sábado, 26 de maio de 2018

SEM GÁS E SEM GASOLINA


O prefeito Marcelo Brandão veio de encomenda. O homem chegou ao Poder Municipal tocando foguete; dançando xaxado, lambada e merengue; fazendo promessas e jogando conversa fora; parecia o ‘Messias dos Pobres” e o ‘Salvador da Pátria’. Entrou no folguedo micareteando.
No jogo, percebeu que o osso não tinha tutano pra todo mundo. Caiu na real. Ele tem razão quando diz que o governo do Estado abandonou Ipirá. Sua administração não chupa um pirulito do governo de Ruy. O governo federal não sabe nem onde fica Ipirá. O governo municipal está no mato sem cachorro. Só e somente só na buraqueira.
O município de Ipirá na boca do precipício: dois bancos fechados pela bandidagem; um mercado incendiado; uma casa de estudante caindo; um Centro de Abastecimento na lama; um matadouro aposentado; faltando merenda e transporte escolar com atraso; sem remédio para profilaxia na saúde; se a seca apertar, a zona rural vai gemer; se a greve continuar, eu não quero nem pensar numa Ipirá sem gasolina, gás de cozinha e produtos na feira livre. É o preço que se paga por produzir quase nada.
Que situação! Um Centro de Abastecimento na lama e sujeito à inundações quando chove; sem cobertura; sem nenhuma preocupação sanitária; desorganizado, desmantelado, esculhambado.

Uma obra do governo da jacuzada em convênio com o Estado; inaugurada por uma administração da macacada e mantida pelos dois grupos da politicagem neste estado de lástima.
Agora o prefeito Marcelo Brandão declara, pelo Projeto de Concessões, que não tem jeito para a gestão municipal administrar esse troço aí, não quer ter nenhuma responsabilidade e tirou o braço da seringa. Vai entregar o Centro de Abastecimento e o Mercado de Arte à iniciativa privada. Resolveu o problema? Não, deu um tiro no escuro e empurrou com a barriga.
É verdade! O Poder Municipal sem saber o que fazer, jogou a toalha. Sentado no cofre atirou a chave fora. Não cobra das autoridades responsáveis uma posição sobre o funcionamento dos bancos, mas colocou um Projeto de Concessões para passar na pauta da urgência urgentíssima num momento desse. Disse tudo. Jogou a água fora da bacia.
É bom que se diga, que o Poder Público Municipal, até agora, não mostrou que tem condições de administrar o município de Ipirá com uma gestão pública que tenha capacidade e coragem para organizar a feira livre local. Nunca teve e agora sacramentou de vez.
Pela solução que apresentou o Poder Municipal mostrou sinal de fraqueza administrativa, porque esse projeto não estava no Plano de Governo apresentado à população.
A prova é que apela e empurra para a iniciativa privada a tarefa de organizar o Centro de Abastecimento como uma receita infalível. Quem garante?
Qual é o empresário que vai se apossar do Centro de Abastecimento como se não houvesse amanhã? Como se não tivesse um custo e um preço a pagar? Como se a perfeição da letra-morta da Lei fosse a verdadeira e única solução? Não existe almoço de graça. Tem custo caro e o “pato” vai ter que desembolsar.
Quem é que vai pegar esses pardieiros e pepinos para botar grana sem ver o cheiro e o sabor da marmelada? Quem vai se meter nesse abacaxi sem que o cofre público não dê garantias de segurança lucrativa? Os amigos do rei estão famintos, ansiosos e de prontidão.
No mérito do projeto, o Poder Público sai de baixo, exime-se da responsabilidade, mostra que não tem aptidão para a coisa pública; terceiriza e transfere o serviço público para o setor privado, que passa a ter a obrigação, mas gosta e vive de lucro, por isso topa a empreitada para ganhar dinheiro e a receita do bolo é para onerar o feirante.
Na prática tudo pode acontecer, o lucro é o objetivo, a empresa vai cobrar ao barraqueiro, ao consumidor, ao trabalhador braçal, por todos os serviços prestados à contento ou não. Não pode haver dúvidas e incerteza de lucro para o empresário. Isso não é contrato de risco e, muito menos, brincadeira.
Pode haver mais lambança e esperteza do que uma possível solução. Os recursos públicos são a alma do negócio e enche os olhos e os bolsos. Por trás de todas as intenções tem o dinheiro público pegando picula. A prefeitura recupera cada área, deixa tudo nos trinques e entrega para as empresas arrancarem lucros.
O público deixa de ser público e vira uma coisa dos seus e para os seus. Não tem jeito, a incompetência da quadrilha de Temer para governar esse País chegou aos olhos dos caminhoneiros. Fora Temer, Eleições 2018. Democracia para todos os brasileiros e no País inteiro.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

