A
vice-prefeita Nina Gomes disse que escutou muito: “jacu e macaco nunca vai
acabar em Ipirá!” Não disse de quem e nem por quem! E se o sistema jacu e
macaco for a erva daninha de Ipirá? Essa frase poderia ser até mais precisa:
“Ipirá é jacu e macaco!”
Dentro
do contexto em que a vice-prefeita está inserida trata-se de uma frase
necessária, imprescindível e, também, bola murcha.
A
intenção de quem se utiliza dessa frase, não sendo ignorância, é uma
necessidade clara, direta e integrada a uma lógica de tentativa de
convencimento colocando uma camisa de força no eleitorado dos grupos da
jacuzada ou macacada.
Senão
vejamos com uma reflexão: se Thiago do Vale é o pré-candidato do grupo macaco,
naturalmente a vice Nina Gomes não é a pré-candidata do mesmo grupo macaco.
Certo ou errado? Porque se assim fosse, essas prováveis candidaturas, no mesmo
campo, estariam eliminando o protagonismo do grupo da jacuzada com uma canetada
e negando completamente a tal lógica de “aqui só tem jacu e macaco!” Nesse caso
seria macaco 1 e macaco 2.
Nesse
caso, que prática é condizente para a vice? Ela está levando a sua situação para
um caminho muito mais fácil: se Thiagão é o pré-candidato da macacada; ela é a
pré-candidata da jacuzada, pois “aqui só tem jacu e macaco!” Matando e
encaixotando a charada.
Assim
sendo, vão usar a tal da camisa de força para o eleitorado jacu, que sendo uma
escritura passada e registrada do grupo, não vai ter outra saída e terá que
votar de qualquer jeito no candidato lançado ou apoiado pelo grupo jacu, seja
ele, um poste, um cachorro ou uma pessoa competente ou até mesmo incompetente.
Essa é a mesma linha de raciocínio de outros pretendentes dentro do grupo jacu,
que afirmam de forma contundente que: ‘aqui só tem jacu e macaco’ para ter uma vida
confortável dentro do grupo.
O
eleitorado de Ipirá não é o mesmo do tempo de Delorme Martins. E a vice pode
encontrar um grande contratempo dentro da jacuzada. O ex-prefeito Marcelo
Brandão, por exemplo. Senão vejamos: a vice-prefeita disse que fez “uma campanha
maravilhosa na eleição passada e...” Onde ela estava? Contra quem? Na macacada,
contra MB. Se Ipirá só tem jacu e macaco, como fica MB nesse jogo?
Quem
escuta o programa de MB sabe que o debate que Marcelo Brandão deseja, defende e
prioriza é sobre a gestão passada (a dele) e a gestão atual (a de Dudy). Para a
vice Nina esse debate está superado, pois o projeto da administração passada
foi vencido, derrotado e esmagado por mais de seis mil votos de vantagem, agora é bola prá
frente.
Sim,
e Marcelo Brandão fica como? Dentro da camisa de força ou jogado às traças? Se
Ipirá só tem jacu e macaco! Nesse caso, MB tá comendo poeira e fazendo a muda
das penas jacunianas.
Quando
afirmam que Ipirá só tem jacu e macaco, significa que não estão percebendo que
o eleitorado de Ipirá está mudando, pelo menos está pensando mais. Observe bem,
a vice-prefeita fala muito em parceria público-privado. O que é isso mesmo?
Uma
pergunta: essa sua parceria será no mesmo estilo da administração do prefeito
Dudy? Essa administração atual, em 2023 teve uma arrecadação de FPM de mais 170
milhões de reais e fez contratos milionários de mais de 74 milhões de reais com
treze empresas. Contando os contratos abaixo de um milhão isso aí deve ficar em
torno de mais de 100 milhões de reais. Como será a sua parceria
prefeitura-empresas vice-prefeita? Essas parcerias público-privado podem ser
detalhadas, divulgadas e acreditadas?
Eu
pergunto isso, pelo fato de imaginar certas coisas. Vamos supor que o próximo
prefeito(a) (o sobrinho ou a tia) faça uma parceria prefeitura-empresas de uma
arrecadação anual de 200 milhões de reais e 180 milhões de reais sejam
conveniados com empresas. Será um absurdo ou não? Analise bem, uma desgraça
dessa acontecendo como já acontece em menor proporção, ficará claro que, nesse
caso, Ipirá não terá ou tem somente jacu e macaco, terá ou têm, também, os
otaripanos.
