quarta-feira, 29 de outubro de 2025

TUDO PARA OS PARÇAS E MIGALHAS PARA OS PUXAS

Essa é do INSS. Era Diretor de Governança do INSS um tal de Guimarães, que espalhava currículo pela rede e foi visto, revisto pelo ‘Careca do INSS’ até acontecer o primeiro encontro em um bar de Brasília, quando o careca o aconselhou a botar uma empresa de consultoria. Assim foi feito e o tal do Guim virou parça do ‘Careca do INSS’.

 

Aqui está o X da questão: com empresa você passará a ser parça e deixará de ser puxa. Vale para Brasília e para Ipirá. Dois meses, após deixar a diretoria, o tal do Guim montou uma empresa, que tinha como administrador um contador que ele não conhecia, mas foi indicado pelo seu amigo careca.

 

Em seguida, a empresa do Guim, que não tinha um trabalhador, fez um contrato de 150 mil reais/mensal com a empresa do careca para gerar informações. Em seguida, o tal do Guim, esperto que nem carcará furando os olhos de borrego novo, contratou uma terceirizada para fazer todo o trabalho, por 5 mil reais. O lucro líquido final da empresa do tal Guim ficava na casa de 80 mil reais por mês.

 

Tá compreendido? Tudo isso deu certo porque o ‘Careca do INSS’ meteu a mão no bolso dos aposentados do INSS. O mel que escorria era tanto que ele pagava sorrindo 150 por uma coisa que custava 5 no mercado. Desse jeito, até o capeta com diarreia ficaria deitado numa rede soltando peido para o vento carregar. Como não ter sujeira numa desgraceira dessa?

 

Em Ipirá tem dessa coisa parecida? A mais parecida dessa coisa em Ipirá ficava por conta da grande disputa entre os fogueteiros Agenor Pelado, Deraldo S., Cazuza L., e seu Lúcio Fogueteiro. Os quatro fogueteiros ficavam de prontidão na Praça da Bandeira para tocar fogo no foguete que ia subir e o mais alto seria o vencedor; enquanto isso a banca julgadora ia para o Monte Alto, enquanto a população ficava na praça tentando descobrir o mais alto pelo pipoco surdo devido à altura e pelo fumaceiro na coluna. Um deles, não lembro qual, dizia, no momento que o foguete soltava o rojão para subir com um xiiiiiiii: “não tem xii nem xéu, lugar de santo discarado é no céu!”

 

Nos dias de hoje não tem nem graça, quem toca o morteiro mais alto é o prefeito Thiago Oliveira, desde quando, sua gestão não tem uma obra (até o momento) com recursos próprios, mas botou pocando com morteiro nas alturas ao inaugurar o novo mamógrafo no Hospital Municipal (há anos numa caixa) fruto de uma emenda parlamentar (o prefeito não citou o nome do deputado).

 

Solta mais torpedo, agora pela inauguração da Unidade Odontológica Móvel (UOM), um projeto do governo federal, o prefeito não lembrou do presidente Lula.

 

Aí o prefeito T.O. solta uma girândola de cores e tiros para anunciar a chegada do atacadão Atakarejo à praça de Ipirá, como uma ação de sua administração. O poder público não deveria ter tomado partido nessa decisão da iniciativa privada, pois isso é uma coisa de mercado e não de interferência do gestor do município para favorecer com sua imagem, presença e, quem sabe, com benefícios a uma empresa que está por chegar.

 

Para você entender: a prefeitura não compra merenda escolar na praça de Ipirá (oito a dez milhões de reais); se (olha o SE), por acaso, comprar na mão desse atacadão, trata-se de favorecimento a empresários de fora, desde quando a prefeitura local nunca comprou nos supermercados locais. Que não seja assim e que não aconteça com o atacadão preferido pelo prefeito.

 

Alegre, satisfeito e eufórico, o prefeito Thiago Oliveira soltou um míssil para detonar o ninho da jacuzada, ao afirmar que serão mais de 350 empregos no atacadão. Eu não acredito e fico pensando: como é que tem uma empresa aqui em Ipirá, que emprega mais de 600 pessoas para a prefeitura e o prefeito não soltou um traque de massa, o famoso ‘bufa de véi’ anunciando? Se tocou faiou.

