A Federação Brasil Esperança/ Ipirá-BA (PT, PCdoB, PV) tem três
representantes na Câmara de Vereadores de Ipirá; são eles, pela ordem: vereador
Arnor do Sindicato; a vereadora Luma e o vereador Jaildo do Bonfim. Um fato
real e concreto nessa atual Legislatura da Câmara de Vereadores de Ipirá.
A vitória eleitoral verdadeira da Federação para o próximo pleito de
2024, em Ipirá, seria ampliar o número de vereadores. Se de três mandatos de
vereadores cair para um, ficará claramente definida uma perda eleitoral.
Na política, às vezes, costuma acontecer um freio de arrumação. Observe
o que aconteceu na semana passada: um vereador (da atual Legislatura) de Ipirá
se ofereceu para sair candidato a vereador pela Federação. No partido dele, ele
está perdido (tudo indica); na Federação estaria reeleito.
Vamos mais longe. No tabuleiro da política local muita coisa pode ou
poderia acontecer. Vamos supor que um vereador (do jacu ou macaco) fosse
convidado para colocar sua reeleição (99,9% de garantia) pela Federação. Um
vereador foi convidado e não aceitou; o outro vereador não chegou nem a ser
contactado (chance de 90% para aceitação).
Vamos para a matemática eleitoral: vereador Jaildo; mais o vereador que
se ofereceu; mais um vereador convidado; os três trariam um somatório de três
mil votos (isso é previsão!). Dois estariam eleitos e um ficaria aguardando uma
pequena ajuda.
A votação do PT e PCdoB (com base nas eleições 2020) em torno de quatro
mil e duzentos votos (cada eleição tem sua realidade), completaria a votação do
terceiro vereador eleito e faríamos mais um vereador(a). total 3 + 1= quatro
vereadores.
Com sete mil e duzentos votos, a sobra restante (final) deixaria uma
grande chance para mais um(a) vereador(a). Pense numa Câmara de Vereadores com
cinco vereadores(as) da Federação! Fazendo um trabalho de unidade, de
cooperação e com uma coordenação política atuante e qualificada! As oligarquias
que se lasquem!
Vamos avançar mais um pouco na questão de Câmara de Vereadores. São
quinze cadeiras. Ficando cinco para a Federação restariam dez cadeiras. É bem
possível que uma cadeira seja conquistada por esse partido (Avante) de
candidaturas nanicas; restará nove cadeiras para jacu e macaco.
Nove cadeiras para jacu e macaco. Vencedor cinco e perdedor quatro ou
seis a três. A bancada da Federação seria a primeira ou segunda na próxima
Legislatura, não seria a última. Essa hipótese concretizada seria a maior
rebombada no esquema jacu e macaco. Seria furar os olhos do jacu e macaco.
Vamos tomar como exemplo o LADO PERDEDOR, com quatro ou três cadeiras. Vamos
fazer o cálculo considerando que não acontecerá nenhuma surpresa eleitoral
(ninguém pode garantir) nos dois grupos.
Exemplificando: cálculo para a jacuzada (cinco vereadores / perderia um
/ ficaria com quatro) (seria a queda de um avião!).
Exemplificando: cálculo para a macacada (são 8 vereadores / perderia
metade / ficaria com quatro) (seria pular do avião com paraquedas enguiçado!)
É só uma conjectura, somente isso! Para se ter uma ideia do estrago que
aconteceria: só estaria garantido vereador com 1.300 votos. Pense numa
bagaceira! A garantia eleitoral para vereador ficaria em mais de trezentos mil
reais.
Seria a disputa mais dura, mais intensa, mais desesperada e encarniçada
por uma cadeira na Câmara de Vereadores de Ipirá. Seria subir no pau-de-sebo de
10 m de altura, que o juiz de direito João Cavalcante armava na Praça da
Bandeira, com a maior cédula da época no topo. Hoje seria 200 reais. Pouca
gente em Ipirá já viu um lobo-guará.
A questão dos vereadores é fundamental no trajeto político municipal. O
enunciado acima não foi colocado na mesa para discussão, nem mesmo ventilado
foi. O caminho desejado tomou outro rumo.
O Executivo passou a ser a menina dos olhos. A Federação optou pela
macacada com a argumentação de participar na administração municipal e querendo
lançar a candidatura do vice-prefeito. Existe um programa mínimo de governo
para essa aliança ou tem base apenas no palavreado frouxo dos interessados?
Procurando entender: com esses vereadores de Ipirá não há meios de
confiabilidade; mas com as oligarquias a confiança é plena. É isso? Em que
terra prefeitos eleitos (tipo Thiago do Vale ou Nina Gomes) vão abrir mão do
“agora, a caneta é minha, quem manda sou eu!” para uma gestão de participação
popular?
Para finalizar esse artigo, o vereador Jaildo do Bonfim, em SESSÃO
SOLENE 20/02/24, olhando nos olhos do pré-candidato Thiago do Vale, disse em
bom-tom:
“...estou na Federação, estou com o pré-candidato Thiago... e quero
dizer a você Thiago, que estaremos juntos com reciprocidade, a partir do
instante que eu sentir que você não está comigo, também não estarei com você,
porque essa via política é via de mão dupla e precisa haver confiança de um para
com o outro e no instante que houver uma outra pessoa na relação entre o
pré-candidato Tiago e o pré-candidato Jaildo, não pode haver (o vereador soltou
um riso) e não haverá a reciprocidade...”
Recado clássico para o petista que disse que: “qualquer candidatura de
vereador para participar da Federação tem que passar pelo crivo da Federação.”
O vereador é do PSD e vai para o PV na abertura da janela. Isso está
claro. Mais claro ficou, que o vereador Jaildo não aceita intermediário da
Federação no seu contato com o candidato ou prefeito. Vê lá se o vereador vai
ficar subordinado a um partido (PT) que nem vereador consegue fazer em Ipirá!
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