TRANSMUTAÇÃO

Primeiro. Tratando os problemas de Ipirá com a maior seriedade. Prefeito Marcelo Brandão no programa da rádio FM: “Vou dizer o nome; não! Não vou dizer agora não; vou dizer daqui a pouco; bote uma vinheta, porque eu vou dizer; não! Vou dizer no final do programa.”
Que suspense, senhor prefeito! Deve ser uma grande obra para Ipirá. Que bom que o prefeito se transformou num portador de boas novas para o povo de Ipirá. A obra do século. Um anúncio tão promissor tem que ser feito em estilo tão provocante, com um momento de tensão forte, para que toda a população ouça a grande novidade.
Ouça, povo de Ipirá! A grande prosperidade que bate à nossa porta. É um anuncio ditoso, feliz e venturoso. Vamos ouvi-lo! É um aviso ao conhecimento público trazendo ventos bem-sucedidos e afortunados, sempre propícios e favoráveis ao povo de Ipirá. 


Segundo. Tratando os problemas de Ipirá como uma grande brincadeira. Prefeito Marcelo Brandão no programa da rádio FM: “Vou dizer o nome; não! Não vou dizer agora não; vou dizer daqui a pouco; bote uma vinheta, porque eu vou dizer; não! Vou dizer no final do programa.”

Que suspense, senhor prefeito! Quanta satisfação do prefeito em dar essa notícia. Parecia notícia da ‘salvação’ de Ipirá. O prefeito deliciou-se perante a grandiosa novidade, ninguém sabia de nada, foi o maior furo informativo de uma prefeitura; um segredo fechado à sete-chaves que veio à público pela voz eloqüente do prefeito, que disse o nome de uma dupla de cantoras que, no seu dizer, será a grande atração para o São João de Ipirá.

Não tem jeito, vamos levar na brincadeira, porque a coisa é séria. Está caindo a máscara do jacu & macaco na politicagem de Ipirá. Caindo na prática e nas medidas que eles não tomam para resolver os grandes problemas de Ipirá.

Em 2012, a população votou num macaco (eleição de Ana Verena) e elegeu um mico. Em 2016, a população votou num jacu (eleição de Marcelo Brandão) e elegeu um seriema, que está se transformando em avestruz.
O avestruz coloca a cabeça no buraco para não enxergar a realidade. O prefeito só enxerga a sua própria fantasia e não quer ver a realidade de Ipirá, com toda a sua problemática.
Dois bancos fechados, um deles, o banco que paga aos funcionários da prefeitura. Uma reunião sobre esta questão delicada, difícil, problemática e o que faz o prefeito? Não deu a mínima, não compareceu e não ta nem aí.
Essa questão dos bancos é o problema principal de Ipirá neste momento e o prefeito municipal, juntamente com os vereadores são as duas forças principais na cobrança e no acompanhamento de uma solução, na condição de representantes eleitos pelo povo ipiraense. A omissão neste caso equivale a um total desprezo pela situação concreta de Ipirá.
O Mercado de Arte e da Casa dos Estudantes em Salvador continuam sendo um gargalo para a administração municipal, que não apresenta um cronograma de recuperação, nem mesmo uma carta de intenção razoável e aceitável. Nada se resolve e o prefeito brincando.
A saúde no município em debilidade crônica e com deficiência apropriada ao macaco e acomodada pelo jacu. Os problemas são diversos e complexos. E o prefeito brincando com a realidade.
Se o prefeito ficar com a cabeça no buraco enxergando só e somente só as suas fantasias, não há de ver absolutamente nada, até o que não existe, na condição da compra de uma remessa de remédios que chegaram à beira do vencimento e tiveram que ser jogados no lixo. É brincadeira da realidade! Só 75% de brincadeira para o prefeito.
Eu fico imaginando o prefeito de Ipirá brincando com a realidade ipiraense, que está cheia de problemas, dificuldades, embaraços e o prefeito numa manifestação intencional e irônica, por meio de palavras e atitudes procurando levar ao ridículo, expondo ao desdém e menosprezando esta realidade.
Resta-nos pensar no verso do trovador: “A vida vale pela largura e não pelo comprimento” para entender a realidade, mesmo sendo, o efeito da transmutação uma brincadeira.
Por doze anos, o jacu definhou e virou uma galinha depenada; agora, fez a muda, ficou vistoso, bem lustroso e virou um seriema que vem engordando, engordando, ficando largo e robusto, até virar um avestruz, que vai enfiar a cabeça num buraco para viver a sua fantasia. O que importa em quatro anos é a largura que se ganha.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