 

Faiou por quê? A Prefeitura de Ipirá tá com um pé dentro dos 54% do pessoal. Não chama a totalidade dos aprovados no último concurso e nem faz um novo concurso. Para sair dessa situação mandaram um parça fazer uma empresa. Não precisava ter capital de giro. Foi feito um contrato de mais um milhão de reais por mês.

 

Esta empresa contrata macaco. Se tiver 700 empregados de salário mínimo dará R$ 1.062,600,00 mensal / multiplique 700 x salário mínimo / nesse caso a taxa de administração é nula e ninguém trabalha desse jeito. Então, não tem essa quantidade de empregados.

 

Se tiver 350 empregados de salário mínimos dará precisamente R$ 455.400,00 mensal. Desde quando, essa empresa recebe todo mês mais de um milhão de reais; nesse caso, a rentabilidade é alta e o lucro ultrapassará os 5 milhões de reais ano.

 

A diferença é que 150 mil reais mensais para uma empresa em Brasília, deu o que falar aos deputados e senadores; ao tempo que, 1 milhão de reais mensais em Ipirá não tem um vereador que vá para cima no sentido de desvendar e clarear o fato.

 

Não é por nada, não! Com 1 milhão de reais a prefeitura poderia compra meia-dúzia de mamógrafos para a rede municipal de Saúde e meia-dúzia de Unidades de Odontológica Móvel para o município por ano. E dessa forma, o prefeito Thiago Oliveira poderia soltar um míssil Tomahawk de longo alcance para detonar o ninho de jacu e não deixar um filhote de jacu em condições de sobrevivência. Tudo para os parças, migalhas para os puxas e nada para a jacuzada. Assim é o jogo do sistema que vigora em Ipirá. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

O ÓDIO PELAS MULHERES


“Os índices de violência contra a mulher no Brasil são altíssimos, segundo dados atualizados do Mapa Nacional da Violência de Gênero apontam que no primeiro semestre de 2025 foram registrados 718 feminicídios no país. O levantamento elaborado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado, também aponta registros de 33.999 estupros contra mulheres de janeiro a junho, uma média de 187 por dia.”

Este artigo foi escrito pelo advogado criminalista, Jackson Alves e pela sua importância e relevância vamos publicá-lo abaixo, na íntegra.

O ÓDIO PELAS MULHERES

O ódio pelas mulheres é um projeto de poder e negativa da instabilidade do próprio homem. Através da Cultura – mecanismo de construção histórica, econômica, religiosa e social de formação de uma civilização – o homem vem por mais de quatro mil anos patrocinando a MISOGINIA (ódio pelas mulheres) impondo uma falsa percepção de que as mulheres são o mal do mundo, que desestabilizam o desenvolvimento da humanidade, na tentativa de justificar todos os tipos de violências praticadas pelos homens contra as mulheres.

 

A cultura do ódio pelas mulheres se construiu através dos elementos que formam a Cultura de um povo, em nosso caso a Cultura greco-romana e pela religião judaico-cristã, acentuada pelas formas de exploração econômica como feudalismo e seu derivado capitalismo.

 

Através do domínio da Política por esses elementos constitutivos da Cultura, foram ditados os comportamentos humanos.

 

A religião se incubou de dizer quem tem Deus e quem é pecador. A Arte objetificou o corpo feminino e, os regimes econômicos feudalismo e capitalismo determinaram quem deve e como devem sobreviver.

 

A construção da Cultura religiosa – tanto a judaico-cristã e, também, somada a estas, a religião islâmica, põem a Mulher entre os excluídos, os que não tem Deus. A não ser, quando a mulher esteja em estado de submissão ao homem.

