sexta-feira, 29 de junho de 2018

É DE ROSCA (41)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 41 (mês de outubro 2017)(atraso de 6 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava emocionado com a vitória da seleção brasileira na fase classificatória e não deixou por menos: “Vou realizar a maior comemoração pela conquista do hexa que essa terra já viu!”

O jogo das Oitavas de Finais será contra o México, não era bem o que o prefeito Marcelão queria, porque sua preferência era ter pela frente (7a1), aquele famoso esquadrão alemão, mas, desde quando, eles ficaram com medo do troco e preferiram sair da copa, que venha o México.

- Sei não! Se fosse essa tale de (7a1) o Brasil ia espremer o mocotó – observou a secretária do lar do prefeito Marcelão.

- Eu respeito sua opinião, Ninha, minha secretaria do lar! Agora observe o que tem que ser observado, a seleção (7a1) ia sendo eliminada na segunda partida, escapou com um gol no último minuto, ficou dependendo de um só gol e da vitória contra a Coréia do Sul, não conseguiu, paciência, já foi tarde!  

- Prefeito Marcelão! Eu não sou entendedora desse negócio de chutá bola, mas que essa tale de (7a1) com o título de campeão era mais perigosa do que esse rebanho de rebutalho que vem pela frente.
  
- Ôh, Ninha, minha secretária do lar! Deixa eu te explicar: eu não vou desfazer da Alemanha de jeito nenhum; eu não vou dizer que esse time da Alemanha não serve nem para participar do campeonato ipiraense, isso não, de forma alguma; agora, esse futebol-totó jogado pela Alemanha não se classifica nem no campeonato de Totó, organizado no bar do Frogoió, lá atrás da Caboronga. Que venha los mexicanos, nosso primeiro megaevento será o cantor pop star Michael Jackson e pode espalhar por aí que, Michael Jackson vai estar em Ipirá se o Brasil vencer o México – falou entusiasticamente o prefeito Marcelão.

A secretaria do lar tomou aquele susto, sentiu uma tremura nas pernas, o suor tomou conta do corpo; na barriga, a triparia se enrolou pelo bucho. Não tinha jeito, tinha que perguntar e perguntou:

- Ô, seu prefeito Marcelão! Esse tale desse home qui V. Exa., acabou de mencionar, num já é defunto? Pelo que eu sei ele já pirulitou desse mundo já faz tempo, hoje, ele deve ta lá pelas banda do Céu, se um home desse, com tanto dinheiro, não tiver lá pelo Céu, eu já nem sei prá que serve tanto dinheiro.

O prefeito Marcelão fechou a cara, tirou qualquer vestígio de sorriso do rosto e foi dizendo:

- É verdade, ninguém nessa cidade acredita mais no que eu digo! VOCÊ, NINHA, minha secretária do lar, não disse nada quando a macacada trouxe aquela banda Canários do Reino falsificada para tocar o São João. Não era nem uma xérox, era uma banda do Paraguai; uma banda genérica da pior qualidade; uma banda peba, uma trapaça para embromar todo o povo de Ipirá. VOCÊ, morando aqui em minha casa, não disse nada, agora, o prefeito Marcelão é que não pode ter uma ideia boa para trazer turista para essa terra, que já vem todo mundo sentando a ripa, até dentro da minha casa. Vamos deixar de conversa e vamos ao que interessa, traga o gato para ele apontar quem vai vencer, se é Brasil ou México e, aproveitando a viagem traga também aquele redém de novilha abatida em Feira de Santana, que só você sabe fazer.

O escudo do Brasil em um lado, o escudo do México do outro e o gato no meio. “Quem vai vencer?” perguntou o prefeito Marcelão, o gato olhou para o escudo do México. “Meu gato, mais lindo desse mundo, quem vai vencer? Indagou o prefeito, o gato colocou a pata no distintivo mexicano. “Gato miserável, filho de uma jumenta com burro, quem vai vencer? O gato colocou duas patas no México. “Ôh, sua desgraça, diga logo quem vai vencer, ou você vai vê o espeto em que você vai entrar? O gato grunhiu, fez careta e saltou em cima do escudo mexicano. O prefeito Marcelão perdeu o juízo:

- Leva essa desgraça para o Matadouro de Ipirá e faz um bocado de churrasquinho de gato pra gente comer na vitória contra o México.

Dez carros baixaram no matadouro, os seguranças saltaram dispostos a cumprir a ordem do prefeito. O gato estava dentro de um saco e pendurado. Um segurança, com um porrete na mão, foi logo dizendo:

- A gente vai matar esse gato aí dentro.

