Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 60 (mês de maio 2019)(atraso de um
ano e dois meses) (um por mês)
A sirene tocou na residência do prefeito Marcelão. A secretaria
do lar atendeu com a devida desconfiança e sem abrir a porta, escuta:
- Ô de casa! O prefeito Marcelão encontra-se em casa?
- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Quem deseja falar com
ele?
- Para sempre seja louvado! Pode dizer a ele que é o Matadouro
de Ipirá, que ele sabe quem é.
- Oxente, meu senhor! Vê lá se eu sou besta ou tenho um ó na
testa prá dá trela a uma conversa dessa! O prefeito Marcelão já falou que
acabou o Matadouro de Ipirá e se ele falou que acabou é porque acabou.
- Acabou como, dona? Oia eu aqui, de prontidão na casa do
prefeito Marcelão querendo ter uma conversa com ele.
- Qui senhor mais insistente! Eu já disse prá vosmicê qui parece
sê surdo dus ouvidos, qui o Matadouro de Ipirá já era, depois de vinte e cinco
anos o prefeito Marcelão deu um jeito naquele troço, agora é frigorífico, vou
dizer bem dito: é FRI-GO-RÍ-FI-CO!
- Mas dona, frigorífico coisa nenhuma! Eu sou é matadouro, eu
nasci matadouro e vou morrer matadouro. Será que a dona não compreende isso e
fica comendo H do prefeito Marcelão?
- Ora, meu senhor! Vosmicê tá pensando o quê? Qui eu sou uma
pessoa à-toa, qui come com a boca dos outros; eu vi com esses dois olhos, o
empresário do frigorífico dizer ao prefeito Marcelão qui ele conhece o boi pur
dentro e pur fora, mais ainda, que ele tem frigorífico em todo o Nordeste,
intonce, dá prá vê qui u homem tem bala na agulha.
- Mas dona, é isso que eu quero conversar com o prefeito
Marcelão! Esse empresário só tem um matadouro em Senhor do Bonfim e outro que
vai inaugurar em Irecê, como é que está em todo o Nordeste?
- Meu senhor! Ele não tem matadouro, o senhor tem que
compreender que esse empresário é dono de frigorífico e não de matadouro; prá
ele ter interesse em Ipirá, o prefeito Marcelão teve que acabar o matadouro e
fazer o frigorífico. Entendeu agora?
- Mas dona! Só mudou o nome, eu tô do mesmo jeito; agora, ele
vai ser responsável pela boiada que esse empresário comprar?
- Mas menino, só faltava essa! Tá no teu haver que o prefeito
Marcelão vai vender boi? Quem pariu o bezerro que balance! Agora, meu senhor,
eu não vou deixar o senhor entrar porque o senhor está sem máscara contra a
Covid-19 e por ordem do prefeito Marcelão aqui só entra jacu arrependido pra
comer duas colher de farelo e macaco desgarrado. Passe bem, que a panela está
no fogo e a comida pode queimar! – disse a secretária que não abriu a porta.
-
Suspense: Será que o prefeito Marcelão acabou com o
matadouro ou é mais conversa prá boi dormir? Veja que situação: a
novelinha tá de correria, querendo chegar ao mês de agosto 20 sem nenhum
capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não
ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com
o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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