 

Foram milênios de construção de um pensamento religioso-cultural, mantido através da Cultura greco-romana, condicionando a mulher como um ser de segunda classe. Sendo este, doutrinamento cultural articulado e, seus derivados como: patriarcado e o machismo, fontes de todas as atuais violências praticadas contra a mulher que temos nos dias atuais – seja ela verbal, física, econômica e política contra o gênero feminino – No que se classifica, hoje, como misoginia.

 

Alguns dos fundadores da Igreja – identificados, nos dias de hoje pela psicanálise moderna como os neuróticos da fé – participaram ativamente para o projeto da exclusão da mulher na confecção e entendimento do que seja o Divino, pondo a mulher em um papel secundário e de submissão.

 

Tem-se como exemplo teses e dogmas religiosos defendidos por nomes importantes da fundação da Igreja, nomes como os de Santo Agostinho, que alardeava como sendo basilar para a construção da religião cristã, textos que pregavam, e que ecoam até os dias atuais, onde: “A mulher não possuía a imagem de Deus em si mesma, mas somente quando considerada juntamente com o homem que é sua cabeça, de modo que toda substância seja uma imagem. Mas, que quando lhe é atribuído o papel de ajudante, função que lhe pertence exclusivamente, então ela não é a imagem de Deus. Mas, quanto ao homem, ele é por si só a imagem de Deus tão plena e completamente quando ele e a mulher são unidos em um só.”

 

Outro nome importante na construção da igreja cristã, na composição de sua doutrina, é o de Tertuliano, que sustentava: “A mulher é a porta por onde o mal entra.” Também doutrinando e contribuindo para estabelecer o ódio pelas mulheres. São Cristóvão em seus escritos narrava que: “As mulheres são o animal mais daninho.”

 

Toda essa construção do ódio pelas mulheres tem como base o Mito de Eva. Eva que teve a coragem de romper com o paraíso artificial criado pela religião cristã.

 

A ruptura é o primeiro indicativo de que o humano é um ser livre, característica primeira da humanidade. Eva inaugurou a humanidade, o não perfeito, os sedentos por liberdade!

 

O que esses homens religiosos não aceitavam é que Eva teve um desejo autônomo, da própria vontade, coisa que Adão não teve!

 

A partir da ruptura de Eva, criou-se a desculpa perfeita para toda a frustração do homem com “H”, - frustração, que também é sentimento essencial que compõe a vida humana – projetando assim, sobre o “pecado original”, o pecado de Eva, todas as dores do mundo. O homem com “H” toda vez que se frustra com seus delírios; primeiro, culpa Eva e depois pula para o colo de Deus.

 

Também, no islã, religião do profeta Maomé, em uma passagem no seu livro de costumes, Maomé cita que teve um sonho e, nesse sonho viu o Céu e o inferno. No Céu visto, em sonho por Maomé, tinham muitos pobres e, no inferno, também visto no mesmo sonho por Maomé, estava cheio de mulheres.

 

Até mesmo na Renascença, período de início de ruptura com a Idade das Trevas, onde o humano começa a ocupar lugar de destaque no que se entendia por Vida, a mulher era percebida e mostrada como objeto estético de desejo, apenas; através de obras de artes que cultuavam e ao mesmo tempo objetificavam o corpo feminino. Tendo como consequência, durante a Renascença, uma proliferação da prostituição, onde filhas de famílias numerosas e pobres, alimentavam – com a venda dos corpos de mulheres e meninas e, deles tirando seu sustento – o crescente número de bordeis em Veneza. Enquanto, as famílias que tinham dinheiro mandavam suas filhas para os conventos em Florença, tendo Jesus Cristo como noivo ideal.

 

Muitos se equivocam crendo ou fazendo crer, que a prostituição é uma iniciativa da mulher, a prostituição é um projeto, uma outra forma de violência contra as mulheres, de iniciativa dos homens. Que ao longo dos tempos precarizam os meios de sobrevivência das mulheres, ao ponto de tornar-se a prostituição o único meio ou o último meio de sobrevivência das mulheres e, principalmente como forma de lucro para os homens com a exploração do corpo feminino. Sendo essa, uma das “contribuições” do feudalismo e do seu filhote não menos pervertido, o capitalismo; para a construção do ódio pelas mulheres.