- Aqui dentro, ninguém vai matar bicho nenhum – disse o Matadouro de Ipirá.

- Como? A gente vai matar esse gato e é aí dentro; quem manda aqui é o prefeito Marcelão e ele mandou e o gato vai morrer.

- Aqui dentro, nem Satanás saindo dos inferno mata um bicho aqui dentro. São mais de 25 anos sem matar um bicho e não é hoje que isso vai acontecer.

- Essa desgraça desse gato vai ser morto é aí dentro e vai sê é agora e não tem istrupico nenhum que impeça esse cabrunco ser morto aí dentro.

- Nesse Matadouro de Ipirá, ainda não nasceu um homem, seja ele abençoado por Deus ou que tenha parte com o diabo, que faça esse Matadouro de Ipirá funcionar, aqui nessa por.. (plim plim), não vai abater desgraça de gato, nem boi, nem vaca, nem o custipio do raio que o parta mata bicho aqui dentro.

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou ao mês outubro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está fazendo Festa para a COPA 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles

domingo, 24 de junho de 2018

SÃO JOÃO E COPA


Uma avalanche de gente da capital invadiu o interior. Na Praça da Inglaterra a tranqüilidade era absoluta e a rua da Bélgica estava em ‘ar de graça’, desfilando em campo. Pense num São João procurado! O de Ibicuí, ‘o que todos esperam o ano todo’. Não deu para contar nos dedos a quantidade de ‘ônibus de ida e volta’. Mais de uma centena de casas alugadas. Meu interesse era o ‘destino Ipirá’.

Na rua da Argentina, se encontrares uma jararaca no meio da rua, não pises no rabo da ‘marvada’, senta-lhe uma cacetada na cabeça para detonar os miolos. A Islândia, que não tem rua em Salvador, deu mole, escorregou na Nigéria e ressuscitou a Argentina. O Messi tem cara de ‘Messias arrependido’ e ‘só ele sabe o que está sofrendo’. Vamos ver o milagre da ressurreição, sem choro e sem lágrimas. São João não deixa de não ser um ‘Messias inveterado, santificado e milagreiro,’ que veio salvar o interior. Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Irecê na lista dos mais procurados. Ipirá ta que ta fora da ‘listagem das + mais’.

A rua do Beco do Alemão, no bairro Campo Grande, depois do 7 a 1 não vai virar avenida nunca. O teste não era para cardíaco, mas um teste especial para futebol campeão. Segunda partida; um mata-mata. Último chute; ou sai, ou fica! Ficou. Quem fica assim, não fica de graça. E se sobrar para o México? Não será novidade. 7 a 1 ou Suécia nas oitavas para o Brasil. Ipirá não entra na Oitava Sinfonia nem a pau, mas o público mínimo lotou a Praça da Bandeira. Independente de prefeito ou grupo da politicagem local, esse público mínimo é garantido, mesmo que não seja encontrado ‘destino Ipirá’ na capital.

Chegando à Avenida Brasil e à mercê de uma bala perdida, tudo pode acontecer. A exclusividade da globalidade faz com que se pense de maneira que se quer que seja pensada. Quem levará o título de vedete da Copa? Não precisa bola, basta cabelo. Pelé virou ‘rei da bola’ depois de merecer. Costa Rica, Panamá, Peru e Cia formam uma Série C da Fifa. Ipirá não é uma Série D do São João, embora não tenha um local apropriado para o festejo e uma infraestrutura adequada.

Pela vontade do prefeito Marcelo Brandão seria o maior São João do Brasil. Pura vontade! A Alemanha cresceu no minuto final. A Argentina poderá dar a volta por cima. Ipirá fez um bom São João 2018 e poderá fazer um grande São João em 2019, bastando para tal, que o prefeito Marcelo Brandão acrescente à sua vontade uma pitada de opinião do povo de Ipirá.

Passando o São João, mesmo tendo realizado o melhor São João possível; terminando a Copa, mesmo carregando o caneco; restará as Eleições do Imprevisto de 2018, mesmo apelando para o imprevisível previsto Zé Ronaldo; por incrível que pareça, o prefeito de Ipirá é denunciado ao MPE e vai continuar  esquentando os neurônios.

