O fato da semana em Ipirá é o lançamento do programa “Papo Reto” pela rádio Ipirá FM, com apresentação do comunicador e locutor Marcelo Brandão. Sem dúvida, isso movimenta os bastidores da política local. Poderia dizer que, agora, temos pimenta malagueta na panela e no prato do angu-de-caroço, que alimenta a população de Ipirá.
Inicia com uma música intimista,
apócrifa, dilacerante, instigante, que parece uma broca perfurando nossos
ouvidos. Sem dúvida, uma novidade criativa.
Não adianta a situação do poder
municipal tentar desmerecer esse programa, achando que é coisa do “sapequinha”,
“do sujeito que levou uma lapada” “do doutorzinho amassado pelo padeiro”. Basta
pensar um pouco além da mediocridade para perceber que esse é um outro momento,
completamente diferente de um contexto passado, mesmo que recente.
Negar e menosprezar o poder do
locutor Marcelo Brandão significa não perceber com clareza e não ter noção da
força que representa a comunicação radiofônica.
O locutor Marcelo Brandão tem a
força da locução e habilidade na comunicação. É um locutor polêmico, crítico
contumaz; é corajoso e compra briga; fustiga e mete o dedo na ferida; morde,
assopra e vai pra cima; mastiga e cobra sem pestanejar; com ele não tem bola
dividida e chega na área com audiência garantida. Não tenham dúvidas, Marcelo
Brandão é mais importante como locutor do que como prefeito.
A situação da prefeitura poderá
dizer que o locutor está cutucando o cão com a vara curta; que poderá sentir o
gosto do próprio veneno e que o locutor MB parece e pode ser comparado ao maior
foguete já tocado em Ipirá, daqueles que o saudoso seu Lúcio “Fogueteiro”
lançava ao céu, tinha um bom rojão, subia, subia; pipocava, pipocava e caia.
Ipirá precisa de um programa aberto,
que cultive e abrace o debate, com a participação popular, onde o povo vai ter
vez e voz. Forte na denúncia para fazer barulho e acordar o gestor municipal.
Isso é o prometido pelo bom e ativo locutor fugindo à regra e prática do seu
grupo (jacu) de fechar os olhos e a boca para os acontecimentos do município
quando está na oposição, guardando munição para a campanha eleitoral. Quando a
jacuzada é situação, o povo crítico perde a língua na sua FM.
O locutor Marcelo Brandão é um
comentarista esperto porque sabe que voltará a ser badalado dentro da jacuzada,
desde quando, o silêncio quase tumular é a tônica da liderança maior.
Como locutor crítico é um perigo e
uma assombração ao gestor Dudy e vai fazer um estrago na imagem da
administração dos macacos. Será uma sombra sinistra no caminho do atual
prefeito. O prefeito Dudy vai receber muito chumbo grosso no lombo e muita
banda na cara.
Se o prefeito Dudy deixar o barco à
deriva vai ficar mais baixo do que sapato com furo no solado. O prefeito Dudy
mantém parte da imprensa local debaixo dos pés. Tem uma empresa de comunicação
que não sabe fazer um ‘O com o copo’ em termos de comunicação, mas que tem o
controle total da situação. Agora, chegou a hora da verdade: vai deixar o
locutor MB jogar solto ou vai fazer um programa na FM do deputado, com resposta
na ponta da língua? Esse jogo de ‘falou / ouviu’ é a força viva que gira a roda
do sistema jacu e macaco. Quem não tiver competência vai tomar muita bordoada.
O locutor Marcelo Brandão é mais arguto
do que muitos imaginam. Ele quer recuperar a possibilidade de ser pré-candidato
à prefeitura de Ipirá em 2024. Um direito que lhe assiste, mas 2024 está muito longe.
Longínquo para quem dorme no ponto.
Qualquer pleito carece de uma
inclinação objetiva e delimitada por fatores correspondentes que favoreçam ao
atendimento daquilo que se pretende. O locutor está fofando o terreno para dar
um passo adiante e um salto para alcançar uma candidatura.
Tudo isso depende de vários
elementos no setor político (desgaste da gestão atual) e do aperto econômico
das pessoas em nosso município. Quem sai na frente leva certa vantagem, mas poderá
atropelar um pretendente, dentro do grupo, com maior e real possibilidade de
chegar à tomada do poder. Tudo pode acontecer num atropelo doloso.
A população de Ipirá tem que
acordar. Tem que acontecer intenções distintas no campo de trabalho em nossa
terra, nas categorias que fomentam, criam e estruturam a sociedade com seu
esforço e trabalho, que vão ouvir e observar a ladainha de sempre na dicotomia
do dualismo: do bem e do mal; de Deus e o diabo; de quem fez ou deixou de
fazer. Esse é o balanço da gangorra. Esse é jogo do jacu e do macaco, duas
parangas que governam nosso município por mais de meio século.
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