 

Na Renascença, ainda, também a mulher teria destaque quando, como o exemplo de Joana D’Arc, criou-se o mito da mulher-homem, a que foi para as frentes de batalha. Mesmo assim, ao fim e ao cabo, Joana D’Arc acabou queimada em uma fogueira como feiticeira pelo seu papel masculino.

 

Mais adiante, séculos XIX e XX, ainda sobre a percepção da mulher pela Arte, destaco um artista em especial, o pintor austríaco Gustav Klimt, o pintor que amava as mulheres. Klimt, retratava a mulher com alma, sensualidade, mistério e Poder, não apenas como um objeto estético, um corpo – rompendo, assim, com a visão tradicional de submissão e exploração do corpo feminino pela Arte –. Percebia e mostrava a mulher como alma criadora conectada a feminilidade, a fertilidade, a vida e ao amor.

 

O Feminismo tem papel fundamental na luta pelos direitos das mulheres. Tendo como uma das grandes escritoras e articulistas desse movimento – Simone de Beauvoir – defendia a politização e inserção da mulher na sociedade, com todos os seus direitos e garantias, que devem ser respeitados, reconhecendo as diferenças entre os gêneros masculino e feminino. Sendo assim, as mulheres não devem ser tratadas como homens e, sim de maneira adequada a sua condição de mulher.

 

Em outro pensamento a imensa escritora – Simone de Beauvoir – nos ajuda a compreender a gênese do movimento feminista, citando: “A questão não é que as mulheres simplesmente tirem o poder das mãos dos homens, já que isso não mudaria nada no mundo. É uma questão precisamente de destruir essa noção de poder.”

 

Ainda sobre o movimento do feminismo, concordo sobre lugar de fala – noção corporizada do que sente na pele – mas também penso que a temática da situação de opressão histórica contra as mulheres nas sociedades é um problema de todos.

 

Todo esse projeto milenar de misoginia, (ódio pelas mulheres) se manifesta, em tempos atuais, em formas de violências praticadas por nós, homens contra as mulheres.

 

No Brasil destaca-se a Lei Maria da Penha (Lei 11.340 / 2006), nome dado como reconhecimento e homenagem a senhora Maria da Penha Maia Fernandes, cearense, vítima de violência doméstica, que com coragem e muita determinação, lutou através de organismos e mecanismos internacionais pela criação de uma Lei de combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil. Criando assim, por pressão internacional, medidas legais de proteção para as vítimas e punição para os agressores.

 

Esta Lei também prevê, medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor do lar, e considera como crimes as violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Estabelece ainda, a criação de juizados especializados e garante que a vítima somente poderá renunciar à denúncia perante um juiz.

 

Os índices de violência contra a mulher no Brasil são altíssimos, segundo dados atualizados do Mapa Nacional da Violência de Gênero apontam que no primeiro semestre de 2025 foram registrados 718 feminicídios no país. O levantamento elaborado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado, também aponta registros de 33.999 estupros contra mulheres de janeiro a junho, uma média de 187 por dia.

 

Professora de direito criminal, Renata Furbino destaca as leis existentes para coibir esses crimes, mas afirma ser necessário entender o contexto da sociedade e fortalecer as redes de apoio às mulheres, com articulação entre as políticas de Estado, as delegacias de polícia, os ministérios públicos e outros órgãos.

 

Os pesquisadores acreditam que os números das violências cometidas contra as mulheres e meninas, sejam ainda maiores, por considerarem a subnotificação.

Jackson Alves – Advogado Criminalista

@dr.jaksonalves

domingo, 19 de outubro de 2025

SEU SANTOS

Você conhece seu Santos? Não, não, não é torcedor do Santos F.C.! Não é nenhum SANTO da sua igreja, muito menos, o Santos que inventou o avião, em cima do monte! Eu estou querendo ressaltar é uma figura pacata, simples e modesta, que se chama seu Santos, também conhecida por seu Santos, que carrega o apelido de seu Santos e que possui a alcunha de seu Santos, mas que para todos nós, leitores desse blog, devemos considerá-lo com o vulgo de seu Santos.