O uso do VAR foi a coisa mais importante da copa. Em Ipirá, o VAR é empregado em corrida de cavalo, quando tem dois concorrentes, um chamado jacu e o outro macaco, é dado o VAR, quem chegar primeiro leva. Pode ser o fim da esperteza na política.

domingo, 17 de junho de 2018

SÃO JOÃO EM IPIRÁ


O que é que está acontecendo com o prefeito Marcelo Brandão? O homem vai ao CETEP; é vaiado. Citam seu nome na Fundal; a vaia come no centro. Na entrega da taça no Estádio Municipal bastou falar Marcelo; a vaia comeu no birro trinta, nem esperaram pelo Brandão. Oh, coitado!

Do jeito que vai a coisa, vamos chegar ao ponto do povo de Ipirá sentir o cheiro do prefeito e tome-lhe madeirada, ou melhor, vaia. Não sei se é o caso do prefeito baixar num terreiro e tomar um banho de folha! Tenho a impressão que ele deveria rezar uns trezentos ‘Pai Nosso’; ir ao culto para fazer um descarrego; bem como, tomar uma semana de passe. Se não resolver! Paciência; vai ter que engolir dois quilos de sal grosso.

Na verdade verdadeira, o prefeito está frito. Não tem apoio do governo federal, nem estadual.  Não chupa um pirulito vindo de fora e ainda insiste em dançar forró com Zé Ronaldo. Oh, cacetada no lombo! Tem mais; a agiotagem ficou com medo de bancar a festa, aí o dito-cujo tem que se virar com recurso próprio. Oh, coitado!

A jacuzada fica piando querendo um punhado de milho; o prefeito não é besta e já sabe: “agora é nenhuma; lá na frente, é só ciscar que vem tudo piando e tome-lhe farelo.” Esquece o prefeito que ‘traque de massa’ também dá chabú e que ele tem um abacaxi no colo. Dez milhões! Não sobra nem as espigas.

Não tem para onde correr. O prefeito está fazendo o que ele mais gosta: festa. Festa de São João. Não tem grana sobrando, aí fica buscando uma privatização meia-boca, querendo que terceiros banquem a estrutura para receber “só Deus sabe quando!”

De festa em festa o prefeito vai cavando a sua sepultura. É gasto sem retorno para os cofres públicos. É despesa com o bolso furado para a prefeitura. Vai acumulando dívida e desgaste. Vai colecionando um repertório de vaias. Mas, o São João de Ipirá será uma grande festa e com muita gente, embora...

Acontecendo na Praça da Bandeira, um lugar inconveniente e impróprio, mesmo com a prefeitura inovando no local para a Micareta, não teve a sensatez de inovar para o São João. Peca na infra-estrutura, porque a prefeitura, para economizar, não coloca sanitários químicos em quantidades suficientes e necessárias para atender à grande demanda que vai acontecer.

É mais do que necessário que o Ministério Público e o Conselho Tutelar cobrem e fiscalizem o Poder Municipal para que seja colocado uma quantidade de sanitários que atenda plenamente às necessidades das pessoas que vão participar do festejo. Ou essa coisa é feita a ‘Migué’, sem nenhum planejamento?

É ultrajante o que acontece sempre no São João de Ipirá, com crianças e adolescentes, em condição de vulnerabilidade, urinando na rua, em frente às casas e junto aos carros estacionados.

O Conselho Tutelar tem que agir com antecedência e no rigor da lei. Tem que haver segurança na via pública, pois o que se observa são adultos abusando sem a menor cerimônia e com toda inconveniência, porque o Poder Público não oferta condições dignas para as pessoas participarem das festas em Ipirá. Não vaiem São João, ele não merece.

domingo, 10 de junho de 2018

VIVA SÃO JOÃO!


O prefeito Marcelo Brandão está de boa e com a cabeça nas nuvens, afinal, tem festa à vista. É tempo do Forró do Camisão. O prefeito saltou uma fogueira. Uma? Não, duas! Uma de São João em cima da fogueira de São Pedro. Um fogueirão. Saltou e foi um salto acrobático.

O prefeito chegou a contactar e anunciar uma dupla de sucesso efêmero e volátil, com o custo de mais de 250 mil pilhas. Ia pesar na balança, e como! Faltou borrachudo na conta. O prefeito alegou a crise e saiu de campo. Não confirmou o contrato.

Pense num sujeito de sorte! Pensou no prefeito Marcelo Brandão. Se o prefeito caísse na besteira de ir atrás de um agiota para levantar esse dinheiro, estaria entrando numa ciranda financeira interminável. Um nó no pescoço. Foi calculista, responsável e não caiu no esparro. Não entrou num grande problema. Não perdeu nada e a grade da festa ficou enxuta, original e forrozeira. Acertou o prefeito.

