Essa é do INSS. Era Diretor de
Governança do INSS um tal de Guimarães, que espalhava currículo pela rede e foi
visto, revisto pelo ‘Careca do INSS’ até acontecer o primeiro encontro em um
bar de Brasília, quando o careca o aconselhou a botar uma empresa de
consultoria. Assim foi feito e o tal do Guim virou parça do ‘Careca do INSS’.
Aqui está o X da questão: com empresa
você passará a ser parça e deixará de ser puxa. Vale para Brasília e para
Ipirá. Dois meses, após deixar a diretoria, o tal do Guim montou uma empresa,
que tinha como administrador um contador que ele não conhecia, mas foi indicado
pelo seu amigo careca.
Em seguida, a empresa do Guim, que
não tinha um trabalhador, fez um contrato de 150 mil reais/mensal com a empresa
do careca para gerar informações. Em seguida, o tal do Guim, esperto que nem
carcará furando os olhos de borrego novo, contratou uma terceirizada para fazer
todo o trabalho, por 5 mil reais. O lucro líquido final da empresa do tal Guim
ficava na casa de 80 mil reais por mês.
Tá compreendido? Tudo isso deu certo
porque o ‘Careca do INSS’ meteu a mão no bolso dos aposentados do INSS. O mel
que escorria era tanto que ele pagava sorrindo 150 por uma coisa que custava 5
no mercado. Desse jeito, até o capeta com diarreia ficaria deitado numa rede
soltando peido para o vento carregar. Como não ter sujeira numa desgraceira
dessa?
Em Ipirá tem dessa coisa parecida? A
mais parecida dessa coisa em Ipirá ficava por conta da grande disputa entre os
fogueteiros Agenor Pelado, Deraldo S., Cazuza L., e seu Lúcio Fogueteiro. Os quatro
fogueteiros ficavam de prontidão na Praça da Bandeira para tocar fogo no
foguete que ia subir e o mais alto seria o vencedor; enquanto isso a banca
julgadora ia para o Monte Alto, enquanto a população ficava na praça tentando
descobrir o mais alto pelo pipoco surdo devido à altura e pelo fumaceiro na
coluna. Um deles, não lembro qual, dizia, no momento que o foguete soltava o
rojão para subir com um xiiiiiiii: “não tem xii nem xéu, lugar de santo
discarado é no céu!”
Nos dias de hoje não tem nem graça,
quem toca o morteiro mais alto é o prefeito Thiago Oliveira, desde quando, sua
gestão não tem uma obra (até o momento) com recursos próprios, mas botou
pocando com morteiro nas alturas ao inaugurar o novo mamógrafo no Hospital
Municipal (há anos numa caixa) fruto de uma emenda parlamentar (o prefeito não
citou o nome do deputado).
Solta mais torpedo, agora pela
inauguração da Unidade Odontológica Móvel (UOM), um projeto do governo federal,
o prefeito não lembrou do presidente Lula.
Aí o prefeito T.O. solta uma
girândola de cores e tiros para anunciar a chegada do atacadão Atakarejo à
praça de Ipirá, como uma ação de sua administração. O poder público não deveria
ter tomado partido nessa decisão da iniciativa privada, pois isso é uma coisa
de mercado e não de interferência do gestor do município para favorecer com sua
imagem, presença e, quem sabe, com benefícios a uma empresa que está por chegar.
Para você entender: a prefeitura não
compra merenda escolar na praça de Ipirá (oito a dez milhões de reais); se
(olha o SE), por acaso, comprar na mão desse atacadão, trata-se de
favorecimento a empresários de fora, desde quando a prefeitura local nunca
comprou nos supermercados locais. Que não seja assim e que não aconteça com o
atacadão preferido pelo prefeito.
Alegre, satisfeito e eufórico, o
prefeito Thiago Oliveira soltou um míssil para detonar o ninho da jacuzada, ao
afirmar que serão mais de 350 empregos no atacadão. Eu não acredito e fico
pensando: como é que tem uma empresa aqui em Ipirá, que emprega mais de 600
pessoas para a prefeitura e o prefeito não soltou um traque de massa, o famoso ‘bufa
de véi’ anunciando? Se tocou faiou.
Faiou por quê? A Prefeitura de Ipirá
tá com um pé dentro dos 54% do pessoal. Não chama a totalidade dos aprovados no
último concurso e nem faz um novo concurso. Para sair dessa situação mandaram
um parça fazer uma empresa. Não precisava ter capital de giro. Foi feito um contrato
de mais um milhão de reais por mês.
Esta empresa contrata macaco. Se
tiver 700 empregados de salário mínimo dará R$ 1.062,600,00 mensal /
multiplique 700 x salário mínimo / nesse caso a taxa de administração é nula e
ninguém trabalha desse jeito. Então, não tem essa quantidade de empregados.
Se tiver 350 empregados de salário mínimos
dará precisamente R$ 455.400,00 mensal. Desde quando, essa empresa recebe todo
mês mais de um milhão de reais; nesse caso, a rentabilidade é alta e o lucro ultrapassará
os 5 milhões de reais ano.
A diferença é que 150 mil reais
mensais para uma empresa em Brasília, deu o que falar aos deputados e
senadores; ao tempo que, 1 milhão de reais mensais em Ipirá não tem um vereador
que vá para cima no sentido de desvendar e clarear o fato.
Não é por nada, não! Com 1 milhão de reais a prefeitura poderia compra meia-dúzia de mamógrafos para a rede municipal de Saúde e meia-dúzia de Unidades de Odontológica Móvel para o município por ano. E dessa forma, o prefeito Thiago Oliveira poderia soltar um míssil Tomahawk de longo alcance para detonar o ninho de jacu e não deixar um filhote de jacu em condições de sobrevivência. Tudo para os parças, migalhas para os puxas e nada para a jacuzada. Assim é o jogo do sistema que vigora em Ipirá.