 

Não é que seu Santos apareceu na televisão! Seu Santos ficou famoso de uma hora para outra. Mas muito famoso mesmo e, justamente, pelas suas proezas. Para que você, leitor desse blog, se sintonize na figura emblemática de seu Santos, vou procurar traçar um perfil de sua trajetória para que você tenha a convicção de que conhece seu Santos e se lembre que ele faz parte de sua vida cotidiana.

 

Seu Santos era atendente de balcão, sendo um atencioso vendedor de terno, também conhecido por paletó, tendo um auspicioso salário de cinco mil reais. Isso mesmo, cinco mil reais. Quantos milhões de trabalhadores não gostariam de ter um salário desse? Seu Santos era um atendente de balcão atencioso, prestativo e bom de conversa.

 

Certo dia apareceu um sujeito careca na loja em que seu Santos vendia terno, para comprar um terno que o deixasse mais esbelto, importante e poderoso. Seu Santos fez um excelente trabalho de convencimento e embrulhou o careca num terno top da marca Kiton K-5, que custa cinquenta mil dólares. A Kiton é uma empresa italiana de roupas de luxo sob medida fundada no ano de 1956 por Ciro Paone, um comerciante de tecido e por Antonio Carola (peguei isso na Internet).

 

O careca ficou entusiasmado e falou para seu Santos: “gostei de você e vou te ajudar!” Seu Santos tomou aquele susto e logo, logo, três meses após, com a orientação do careca, abriu uma empresa em seu nome, depois, uma outra empresa em nome de sua esposa, logo mais, outra em nome de seu cunhado e mais outra em nome de outro parente. Seu Santos deu um salto de vara em seu salário, de cinco mil reais pulou para cento e vinte mil reais.

 

Na televisão perguntaram a seu Santos: “seu Santos, o senhor é mesmo o quê?” E a resposta foi categórica: “eu sou prestador de serviço, eu sou assessor, consultor e resolvo tudo.” Seu Santos fazia de tudo, era um ‘pau para toda obra’ e trabalhava ‘que nem um condenado’ para fazer e atender às necessidades da empresa do careca. Era tanto serviço que ele não tinha tempo de trabalhar para outras empresas do ramo ou parecidas ao ramo. Ele tinha um serviço exclusivo e de ligação direta à empresa do careca.

 

Seu Santos ouviu alguém dizer na televisão: “seu Santos, o senhor é tirado a ser pau para toda obra, mas é mestre de nenhuma e, ainda digo melhor, mesmo que o senhor seja mestre de uma, o senhor não passa de um mestre de nada. O senhor é um assessor de tudo, que não serve nem para ser assessor de nada.”

 

Como é que dizem uma coisa dessa na cara de seu Santos? Seu Santos ficou virado ‘du zidim’ e começou a estrebuchar: “olhe bem! Eu faço eventos e realizo contrato para a firma do careca.”

 

Seu Santos abriu o rosário e soltou a língua, dizendo que era um empresário que trabalhava para a empresa do careca, principalmente na realização de eventos, com suas empresas de montagem e desmontagem de andaimes alugando palcos, coberturas e estruturas de uso temporário, iluminação, caixa de som; prestando serviço de organização de festas, contratando cantores; fazendo ornamentação; colocando banheiros químicos; alugando carros e carros-pipas; fazendo monitoramento; realizando o serviço de segurança e se lascando num serviço que só ele fazia.

 

Indagado que serviço era esse? Seu Santos foi cirúrgico e disse que: “tinha a incumbência de contratar mão-de-obra para trabalhar na empresa do careca.” Foi indagado: “e por que a empresa do careca não faz essas contratações?” Foi enfático na resposta: “sou eu lá que vou saber, o que eu sei é que a empresa do careca bota trezentos milhões de reais na conta de minha empresa, manda uma planilha e a minha empresa sai fazendo os pagamentos.” O seu Santos é tão bestinha que passou a ter 10% de um banco, que iria emprestar 10 bilhões de reais à ... e ele não sabia o que era isso.

