tempos.

As escolas passavam em frente ao ponto onde estava a comitiva do prefeito Marcelão, que aplaudia entusiasmado e exigia que os que estavam ao seu lado fizesse o mesmo:

- Bata palma, seu Matadouro! Tem doze anos que a gente não vê um desfile desse porte, por causa da administração deles.

O prefeito Marcelão já estava cansado de aplaudir, de dar vivas e fazer o sinal de positivo. O tempo passou rápido, parecia que voava e o desfile aproximava-se da sua finalização, quando o prefeito indaga:

- Já terminou? Quem vem lá no final fechando o desfile?

- São os estudantes, prefeito Marcelão! – respondeu o Matadouro.

- Já fui, banda Mel! – disse o prefeito Marcelão.

- O quê? Não! V. Exa., vai ficar aqui para assistir os estudantes dessa terra, não tem essa de capar o gato justamente agora.

- Sem essa, seu Matadouro! Eu não vou ficar de bobeira com a cara no sol, tendo uma cervejinha gelada aqui na sala da escola.

- Ah! Não prefeito Marcelão daqui V. Exa., não sai nem que chova canivete. V. Exa., vai ficar cara a cara com os estudantes.

- Nem pago eu fico aqui, entendeu seu Matadouro – afirmou com convicção o prefeito Marcelão.

O Matadouro segurou com firmeza no cinturão do prefeito e sacramentou:

- Daqui, V. Exa., não sai!

O prefeito Marcelão forçou a barra, mas estava seguro. Olhou para a cara do Matadouro, soltou um riso maroto e deu um peido, daqueles que nem gambá consegue acompanhar. O Matadouro sentiu o furdunço e precisou tapar as narinas, justamente o que esperava o prefeito, que deu um pinote e caiu dentro da escola GC.

O Matadouro foi atrás do prefeito. Os estudantes chegavam em frente à escola. O prefeito Marcelão estava trancado no sanitário da escola. O Matadouro ficou na porta, aguardando o prefeito. Os estudantes colocavam uma fala.

“Esse prefeito não recupera a residência dos estudantes em Salvador porque não presta, dinheiro é o que não falta”

- Quem é que está dizendo essa coisa aí? – perguntou o prefeito Marcelão, que estava utilizando o vaso sanitário.

- É o que dizia V. Exa., quando era locutor e queria ser prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, em frente à escola, os estudantes bradavam suas palavras de ordem e discursavam: “Esse prefeito quer acabar a casa do estudante. Ele acabou a fanfarra local, vocês viram só fanfarras de Salvador e Pintadas nesse desfile; ele acabou a biblioteca da cidade; quando esse prefeito coloca o capacete branco, ele perde o juízo e quer acabar com a cidade”

- Eles estão falando de quem? – pergunta o prefeito Marcelão.

- Estão falando de V. Exa., quando deixou de ser locutor e virou prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, a música da Marreta do 25 estava sendo tocada e o prefeito Marcelão vestiu a calça e abriu a porta do sanitário e foi dizendo:

- Êta que a minha música da marretada já está tocando e meus eleitores estão lá fora fazendo a festa. Vou para lá.

- V. Exa., tá doido, prefeito Marcelão! Quem está lá fora são os estudantes da Casa do Estudante, se V. Exa., botar a cara na rua vai tomar uma vaia daquelas que a torcida do Flamengo dá em juiz no Maracanã – aconselhou o Matadouro.

A madeira cantava lá fora. O prefeito Marcelão pegou um copo de cerveja para esfriar a vida. O Matadouro, apertado, correu para o sanitário e encontrou o vaso cheio, pela rasura. Olhou aquela situação e observou para si mesmo: “A administração desse prefeito é um vaso cheio” aproveitou e deu descarga. O prefeito Marcelão só saiu quando o ruído da rua parou e os estudantes seguiram para a praça.
  
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (47)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 47 (mês de abril 2018)(atraso de um ano e 5 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava vivendo seu momento de maior euforia: não era devido à realização de uma micareta, mas pela alta performance alcançada no sistema de saúde do município. Estava muito alegre e satisfeito. Encontrava-se postado em frente ao hospital municipal, admirando-o. Quem aparece? Justamente, quem você está imaginando: o matadouro local.

- Foi bom você aparecer, seu Matadouro! Vossa Pessoa é sempre bem-vinda. Como está sua saúde? – indagou o prefeito Marcelão.

- Está ótima. Não tenho nenhum problema, nem preciso de atendimento médico – respondeu o Matadouro.

- Isso é o que Vossa Pessoa imagina. Olhando, bem olhado, para Vossa Pessoa, dá para percebermos claramente que Vossa Pessoa está desbotado, fraco e anêmico; dá para notar que está faltando-lhe sangue de todos os tipos e que o caso de Vossa Pessoa é gravíssimo. Vamos ter de interná-lo agora para fazer uma cirurgia com urgência e emergência em nosso hospital local – argumentou o prefeito Marcelão, que estava preocupado com a situação do Matadouro.

