sábado, 28 de setembro de 2019

O ABRAÇO


Que bom seria para Ipirá, se na convocação da seleção brasileira o técnico Tite chamasse Bilisco! Uma sorte dessa Ipirá não dá. Isso teria uma repercussão mundial: Quem é esse Bilisco?
É a nova sensação futebolística de nossa terra. Esse Bilisco joga na Europa? Não, ele bate baba em Ipirá. Onde fica Ipirá? Olha para onde se voltariam os holofotes, as lentes e a inclinação da mídia esportiva, tanto os jornais como as televisões nacionais e internacionais. Pare e pense! Dá para observar a significância que isso teria? Ipirá teria uma visibilidade clara e notória. Seria importante para Ipirá? Sim. E como seria importante! Uma sorte dessa Ipirá não dá.
Seguindo as pegadas do esporte. Um ipiraense que está brilhando no cenário nacional é José Ronaldo Rios de Almeida, Nem do Karetê, faixa preta, instrutor da ASKIPI (Associação de Karate Ipiraense), que representa com técnica, desenvoltura e brilhantismo essa academia.
Nem do Karatê é um atleta de ponta e de alto rendimento, que atua com destreza e habilidade, mostrando força, velocidade e coordenação motora compacta. Nos dias 14 e 15 de setembro de 2019, Nem participou do Campeonato Brasileiro de Karatê, em São Paulo, na cidade de Bady Bassitt, próximo a São José dos Campos.
Não deu outra. Nem do Karatê é campeão brasileiro de Katá e Kumitê (luta), coroando as conquistas do campeonato interiorano e baiano nessas modalidades. Isso tem um significado muito grande.
Não tenhas dúvida: quando o atleta conquista uma medalha e um título desse gabarito, ele o faz, também, para a sua cidade. O karatê será esporte olímpico nas próximas Olimpíadas de Tóquio em 2020 e seria importante, notável e motivo de verdadeiro júbilo, se Ipirá tivesse o seu primeiro atleta olímpico. Seria Ipirá ultrapassando e vencendo os seus limites.
É fato que esses acontecimentos mostram e mostrariam ainda mais, a grandeza de Ipirá; da mesma forma, que no aspecto literário, se o livro A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS atingisse uma posição relevante no ranking de vendas do AMAZON, isso despertaria e chamaria a atenção de um número maior de pessoas em todo o Brasil. Isso é bom para Ipirá? Creio que sim.
Que livro é esse? Quem é o autor? O livro apresenta-se no formato e-Book e traz histórias, estórias e fotografias de nossa região. Seu autor é ipiraense e isso tem um significado umbilical e uma relação direta com essa terra. Quanto mais pessoas adentrem nesse universo literário, mais o município de Ipirá se tornará falado e despertará interesses, dando a Ipirá uma certa projeção para novos olhares e abraços.

Você observou como é que as coisas acontecem? Tudo que é feito para divulgar Ipirá é bom e ficará ainda mais maneiro se todos derem sua parcela de contribuição: aplaudindo Bilisco; valorizando o trabalho da Academia ASKIPI e adquirindo o livro, basta acessar o site: "https://www.amazon.com.br" e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura.


domingo, 22 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (48)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 48 (mês de maio 2018)(atraso de um ano e 4 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava na avenida assistindo ao desfile da comemoração do ‘Dia da Pátria’. Do outro lado da rua estava o Matadouro, que, também, assistia ao desfile e foi convidado pelo prefeito para postar-se ao seu lado e ouviu a colocação do prefeito Marcelão:

- É uma grande satisfação encontrá-lo aqui na avenida, Vossa Pessoa vai ver o maior desfile que já foi feito nesta terra em todos os tempos.

As escolas passavam em frente ao ponto onde estava a comitiva do prefeito Marcelão, que aplaudia entusiasmado e exigia que os que estavam ao seu lado fizesse o mesmo:

- Bata palma, seu Matadouro! Tem doze anos que a gente não vê um desfile desse porte, por causa da administração deles.