 

Depois dessa, eu acho que a máscara de seu Santos caiu. Ele que vinha comendo banana da mata da Caboronga dizendo que era bagunço de jaca para tirar todo mundo de tempo, até mesmo você morador de Ipirá, que já estava pensando que seu Santos era um seu conhecido e, agora, ficou bem claro que seu Santos é um prestador de depoimentos, inclusive sendo interrogado na CPMI do INSS, por ter contribuído para o ‘Careca do INSS’ surrupiar valores monetários na aposentadoria dos velhinhos do INSS. Ôs coitados!

 

sábado, 11 de outubro de 2025

A CÂMARA APROVOU, O PREFEITO DERRUBOU E O POVO SE LASCOU

 


A Expo-Ipirá do prefeito Tiago Oliveira (T.O.) foi uma casca de banana. No domingo, 8 h da manhã, a quase totalidade dos animais de fora já tinham batido em retirada. Da mesma forma, muitos estandes detonaram o “já fui, banda Mel!”, bem antes mesmo do término da festa. Foi a turma que ficou com a casca.

 

Para finalizar o prefeito T.O., esperto que nem bode subindo em pé de umbuzeiro, contratou um cantor e uma multidão acompanhou o show. Vingou o bordão: “deu muita gente!” Motivo para a Expo-Ipirá ser um grande sucesso. Foi quem comeu a banana.

 

Muito mais significativo para a economia rural de Ipirá como um todo, será a concretização e efetivação da feira de animais às quartas-feiras, no Parque de Exposição, depois de tentativas fracassadas. Essa tarefa não é das mais fáceis. Necessário um debate aberto, que se distancie da exclusividade ocorrida na feitura da exposição.

 

Nota da prefeitura: “A obra representa um avanço significativo para a mobilidade rural, tem valor total de R$535.999,98 (quinhentos e trinta e cinco mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e oito centavos) e oferecerá melhores condições de tráfego e mais segurança para moradores, produtores e visitantes da comunidade da Caboronga.”

 

Uma pergunta bem simples: esse dinheiro público veio de onde? Em Ipirá, existe um costume cavernoso: os gestores do município não dizem nem a pau de onde saiu o dinheiro para a obra.

 

Se for recurso próprio, a nota da prefeitura está sendo injusta, inverídica, ilegítima, insincera com a administração Thiago Oliveira ao não anunciar uma obra com recurso próprio no seu minguado quadro de obras, desde quando, a gestão T.O. não disse ainda para que veio, não executa obras e vive do esforço alheio e de propaganda enganosa, quando gosta de fazer cantoria de galo no terreiro do vizinho.

 

Se for recurso estadual ou federal? Aí a nota do prefeito T.O. está sendo falsa, infiel e desleal ao sonegar a verdade à população criando, desta forma, a condição da dúvida na cabeça das pessoas, que ficam achando que aquela obra é fruto do esforço municipal.

 

2026 será um ano eleitoral. É necessário ‘que se dê a César o que é de César’, mesmo sendo com dinheiro público. Não convém surrupiar as obras alheias.

 

Além do mais, é interessante a narrativa da prefeitura para a ladeira da Caboronga, quando diz: “...começou a receber serviços de encascalhamento, uma ação inédita e aguardada há anos pelos moradores da região.” Ao tempo que não utiliza nenhum argumento para os quatro quebra-molas colocados na rua do hospital, numa falta de reconhecimento grandioso, ‘por um serviço que é uma ação inédita e aguardada há anos pelos moradores de Ipirá’.

 

A grande novidade da semana é que o prefeito T.O. tomou uma chapuletada na votação da Câmara de Vereadores. Os vereadores fizeram um projeto que contou com a votação total da Casa: 15 votos.

 

Trata-se da obrigatoriedade da entrega, aos parentes até segundo grau, de um relatório sobre a situação de pacientes internados no hospital de Ipirá, que estão aguardando a REGULAÇÃO.

