As conversas entre o poder público municipal e a APLB Sindicato /Delegacia
Sertânea- Ipirá estão em andamento. O prefeito Dudy definiu-as como produtivas.
Não deixa de ser um bom sinal, mas o prefeito não acrescenta um ‘ai’ e a greve
continua.
Quando o prefeito Dudy assumiu o mandato afirmou, em boas palavras, que
recebeu uma prefeitura quebrada. Todo gestor do jacu ou do macaco quando faz a
entrega da chave do poder municipal só entrega o bagaço. Por que é assim? Por
que tem que ser assim?
Recentemente, o financeiro da prefeitura afirmou que a casa estava
arrumada no quesito ‘recursos financeiros’ e que poderia fazer festas com
tranqüilidade, sem nenhuma possibilidade de prejudicar o pagamento dos
funcionários da prefeitura.
Agora vem a bomba: eles dizem que a prefeitura não pode pagar o piso
salarial dos profissionais da educação. Aqui, abre-se a ferida da gestão Dudy e
a bomba está no seu colo.
Os repasses do FUNDEB para o município de Ipirá em 2021 ficaram na casa
de R$ 48.495.200,24
A previsão do FUNDEB para o município de Ipirá em 2022 está prevista
para 62 milhões de reais. Um pulo de 48 para 62.
Em 2021, a complementação da União do FUNDEB ficou na ordem de R$
13.233.446,24 para fechar a conta, da mesma forma, que a prefeitura faz termo
de aditivo, que tem por finalidade o reajuste do valor de ARP para manter o
equilíbrio econômico-financeiro de contrato em função da readequação do preço
originalmente pactuado do produto. Isso aqui é para o empresário, aquilo lá é
para os trabalhadores da educação.
O prefeito tem preferência pelo empresariado. A linha básica da gestão
é tornar-se uma correia de transmissão dos recursos públicos para o setor
privado, através de terceirização e privatização.
Se a educação fosse o foco do prefeito, ele faria um esforço grandioso
para cumprir a LEI e pagar o piso dos professores. O piso é LEI, não cumpri-la
é contravenção.
O prefeito não apresentou um jogo de cintura suficiente para impedir a
deflagração da greve, pisou na bola, não apresentou uma proposta para a categoria,
enquanto o sindicato parcelou o índice proposto pela LEI, o prefeito ficou duro
na queda, não acrescentou nada. Sem refletir, preferiu uma tensão
desnecessária.
Esta semana, o prefeito Dudy salientou que estava indo ao encontro do
governador Rui Costa em Amélia Rodrigues e depois iria até a CONDER para
verificar projetos para Ipirá. Dizendo ele que são boas notícias.
Administrar Ipirá é algo complexo e difícil, quando o prefeito Dudy diz
que vai visitar o governador é sinal que ele retornará com um rosário carregado
de promessas. Simplesmente promessas.
Quando o prefeito Dudy afirma que vai à CONDER significa que ele deu
mole e chegará atrasado para tirar leite de uma vaca e encontrará o peito seco,
assim sendo, o balde permanecerá vazio.
A gestão do prefeito Dudy não tem uma única obra genuinamente própria, parece
o gerenciamento de uma fabriqueta de pneu recauchutado reaproveitando uma
carcaça danificada.
Anote aí: telhado do Mercado de Arte; complementação do Centro de
Abastecimento; iluminação da entrada da cidade, uma solicitação ao governador na
gestão macaca de 2012 e manutenção dos serviços cotidianos, como tapar buracos,
pegar o lixo, passar máquina na estrada, saúde, educação e calçar ruas. Faz um
básico merecedor de muitos questionamentos.
Vive a naufragar, sem saber desatar o nó. Se não souber negociar com a
APLB-Sindicato perderá a simpatia do professorado. Se não souber atuar
politicamente para as Eleições de outubro 22 sua gestão sucumbirá de vez com a
derrota do seu candidato ao governo. Observe, quanto esparro vive o prefeito!
Se no atacado de sua gestão o prefeito bate a cabeça, no varejo não
fica por menos. Até as informações contábeis para o TCM e Portal estão batendo
a cabeça. Que é isso prefeito?
Prefeito Dudy! Verifique o que está acontecendo e conserte o vazamento! Observe prefeito: folha
de pagamento - mês de fevereiro 22 - para o TCM, um funcionário, com salário
base de R$ 1.276,00 e vantagem pecuniária de R$ 6. 757,80.
Folha de pagamento – mês de fevereiro 22 – para o Portal, o mesmo
funcionário, com salário base de R$ 1.276,00 e proventos de R$ 8.033,80. O
mesmo funcionário com duas informações. Como é que pode uma inconsistência
dessa?
Em abril 22, a informação não bifurcou: o mesmo funcionário, com
salário base de R$ 1.276,00 e com uma vantagem pecuniária de R$ 12.888,26 e não
é professor.
Será que na prefeitura não tem nenhum funcionário com tempo disponível
para fazer um serviço? Pegar os impressos no setor de Tributos, grampear os
carnês de IPTU, classificá-los por rua e distribuí-los. Só isso! Não tem
ninguém disponível? Aí, a prefeitura contratou uma EMPRESA (a tal da
terceirização), que cobrou 22 mil reais. Esse é o jogo jogado.
A manifestação passou pela residência do prefeito, que ficou entocado.
Na passagem pela residência da vice, ela saiu da toca e foi insinuante ao
comentar que tinha culpa porque seus votos serviram para eleger esse prefeito,
que tem um bloco de seis vereadores contrários aos seus caprichos
administrativos, ao tempo que necessita do apoio de cinco vereadores da
jacuzada (da jacuzada, sim!) para não receber um canto de carroceria e perder o
mandato.
O prefeito está todo enrolado, sua situação é simplesmente esquisita.
Se seu candidato ao governo do Estado sofrer uma derrota, sua gestão entrará
num buraco.
Dos cinco vereadores da jacuzada, que são os atuais correligionários e
sustentadores do mandato do prefeito, não tem um que acompanhe o prefeito na
votação do seu candidato a deputado estadual, federal e ao governo do Estado,
são adversários políticos, então os novos amigos cavarão a cova de sua gestão .
É muita falta de traquejo político. O prefeito está no rabo da cobra.
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