A Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB, PV) em Ipirá, mergulhou em águas profundas com a torneira e o registro fechados e aderiu à chapa da situação municipal para as Eleições de 2024.
O PV local no controle do vereador Jaildo do Bonfim, presidente da
Câmara de Vereadores de Ipirá, mostrava-se disposto a concorrer ao pleito de
2024 com sua pré-candidatura à prefeitura de Ipirá. Essa pretensão não vingou
com a formação de uma chapa composta por vereadores e estagnou com a falta de
interesse e apoio dos outros dois partidos da Federação.
O vereador Jaildo do Bonfim mantendo a sua candidatura para a vereança
dentro do campo da Federação terá o seu mandato garantido (essa é uma previsão
de 99,9%). O vereador Jaildo sabe jogar o jogo dentro desta politicagem de
Ipirá e, naturalmente, não vai se atirar de corpo e alma neste quadro nebuloso
para satisfazer as demandas dos outros dois partidos.
O PT de Ipirá não consegue fazer um vereador num município lulista e com
o PT governando o Estado. Podem argumentar que o partido não abre a porteira
para qualquer um; o que seria ganhar, mas não levar.
O PT local dá a aparência daqueles bezerros nascidos na caatinga aberta,
antes dos cercamentos, sendo encontrados e trazidos ao curral para serem
amarrados no tronco, para serem amansados. Ficou manso demais. Certos setores petistas estão preocupados
com a obtenção de secretarias na administração municipal, só e somente só e,
talvez, com a possibilidade do preenchimento da vice.
Para quebrar o esquema oligárquico em Ipirá a eleição de vereadores tem
uma importância fundamental. A Federação tem três vereadores. Poderia chegar a
quatro vereadores. Poderia! Poderá fazer só um vereador. Poderá! Esse é um
contraponto que não foi colocado em discussão.
O pensamento de ocupar secretarias é preponderante. Ganhar secretarias,
para fazer um trabalho, para eleger vereadores no futuro, Na raspa da mandioca
seria isso. Isso é muito cômodo para os dirigentes partidários, porque acomoda
a vida dos segmentos dirigentes.
Por que as prováveis secretarias não serão ocupadas por quem será candidato à vereança, mesmo sem obter sucesso eleitoral, mas por critério de voto? Por que não? Porque secretaria é
indicação da cúpula e não voto! Tá explicado, mas antes tem que ganhar a
eleição de prefeito.
O PT local já faz parte da administração Dudy. Do governo petista
estadual, os petistas locais não chupam um pirulito. Na gestão Rui Costa, o PT
local perdeu os cargos do 21ª. CIRETRAN – Ipirá Bahia, para Jurandy Oliveira,
na época deputado estadual.
Hoje, o ex-deputado Jurandy Oliveira é considerado adversário do PT
local no município, mas continua mantendo suas indicações em certos cargos da
administração estadual em Ipirá, mesmo não sendo mais deputado, e o PT local
continua chupando dedo. São os contratempos da política.
Para evitar qualquer ou o mínimo de desgaste ao prefeito Dudy, o PT
local assumiu a desoneração e a indicação de um gerente para a ADAB de Ipirá. O
prefeito não tem ‘nenhuma participação’ no acontecimento! Desse jeito eles usam
e abusam do inocente útil. Você acredita?
A argumentação política para a tomada de uma posição nessa conjuntura
coube ao PCdoB local. Faço aqui um pequeno esboço da ideia em curso.
Analisando o quadro nacional: não temos mais a ditadura e
estamos vivendo uma democracia, com dois grupos bem definidos; de um lado os
representantes do bolsonarismo e do outro um grupo que representa a base social
do governo Lula.
Com base nesse cenário, Ipirá vive uma diversidade política,
houve uma certa evolução e a tradição do jacu e macaco passou a ser rompida,
assim, aparece uma terceira possibilidade com uma novidade que é a discussão
política com a proposição de um programa político mínimo para os quatro anos da
administração.
A adesão tem esse conteúdo, que é engrossar fileiras, somar
força por um país mais solidário. Esse é o quadro; esse é o centro político. A
única alternativa: devemos nos aproximar de um grupo e, nesse caso, o liderado
por Dudy, Diomário e Thiago.
Essa é a alta política. Eu fico com a baixa política, que tem
questionamentos a fazer; que acha que não tem uma única alternativa e é
necessário discuti-la, para tal, mantém o desconfiômetro ligado, um pé atrás e
não tira a farinha do alforje para jogar fora.
Na minha opinião, como está o tabuleiro da políticagem
ipiraense?
Primeiro, analisando a votação de Lula em Ipirá (2º. turno)
27. 996 votos; uma observação, a macacada não tem essa votação nem aqui em
Ipirá, nem no inferno. Essa votação representa a vontade do eleitorado de
Ipirá. O lulismo em Ipirá é bem maior do que a macacada de Ipirá.
Bolsonaro teve 6.860 votos (2º. turno). Estes votos estão
dentro da jacuzada e da macacada. Esse pessoal bolsomino, em Ipirá, não bota a
cara na chuva para não se molhar, não tem a coragem de assumir uma posição
própria e independente, preferem ficar escondidos nas trevas dos jacus e macacos. Uma votação dessa
faz dois vereadores.
ACM Neto teve 13.423 votos (2º. turno). Esse é o xodó da
jacuzada e essa é a votação majoritária que representa a jacuzada, que tem como
maior sonho e grande necessidade, a derrubada do PT do governo do Estado.
Essa é a disparidade de votos entre o lulismo e o bolsonarismo em Ipirá
e não depende diretamente do apoio dado pela esquerda local ao grupo macaco em Ipirá (nem
antes, nem agora); tem uma determinação maior pelas consequências das políticas
públicas do governo Lula para a população brasileira. O crédito não é exclusivo
da macacada.
Eu paro aqui,
porque este artigo ficou muito extenso, mas aguarde a continuidade que virá na
próxima postagem, pois não tem jeito, isso aqui virou o maior furdunço (próxima
matéria). Agradeço a sua atenção.
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