Um nobre advogado macaco e poderoso chefão, disse à federação:
“Isso é bobagem, não tem nada de mais e não vai dar em nada; vão fazer a campanha
de vocês com tranquilidade e deixe comigo que está tudo resolvido.”
Despacho: “Por fim, defiro o pedido do Cartório Eleitoral da
62ª Zona Eleitoral – Ipirá certificar sobre a comprovação do não envio do
edital convocatório para a Convenção Municipal da Federação impugnada”
O destaque é para o “NÃO envio do edital convocatório para a
Convenção Municipal” pedido pelo Cartório Eleitoral”.
Não acontecendo “o envio do edital” isso, pode ser
considerado um erro primário, de um amadorismo sem par. Se a Justiça Eleitoral
for severa, absolutamente burocrática. Já foi!
Se a Justiça for maleável e receptiva para acatar a
documentação em falta nesses 7 (sete) dias de prazo para a devida aprovação da
Justiça Eleitoral estará tudo resolvido. Existe uma questão jurídica.
Eu acho bastante improvável que na primeira instância seja
impugnada toda uma chapa antes do pleito. Como eu não sou advogado e o
digníssimo advogado macaco acha que é uma filigrana jurídica dizendo que está
tudo solucionado, por ser mera bobagem. Tenho que dizer: cuidado, muito cuidado!
Menino que veste calça de homem tropeça com mais facilidade e cai; imagine esse
menino com fantasia de macaco adulto! Alguns petistas acham que teve o dedo de
macaco.
A fase de impugnação, de combater as irregularidades das
candidaturas são dirigidas a todas as candidaturas, dos vereadores, das vices e
prefeitos neste exato e adequado momento.
A candidatura do vice Luiz Carlos Martins está no crivo do podão
da impugnação e também o prefeiturável Tiago do Vale está com a ponta da espada
da impugnação fazendo cócegas nas costelas. A casa está balançando e poderá
cair, prá uma banda ou outra. A Justiça Eleitoral vai decidir com base na lei.
“Prescrição - Existem em vigor no país várias leis fixando prazo
de 5 anos para a prescrição da ação punitiva das decisões administrativas.
Importante observar que a regra do direito brasileiro é da prescritibilidade
dos atos públicos. E não o contrário.”
Penso que essa campanha eleitoral 2024 em Ipirá vai ter VAR e
PODERÁ ser decidida no tapetão. A candidatura faz o gol, a torcida comemora e o
VAR anula, bem anulado, por impedimento. Para tal, basta quem ficar no segundo
lugar acionar a justiça no prazo certo.
A ação não é muito simples. É necessário um bom advogado
eleitoral, que tem que ser bem aplicado na defesa de cada item e pormenor no
caso concreto, o que pode consistir numa petição bem feita, na qual sejam
apontados os vícios da candidatura e os motivos que ensejam o indeferimento.
Eu não posso fazer nada, no máximo posso salientar que conheço
um grande advogado eleitoral que cobra uma bagatela de dois milhões de reais
pela causa, dobrando o valor se chegar ao Supremo. A indicação é completamente
gratuita.
Quanto ao vício humano fica difícil de contemplá-lo. Havendo
a possibilidade da pessoa humana passar a perna por cima da legalidade para cair
no atoleiro da mais baixa degradação e da grande desonra provocada pela mentira
para se apossar de uma prefeitura por quatro anos.
Nessa campanha, nada mais atraente do que ver o vice Deteval
Brandão ao lado do ex-líder Antônio Colonnezi, de pijama, olhando nos olhos um
do outro e pensando: “ai se eu te pego!”. Um no palanque e o outro, depois da
eleição. Vamos deixar de conversa e vamos ao que interessa, as novelas da vida
que segue.
LAÇOS DE FAMÍLIA
- Minha tia! Meu tio Oliveira está comendo o quê?
- Meu sobrinho! Oliveira só quer comer mamão com açúcar,
porque é mole e desce escorregando pela garganta. Tá na hora de irmos para casa
para ele comer o seu mamão – disse a esposa.
- Não, não, agora não! Vou esperar minha mercadoria chegar –
disse o deputado Oliveira.
- Que mercadoria é essa que meu tio comprou? – perguntou o
sobrinho.
- Eu não te conto, meu sobrinho! Oliveira comprou duas
carretas de marmelada – disse a esposa.
- O quê? Não acredito, duas carretas de marmelada! Agora foi
que desgraçou tudo – disse o sobrinho, que em seguida foi perguntando – para que
o senhor quer tanta marmelada meu tio?
- Para o povo daqui comer, meu sobrinho! O povo é chegado a
uma marmelada e eu vou dar marmelada ao povo.
- Aí lascou tudo, meu tio! O povo vai descobrir que a família
Oliveira está preparando uma marmelada para o povo desse lugar.
- Meu sobrinho, você ainda é menino. A família Oliveira não
tem nada com isso, eu comprei tudo no nome da firma Gomes do Vale & Cia.
Quem é que vai descobrir que tem Oliveira por trás de tudo isso? Só se você
falar nos palanques.
- Lá ele! Minha boca é fechada com zíper fecho-eclair; daqui
não sai nada, eu sou é Oliveira pra o que der e vier; dessa boca não sai nada
para contrariar a família – disse o sobrinho.
A FAMÍLIA É TUDO
- Que conversa é essa que está rolando nas redes sociais, meu
tio? – indagou o sobrinho.
- Qual? – perguntou o deputado Oliveira fazendo-se de
inocente.
- Que o senhor quer derrubar minha candidatura – disse o
sobrinho.
- Eu, meu sobrinho! Nem pense nisso, nunca passou uma coisa
dessa pela minha cabeça.
O deputado Oliveira parou para pensar, bebeu um gole d’água,
num pequeno lapso de tempo, parece que recebeu uma luz divina penetrando em sua
mente e tomando-lhe todo o corpo. Num estalido:
- Hum, já sei! Como é que pode uma coisa dessa acontecer e só
agora eu vim acordar para isso. Só agora!
- O que foi, meu tio?
- Você sabe quem está doido para ser o vice de minha esposa?
Olha como a coisa acontece: o tio dele não pode ser vice, aí ele quer ser o
vice no lugar do tio dele que não pode e não tem outro nome para ser vice,
então ele se apresentou e não tem como não ser ele.
- Quem é esse ele, meu tio? Diz logo e deixa de fazer
suspense, que meu coração não aguenta tanto disse me disse de campanha.
- É o ex-prefeito MB – disse o deputado.
- Pqp! Agora foi que a marmelada melou: dois Oliveira na
cabeça e dois Brandão na vice! – salientou o sobrinho surpreso.
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