A saúde pública em Ipirá é uma boa mina de votos.
Boa é pouco; é mais do que ótima! Muito se fala e muito se diz, mas pouco se
faz. Se fizerem alguma coisa será o desmanche da mina produtora de votos. Aí,
venhamos e convenhamos, essa mina não pode desandar de jeito qualidade.
Simplesmente, não pode deixar de dar votos.
O governo do jacu Marcelo Brandão durou quatro anos
e passou. Dizendo ele que fez a melhor saúde que a população de Ipirá já teve. No
momento em que isso acontecer será a quebra da espinha dorsal do sistema da
politicagem local: a saúde como uma ótima geradora e mantenedora de votos.
Com a pandemia da Covid-19, o ex-prefeito MB
anunciou que montou uma ala de excelência contra a doença no Hospital de Ipirá,
com respiradores, UTI e os cambal. Quando o ex-prefeito MB sentiu os sintomas
do coronavírus, não pensou duas vezes, se picou pra Salvador. Gato escaldado
tem medo de água quente, mesmo que o chuveiro seja o da sua casa.
Agora é a vez do prefeito macaco Dudy. Na partida,
anunciou que não encontrou nem uma aspirina deixada pela gestão passada (da
jacuzada). Logo, logo divulgou vídeo com a primeira cirurgia de joelho feita no
Hospital de Ipirá. Parecia coisa do outro mundo.
A casa caiu com a saída da primeira Secretária de
Saúde. O médico Antônio Colonnezi, líder da macacada, detonou o Hospital de
Ipirá. Detonou completamente. As vísceras apareceram. O Hospital de Ipirá não
servia para muita coisa, nem para libertar a população local da obrigação do
voto pelo atendimento da medicina.
É triste a situação de Ipirá! Quando a jacuzada está
no poder municipal é um governo para a família. Família deles. Com o macaco
Dudy na prefeitura trata-se de um governo voltado para um Consórcio de Empresários.
A prefeitura está esvaziando suas funções e responsabilidades em benefício de
alguma empresa, sendo empresário do grupo macaco melhor ainda. É a vez ‘deles
comerem’. Tem sido assim.
A saúde pública de qualidade em Ipirá é combalida
desde as questões mais simples, por ser combatida pelos interesses das
lideranças dos grupos jacu e macaco. São médicos e com interesses concretos na
saúde privada. Essa é uma questão e outra paralela é o fato do governo do
Estado não ter nenhuma preocupação por Ipirá neste sentido. Aí a politicagem
que barganha voto pelo atendimento de saúde deita e rola. #Partiu doente de
Ipirá para Salvador, Feira, Itaberaba, Rui Barbosa, Castro Alves, Riachão,
Coité e o voto fica garantido.
Para que serve o Hospital de Ipirá? Sem saber o que
fazer, a gestão Dudy PODERÁ PENSAR em privatizá-lo. Vamos ser verdadeiro na
análise. Não tem uma empresa-macaca com capacidade financeira, administrativa e
gerencial de tocar um hospital. O único que poderia fazê-lo seria o médico
Antônio Colonnezi que, naturalmente, não vai querer pegar esse barco furado,
para ganhar dinheiro e perder a liderança eleitoral. È uma coisa ou outra: é
dinheiro ou voto.
Ainda assim, o gestor Dudy PODERÁ PENSAR em
privatizar o Hospital de Ipirá. O primeiro passo: o governo do Estado equiparia
o hospital para regionalizá-lo em seguida; depois, viria a privatização, o que tornaria
a saúde uma vaca de leite. Bastaria um empresário de fora topar a parada,
porque conversas não faltam.
Qualquer direcionamento nesse sentido, o prefeito
Dudy terá que dizer claramente à população de Ipirá quais serão as vantagens
para nossa gente. Qual será o benefício para a comunidade de Ipirá com o
hospital privatizado? Qual a vantagem da privatização para o povo? Em que
aspecto a saúde de Ipirá será melhor? São muitas perguntas.
Uma atitude de privatização terá que ser discutida
com a população. Discutida e debatida. As coisas da saúde não podem ser
empurradas goela abaixo, com o controle do interesse privado, particular e
eleitoral. É por isso que não fica uma Secretária de Saúde pública nessa
gestão. É tudo controlado e engessado pelo interesse privado. Uma coisa é
certa, a saúde pública não pode ser vista e encarada do mesmo jeito que a venda
de um shampoo Umidi Hair.
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