 

O prefeito Thiago Oliveira cacetou o projeto, ou seja, VETOU, derrubou o projeto. O VETO do prefeito T.O. retornou para votação na Câmara de Vereadores na sessão do dia 14 de outubro e perdeu de 8 a 4.

 

O X da questão é a REGULAÇÃO de pacientes de Ipirá. O que acontece? O Hospital de Ipirá não entrega o relatório do paciente, nem aos parentes; o que acompanha é um código da doença. Mas, a UPA de Ipirá entrega o relatório (segundo fala de alguns vereadores).

 

A REGULAÇÃO resolveu o problema da enchente nos corredores dos grandes hospitais, mas não eliminou o problema da falta de assistência médica no Estado da Bahia para a demanda de alta complexidade em estado crítico. O paciente pena e padece na fila, quando não morre.

 

Do corredor da morte para a fila da morte. Não se morre mais nos corredores dos grandes hospitais; a morte agora é na fila de espera, basta a REGULAÇÃO não sair ao tempo suficiente; basta a REGULAÇÃO demorar e o estado crítico do paciente não suportar a demora imposta.

 

O prefeito Thiago Oliveira vai entrar na Justiça contra a Câmara. A vara de bambu enverga, mas não quebra. Mesmo sendo uma REGULAÇÃO seletiva, com favoritismo e apadrinhada por políticos. Parece que todo mundo está rendido ao problema. Cuidado prefeito; não mexa com a Câmara de Vereadores, V.Exa. vai ter que vomitar!

Vídeo do prefeito:

https://www.instagram.com/reel/DPjQFX9DQnL/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==


Encerrando a matéria com uma pergunta: você, leitor desse blog, fica com o prefeito ou com os vereadores? E se for um parente seu?


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

“A CADELA DO FASCISMO ESTÁ SEMPRE NO CIO”

Este artigo foi escrito pelo advogado criminalista Jackson Alves @dr.jacksonalves

Pela qualidade da matéria, este blog resolveu reproduzi-lo.

 

Assim falou Bertolt Brecht: “A CADELA DO FASCISMO ESTÁ SEMPRE NO CIO”

 

Caso o Brasil não contasse com Partidos Políticos fortes, construídos pelas massas populares da Sociedade Civil Organizada e um sistema de Justiça com autonomia baseada na Carta Maior de 1988, o país correria o risco de se tornar uma DEMOCRACIA DE WEIMAR (1919-1933), que permitiu a ascensão do autoritarismo na Alemanha.

 

O problema nas democracias não é a participação das forças políticas – ainda que antagônicas – na visão de como melhor atender aos anseios da sociedade, sendo esse antagonismo a natureza precípua dos regimes democráticos. O grande problema das democracias é a falta de partidos fortes, oriundos das massas trabalhadoras produtivas de um país.

 

A fragmentação política na democracia, sem representação do povo, abre lacuna para a ascensão de partidos menores sem força popular consciente. Além de não representarem a vontade da maioria, essas agremiações promovem também a ascensão de “políticos menores”, que usam da força bruta, discursos fáceis e vazios, envernizados na propaganda fascista para a tomada do poder.

 

Durante o período de redemocratização do país, o Brasil através da classe trabalhadora organizada construiu Partidos que  tem relação orgânica com seu povo juntamente com setores econômicos responsáveis e comprometidos com o desenvolvimento socioeconômico do país, buscando soluções para as demandas do Estado brasileiro, atendendo aos anseios do povo – elemento essencial do Estado Democrático de Direito – impedindo assim, a ascensão e permanência no controle do Estado por políticos aventureiros e megalomaníacos que sempre trataram a política como meio de se locupletarem, perpetuando, assim, a exclusão social histórica dessa mesma massa popular.

 

A ascensão, ainda que transitória, de neofascistas tem como objetivo minar as autoridades políticas de representação popular, desqualificar as instituições legalmente constituídas, pregando a morte do Direito, além de tentar cooptar a imprensa livre, para perpetuar um regime de exclusão social e político das massas organizadas.

