A crise política do sistema
jacu e macaco no município de Ipirá parece fogo de monturo, queima por baixo do
pano e não tem água que apague.
Na macacada está demarcada a
disputa pela liderança do grupo. De um lado o líder Antônio Colonnezi e do outro
o ex-prefeito Dió e o atual prefeito Dudy. Trata-se do conhecido canto de
carroceria aplicado na beira de um precipício. Quem cair não sobreviverá como
líder. Deixará a condição de protagonista para a de simples coadjuvante.
Trata-se de uma rasteira bem dada.
Toda vantagem é de quem está
sentado na cadeira do prefeito. Sendo Dudy uma pessoa de pouco traquejo
político, naturalmente quem dá e estabelece todas as coordenadas é o grande
Dió, o Ninja da Parada. Caso consiga vencer as próximas eleições em 2024,
ninguém poderá ter dúvida, será o grande pensador, articulador e chefe da
politicagem no município de Ipirá. O maior de todos os tempos. Só na moita!
O ex-prefeito Dió começou a
vida política no município de Ipirá como um serviçal da jacuzada, pronto e
preparado para fazer qualquer trabalho político sujo no interesse da oligarquia
Martins (tomar de assalto o PMDB). Esperto que nem crocodilo na hora do bote
para comer a galinha, percebeu que na jacuzada não teria vez e seria um simples
ajudante de ordem. O que fez? Pulou de galho, saiu do ninho do jacu e entrou na
toca do macaco.
Bem recebido virou prefeito.
Posou de bom moço e esperou o momento certo para dar a estocada. O trabalho é
agora Ipirá. O prefeito Dudy tirou do bolso do paletó a candidatura do seu
genro para a sua sucessão. Antônio reprovou; Dió aprovou; o ex-deputado Jurandy
Oliveira se afastou. O ex-prefeito Dió vai colocar a estrela de campeão da
série B na camisa, mesmo sendo torcedor do Bahia. É assim que o crocodilo
jantará a galinha.
A jacuzada também navega por
mares tenebrosos. Não tem muito o que fazer. Se ficar o bicho pega, se correr o
bicho come; esse ditado nunca foi tão bem apropriado. Sem prefeito, sem
governador, sem presidente e com Marcelo Brandão insistindo em ser o melhor
prefeito que Ipirá já teve, em tudo e contra todos, nada mais promissor do que
abrir o guarda-chuva e aceitar na sua sombra os trânsfugas da toca do macaco.
Embaralhou e embananou tudo.
Aí o sistema jacu e macaco
entrou em parafuso e deu pane. O macaco apoia um sobrinho do ex-deputado Jurandy
Oliveira; o jacu apoia a esposa do ex-deputado Jurandy Oliveira. Se um dos dois
desistirem, ainda tem outro sobrinho (Jota Oliveira) do ex-deputado Jurandy
Oliveira engatilhado, pronto e preparado para assumir a vacância. Durma com um
barulho desse e não tenha pesadelo com o crocodilo querendo almoçar a galinha do
seu poleiro.
Observe bem observado: onde
foi parar a crise do sistema jacu e macaco? No colo da família Oliveira. De boa;
com um presentaço ofertado pelo sogro ou pelo esposo: a prefeitura de Ipirá.
Dois candidatos da mesma família (Oliveira) disputando a prefeitura de Ipirá.
Não tenham dúvida, Ipirá
bebeu a água de Itaberaba. Lá é Mascarenhas e aqui é Oliveira. Lá o povo pensa
que a briga é verdadeira; aqui o povo vai pensar que a briga é a vera. Tanto
lá, como cá, tanto faz crocodilo ou jacaré, eles gostam de saborear uma
galinha, desde quando haja o descuido do povo.
Com pena da crise vivida pelo
jacu e macaco aparece a Federação Brasil da Esperança, em Ipirá, querendo jogar
água e apagar o fogo do monturo. Dessa crise só restará as penas da galinha.
Por que não deixar o braseiro virar o fogo incontrolável do inferno?
“Não, não, não é isso!
Queremos a canja da galinha.” Nada mais difícil de ouvir do que: “não adianta
ficar conversando aqui, vamos saber o que eles têm para nós.” Desde quando
deveremos ter um desprezo categórico pela conversação intensa entre os nossos
pares?
A Federação Brasil da Esperança,
no município de Ipirá, tem três vereadores (a) na atual legislatura. Qual é o
principal objetivo desta federação para o pleito eleitoral municipal de Ipirá em
2024?
Manter as três vereanças e
ampliá-la. Isso seria uma vitória política, pois representará um passo
importante na manutenção da representação popular independente nesta importante
Casa do Povo. O trabalho dos vereadores eleitos (pela federação) em sintonia
para tirar o poder imperial do prefeito.
Outro caminho é apresentado:
abiscoitar secretarias e ter participação no governo.
Vê lá se: o esquema de administração
de jacu e macaco tem abertura para participação coletiva e ampliada? Vê lá se:
essas candidaturas do jacu e macaco possuem o desprendimento para abrir a
administração e a caixa-preta da prefeitura para o prefeito deixar de ser uma
figura imponente, poderosa e vaidosa? Nem aqui, nem mesmo na curva do inferno.
Proponham: um conselho de
gestão amplo, livre e sem rendimentos para auxiliar a administração no
município de Ipirá.
Proponham: um programa mínimo
de governo para ver se eles aceitam. Os prefeitos jacu e macaco são eleitos
dentro de um esquema e interesse altamente pessoal.
Proponho: que as secretarias
oferecidas sejam ocupadas pelas candidaturas à vereança da federação mais votadas,
que não forem eleitas no pleito municipal de 2024.
Perdão! Vou retornar para a
realidade. A tabuleta colocada na porta principal e da entrada está escrito:
não aceitamos propostas.
O prefeito
de Ipirá é prisioneiro de um esquema que impede o desenvolvimento real e
verdadeiro do nosso município. Um esquema do qual o povo não participa, no
máximo pensa que escolhe. Está sugestionado. Trata-se de um viés particular que
faz do prefeito um semideus na localidade.
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