domingo, 9 de abril de 2023

SUMIRAM DUAS AMBULÂNCIAS DO SAMU EM IPIRÁ!

Não tem como não começar com esta pergunta. Tudo em Ipirá depende desta resposta: você sabe quantos contratos milionários a Prefeitura de Ipirá tem com empresas privadas? Tem um contrato de dez milhões de reais/ano, só somente só, para contratar mão-de-obra. O município de Ipirá tem necessidade urgente dessa mão-de-obra ou simplesmente é um cabide de emprego macaco para beneficiar um empresário amigo?

 

 

O vereador Jaildo do Bonfim lançou uma proposta que está diretamente ligada as indagações do primeiro parágrafo. Uma grande proposta para discussão com seus pares e com o povo de Ipirá. Pelo menos o vereador teve a ousadia de lançar uma proposta inovadora e a coragem de fazê-la para provocar o debate, num município atrasado e atrofiado pelas mesquinharias do sistema jacu e macaco.

 

 

A proposta do vereador: “que todo o sistema educacional de Ipirá seja resumido a cinco (05) grandes escolas de tempo integral, com localização previsível para quatro cantos centralizado da zona rural e uma central, na sede. A máquina burocrática sofreria uma redução acentuada, repercutindo sensivelmente nos custos da burocracia. O transporte seria a principal base de apoio.” A ideia é excelente, principalmente por ser genuína na adaptação à nossa realidade.

 

 

Quero participar desse debate, acrescentando três ponderações; primeira: pelo que dizem, o município de Ipirá tem dificuldade financeira para fazer uma escola com duas salas, imagine, um colégio grande? Tenho a impressão que dez milhões de reais seriam suficientes para fazer uma escola desse porte. Uma por ano, quatro em quatro anos. Mas, pensando bem, estas ‘gestões jacu e macaco’ que dominam nosso município preferem fazer uma escola grande por ano ou contratos milionários de dez milhões de reais com empresas de amigos-empresários?

 

 

Presidente Jaildo! Hoje o nosso município tem um ponto cego, que não favorece ao seu desenvolvimento, mas ao atrofiamento por falta de recursos viáveis, que são desviados para o provimento de empresas privadas, que atuam em necessidades duvidosas e questionáveis nesse momento. O carro está na frente dos bois.

 

 

Onde estariam os recursos para esses investimentos? Os recursos do município estão comprometidos até o pescoço nesta amarração com transações e compromissos com contratos milionários. Esperar pelos governos estaduais e federais e Emendas Parlamentares não é nada aconselhável na nossa situação de município batizado nos contornos do assistencialismo social.

 

 

Uma segunda ponderação de minha parte seria sobre o fechamento das demais escolas em diversas comunidades. Esta é uma questão delicadíssima. Vou pegar o exemplo da escola do povoado de Umburanas. Na administração do prefeito Marcelo Brandão a Escola Municipal Manoel Galdino dos Santos foi fechada no povoado. Hoje, as crianças do povoado deslocam-se para o distrito do Malhador para freqüentar uma escola.

 

Qual é o significado de uma escola numa comunidade? Abrir e consolidar uma perspectiva de desenvolvimento e crescimento progressivo das pessoas.

 

 

Manter a firmeza e a convicção de uma completitude, de um orgulho que faz o bem e de uma auto-estima elevada: ‘onde moro tem uma escola!’

 

 

O nobre sentimento de pertencimento: ‘a escola do meu povoado’; ‘a minha escola’; ‘a escola da gente’; ‘o que sou agradeço àquela escola’; ‘foi ali que aprendi as letras’. Existe uma relação entre a pessoa e a escola. Existe um respeito ao reportar-se à escola.

 

 

Qual é o significado de uma comunidade sem escola? É o caso de Umburanas. A criança perde a referência boa e positiva. O povoado tem um bar; tem dois bares; tem um bocado de bar, mas não tem uma escola! Por que não é devido ou merecido uma escola no povoado? Por que o Malhador tem escola e Umburanas não?

 

 

O bar preenche porque existe; a escola está no vazio, contém o nada, é inexistente. Sem escola vai dar lugar ao despovoado e ao desabitado que virá. Está desprovido da identificação, daquele reconhecimento da escola como própria do povoado Umburanas.

 

A população do povoado Umburanas não tem um símbolo real, verdadeiro e essencial para a humanidade, a escola. Com base num princípio de analogia, nada substitui a escola. Na sua forma e na sua natureza a escola evoca a educação como condição indispensável ao ser humano. O povoado não tem escola. Nesse contexto, no povoado corre o grande risco de ser substituída por algo muito menos importante para a comunidade.

 

O deslocamento de crianças do povoado sem-escola para as escolas do Malhador e Rio do Peixe podem ocasionar futuros percalços, desde quando, as crianças se jogam em busca de carona na estrada, por diversas vezes. A carona pode não ser segura. Se escola o povoado tivesse, esse  percurso seria feito andando e em poucos minutos, com muito mais segurança. 


Na visão das administrações jacu e macaco uma escola é uma despesa insuportável, mas um contrato milionário com um empresário amigo é algo normal, legítimo e ético!

 

Uma terceira ponderação é só uma alusão: no nível de violência que estão acontecendo nas escolas brasileiras, uma grande escola poderá sofrer em maior índice do que uma pequena, embora o tamanho não seja uma determinante para que tal violência aconteça. Isso até não tem muito sentido.

 

Mas o vereador Jaildo do Bonfim está de parabéns por trazer uma proposta de alta relevância para o nosso município e isso mantém o debate em alto nível e demonstra que o Poder Legislativo está ganhando proeminência em nosso município, merecidamente. Está se distanciando das intrigas e mesquinharias do jacu e macaco para contemplar grandes e relevantes temas, que engrandecem o debate e elevam o município.

 

 

Agora, vem um contrato de dezenove milhões de reais/ano para uma empresa tomar conta do hospital de Ipirá. É a tal privatização dos serviços públicos. Se o governo da Bahia assumir o que é propriedade do Estado, a prefeitura de Ipirá ficará livre desse custo operacional.

 

 

Se na atualidade a prefeitura de Ipirá gasta um milhão e seiscentos mil reais por mês (eles dizem que a prefeitura não agüenta essa despesa) e o atendimento da saúde de Ipirá é precário. Como, de que forma uma empresa vai resolver o problema da saúde do nosso município recebendo a mesma quantia de um milhão e seiscentos mil reais por mês? Então, na medida em que se resolva, a precariedade é puramente uma questão de gerenciamento.

 

 

Não parece, porque a maior prova do fracasso da saúde de Ipirá é a existência de duas ambulâncias do SAMU em nossa terra, do tempo da administração do prefeito macaco Dió, completando 18 anos que chegaram em Ipirá, para a prestação de serviços em nossa sociedade e NUNCA funcionaram. Onde estão essas duas ambulâncias? Ainda prestam ou viraram sucatas? Que fim tiveram?

 

 

É assim que governam jacu e macaco. As duas ambulâncias do SAMU são as coisas do jacu e macaco que não servem para nada. Um desperdício do dinheiro público.

 

Um comentário:

Ivo Barretto disse...

Sempre uma grande matéria, sempre um grande assunto. Professor Agildo Barreto nos dá uma aula de conhecimento administrativo. Enquanto isso, vamos vivendo do engodo do zoológico político.