 

Através do autoritarismo truculento, o neofascismo aventureiro vem tentando por dentro da política promover o caos, sequestrando o poder, coagindo e inibindo a participação do povo – representado pela Sociedade Civil Organizada – do processo político-social, desqualificando as urnas em que o povo deposita a sua vontade pelo voto livre e universal.

 

Pseudos-políticos, na sanha persecutória de se manterem impunes pelos atos contra a democracia [tipicamente uma atitude fascista] – navegam contra às necessidades reais do povo (saúde, educação, segurança pública, emprego, moradias dignas e outras políticas de reparação social), criando um discurso artificial em dissonância com a realidade dos fatos. Tudo isso na tentativa de desestabilizar a democracia e instaurar o autoritarismo.

 

A República de Weimar, na Alemanha, pela ausência de coerência e união política de setores responsáveis da sociedade alemã, produziu um tirano que através da truculência e de discursos fáceis difundidos pela propaganda fascista – grandes homens não são criados pela propaganda – prometia soluções simples para problemas complexos, criando assim um monstro. Tendo como consequências a curto prazo a morte da política e a médio prazo a derrocada do Estado Alemão com a prática da violência deliberada como forma de imposição dos “ideais” de um monstro megalomaníaco.

 

A democracia não pode confundir permissão com permissividade, abrindo caminho para os que querem destruí-la. Uma vez que nenhuma nação pode se curvar aos motins de fascistas.

 

A democracia é frágil porque para ser verdadeiramente o que é, em um sentido mais puro, se deixa aberta a ser tomada por aventureiros.

 

O Brasil não pode viajar para o abismo sem ninguém dizendo quando vai chegar ao fim.

 

Os governos democráticos legalmente constituídos, devem ser observados por meio de uma oposição qualificada, pois a oposição também governa e, promove o equilíbrio de forças na busca constante do aperfeiçoamento do processo político de governança, criando mecanismos de proteção das liberdades, dos direitos fundamentais e coletivos dos cidadãos e autoproteção das Constituições Democráticas, afastando o autoritarismo pervertido.

Jackson Alves - Advogado Criminalista - @dr.jacksonalves

 

 

domingo, 28 de setembro de 2025

A PERDA

Um salto no precipício pode ser o encontro com a imensidão do nada e com uma massa imensurável de incertezas. Neste momento, o município de Ipirá não gravita num vácuo e não vagueia com formato abstrato. Vive uma estiagem que castiga quase todo município; a vegetação coloca a sua roupagem cinza. A terra nua aguarda molhação.

 

São momentos difíceis, com seca persistente e perdas salientes. Na administração, o prefeito Thiago Oliveira. Pouco se sabe de projetos para o município, tudo transcorre numa lógica de cidade-negócio, que fomenta e arremete gordura financeira na direção de um grupelho, que cantarola como empresários de prefeitura, gravitando no entorno da gaiola do poder. O calejado sertanejo vai aguardando, celebrando e suportando.

 

Não chores por teus filhos, Ipirá! Até o momento, o prefeito Thiago Oliveira não fez uma obra. Está para completar um ano de administração e nada. Nada de braçadas por águas profundas e abundantes dos recursos públicos. Foi-se o tempo das vacas magras para o poder público municipal. Uma máquina administrativa cara. Uma administração municipal que se mantém como trepadeira e sobrevive de emendas parlamentares e apego aos governos estadual e federal, para demonstrar e mostrar serviço.

 

Ipirá recebe um bilhão de reais por mandato (de quatro anos). Nosso município encontra-se embrenhado nas zonas de incerteza. Infelizmente, as pessoas estão fortemente orientadas no sentido da barganha por cargos no governo. Os políticos esquecem e abrem mão de políticas programáticas em busca de maximizar o cabedal eleitoral dos donos do poder. Naturalmente, conseguem esquecer uma característica importante e imprescindível, que é a defesa de agendas e programas políticos.

 

Nada vale uma aliança em que o povo não veja a cor da chita. Assim a banda toca e a fanfarra serpenteia pelas ruas da cidade que nem cobra sassaricando. Não chores por ti, Ipirá! Por mais que queiras e desejes, não tens mais lágrimas.