- Qolé, prefeito Marcelão! Que onda é essa? V. Exa. tá tirando com minha cara. Se eu estou sem sangue é porque nunca mataram nem um bezerro no matadouro daqui e não é culpa minha. Pelo que mim consta, V. Exa. é advogado e não médico – argumentou o Matadouro.

- Pela sua conversa dá para percebermos claramente que V. Pessoa está variando, sente aqui na calçada que eu vou providenciar uma maca para levá-lo para o Centro de Cirurgia – disse o prefeito Marcelão.

O Matadouro deu um pinote, esbravejou e gritou chamando a atenção de toda a cidade:

- EU SÓ SAIO DAQUI DE SAMU. Chame uma ambulância do SAMU, porque de maca eu não vou nem com uma peixeira no pescoço.

Ao ouvir aquela palavra referindo-se ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o prefeito Marcelão sofreu um catiripapo e caiu duro. O Matadouro carregou o prefeito Marcelão nos braços e adentrou no hospital local.

O paciente foi avaliado com uma precisão meticulosa e seu quadro era gravíssimo, com precários sinais vitais; os batimentos cardíacos diminuíram; a pressão caiu; a temperatura baixou; o açúcar subiu; o suor aumentou; a tremedeira tomou conta de todo o corpo e ouviu-se o parecer médico, mesclado com o veredicto de uma sentença jurídica: “todo problema do prefeito Marcelão está na cabeça. Vai ter que descer agora e não vai chegar vivo no contorno do Bravo”.

A cidade entrou em comoção: “Coitado do prefeito Marcelão! O homem vai descer o quebra-mola de Paraíba” dizia um; “Vixe, Mãe de Deus! O prefeito Marcelão não vai ter nem tempo de pensar num segundo mandato” dizia outro; “Oxente, homem! Vê lá se lá isso é problema pra quem governa com a cabeça nas nuvens e vai governar do céu” concluía alguém.  

O Matadouro, com uma agilidade nunca vista, tomou todas as providências e um helicóptero com UTI levou o prefeito Marcelão para a capital, onde era aguardado por uma equipe dos melhores cirurgiões do Estado: Dr. Paulo, Dr. Érico, Dr. Fernando, Dr. Pedro, Dr. Antônio e equipe, que estavam aguardando no Centro Cirúrgico do Hospital Ali, o mais equipado e sofisticado da cidade para serviços médicos de alta complexidade.

Exames feitos, observados e analisados, sem nenhum indício para um diagnóstico preciso. O quadro vital permanecia precário, com pequeníssimas chances de sobrevivência. O Matadouro, com muita precisão, tomou todas as medidas para a transferência do prefeito Marcelão para São Paulo.

Um Boeing 737, com Centro Cirúrgico, levou o prefeito Marcelão para aquele hospital SL que tem atendimento de Primeiro Mundo com preferência, prioridade e exclusividade para os políticos brasileiros. Uma equipe médica, com supervisão de um médico norte-americano em vídeo conferência, avaliou o quadro clínico do paciente e nada. Foi o caso mais complicado e complexo já visto na história da medicina.

Os médicos não chegavam a uma conclusão do diagnóstico da doença do prefeito Marcelão. Nem um indício e nenhum parecer. Sabiam que era um problema de cabeça e que aquela situação estava caminhando para os acréscimos de um jogo dramático. Passava dos 45 minutos do segundo tempo e com cinco minutos de acréscimos, já estava nos 49 e meio. Os médicos começaram a tirar as luvas, as máscaras respiratórias e balançavam a cabeça em sinal de desistência e cansaço. O Matadouro observava pelo visor do Centro Cirúrgico e fez uma sugestão para uma enfermeira:

- O problema dele é na cabeça, por que não faz o teste do pezinho nele?

Para quem está perdido, todo mato é caminho. A enfermeira pegou uma agulha e enfiou na cabeça do dedão do pé do prefeito Marcelão, que gritou “uai!” Os médicos viraram e se aproximaram do paciente, que piscou um olho e foi dizendo:

- Eu só queria saber como está o atendimento à saúde no Brasil, para não ter que pagar um Plano de Saúde Internacional com atendimento na Europa.  

Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (46)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 46 (mês de março 2018)(atraso de um ano e 6 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava preocupado, andava rápido e dirigia-se à casa do seu grande líder Luiz do Demo (Partido Democrata, vulgo Demo) para anunciar uma decisão que estava em sua cabeça e sem meia-volta, quando encontrou o Matadouro de frente:

- O que é que V. Exa., prefeito Marcelão, vai fazer na casa do ex-prefeito Luiz do Demo? – indagou o Matadouro.

- Eu vou comunicar ao meu grande líder que não vou sair candidato a prefeito em 2020, ele faça o que bem entender com o grupo.

- Por que V. Exa., prefeito Marcelão, vai fazer uma desgraça dessa?

- Seu Matadouro! Como é que um prefeito bom todo como eu, que fez praça nova, saúde nova; cerquei praça, fiz asfalto, só tem 3% nas pesquisas?