O prefeito Marcelão já estava cansado de aplaudir, de dar vivas e fazer o sinal de positivo. O tempo passou rápido, parecia que voava e o desfile aproximava-se da sua finalização, quando o prefeito indaga:

- Já terminou? Quem vem lá no final fechando o desfile?

- São os estudantes, prefeito Marcelão! – respondeu o Matadouro.

- Já fui, banda Mel! – disse o prefeito Marcelão.

- O quê? Não! V. Exa., vai ficar aqui para assistir os estudantes dessa terra, não tem essa de capar o gato justamente agora.

- Sem essa, seu Matadouro! Eu não vou ficar de bobeira com a cara no sol, tendo uma cervejinha gelada aqui na sala da escola.

- Ah! Não prefeito Marcelão daqui V. Exa., não sai nem que chova canivete. V. Exa., vai ficar cara a cara com os estudantes.

- Nem pago eu fico aqui, entendeu seu Matadouro – afirmou com convicção o prefeito Marcelão.

O Matadouro segurou com firmeza no cinturão do prefeito e sacramentou:

- Daqui, V. Exa., não sai!

O prefeito Marcelão forçou a barra, mas estava seguro. Olhou para a cara do Matadouro, soltou um riso maroto e deu um peido, daqueles que nem gambá consegue acompanhar. O Matadouro sentiu o furdunço e precisou tapar as narinas, justamente o que esperava o prefeito, que deu um pinote e caiu dentro da escola GC.

O Matadouro foi atrás do prefeito. Os estudantes chegavam em frente à escola. O prefeito Marcelão estava trancado no sanitário da escola. O Matadouro ficou na porta, aguardando o prefeito. Os estudantes colocavam uma fala.

“Esse prefeito não recupera a residência dos estudantes em Salvador porque não presta, dinheiro é o que não falta”

- Quem é que está dizendo essa coisa aí? – perguntou o prefeito Marcelão, que estava utilizando o vaso sanitário.

- É o que dizia V. Exa., quando era locutor e queria ser prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, em frente à escola, os estudantes bradavam suas palavras de ordem e discursavam: “Esse prefeito quer acabar a casa do estudante. Ele acabou a fanfarra local, vocês viram só fanfarras de Salvador e Pintadas nesse desfile; ele acabou a biblioteca da cidade; quando esse prefeito coloca o capacete branco, ele perde o juízo e quer acabar com a cidade”

- Eles estão falando de quem? – pergunta o prefeito Marcelão.

- Estão falando de V. Exa., quando deixou de ser locutor e virou prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, a música da Marreta do 25 estava sendo tocada e o prefeito Marcelão vestiu a calça e abriu a porta do sanitário e foi dizendo:

- Êta que a minha música da marretada já está tocando e meus eleitores estão lá fora fazendo a festa. Vou para lá.

- V. Exa., tá doido, prefeito Marcelão! Quem está lá fora são os estudantes da Casa do Estudante, se V. Exa., botar a cara na rua vai tomar uma vaia daquelas que a torcida do Flamengo dá em juiz no Maracanã – aconselhou o Matadouro.

A madeira cantava lá fora. O prefeito Marcelão pegou um copo de cerveja para esfriar a vida. O Matadouro, apertado, correu para o sanitário e encontrou o vaso cheio, pela rasura. Olhou aquela situação e observou para si mesmo: “A administração desse prefeito é um vaso cheio” aproveitou e deu descarga. O prefeito Marcelão só saiu quando o ruído da rua parou e os estudantes seguiram para a praça.
  
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (47)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 47 (mês de abril 2018)(atraso de um ano e 5 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava vivendo seu momento de maior euforia: não era devido à realização de uma micareta, mas pela alta performance alcançada no sistema de saúde do município. Estava muito alegre e satisfeito. Encontrava-se postado em frente ao hospital municipal, admirando-o. Quem aparece? Justamente, quem você está imaginando: o matadouro local.

- Foi bom você aparecer, seu Matadouro! Vossa Pessoa é sempre bem-vinda. Como está sua saúde? – indagou o prefeito Marcelão.