Também, o São João de Ipirá tem problemas estruturais, isso não podemos negar. O local da festa é de uma inconveniência gritante, era onde se fazia festa no século passado. Um espaço estreito, apertado e comprido, entre dois canteiros de jardim. Não cabe 10 mil pessoas de forma aconchegante e confortável. Sem a pseudo-atração teremos um público menor, mas muito mais tranqüilo. A grade da programação está boa e teremos praça cheia.

Aí vem outro problema de infra-estrutura. A prefeitura não coloca sanitários químicos em quantidade suficiente e em locais estratégicos para dez mil pessoas. O que acontece sempre, nestas circunstâncias? Tem crianças e adolescentes mijando na frente das casas e junto aos carros, em plena rua e em situação de vulnerabilidade. Espero que o atuante Conselho Tutelar de Ipirá aja no rigor da LEI, para que esse descalabro não impere de forma intensa e generalizada, como tem acontecido em festas nesta área.

Agora, um problema adicional. A cidade não conta com dois bancos, o Bradesco e o Banco do Brasil, que foram fechados pela bandidagem. Quem vier de fora para utilizar os serviços desses bancos ficará na mão. Nem venha que não tem.

Esse é um grande motivo, para que o São João de Ipirá seja modesto, suportável para os cofres da prefeitura e sem mega-atração midiática nacional. Venha! Porque as atrações são boas e excelentes.

O prefeito acertou. Anitta ficará para o próximo São João.
Não adianta você me perguntar pelo dinheiro da prefeitura. Pergunte diretamente ao prefeito Marcelo Brandão ou solicite que ele apresente um balancete sobre as finanças e a economia da Prefeitura de Ipirá.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

E O BANCO DO BRASIL?


O prefeito Marcelo Brandão está de boa e com a cabeça nas nuvens. Ipirá está engavetado, entrou num gargalo, encontra-se numa encruzilhada e está com a cabeça na forca.

A situação do Brasil não é nada confortável; a de Ipirá não é nada consolável. A seca é uma situação cíclica, costumeira e previsível para depois de agosto é quase certa e contundente. Faltam dois meses.

Antes de agosto, Ipirá amarga a crise com dificuldades e complicações devido ao fechamento de duas agências bancárias na cidade pela bandidagem. Não se sabe quando voltarão a funcionar.

Vítima de um imprevisto; ferida pela imprevisibilidade; massacrada pela dúvida. Essas agências voltarão a funcionar? Quais são as providências à vista? Um oceano de incerteza.

Eu juro que nenhum ipiraense tem certeza do que virá acontecer. O Banco do Brasil costuma dar um golpe baixo e sujo na população nestas horas. Foram várias agências fechadas e transformadas em Posto Bancário por esse Brasil afora. Fazendo com que a população vitimada se torne mais sacrificada ainda; depois do sacrifício, vem a humilhação e o desprezo; para depois destes, a mutilação urgente. Ipirá não aguentará.

Não é justo o povo de Ipirá pagar pela ação nefasta de bandidos. Ipirá não pode ser condenada pelo sinistro de que foi vítima. A vítima está pagando pelo que sofreu, devido à ação de bandidos. A tragédia poderá levar à desgraça, jogando nas costas da população o sacrifício e toda a culpa do acontecido. O povo de Ipirá não tem culpa no cartório pelo assalto ocorrido; não é, não será e nunca foi cúmplice de assaltantes.

Alguém pode até dizer que Ipirá está acostumada a perder calada. Você pode até achar que não tem nada com isso; que não tem nada a ver com o acontecimento; que “quem pariu Mateus que balance.” Mas, a omissão não é boa companhia e, neste momento, o que está em jogo é o desenvolvimento do município de Ipirá.

E, pense bem, qualquer cidadão ipiraense que mantiver intacta, impoluta e impermeável a sua indiferença, incompreensão e inutilidade estará tendo uma atitude equivocada.

Por não fazer nada, por não tomar uma atitude, por não soltar um grito, o cidadão ipiraense estará tendo um comportamento que poderá ser tão nocivo para si e para o município de Ipirá, quanto ao dos autores do sinistro que destruíram duas agências. A abertura das agências depende de vozes. Às vezes, a vida exige o seu grito ou a sua voz.

