domingo, 1 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (45)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 45 (mês de fevereiro 2018)(atraso de um ano e 7 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava obstinado na busca de dez milhões de reais. Digo eu que: “ele estava encegueirado por esta grana”. Andou por Brasília com uma cuia na mão, nada conseguiu. Fez protesto em Salvador, sentando na porta da governadoria, com duas cuias, uma na mão outra no chão; fazia pena, todos sentiam dó daquela figura moribunda e triste, bem no meio da passagem, no centro da porta, na centrosfera, simplificando e resumindo tudo, na única porta de entrada e saída. Não tinha como o governador não vê-lo e reconhecê-lo.
O governador Costa, ao término do expediente, saiu com um cordão de puxa-saco, na passagem, de costa ficou, de costa manteve-se, de costa saiu e não visualizou o prefeito Marcelão; seus puxas acompanharam o rei, digo, governador.
O prefeito Marcelão retornou para sua terra. Sem apoio e guarida em outras paragens, restava-lhe a sua querida e abençoada terra, que ele tanto ama. E para que ele quer dez milhões de reais? Para a sua amada terra.
Se a cuia não resolvia, um empréstimo o salvaria. Faria de sua amada terra uma beleza estonteante; uma alegria a toda hora e uma felicidade a cada instante. Ainda que assim fosse, aparecia os que se colocavam contra. Na contramão estava o Matadouro.
Nada mais elucidativo, do que uma conversa; uma conversa amistosa torna-se uma conversa elucidativa. O prefeito Marcelão saltou do carro oficial e saudou o Matadouro:
- Bom dia, boa tarde e boa noite, seu Matadouro! Seu Matadouro! Eu trato Vossa Pessoa tão bem; eu tenho um tratamento VIP para com a Vossa Pessoa e não entendo porque Vossa Pessoa é contra a minha pessoa; por que Vossa Pessoa é contra o empréstimo de dez milhões de reais que minha pessoa quer tomar?
- Prefeito Marcelão! Pensando bem pensado, V. Exa., com essa grana, pode querer fazer o que nenhum prefeito, do jacu e do macaco, neste meio século, conseguiu fazer: botar o Matadouro pra funcionar. Aí vai sobrar pra mim.
- Ora, ora, seu Matadouro! Vossa Pessoa tá abilolado, tá ficando doido e lelé da cuca. Vê lá se eu vou botá matadouro pra funcionar? Nunca. Quem inventou essa porcaria que dê jeito e quem escreve novelinha com matadouro, pode ir se preparando para escrever mais quatro anos até virar um dramaturgo no quilate de um Dias Gomes de tanto escrever novela.
- Não diga isso não, porque essa novelinha já está no site: https://www.amazon.com.br para adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura e tem mais, não me chame de porcaria não, porque aqui não vai entrar nenhum porco para ser abatido. Se não é um empréstimo para a obra mais importante, crucial e imprescindível do município, que sou eu, o El Matadouro, então é para a Casa do Estudante?
- Sem essa, seu Matadouro! Qolé Casa do Estudante! Achas tu, seu Matadouro, que la eu vou fazer la casa de los estudantes? Prá juventude eu vou fazer é festa. Tá entendendo seu Matadouro! É festa e nada mais do que festa. Basta a biblioteca espetacular que eu fiz no Puxa. Lá o jovem vai ficar mais sabido do que coruja em cima de toco, então, esqueça essa coisa de casa de estudante.
- Uma biblioteca sem livro, quem já viu um troço desse? Então os dez milhões será para o Mercado de Artes?
- Ora, ora, meu prezado Matadouro! Aquela Praça do Mercado de Arte não pertence mais ao município, aquilo lá, pertence a uns amigos meus; aquele mercado é com eles lá, a minha parte era passar a marreta naqueles abrigos, isso eu já fiz, agora é com eles.
- E os dez milhões reais vão para onde, prefeito Marcelão?
- Eu vou lhe dizer agora, seu Matadouro! Eu vou calçar a sua rua morador de nossa cidade. Vou calçar a Primeira Travessa da Daniel Ferreira, porque aquela rua vira lama quando chove e é uma poeira terrível na época seca. Já mandei colocar o cascalho naquela rua, só falta o empréstimo de dez milhões de reais para ajudar no calçamento. Vou calçar as ruas dessa nossa cidade com um calçamento que eu vi em St. Remi na França.
- Aí é que mora o perigo, prefeito Marcelão! Suas estradas rurais são feitas com tecnologia de Santa Catarina e não suportam duas chuvas; esse calçamento europeu permeável e esponjado não guenta uma trovoada; essa recuperação d Mercado de Arte à prova de fogo ...
- Pode parar, seu Matadouro! Já sei que Vossa Pessoa vai falar da casa do estudante e eu vou adiantar aqui, agora, a partir de janeiro de 2021 eu vou fazer as obras que eu não tive condições de fazê-las nesse primeiro mandato, para isso eu preciso desse empréstimo. Entendeste bem, seu Matadouro?
O Matadouro observou bem observado, mas não acreditava naquilo que ouvia, então, ficou aquele
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles


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