- Está ótima. Não tenho nenhum problema, nem preciso de atendimento médico – respondeu o Matadouro.

- Isso é o que Vossa Pessoa imagina. Olhando, bem olhado, para Vossa Pessoa, dá para percebermos claramente que Vossa Pessoa está desbotado, fraco e anêmico; dá para notar que está faltando-lhe sangue de todos os tipos e que o caso de Vossa Pessoa é gravíssimo. Vamos ter de interná-lo agora para fazer uma cirurgia com urgência e emergência em nosso hospital local – argumentou o prefeito Marcelão, que estava preocupado com a situação do Matadouro.

- Qolé, prefeito Marcelão! Que onda é essa? V. Exa. tá tirando com minha cara. Se eu estou sem sangue é porque nunca mataram nem um bezerro no matadouro daqui e não é culpa minha. Pelo que mim consta, V. Exa. é advogado e não médico – argumentou o Matadouro.

- Pela sua conversa dá para percebermos claramente que V. Pessoa está variando, sente aqui na calçada que eu vou providenciar uma maca para levá-lo para o Centro de Cirurgia – disse o prefeito Marcelão.

O Matadouro deu um pinote, esbravejou e gritou chamando a atenção de toda a cidade:

- EU SÓ SAIO DAQUI DE SAMU. Chame uma ambulância do SAMU, porque de maca eu não vou nem com uma peixeira no pescoço.

Ao ouvir aquela palavra referindo-se ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o prefeito Marcelão sofreu um catiripapo e caiu duro. O Matadouro carregou o prefeito Marcelão nos braços e adentrou no hospital local.

O paciente foi avaliado com uma precisão meticulosa e seu quadro era gravíssimo, com precários sinais vitais; os batimentos cardíacos diminuíram; a pressão caiu; a temperatura baixou; o açúcar subiu; o suor aumentou; a tremedeira tomou conta de todo o corpo e ouviu-se o parecer médico, mesclado com o veredicto de uma sentença jurídica: “todo problema do prefeito Marcelão está na cabeça. Vai ter que descer agora e não vai chegar vivo no contorno do Bravo”.

A cidade entrou em comoção: “Coitado do prefeito Marcelão! O homem vai descer o quebra-mola de Paraíba” dizia um; “Vixe, Mãe de Deus! O prefeito Marcelão não vai ter nem tempo de pensar num segundo mandato” dizia outro; “Oxente, homem! Vê lá se lá isso é problema pra quem governa com a cabeça nas nuvens e vai governar do céu” concluía alguém.  

O Matadouro, com uma agilidade nunca vista, tomou todas as providências e um helicóptero com UTI levou o prefeito Marcelão para a capital, onde era aguardado por uma equipe dos melhores cirurgiões do Estado: Dr. Paulo, Dr. Érico, Dr. Fernando, Dr. Pedro, Dr. Antônio e equipe, que estavam aguardando no Centro Cirúrgico do Hospital Ali, o mais equipado e sofisticado da cidade para serviços médicos de alta complexidade.

Exames feitos, observados e analisados, sem nenhum indício para um diagnóstico preciso. O quadro vital permanecia precário, com pequeníssimas chances de sobrevivência. O Matadouro, com muita precisão, tomou todas as medidas para a transferência do prefeito Marcelão para São Paulo.

Um Boeing 737, com Centro Cirúrgico, levou o prefeito Marcelão para aquele hospital SL que tem atendimento de Primeiro Mundo com preferência, prioridade e exclusividade para os políticos brasileiros. Uma equipe médica, com supervisão de um médico norte-americano em vídeo conferência, avaliou o quadro clínico do paciente e nada. Foi o caso mais complicado e complexo já visto na história da medicina.