Se não retornarmos à normalidade anterior será um retrocesso sem precedentes. Não é, simplesmente, defender um sistema financeiro, mas guarnecer, garantir e preservar um serviço essencial para a população, que é o pagamento de salários, proventos e benefícios.

É necessário a ação do Poder Publico, prefeito,  vereadores e da sociedade civil com suas organizações: o CDL, Rotary, Sindicatos dos professores, dos funcionários públicos, dos operários da fábrica, dos proprietários e trabalhadores rurais; da Igreja Católica e das Igrejas Evangélicas e de todas as categorias de trabalhadores, de todo cidadão ipiraense da cidade e do campo.

sábado, 2 de junho de 2018

O BURACO É MAIS EMBAIXO!



A greve dos caminhoneiros brocou o País. Mostrou a força que representa a supremacia da rodagem e deixou claro que o asfalto potencializado tem uma força devastadora, solapadora e arrumadora, como o poder de uma broca.

Tempos do lombo de cavalos, jegues, mulas, ao mesmo tempo que,  lombo de gente carregando sacas de açúcar, café e fumo por caminhos enlameados, ladeiras e descidas ficaram para trás.

A estrada de ferro não se importava de levar em si cavalos, jegues e mulas; não se incomodava de trazer consigo sacas de açúcar, café e fumo. Relegaram-na, depreciaram-na, jogaram-na ao léu; tudo para o esquecimento. Esqueça.

O asfalto avançou impetuosamente, foi acometido de investimento e tornou o traço mais espesso. Pôs em carga trens, breguessos, bens comerciáveis, bugigangas e tudo em frete. A fila ficou gigantesca, o engarrafamento sem fim, tornou-se mais intenso e mais forte, virou prioridade. O asfalto é o amante fiel da indústria automobilística. O ponto sem contraponto.

O asfalto leva para longe, para lugar afastado, bem distante nas proximidades bem próxima. Encaminhar-se e sobrecarregar-se. O asfalto bebe álcool, gasolina e diesel,  o ar bebe querosene. São milhões de veículos. A estrada betumada transportando de tudo um pouco faz fileiras enfileiradas.

Descortinamos a Petrobrás, pérola negra que suga hidrocarbonetos em poros de rochas sedimentares. Depósitos extensos. Olhares da rapinagem. Roubaram-na pela corrupção voluptuosa. “Perdeu, passe a dina!” Subtrair ardilosamente para interesses de bilionários investidores. São mega interesses internacionais em jogo jogado por larápios contumazes.

A alma da estrada é o caminhoneiro, subindo e descendo, prá lá e prá cá, remoendo a noite e o dia num caminho carraspiento. O tapete preto tem preço. O pedágio é uma faca enfiada no pescoço. O custo da manutenção subindo a ladeira. A política de preço do combustível do Parente tá carregada no dólar, com o diesel correndo solto. O frete amarrado no peso-pesado da boca do buraco. Esparro  puro. Boca de zero nove. O buraco já deu o que tinha que dá.

Os caminhoneiros pararam na boca do buraco e com a cabeça na bigorna, num movimento justo, justíssimo, legítimo e bem fundado. Com apoio social e vitorioso na engrenagem da marcha. Engrena a primeira ou engata a marcha-ré?


O contraditório: INTERVENÇÃO JÁ! Significa uma súplica à ditadura militar por quem não sabe o tamanho do precipício na beira da estrada e não acredita na própria força. Essa bandeira não está nos conformes da justiça, da equidade e da razão democrática.

Em Ipirá, a tropa de choque, armada até os dentes, fez a intervenção solicitada na faixa intervencionista. “Acaba com isso agora ou o pau vai comer!” Não quis nem saber da justeza e precisão do movimento. Não teve conversa. A bandeira levantada na faixa está obsoleta e equivocada.

A força dos caminhoneiros é maior do que se pensa. A situação econômica ficou dramática com a paralisação. Estivemos no buraco do desabastecimento no País.

O governo joga a parada do diesel para sessenta dias. Tempo para os caminhoneiros se organizarem, buscarem a unidade e tomarem consciência do que representam. Se acontecer com organização pensada, a bagaceira virará uma dor de cabeça para o governo.

O governo Temer foi agradecer, numa Igreja Evangélica, ao Ser Supremo. Pedro Parente saiu de baixo, outro Seu Parente assumiu a Petrobrás. A Política de Preços dolarizada para os combustíveis continua na baliza do governo, que não produz ração para frangos e porcos, nem vende ovos. Esse governo golpista do Temer representa uma tragédia completa.