Frase dita por um jornalista adaptando-a ao campo político:
“amor de verão não sobe a serra, muito menos chega ao planalto.”
Entenda ‘ao planalto’ como o Palácio do Alvorada. O partido
que já foi UDN, Arena, PFL e outras siglas deletérias, atualmente União Brasil
uniu-se ao PP e deixou o governo Lula.
“Perdemos a Rússia e Índia para a sombria China” diz Trump
após desfile militar. O ciúme possessivo de um louco poderá provocar tragédias
humanitárias irreparáveis, pela perda do amor sem correspondência.
A matança de mulheres, idosos e crianças de fome na faixa de
Gaza é uma vingança cruel de um carrasco implacável chamado Netanyahu, um
serviçal do império norte-americano no Oriente Médio. Tudo em nome de uma
aliança sádica.
Advogados na defesa dos réus da trama golpista do 8 de
janeiro, praticamente, no reconhecimento do agravo, tentaram desconectar seus
clientes do representante do cadafalso (Bolsonaro) para livrar a pele do seu
cliente. Maior prova de amor de verão não há.
Um mês de setembro carregado. Um desfile de escolas e
fanfarras para desanuviar as vistas humanas e descortinar quem é o verdadeiro
dono do poder numa terra que, mesmo que não admitam, sofre os abalos das
mudanças corriqueiras.
Quem acompanha as movimentações na Câmara de Vereadores de
Ipirá, já observou que, quando a oposição baixa a madeira no governador
Jerônimo e no governo Lula, não aparece um vereador da situação para fazer a
defesa. Quem quiser que diga que o prefeito Thiago Oliveira é feio, para a ripa
cantar no peito.
O desfile de 7 de Setembro sempre foi e será um retrato fiel
da balança nesta terra que nunca foi devastada pela guerra, mas que sofre pelos
estragos causados por uma disputa famigerada entre os grupos do jacu e macaco.
O poderoso chefão disso tudo é o grande líder Diomário Sá,
pela capacidade de pensar e elaborar a estratégia correta para o ataque, com
uma cacetada na moela dos oponentes e dos amigos, que deverão ser escanteados
no seu traquejo político.
Sempre ensaboado e deslizando na gangorra: já foi jacu de
carteirinha e virou macaco nas entrelinhas; já foi Paulo Souto e pulou para
Jaques Wagner. Não tem cerimônia na atuação política, pisa no pescoço, dá as
cartas e manda uma corbelha de recordação. Só não conseguiu uma coisa; qual
seja, uma amizade cor de rosa com os governadores petistas (Wagner e Rui) no
mesmo tom que Dudy conseguiu com o senador Otto Alencar. Mesmo assim é o único
nome da macacada, que tem condições de manter um diálogo político de nível
elevado e adequado com os figurões do poder estadual e federal.
Antônio Colonnezi. Há, esse Antônio Colonnezi!
Veio em minha lembrança um caso, que vou compartilha com o
leitor desse blog. Apareceu um tal de Berico no Flamengo e fez três gol contra
o Olaria; um primo meu falou: “Berico é melhor do que Pelé”. Eu acreditei
naquilo. Depois desse jogo com o Olaria, nunca mais Berico fez um jogo que
agradasse.
Antônio Colonezzi surgiu na politicagem de Ipirá como uma
revelação. Era o ‘Maluco Beleza’. Pisou na bola e a bola murchou. Tenho a
impressão que ele não soube alinhavar sua atuação política com os governadores
petistas, como o fez Diomário, e com o senador Otto, como fez Dudy, daí sobrou
na curva de Feira. Capotou e perdeu a liderança do grupo macaco. Para retomar
essa posição vai ter que fazer das tripas coração. É melhor continuar como
médico.
Jurandy Oliveira só teve um partido em sua trajetória
política, o Partido que estava no Poder. Fez um trajeto com o maior número de
mandatos já conseguido por um deputado estadual na Bahia. Na última eleição
municipal foi derrotado, mas continua tendo na politicagem um único partido: o
Partido do Poder, no patamar local, conduzido pela família Oliveira. O decano
JO tem seus méritos.
Na macacada, falta quem? A turma nova, que defende a Nova
Política, com eles na linha de frente. Não deixam de mostrar um vazio e
fraqueza na teoria política e no trato republicano com o poder. Dudy trata o
senador como ‘pai véi’ e o governador com brincadeira ‘ele aparou o cabelo!’
Assim não dá, o nível é mais elevado.
Thiago Oliveira é o prefeito. Enquanto prefeito for será
bajulado, adorado e endeusado. É assim que a banda toca e a fanfarra desfila.
Por enquanto, é o rei de copa do baralho, mas tem que comer muita farinha para
mostrar que surrão tem farinha quente, fina e de qualidade. Essa turma nova
acha que basta uma mala de dinheiro para ser o suficiente. Nem sempre é assim,
na cooperativa de Ipirá tinha mala de dinheiro, resultado: acabou-se a mala e a
cooperativa.
E o grupo da jacuzada? Tá na espera de que a cria do ‘ACM
Malvadeza’ chegue ao palácio na Bahia. Observe, que situação! Não tem força
suficiente para virar essa mesa municipal. Quem te viu e quem te vê! Essa
jacuzada era a toda poderosa do pedaço; era a salvação de Ipirá; era o grupo
dos arautos do progresso de Ipirá; era o bastião da credibilidade dos homens de
bem dessa terra. Quem te viu e quem te vê!
Um grupo que continua debaixo da guarida das lideranças de
Luiz Carlos Martins e Marcelo Brandão, que ficam no repique de um só tom, com a
pedra batida de uma única nota: a ‘antiga liderança salvadora da pátria’, num
ambiente em que a fanfarra predomina, sem memória e sem história, no ajuste de
que o amor de verão seja chuva passageira, que desce a serra e alaga o
planalto.
E o PT de Ipirá não quer compreender e faz de conta que nada
está acontecendo.
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