sábado, 6 de setembro de 2025

O ELIXIR DA FANFARRONADA

 

Frase dita por um jornalista adaptando-a ao campo político: “amor de verão não sobe a serra, muito menos chega ao planalto.”

 

Entenda ‘ao planalto’ como o Palácio do Alvorada. O partido que já foi UDN, Arena, PFL e outras siglas deletérias, atualmente União Brasil uniu-se ao PP e deixou o governo Lula.

 

“Perdemos a Rússia e Índia para a sombria China” diz Trump após desfile militar. O ciúme possessivo de um louco poderá provocar tragédias humanitárias irreparáveis, pela perda do amor sem correspondência.

 

A matança de mulheres, idosos e crianças de fome na faixa de Gaza é uma vingança cruel de um carrasco implacável chamado Netanyahu, um serviçal do império norte-americano no Oriente Médio. Tudo em nome de uma aliança sádica.

 

Advogados na defesa dos réus da trama golpista do 8 de janeiro, praticamente, no reconhecimento do agravo, tentaram desconectar seus clientes do representante do cadafalso (Bolsonaro) para livrar a pele do seu cliente. Maior prova de amor de verão não há.

 

Um mês de setembro carregado. Um desfile de escolas e fanfarras para desanuviar as vistas humanas e descortinar quem é o verdadeiro dono do poder numa terra que, mesmo que não admitam, sofre os abalos das mudanças corriqueiras.

 

Quem acompanha as movimentações na Câmara de Vereadores de Ipirá, já observou que, quando a oposição baixa a madeira no governador Jerônimo e no governo Lula, não aparece um vereador da situação para fazer a defesa. Quem quiser que diga que o prefeito Thiago Oliveira é feio, para a ripa cantar no peito.

 

O desfile de 7 de Setembro sempre foi e será um retrato fiel da balança nesta terra que nunca foi devastada pela guerra, mas que sofre pelos estragos causados por uma disputa famigerada entre os grupos do jacu e macaco.

 

O poderoso chefão disso tudo é o grande líder Diomário Sá, pela capacidade de pensar e elaborar a estratégia correta para o ataque, com uma cacetada na moela dos oponentes e dos amigos, que deverão ser escanteados no seu traquejo político.

 

Sempre ensaboado e deslizando na gangorra: já foi jacu de carteirinha e virou macaco nas entrelinhas; já foi Paulo Souto e pulou para Jaques Wagner. Não tem cerimônia na atuação política, pisa no pescoço, dá as cartas e manda uma corbelha de recordação. Só não conseguiu uma coisa; qual seja, uma amizade cor de rosa com os governadores petistas (Wagner e Rui) no mesmo tom que Dudy conseguiu com o senador Otto Alencar. Mesmo assim é o único nome da macacada, que tem condições de manter um diálogo político de nível elevado e adequado com os figurões do poder estadual e federal.

 

Antônio Colonnezi. Há, esse Antônio Colonnezi!

 

Veio em minha lembrança um caso, que vou compartilha com o leitor desse blog. Apareceu um tal de Berico no Flamengo e fez três gol contra o Olaria; um primo meu falou: “Berico é melhor do que Pelé”. Eu acreditei naquilo. Depois desse jogo com o Olaria, nunca mais Berico fez um jogo que agradasse.

 

Antônio Colonezzi surgiu na politicagem de Ipirá como uma revelação. Era o ‘Maluco Beleza’. Pisou na bola e a bola murchou. Tenho a impressão que ele não soube alinhavar sua atuação política com os governadores petistas, como o fez Diomário, e com o senador Otto, como fez Dudy, daí sobrou na curva de Feira. Capotou e perdeu a liderança do grupo macaco. Para retomar essa posição vai ter que fazer das tripas coração. É melhor continuar como médico.

 

Jurandy Oliveira só teve um partido em sua trajetória política, o Partido que estava no Poder. Fez um trajeto com o maior número de mandatos já conseguido por um deputado estadual na Bahia. Na última eleição municipal foi derrotado, mas continua tendo na politicagem um único partido: o Partido do Poder, no patamar local, conduzido pela família Oliveira. O decano JO tem seus méritos.

 

Na macacada, falta quem? A turma nova, que defende a Nova Política, com eles na linha de frente. Não deixam de mostrar um vazio e fraqueza na teoria política e no trato republicano com o poder. Dudy trata o senador como ‘pai véi’ e o governador com brincadeira ‘ele aparou o cabelo!’ Assim não dá, o nível é mais elevado.

 

Thiago Oliveira é o prefeito. Enquanto prefeito for será bajulado, adorado e endeusado. É assim que a banda toca e a fanfarra desfila. Por enquanto, é o rei de copa do baralho, mas tem que comer muita farinha para mostrar que surrão tem farinha quente, fina e de qualidade. Essa turma nova acha que basta uma mala de dinheiro para ser o suficiente. Nem sempre é assim, na cooperativa de Ipirá tinha mala de dinheiro, resultado: acabou-se a mala e a cooperativa.

 

E o grupo da jacuzada? Tá na espera de que a cria do ‘ACM Malvadeza’ chegue ao palácio na Bahia. Observe, que situação! Não tem força suficiente para virar essa mesa municipal. Quem te viu e quem te vê! Essa jacuzada era a toda poderosa do pedaço; era a salvação de Ipirá; era o grupo dos arautos do progresso de Ipirá; era o bastião da credibilidade dos homens de bem dessa terra. Quem te viu e quem te vê!

 

Um grupo que continua debaixo da guarida das lideranças de Luiz Carlos Martins e Marcelo Brandão, que ficam no repique de um só tom, com a pedra batida de uma única nota: a ‘antiga liderança salvadora da pátria’, num ambiente em que a fanfarra predomina, sem memória e sem história, no ajuste de que o amor de verão seja chuva passageira, que desce a serra e alaga o planalto.

 

E o PT de Ipirá não quer compreender e faz de conta que nada está acontecendo.


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