Os médicos não chegavam a uma conclusão do diagnóstico da doença do prefeito Marcelão. Nem um indício e nenhum parecer. Sabiam que era um problema de cabeça e que aquela situação estava caminhando para os acréscimos de um jogo dramático. Passava dos 45 minutos do segundo tempo e com cinco minutos de acréscimos, já estava nos 49 e meio. Os médicos começaram a tirar as luvas, as máscaras respiratórias e balançavam a cabeça em sinal de desistência e cansaço. O Matadouro observava pelo visor do Centro Cirúrgico e fez uma sugestão para uma enfermeira:

- O problema dele é na cabeça, por que não faz o teste do pezinho nele?

Para quem está perdido, todo mato é caminho. A enfermeira pegou uma agulha e enfiou na cabeça do dedão do pé do prefeito Marcelão, que gritou “uai!” Os médicos viraram e se aproximaram do paciente, que piscou um olho e foi dizendo:

- Eu só queria saber como está o atendimento à saúde no Brasil, para não ter que pagar um Plano de Saúde Internacional com atendimento na Europa.  

Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (46)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 46 (mês de março 2018)(atraso de um ano e 6 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava preocupado, andava rápido e dirigia-se à casa do seu grande líder Luiz do Demo (Partido Democrata, vulgo Demo) para anunciar uma decisão que estava em sua cabeça e sem meia-volta, quando encontrou o Matadouro de frente:

- O que é que V. Exa., prefeito Marcelão, vai fazer na casa do ex-prefeito Luiz do Demo? – indagou o Matadouro.

- Eu vou comunicar ao meu grande líder que não vou sair candidato a prefeito em 2020, ele faça o que bem entender com o grupo.

- Por que V. Exa., prefeito Marcelão, vai fazer uma desgraça dessa?

- Seu Matadouro! Como é que um prefeito bom todo como eu, que fez praça nova, saúde nova; cerquei praça, fiz asfalto, só tem 3% nas pesquisas?

- Isso é fake news, prefeito Marcelão! Lá isso é pesquisa coisa nenhuma! Isso é uma mentira daquelas que acha que um elefante passa no gogó de um mosquito! Até V. Exa. comendo um H desse. Não se precipite. Vamos fazer o seguinte: eu vou contratar uma pesquisa, V. Exa. vai aguardar o resultado para tomar sua decisão.

- Mas, seu Matadouro! Um Instituto sério e bom de pesquisa é muito caro e o governo do Estado não vai querer bancar uma pesquisa dessa.

- Fica na tua, prefeito Marcelão! Vai ser um instituto de pesquisa verdadeiro e com alta credibilidade, que não vai pesquisar só no Centro de Abastecimento, porque aquele povo de lá, se pudesse, metia uma faca no seu bucho para sair no pescoço.

- Você tá vendo, seu Matadouro! Eu só fiz o bem daquele povo, que vivia na lama na outra administração, só porque eles pagam uma merrecazinha fica essa revolta toda. Como é que meus amigos vão ganhar dinheiro se eu não cobrar deles? Veja se eu não tenho razão, seu Matadouro!

- Esqueça isso, prefeito Marcelão! Vou começar a nossa pesquisa verdadeira agora mesmo.

- Comece aqui na casa de Luiz do Demo – orientou o prefeito Marcelão.

- Não. Nossa pesquisa é séria, imparcial, verdadeira e seu resultado será a expressão da vontade mais pura e do desejo mais claro da população.

O Matadouro despediu-se e foi atuar em seu campo de pesquisa. Chegou à toca dos macacos, tinha umas duzentas pessoas, e perguntou:

- Quem vota no grupo da macacada? Levante a mão - umas duzentas pessoas levantaram as mãos - Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? Levante a mão - umas duzentas pessoas levantaram as mãos.

O Matadouro anotou tudo direitinho, mesmo não tendo percebido que um macaco balbuciou “ele é mole prá gente”. O Matadouro seguiu para o ninho do Jacu, tinha umas trezentas pessoas e perguntou:

- Quem vota no grupo da jacuzada? Levante a mão - umas trezentas pessoas levantaram as mãos - Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? Levante a mão - umas trezentas pessoas levantaram as mãos.