Nada
pior do que um jacu ou um macaco otaripano. É um apaixonado convicto, daqueles
que nada vê e em nada acredita. Um amor doentio, que perde os direitos
conquistados; que não recebe o piso salarial; que perde a noite numa fila para
adquirir uma consulta; que precisa de uma esmola para sobreviver; que não
enxerga uma política pública porque a ignorância não deixa; mas, mesmo assim,
com todos esses contratempos, não deixa de adorar uma candidatura oligárquica,
pequeno-burguesa e antipopular, que faz conluio com empresários, que ficarão
milionários, mas, quem sabe, deixarão cair migalhas do banquete. Quem tiver a
unha maior que pegue as sobras. Os otaripanos estão preocupados com essas
sobras.
A
pré-candidatura que achar que Ipirá só tem jacu e macaco está dando um nó cego
e não vai conseguir desatá-lo. Quem pensar que está falando de duas torcidas de
futebol, de um apaixonado e alucinado BA-VI vai pagar o seu preço.
Essa
coisa é um monstrengo, é um sistema oligárquico (jacu e macaco) que é mantido,
azeitado e reproduzido de muitas maneiras, até pelo tradicional ‘de pai para
filho’; mas o meio mais eficiente e profícuo para se sair vitorioso dentro
desse sistema é investindo dinheiro (para quem ganha) e gastando (para quem
perde).
Sem
rodeios nem conversa mole: a vice tem de três a cinco milhões para gastar na
campanha? A vice pensa que os líderes Antônio Colonnezi e Luiz Carlos Martins
vão tirar um milhão do próprio bolso para a sua campanha? A vice pensa que os
líderes são otaripanos? Muito menos otários! Essa é a lógica implacável do
sistema jacu e macaco: “quem pariu Mateus que balance!”
A
situação que controla o poder municipal tem dinheiro de sobra, essa vaquinha
eles conseguem com as empresas da parceria que não querem perder a boquinha.
Isso é o maléfico sistema jacu e macaco, que muita gente não quer que acabe em
Ipirá. A vice vai ver com quantos paus se faz um ninho de jacu, não é pouco
dinheiro não!
Seria
mais proveitoso que a vice fosse sincera e verdadeira, dizendo que: o partido
político da vice é o PMDB, do vice-governador Geraldo Junior e poderia até
citar Geddel e Lúcio Vieira Lima e o partido do Thiago do Vale é o PSD, do
senador Otto Alencar e esquecesse essa ladainha de jacu e macaco. Política se faz
com partidos e programa de governo. Mas não, tem que ter jacuzada e macacada na
jogada.
Essa
polaridade do jacu e macaco é o atraso de Ipirá. um caminho aberto e profícuo
para todo tipo de negociata, descaramento e surrupiamento. Manter esse esquema
é o ardil de quem quer levar vantagem, mantendo a população num bocapiu furado.
O sistema jacu e macaco significa atraso e escravidão das mentes da população
de Ipirá.
Da
própria boca a vice-prefeita contradisse com as próprias palavras: em momento
nenhum pediu algo, uma secretaria por exemplo; dias após a vitória ouviu: ‘o
combinado não vai dá mais certo’. Não pediu, mas estava combinado! Como assim? Assim,
o prefeito ganhou a fama de ‘Pinocchio da Chapada’, o que o prefeito Dudy fala
sentado dificilmente garante o que falou quando levanta.
A
vice-prefeita confirmou que foi uma campanha linda, bonita e festiva até o dia da
vitória, mas na hora daquela festa da ‘entrega da chave’ (ô musiquinha chata da
desgraça!). Nesse dia o prefeito deu um canto de carroceria na vice. “O candidato
estava com má intenção, tudo aquilo estava na cabeça dele!” disse a vice, que
talvez tenha pensado: ‘você vai me pagar caro no dia da posse!’ E pagou.
Tá
tudo junto e misturado. Tá tudo mangueado na terra do ‘aqui só tem jacu e
macaco’. Como pode ser macacada com Diomário sendo o grande e poderoso chefão
do grupo macaco? Como pode ser jacuzada com Antônio Colonnezi e Jurandy
Oliveira no mesmo palanque com Luiz Carlos Martins? Tá tudo descaracterizado. Não
faz mais sentido ficar batendo nessa coisa de jacu e macaco. Vocês querem
enganar quem mais?
Nessa barafunda do sistema jacu e macaco, quem foi que lucrou? A família Oliveira. Para o eleitor de Ipirá não votar num membro da família Oliveira para a prefeitura de Ipirá (jogo de compadre e comadre) ele vai ter que votar branco ou nulo (isso é disposição, não é imposição). Foi nisso que resultou o ‘aqui só tem jacu e macaco’.
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