PERDEU, IPIRÁ! PERDEU...


“Depois da tempestade vem a bonança”. Seria bom que assim o fosse, mas este ditado popular não está presente em Ipirá que, neste momento, tem o seu futuro comprometido, incerto e indeterminado.
“Depois do assalto vem a desventura”. Ipirá tomou um tiro no coração financeiro. São dois bancos fechados de forma repentina e que não se torne um atestado de óbito. Seria um implacável retrocesso, um retorno imponderável aos anos 60 do século passado, quando a cidade não tinha uma agência do Banco do Brasil.
O retorno ao funcionamento não tem prazo determinado, trata-se de um momento crítico. Pelo  andar da carruagem o bicho vai pegar. Observe o tamanho do prejuízo da comunidade: o correntista tendo que se deslocar para Feira de Santana, Baixa Grande, Itaberaba, Bravo para retirar um talão de cheque, fazer uma senha, um contrato, etc. No frigir dos ovos, a comunidade está pagando o pato. Todos são atingidos.
Os funcionários públicos estaduais e municipais, os operários da fábrica, os aposentados e outros trabalhadores que recebem salários pelos bancos afetados terão que se deslocar ou se sujeitarem à precariedade do atendimento nas lotéricas e farmácias, devido a total falta de condições para atendimento em grandes proporções. Um inconsistente infortúnio. Isso é um retrocesso bem visível.
O comerciante ou o fazendeiro que queira fazer um deposito ou pagar um boleto, terá que se deslocar ou enfrentar as lotéricas e farmácias sem nenhuma garantia de segurança. São condições inseguras e insustentáveis.
Nestas condições, por quanto tempo durar, o comércio de Ipirá tomará uma chalapada de entortar até o pescoço. O grau de dificuldade acelera a crise. Deram um nó cego em Ipirá, que caminha para uma crise de quebradeira. Não duvidem.
Ipirá não pode caminhar para a Zona do Rebaixamento, com a imagem degradada e desgastada. Seria o pior acontecimento.
É triste a realidade atual do nosso município. A situação é crítica, delicada e não pode, nem deve prolongar-se por tempo indeterminado. Ou a população reage ou entraremos em retrocesso.
O fechamento ‘temporário’ de dois bancos é o maior problema que passa o município de Ipirá nesse momento.
A população não pode vacilar, caso contrário, o ‘inoperante temporário’ poderá ser um incontestável e evidente ‘permanente’ e ‘prá toda a vida’. Acontecendo isso, ‘adeus Ipirá’, ‘Ipirá vai para a cucuia’.
Ipiraense não aposte nisso, seria um equívoco do tamanho de uma jamanta. A omissão do ipiraense significa duelar num túnel escuro e com os olhos vendados. Não podemos deixar acontecer.
Duas questões básicas têm que ser consideradas: a garantia do retorno e o tempo para retornar com as atividades.
O primeiro passo é a união do povo diante da situação de emergência para, pelo menos, ter informações verdadeiras e oficiais sobre a situação. Tem que haver um Plano de Emergência para um curto tempo.
É necessário que a Câmara de Vereadores, o CDL Ipirá, o Rotary Ipirá, as entidades sindicais dos professores, dos funcionários da prefeitura e dos operários da fábrica cobrem das autoridades responsáveis uma atitude segura e um compromisso concreto de que as agencias voltarão a funcionar o mais rápido possível para que a população não sofra conseqüências perversas e desesperadoras.
O governador Ruy Costa e o prefeito Marcelo Brandão vão ter que fazer alguma coisa para que essa situação se resolva. É isso o que a comunidade deseja e quer.
Parece que o problema não existe para o prefeito, porque no ‘Papo Reto’ ficou no reme-reme das festas. Que o digníssimo não fique de braços cruzados.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