O Matadouro anotou tudo com precisão, embora não tenha escutado o que um jacu disse: “tem que ser ele. Ele mim paga”. O Matadouro seguiu para o bairro do Monte Belo e numa demostração de isenção completa resolveu fazer o sorteio de uma casa para fazer o levantamento da intenção de voto. “Ma-mãe man-dou di-zer que a ca-sa es-co-lhi-da é essa da-qui”  e foi indagando:

- Quantas pessoas moram nessa casa? Os moradores dessa casa aceitam o prefeito Marcelão como candidato em 2020?

O Matadouro preencheu os formulários e ouviu com os ouvidos atentos o que disse o morador: “aqui não é 100% a favor do prefeito Marcelão, aqui é 200%”. Anotou tudo corretamente e deixou a casa de RR depois de tomar um cafezinho. Roque Roncador ficou satisfeito e ainda comentou: “O prefeito Marcelão devia ficar uns vinte anos na prefeitura.”

O Matadouro seguiu com sua coleta de informações. Para demonstrar neutralidade tirou os búzios do bolso; aqui em nossa cidade tem três rádios, a AM, a FM, a Antena, para escolher uma, jogou os búzios: deu a FM. Foi logo indagando:

- Quem quer o prefeito Marcelão como candidato 2020? – ouviu todos gritarem sim – Quem quer o prefeito Marcelão como locutor 2021? – ouviu todos gritarem não.

Com os dados coletados, o pesquisador Matadouro começou a fazer a tabulação dos dados. Excluiu a margem de erro, tirou a curva de nível, extrapolou os excessos, limpou os exageros e eliminou o site: https://www.amazon.com.br para adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura

O Matadouro foi ao encontro do prefeito Marcelão que estava ansioso pelo resultado e foi dando as boas notícias:

- Prefeito Marcelão! V. Exa. está bem na fita, tem 95% de aceitação da nossa população como candidato a prefeito em 2020.

- Ora, seu Matadouro! Quer como candidato e como prefeito?

- Até tu, prefeito Marcelão! V. Exa. já viu prefeito sem ser candidato? Primeiro tem que ser candidato. O candidato tem que ser V. Exa. Não tem mais ninguém no grupo e V. Exa. vai ganhar novamente, Quando V. Exa., jogar um punhado de milho, a ninhada de jacu vem toda; com duas bananas essa macacada enche a barriga e se esconde. Com duas mandingas, quatro bozós, uma dúzia de macumba e mais, com uma centena de missa, muita reza e penitência vai chover muito voto no seu roçado.

O prefeito Marcelão ficou entusiasmado: “Vossa Pessoa acha mesmo que eu tenho que continuar prefeito, seu Matadouro?”

- É claro, prefeito Marcelão! – respondeu o Matadouro, mas não deixou o prefeito Marcelão entender que seu grande interesse era que ele, o Matadouro, continuasse inútil, imprestável e sem qualquer significado. Com o prefeito Marcelão na prefeitura ele tinha certeza que assim seria.

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar em janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

