QUE TU QUERES?
Que eu acredite que o STF seja um ninho de ditadores (Ditadura da Toga), que não respeitam, nem obedecem à Constituição e que “De Moraes” é o chefete maior desse antro perverso e autoritário; é isso mesmo?
Sinto muito, seu Jair, mas não posso! Estando eu, no
porão do edifício, fazendo contorcionismo para manter minha sobrevivência
diante do pesado e forte JOGO DOS PREÇOS, sempre fora das quatro linhas, como
seu Jair tanto fala.
Um olho no fogão e o outro na mesa; não pode ser
diferente. O aperto começa com o preço do óleo de cozinha, que deu salto
triplo; uma porrada veio com o arroz e o feijão, que praticam o salto em varas;
o arrocho aconteceu com a carne, que dispara nos cem metros e, até o ovo de
galinha é servido no espeto e para preparar tudo isso, vem o gás de cozinha
custando cem paus.
É lenha, é lenha, é lenha, seu Jair! O substituto do
gás é lenha. E o ditador “De Moraes” não diz nada? Não toma uma atitude? Então,
seu Jair, como é que eu vou acreditar que “De Moraes” é um ditador se não fez
nada? Não pisou, nem pisoteou os preços.
E tem mais, seu Jair! No playground do edifício, o
dólar está subindo na gangorra; a Bolsa de Valores caindo para a soleira;
enquanto a gasolina subiu de elevador para o 7º. andar (gasolina de 7 reais o
litro) e esse tal de “De Moraes”, o ‘El Ditador do messianismo’ nada faz ou
realiza, nem nada determina para combater a inflação que corrói o salário.
Assim não dá, não é seu Jair?
E essa pandemia, seu Jair? O invisível coronavírus
chegou chegando e botando pra ferver e matando quase 600 mil brasileiros e o
ditador “De Moraes” ficou achando que ‘arminha’ dava conta do serviço, quando
bastava VACINA NO BRAÇO para ter dirimido significativamente essa mortalidade.
Não adianta negar.
E o desemprego, seu Jair? Do quinto andar prá baixo
tem mais de 14 milhões de desempregados. Não tá fácil, seu Jair! Ficar sem ter
um batente é um sufoco. O ditador “De Moraes” não consegue incentivar uma
‘lavagem de roupa’ para servir de alento para quem tá no ‘mundo da lua’ sem ter
o que fazer. Esse pessoal só quer uma oportunidade.
Não posso ficar sem reclamar, seu Jair! O pico de
energia no porão do edifício é uma constante, por artimanha a vela já fica
acesa e não é por menos que a conta de luz tá de bandeira de tudo quanto é cor
e o preço gordo e salgado.
Assim não dá, seu Jair! Como acreditar que “De Moraes”
é um ditador sanguinolento se o apagão da luz de vela não me deixa enxergar
isso, porque a crise hídrica é culpa de um santo que não manda chuva e não de
uma falha de governo. Assim dizem.
Seu Jair! Quando eu escutei aquelas palavras de que o
senhor não iria obedecer mais as decisões judiciais do ditador “De Moraes” eu
juro que não acreditei! Tirei a cera do ouvido para ouvir o replay e ouvir melhor,
porque se a turma do porão do edifício resolver seguir o teu aconselhamento e descumprir
as decisões das autoridades, o xilindró vai virar geral do Maraca em dia de
jogo do Flamengo. Tá de acordo seu Jair?
Seu Jair, que invocação é essa pelo voto impresso? Só
pode ser para criar uma lambança do tamanho de uma jamanta. Aqui na nossa
província (Ipirá) aconteceu uma eleição de prefeito que o resultado foi no fio
da navalha, uma diferença de 49 votos. Todo mundo aceitou o resultado numa boa
porque a urna era eletrônica, se não o fosse, a disputa ia ruminar até o boi
morrer.
“Não serei preso, só sairei daqui morto!” Oxente,
seu Jair! Não há o que discutir: Mensalão é crime; Petrolão é crime e
Rachadinha, também, é crime. Quem não tem culpa no cartório não tem nada a
temer, caso contrário, chama o TEMER para fazer uma carta jogando água na
fervura da chapa quente e no varal esticado da turma que mora na cobertura e
domina todo edifício.
O grande lance da turma que mora na cobertura é não
deixar abalar os pilares do edifício: a Constituição, a democracia e o sistema
eleitoral com voto eletrônico. Uma quartelada rachará todas as paredes do
edifício, fazendo um vazamento de grande monta, que transbordará a piscina com
um mar de sangue. O povo brasileiro não merece isso.
Configurado um crime de responsabilidade no dia
sete, que vá para a Câmara dos Deputados, esse é o caminho processual. De certa
forma, o cheiro de impeachment está no cangote. Uma ditadura fascista de
Bolsonaro não passará. A Pátria Amada aguardará, no dia 1º. de janeiro de 2023,
a posse do presidente eleito nas Eleições Presidenciais de 1922 (seja quem for).
Com as devidas precauções, a democracia já venceu.
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