NOVO CANGAÇO INVADE IPIRÁ

Numa ação ousada e audaciosa o Novo Cangaço dominou literalmente a cidade de Ipirá por 40 minutos. Sem nenhuma reação, a Praça da Bandeira tornou-se uma área de controle da bandidagem. Mostrou de forma bem clara e inequívoca a fragilidade da segurança em Ipirá.
Foi um acontecimento inesperado que surpreendeu a toda população. Por volta das 2 h da madrugada a madeira cantou e a cidade acordou com um barulho infernal de tiros e estouro de dinamites acuando a população. Estava tudo dominado, quem mandava no pedaço era Novo Cangaço, que detonava as agências do Banco do Brasil e do Bradesco.
O policiamento local não existiu nesse episódio, tinha sido acuado na Companhia da PM e na delegacia local. A bandidagem agiu leve e solta na Praça da Bandeira, era senhora da situação e dos fatos, ao tempo que explodiam as agências bancárias na maior naturalidade e tranqüilidade, sem a menor cerimônia ou contratempo.
No meu entender as coisas ficaram transparentes e não tem como pensar diferente: Ipirá é uma cidade com segurança precária e isso não ocorre de forma continuada porque a bandidagem organizada age de forma intermitente nesse lugar.
Não custa nada recordar que as pessoas tinham uma ideia de que o município de Ipirá estava são e salvo de um assalto bancário por conta da logística que não favorecia, incluindo a rota de fuga e a segurança da localidade. Na hora que a bandidagem decidiu nada disso prevaleceu e mostrou o outro lado da moeda, a fragilidade da segurança do município é gritante e vergonhosa.
Foi uma ação do crime organizado. Um ato de inteligência. O que impressiona é a falta de inteligência do lado da segurança. Num tempo em que o Zap Zap transmitia ao vivo o assalto aos bancos na cidade de Ipirá, a inteligência do serviço de segurança não foi capaz de esboçar nenhuma reação contra a ação, nem mesmo um cerco ao plano de fuga com as cidades vizinhas, com tanta ferramenta de comunicação disponível isso poderia ser uma possibilidade. Mas vamos que vamos, porque esse assalto foi um ato de inteligência e não da burrice e a inteligência da segurança não pode ficar abaixo do patamar dos malfeitores.
Não custa nada lembrar que o Estado é o responsável maior pela segurança. Não custa nada lembrar que a prefeitura de Ipirá fica retaliando a delegacia local, negando apoio e até mesmo combustível. É tudo poder público e tem que atender às necessidades da população, porque se tudo for levado na base da picuinha, quando acontece um sobressalto e uma desgraça dessa natureza, a porrada canta nas costas do povo.
Não dá para imaginar o prejuízo da população e do município de Ipirá. Quando é que essas duas agências voltarão a funcionar? Seis meses? Não sei e quero saber. Qual é o plano de emergência que essas agências colocarão em prática para atender aos clientes? Em quantos dias esse plano será viabilizado na prática? Os ipiraenses vão ter que sacar dinheiro no Bravo ou Feira de Santana?
Como será uma Exposição e um São João sem o funcionamento dos bancos? Como será realizado o pagamento dos trabalhadores, operários da fábrica, funcionários da prefeitura, dos aposentados? São inúmeros novos problemas que terão que ser resolvidos com urgência e o governador Rui Costa e o prefeito Marcelo Brandão não poderão se omitir numa hora dessa. Todos juntos por Ipirá, esse é o lema da emergência.