quarta-feira, 29 de março de 2023

PRESIDENTE DA CÂMARA SENTA A RIPA NA COISA ERRADA

Veja se você pode responder a essa pergunta: quantos contratos milionários (acima de um milhão) têm a Prefeitura de Ipirá com os empresários de prefeitura? Você não sabe!? O prefeito Dudy é sabedor dessa questão, caso contrário não poderia ser gestor desse nosso município.

 

 

O discurso de Jaildo do Bonfim, presidente da Câmara de Vereadores de Ipirá, foi de uma precisão exemplar nesta sessão do dia 28/03/2023, podemos até dizer, que o presidente da casa foi cirúrgico, na medida em que enfia as agulhas da acupuntura no local exato, para que o paciente Ipirá não sinta dor e se restabeleça.

 

 

Num trecho do seu discurso, o presidente diz o seguinte: “...não acredito em gestão pública onde os interesses particulares se sobressaem sobre os interesses públicos; não estou dizendo que a que está aí, está fazendo; mas é preciso demonstrar que não faz ...”  

 

 

Pressinto que ele foi profundo e atingiu a essência do caminho enveredado pelas administrações municipais em nosso município. O prefeito tornou-se um gerente condutor das finanças do município (treze milhões de reais) no crivo de sua maneira de compreender e perceber determinadas situações como razoáveis, mesmo havendo uma compreensão mais geral, que se expressa num coletivo e num conjunto integrado pelo povo. Seria a defesa do bem público em detrimento do interesse privado.

 

 

Explicando para você entender melhor: a empresa privada do lixo cobra 450 mil reais mensal, com fatura anual de 5 milhões e 400 mil reais. A empresa precisa ter capital substancial para investir em equipamentos, carro compactador, caçambas, ferramentas, etc. Por aí, dá para sacar o lance.

 

 

Uma empresa privada para contratar pessoas para trabalhar na prefeitura tem um contrato de mais de 10 milhões de reais. Não precisa nem de capital volumoso, pois seu investimento é em formulários e nem farda e equipamentos está oferecendo aos seus funcionários. Deu para entender?

 

 

Vamos fazer um exercício lógico bem simples: a prefeitura tem necessidade de contratar uma empresa privada para fazer a limpeza da cidade? Temos absoluta certeza.

 

 

Será que a prefeitura tem necessidade de contratar um batalhão de 400 funcionários (sem concurso público) agora, neste momento? Não temos essa certeza.

 

 

A pior das hipóteses seria verificar que não existe tal necessidade, aí ficaria evidente, que o interesse de grupo e particular prevaleceu diante do interesse público.

 

 

Quais seriam esses interesses privados? O de grupo: fazer um ‘cabide de emprego’ para 400 funcionários de preferência do grupo macaco, escolhidos à dedo, para receberem da prefeitura (evidente que são trabalhadores e vão trabalhar) e ficarem submissos aos interesses eleitorais do grupo macaco que domina a politicagem local. De certa forma, isso é uma desobediência da prefeitura perante a lei.

 

 

Qual seria outro interesse privado? O empresarial. Esse jogo é jogo de compadre. Esse empresário tem que ser do grupo macaco (jacu nem pensar!); tem que ser amigo do rei; da consideração da cúpula e escolhido do prefeito.

 

 

Se você é empresário e não foi o contemplado, você acabou de perder 10 milhões de reais por ano, para girar no seu negócio, pagar aos funcionários e ter seu lucro gordo. Entenda bem, ser eleitor não basta, por mais apaixonado que você seja por seu grupo. Assim funciona o sistema, tem os escolhidos de verdade e os escolhidos para servirem de massa de manobra de quatro em quatro anos.

 

 

Hoje, em Ipirá, o que é melhor: ser vereador ou empresário de prefeitura? O vereador é a principal peça da engrenagem do sistema jacu e macaco que domina Ipirá. O vereador é uma constante na vida dos munícipes, para compreender e atender às necessidades e anseios da sua comunidade. Não pense que é tarefa fácil, na maioria das vezes, o sacrifício é enorme e acima das possibilidades. O vereador bota a cara no sol; o empresário vive na sombra e água fresca e bota mais pose do que o vereador.

 

 

Fazendo um comparativo: se Ipirá fosse uma fazenda, o vereador seria o vaqueiro, que cuida do gado humano, para o bem-bom do fazendeiro, o chefe da oligarquia, que vive na capital com ar de doutor e de gente importante, que entra em contato com o atravessador e especulador privado do meio empresarial, que adora ostentar uma mordomia e luxo além da real condição humana. Ninguém optaria por ser gado. É uma imposição.

 

 

Nada é mais importante do que reafirmar a posição do vereador Suíta, que procura a verdade sobre o que está acontecendo com a obra do asfalto da avenida RGS. Se houve ou não desvio de recursos públicos? Se houve ou não superfaturamento? Nada mais justo o seu questionamento.

 

 

Com diversos contratos milionários (acima de um milhão), a Câmara de Vereadores de Ipirá tem um papel fundamental, grandioso e importante na defesa do interesse público em nosso município. Os vereadores são os representantes diretos do povo de Ipirá. Os interesses públicos são os interesses essenciais da nossa gente.

 

 

O interesse público é o maior bem que os vereadores de Ipirá podem defender. Esse é o seu papel verdadeiro e o maior compromisso entre o vereador e o povo. O vereador tem que se debruçar e acompanhar de forma decisiva sobre esses contratos milionários. Os vereadores representam a única força capaz de impedir que os recursos públicos sejam canalizados e desviados para setores privados de forma inadequada.           

 

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