domingo, 1 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (45)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 45 (mês de fevereiro 2018)(atraso de um ano e 7 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava obstinado na busca de dez milhões de reais. Digo eu que: “ele estava encegueirado por esta grana”. Andou por Brasília com uma cuia na mão, nada conseguiu. Fez protesto em Salvador, sentando na porta da governadoria, com duas cuias, uma na mão outra no chão; fazia pena, todos sentiam dó daquela figura moribunda e triste, bem no meio da passagem, no centro da porta, na centrosfera, simplificando e resumindo tudo, na única porta de entrada e saída. Não tinha como o governador não vê-lo e reconhecê-lo.
O governador Costa, ao término do expediente, saiu com um cordão de puxa-saco, na passagem, de costa ficou, de costa manteve-se, de costa saiu e não visualizou o prefeito Marcelão; seus puxas acompanharam o rei, digo, governador.
O prefeito Marcelão retornou para sua terra. Sem apoio e guarida em outras paragens, restava-lhe a sua querida e abençoada terra, que ele tanto ama. E para que ele quer dez milhões de reais? Para a sua amada terra.
Se a cuia não resolvia, um empréstimo o salvaria. Faria de sua amada terra uma beleza estonteante; uma alegria a toda hora e uma felicidade a cada instante. Ainda que assim fosse, aparecia os que se colocavam contra. Na contramão estava o Matadouro.
Nada mais elucidativo, do que uma conversa; uma conversa amistosa torna-se uma conversa elucidativa. O prefeito Marcelão saltou do carro oficial e saudou o Matadouro:
- Bom dia, boa tarde e boa noite, seu Matadouro! Seu Matadouro! Eu trato Vossa Pessoa tão bem; eu tenho um tratamento VIP para com a Vossa Pessoa e não entendo porque Vossa Pessoa é contra a minha pessoa; por que Vossa Pessoa é contra o empréstimo de dez milhões de reais que minha pessoa quer tomar?
- Prefeito Marcelão! Pensando bem pensado, V. Exa., com essa grana, pode querer fazer o que nenhum prefeito, do jacu e do macaco, neste meio século, conseguiu fazer: botar o Matadouro pra funcionar. Aí vai sobrar pra mim.
- Ora, ora, seu Matadouro! Vossa Pessoa tá abilolado, tá ficando doido e lelé da cuca. Vê lá se eu vou botá matadouro pra funcionar? Nunca. Quem inventou essa porcaria que dê jeito e quem escreve novelinha com matadouro, pode ir se preparando para escrever mais quatro anos até virar um dramaturgo no quilate de um Dias Gomes de tanto escrever novela.
- Não diga isso não, porque essa novelinha já está no site: https://www.amazon.com.br para adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura e tem mais, não me chame de porcaria não, porque aqui não vai entrar nenhum porco para ser abatido. Se não é um empréstimo para a obra mais importante, crucial e imprescindível do município, que sou eu, o El Matadouro, então é para a Casa do Estudante?
- Sem essa, seu Matadouro! Qolé Casa do Estudante! Achas tu, seu Matadouro, que la eu vou fazer la casa de los estudantes? Prá juventude eu vou fazer é festa. Tá entendendo seu Matadouro! É festa e nada mais do que festa. Basta a biblioteca espetacular que eu fiz no Puxa. Lá o jovem vai ficar mais sabido do que coruja em cima de toco, então, esqueça essa coisa de casa de estudante.
- Uma biblioteca sem livro, quem já viu um troço desse? Então os dez milhões será para o Mercado de Artes?
- Ora, ora, meu prezado Matadouro! Aquela Praça do Mercado de Arte não pertence mais ao município, aquilo lá, pertence a uns amigos meus; aquele mercado é com eles lá, a minha parte era passar a marreta naqueles abrigos, isso eu já fiz, agora é com eles.
- E os dez milhões reais vão para onde, prefeito Marcelão?
- Eu vou lhe dizer agora, seu Matadouro! Eu vou calçar a sua rua morador de nossa cidade. Vou calçar a Primeira Travessa da Daniel Ferreira, porque aquela rua vira lama quando chove e é uma poeira terrível na época seca. Já mandei colocar o cascalho naquela rua, só falta o empréstimo de dez milhões de reais para ajudar no calçamento. Vou calçar as ruas dessa nossa cidade com um calçamento que eu vi em St. Remi na França.
- Aí é que mora o perigo, prefeito Marcelão! Suas estradas rurais são feitas com tecnologia de Santa Catarina e não suportam duas chuvas; esse calçamento europeu permeável e esponjado não guenta uma trovoada; essa recuperação d Mercado de Arte à prova de fogo ...
- Pode parar, seu Matadouro! Já sei que Vossa Pessoa vai falar da casa do estudante e eu vou adiantar aqui, agora, a partir de janeiro de 2021 eu vou fazer as obras que eu não tive condições de fazê-las nesse primeiro mandato, para isso eu preciso desse empréstimo. Entendeste bem, seu Matadouro?
O Matadouro observou bem observado, mas não acreditava naquilo que ouvia, então, ficou aquele
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles