Alô,
jacuzada! Quem te viu e quem te vê! Foi a força dominante na politicagem de
Ipirá por décadas; hoje não é mais. A situação da jacuzada não é nada
confortável. Está mergulhada e embaraçada nas profundezas das dificuldades
quase insolúveis, pelo menos, por esse instante.
Navega
contra a maré. Está colocada à margem do poder político estadual e nacional.
Aquele erro político histórico de se render e baixar o cangote para a ditadura
militar está cobrando o preço agora. O velho ACM uniu jacu e macaco. Wagner deu
uma paulada no ‘quebra pote’ e rachou o que o velho ACM tinha juntado,
preferindo e ficando com o grupo que estava com a prefeitura, a macacada. Não
deu outra. Aqui a jacuzada perdeu o rumo e sua bússola ficou maluca.
Qual
é o grupo de politicagem que consegue sobreviver fora do esquema de poder do
grupo que domina o Estado? É muito difícil. A jacuzada é prova disso, não consegue
tirar a corda do pescoço. Apostou no Neto de ACM e quebrou a cara. Não tem como
fazer outra aposta diferente. No momento, o colo que sobra para a jacuzada tem
a marca e o calor do direitismo bolsonarista. Para quem negou a história lá
atrás, basta tapar o nariz que estará em bom aconchego.
A
jacuzada atua num município lulista (o PT nacional e estadual têm obtido
vitórias expressivas aqui em Ipirá, na casa dos 60% a 80%) e a jacuzada não
enxerga esse fenômeno. Acha que isso aí não tem nada a ver com a questão
municipal e tome-lhe lapiada no lombo. É essa situação que a jacuza tem que
driblar e não tem conseguido.
Até
que a jacuzada, em vinte anos, ganhou uma com Marcelo Brandão. É aquela
situação: ganhou, mas levou pela metade. O prefeito ganhador era personalista e
carregava na bagagem um projeto pessoal. Em seguida, na sequência, tomou uma
lapada estratosférica, mais de seis mil votos por cima do focinho, coisa nunca
vista. Qual é o atrativo que a jacuzada tem para as pessoas aderirem ao grupo?
Nem emprego de ‘porteiro de esquina’ consegue arrumar.
O
prefeito Marcelo Brandão foi fruto do desgaste de doze anos da macacada. Do
desgaste e das trapalhadas dos governos macacos. Ficou na cara do gol e não
soube marcar. Faltou ao prefeito Marcelo Brandão a ponderação que faz o bom
condutor.
Na
formação histórica da jacuzada, Marcelo Brandão nunca colocou um só tijolo; na
trajetória da jacuzada encontrou o bonde andando e já foi viajando na primeira
classe, na janela da frente e sentando na poltrona do chefe. Na hora do almoço
procurou sentar-se à cabeceira da mesa. Toda essa performance estava assentada
na poderosa idéia e na narrativa do ‘poder de mando e controle da família
Martins no seio da jacuzada’. Marcelo Brandão soube usar e usufruir dessa condicionante
melhor do que ninguém. Virou prefeito.
Na
verdade MB achou a mesa posta. Com uma administração centralizada em seu
egocentrismo e voluntarismo não conseguiu responder e atender às demandas da
população e do município. Engessou sua administração no entorno da família e de
alguns poucos amigos. O grupo da jacuzada ficou chupando picolé. O prefeito ficou
devedor.
Sua
administração pecou pela soberba; pela depreciação das reais necessidades do
povo de Ipirá e pelo desmerecimento ao seu próprio eleitorado. Foi o primeiro
prefeito a receber a visita da Polícia Federal batendo na sua porta, em nosso
município. Caiu no descrédito do povo. Sua administração passou pelo crivo do
voto popular, foi julgada e sofreu uma surra. Foi o primeiro prefeito a sofrer
uma derrota fragorosa disputando a reeleição.
A
reportagem sobre as candidaturas nem mencionou o seu nome, muito menos colocou
o retrato de Marcelo Brandão no mosaico dos pré-candidatos. Sem muita figurinha
do jacu no álbum da sucessão do atual prefeito, sobrou para Luiz Carlos
Martins. Num momento de imensa dificuldade, seria o nome apropriado para ir
para o sacrifício, tapando um buraco.
No
incêndio em que está metido o grupo da jacuzada, a candidatura de LCM seria uma
tentativa de forçar a porta de emergência. Tem um significado robusto e forte
na conceituação da ‘candidatura da família’, que tem um caráter negativo e traz
na borda uma significativa rejeição por parte considerável da população
ipiraense.
O
custo financeiro de uma provável candidatura sua é elevado. Não atrai o
contingente eleitoral necessário para uma reviravolta e a tomada do poder
municipal. Poderá ser encaixada numa estratégia de diminuir a frente eleitoral
anterior de seis mil para uma diferença de mil votos, considerável dentro da
normalidade da competitividade entre jacu e macaco, sem goleada, reduzindo e
mantendo a diferença em níveis suportáveis, o que alimenta a possibilidade de
retomada do poder municipal e não deixa aquela marca de derrota antes do dia da
eleição.
Fora
da família Martins qual é a alternativa e a saída de emergência para a
jacuzada?
Tá
difícil, nunca trabalharam para viabilizar um nome. Aí a reportagem colocou a
foto do empresário Joan do Posto São João no miolo da tempestade, como um dos
pleiteantes a uma pré-candidatura à prefeitura de Ipirá. Antes de qualquer
coisa, quero salientar que essa análise é política, não contendo nada de
pessoal, inclusive, por tratar-se de um cidadão íntegro e decente.