- Isso é fake news, prefeito Marcelão! Lá isso é pesquisa coisa nenhuma! Isso é uma mentira daquelas que acha que um elefante passa no gogó de um mosquito! Até V. Exa. comendo um H desse. Não se precipite. Vamos fazer o seguinte: eu vou contratar uma pesquisa, V. Exa. vai aguardar o resultado para tomar sua decisão.

- Mas, seu Matadouro! Um Instituto sério e bom de pesquisa é muito caro e o governo do Estado não vai querer bancar uma pesquisa dessa.

- Fica na tua, prefeito Marcelão! Vai ser um instituto de pesquisa verdadeiro e com alta credibilidade, que não vai pesquisar só no Centro de Abastecimento, porque aquele povo de lá, se pudesse, metia uma faca no seu bucho para sair no pescoço.

- Você tá vendo, seu Matadouro! Eu só fiz o bem daquele povo, que vivia na lama na outra administração, só porque eles pagam uma merrecazinha fica essa revolta toda. Como é que meus amigos vão ganhar dinheiro se eu não cobrar deles? Veja se eu não tenho razão, seu Matadouro!

- Esqueça isso, prefeito Marcelão! Vou começar a nossa pesquisa verdadeira agora mesmo.

- Comece aqui na casa de Luiz do Demo – orientou o prefeito Marcelão.

- Não. Nossa pesquisa é séria, imparcial, verdadeira e seu resultado será a expressão da vontade mais pura e do desejo mais claro da população.

O Matadouro despediu-se e foi atuar em seu campo de pesquisa. Chegou à toca dos macacos, tinha umas duzentas pessoas, e perguntou:

- Quem vota no grupo da macacada? Levante a mão - umas duzentas pessoas levantaram as mãos - Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? Levante a mão - umas duzentas pessoas levantaram as mãos.

O Matadouro anotou tudo direitinho, mesmo não tendo percebido que um macaco balbuciou “ele é mole prá gente”. O Matadouro seguiu para o ninho do Jacu, tinha umas trezentas pessoas e perguntou:

- Quem vota no grupo da jacuzada? Levante a mão - umas trezentas pessoas levantaram as mãos - Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? Levante a mão - umas trezentas pessoas levantaram as mãos.

O Matadouro anotou tudo com precisão, embora não tenha escutado o que um jacu disse: “tem que ser ele. Ele mim paga”. O Matadouro seguiu para o bairro do Monte Belo e numa demostração de isenção completa resolveu fazer o sorteio de uma casa para fazer o levantamento da intenção de voto. “Ma-mãe man-dou di-zer que a ca-sa es-co-lhi-da é essa da-qui”  e foi indagando:

- Quantas pessoas moram nessa casa? Os moradores dessa casa aceitam o prefeito Marcelão como candidato em 2020?

O Matadouro preencheu os formulários e ouviu com os ouvidos atentos o que disse o morador: “aqui não é 100% a favor do prefeito Marcelão, aqui é 200%”. Anotou tudo corretamente e deixou a casa de RR depois de tomar um cafezinho. Roque Roncador ficou satisfeito e ainda comentou: “O prefeito Marcelão devia ficar uns vinte anos na prefeitura.”

O Matadouro seguiu com sua coleta de informações. Para demonstrar neutralidade tirou os búzios do bolso; aqui em nossa cidade tem três rádios, a AM, a FM, a Antena, para escolher uma, jogou os búzios: deu a FM. Foi logo indagando:

- Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? – ouviu todos gritarem sim – Quem quer o prefeito Marcelão como locutor 2021? – ouviu todos gritarem não.

Com os dados coletados, o pesquisador Matadouro começou a fazer a tabulação dos dados. Excluiu a margem de erro, tirou a curva de nível, extrapolou os excessos, limpou os exageros e eliminou o site: https://www.amazon.com.br para adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura

O Matadouro foi ao encontro do prefeito Marcelão que estava ansioso pelo resultado e foi dando as boas notícias:

- Prefeito Marcelão! V. Exa. está bem na fita, tem 95% de aceitação da nossa população como candidato a prefeito em 2020.

- Ora, seu Matadouro! Quer como candidato e como prefeito?

- Até tu, prefeito Marcelão! V. Exa. já viu prefeito sem ser candidato? Primeiro tem que ser candidato. O candidato tem que ser V. Exa. Não tem mais ninguém no grupo e V. Exa. vai ganhar novamente, Quando V. Exa., jogar um punhado de milho, a ninhada de jacu vem toda; com duas bananas essa macacada enche a barriga e se esconde. Com duas mandingas, quatro bozós, uma dúzia de macumba e mais, com uma centena de missa, muita reza e penitência vai chover muito voto no seu roçado.

O prefeito Marcelão ficou entusiasmado: “Vossa Pessoa acha mesmo que eu tenho que continuar prefeito, seu Matadouro?”

- É claro, prefeito Marcelão! – respondeu o Matadouro, mas não deixou o prefeito Marcelão entender que seu grande interesse era que ele, o Matadouro, continuasse inútil, imprestável e sem qualquer significado. Com o prefeito Marcelão na prefeitura ele tinha certeza que assim seria.

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar em janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.