Novato
como participante na política eleitoral, Joan é colocado como opção pela
jacuzada para buscar uma participação na disputa eleitoral no crivo do sistema
jacu e macaco. Não tem inserção política de grande monta na comunidade, nem
junto ao eleitorado, mas pode ser destacado como uma candidatura boa, aquela que
tem suporte financeiro largo para influenciar cabos eleitorais a uma
movimentação que favoreça a uma retomada do poder municipal. Não é tarefa fácil
para ser abreviada.
Dentro
do grupo jacuzada, qual seria a candidatura mais competitiva para o grupo?
Com
a jacuzada na UTI, tendo que respirar fora da idéia de família e sem aparelho,
a procura de um nome competitivo não é tarefa fácil, não se encontra, nem se
enxerga; não tem um nome apropriado e disponível para a disputa que se
aproxima.
Não
tem candidato em Ipirá, pode ser jacu ou macaco, que tenha a força eleitoral de
uma chapa composta por vereadores. Tem popularidade e estão metidos na
comunidade ipiraense pela raiz, com contato aberto, direto, concreto com a
população, com base numa vivência cotidiana, diária, de forma a assistir e
atender às necessidades e carências da comunidade no campo do assistencialismo.
Uma
chapa formada por dois vereadores de muitos mandatos, no exemplo, Divanilson e
Jaildo ou vice-cersa, no campo do jacu ou do macaco, seria confortável e com
alta potencialidade para o triunfo, bastando para tal, o apoio de três
vereadores de cada lado. Conhecem e são reconhecidos pela população de nosso
município. Convivem junto à população, têm a amizade e gozam da confiança do
povo.
Fora
do grupo jacu, resta a alternativa de abrir a cabeça da chapa para a vice Nina
Gomes, numa expectativa de crescer e disputar a eleição. Nada é fácil e tudo
não passa de um cenário especulativo.
Olhando
para o bem de Ipirá, no sentido de tirar o município do atoleiro, eu defendo:
Um
candidato de consenso para prefeito de Ipirá; a disputa ficaria no campo do
legislativo para a composição da casa do povo. Teríamos um baixo custo
financeiro na campanha eleitoral, o mínimo possível, sendo que, o candidato se
tornaria prefeito sem gastos elevados. A corrida eleitoral com disputa mais
acirrada ficaria por conta dos vereadores e a responsabilidade ficaria por
conta de cada candidatura.
O
prefeito governaria com o apoio de um Conselho Administrativo, sem remuneração,
participando representantes do jacu, do macaco, de setores independentes, de
representantes das categorias profissionais e populacionais. As Assembléias
populares por bairro definiriam o que o governo teria que fazer.
Alguém
seria apresentado para uma gestão de quatro anos. Bem sucedida terá mais quatro
anos. Logo após voltariam as disputas eleitorais com base em programas de
governos para uma continuidade administrativa e a aplicação de políticas
públicas que proporcionem o desenvolvimento e o progresso do município.
Seria
um governo de transição para superar e dar um basta no esquema jacu e macaco e
colocar a disputa política num novo patamar, zelando pelos recursos públicos e
sua empregabilidade em benefício do povo.
Um
bom nome para conduzir esse processo transitório, principalmente por não ser
político profissional e não está rodopiando nesse ambiente de politicagem em
busca de uma boquinha, seria Joan do Posto São João, que poderia fazer muito
por Ipirá; muito mais; bem mais do que como prefeito eleito dentro de uma
disputa eleitoral politiqueira nos moldes do modelo jacu e macaco. Aqui, seria
engolido pelo sistema.
Quando
você diz, com toda a sua sabedoria, que isso nunca dará certo, porque aqui é
jacu e macaco! Eu não esperava outra coisa. Eu coloquei tudo isso para dizer só
uma coisa:
O
sistema jacu e macaco é uma máquina de moer, triturar e engolir candidaturas a
prefeito nesta terra, tanto faz do jacu ou do macaco. Denigre e massacra o candidato,
que tem que abastecer um custo de campanha cada vez mais oneroso. É triste ter
que dizer isso, mas não tem candidatura do jacu ou macaco que suporte bancar um
custo eleitoral por volta de milhões de reais com dinheiro do próprio bolso,
quando na oposição e sangrando a prefeitura, quando situação.
As
oligarquias estão perdendo o controle da situação. O sistema jacu e macaco está
criando um monstro, que se distrai engolindo a gestão da mesma forma que a
sucuri engole o boi, babando, dilacerando, diluindo, sugando as forças por
ventosas, apertos, chantagem e corrupção. Não tem financeiro que fique em pé.
Ipirá
está cansando.
O
sistema jacu e macaco é cruel com os candidatos a prefeitos de Ipirá; nocivo
para o município; perverso para com o povo; espezinha a população
desqualificando-a. Danoso, corrompido e
sem controle vai virar um monstro e vai engolir todo mundo. Uma questão de
tempo.
E a foto de Tiago do Vale no mosaico das candidaturas? É a foto do vice na chapa do prefeito Dudy, mesmo podendo ser judicializada até ‘uma zora’. Reeleito, o prefeito Dudy poderá bater o recorde da ex-prefeita Ana Verena, que levou quinze dias no poder. Aí o prefeito Dudy dirá: ”eu não disse que não queria!”
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