“Depois da tempestade vem a bonança”. Seria bom que assim o
fosse, mas este ditado popular não está presente em Ipirá que, neste momento, tem
o seu futuro comprometido, incerto e indeterminado.
“Depois do assalto vem a desventura”. Ipirá tomou um tiro no
coração financeiro. São dois bancos fechados de forma repentina e que não se
torne um atestado de óbito. Seria um implacável retrocesso, um retorno
imponderável aos anos 60 do século passado, quando a cidade não tinha uma
agência do Banco do Brasil.
O retorno ao funcionamento não tem prazo determinado, trata-se
de um momento crítico. Pelo andar da
carruagem o bicho vai pegar. Observe o tamanho do prejuízo da comunidade: o
correntista tendo que se deslocar para Feira de Santana, Baixa Grande,
Itaberaba, Bravo para retirar um talão de cheque, fazer uma senha, um contrato,
etc. No frigir dos ovos, a comunidade está pagando o pato. Todos são atingidos.
Os funcionários públicos estaduais e municipais, os operários da
fábrica, os aposentados e outros trabalhadores que recebem salários pelos
bancos afetados terão que se deslocar ou se sujeitarem à precariedade do
atendimento nas lotéricas e farmácias, devido a total falta de condições para
atendimento em grandes proporções. Um inconsistente infortúnio. Isso é um
retrocesso bem visível.
O comerciante ou o fazendeiro que queira fazer um deposito ou
pagar um boleto, terá que se deslocar ou enfrentar as lotéricas e farmácias sem
nenhuma garantia de segurança. São condições inseguras e insustentáveis.
Nestas condições, por quanto tempo durar, o comércio de Ipirá
tomará uma chalapada de entortar até o pescoço. O grau de dificuldade acelera a
crise. Deram um nó cego em Ipirá, que caminha para uma crise de quebradeira.
Não duvidem.
Ipirá não pode caminhar para a Zona do Rebaixamento, com a
imagem degradada e desgastada. Seria o pior acontecimento.
É triste a realidade atual do nosso município. A situação é
crítica, delicada e não pode, nem deve prolongar-se por tempo indeterminado. Ou
a população reage ou entraremos em retrocesso.
O fechamento ‘temporário’ de dois bancos é o maior problema que
passa o município de Ipirá nesse momento.
A população não pode vacilar, caso contrário, o ‘inoperante temporário’
poderá ser um incontestável e evidente ‘permanente’ e ‘prá toda a vida’.
Acontecendo isso, ‘adeus Ipirá’, ‘Ipirá vai para a cucuia’.
Ipiraense não aposte nisso, seria um equívoco do tamanho de uma
jamanta. A omissão do ipiraense significa duelar num túnel escuro e com os
olhos vendados. Não podemos deixar acontecer.
Duas questões básicas têm que ser consideradas: a garantia do
retorno e o tempo para retornar com as atividades.
O primeiro passo é a união do povo diante da situação de emergência
para, pelo menos, ter informações verdadeiras e oficiais sobre a situação. Tem
que haver um Plano de Emergência para um curto tempo.
É necessário que a Câmara de Vereadores, o CDL Ipirá, o Rotary
Ipirá, as entidades sindicais dos professores, dos funcionários da prefeitura e
dos operários da fábrica cobrem das autoridades responsáveis uma atitude segura
e um compromisso concreto de que as agencias voltarão a funcionar o mais rápido
possível para que a população não sofra conseqüências perversas e
desesperadoras.
O governador Ruy Costa e o prefeito Marcelo Brandão vão ter que
fazer alguma coisa para que essa situação se resolva. É isso o que a comunidade
deseja e quer.
Parece que o problema não existe para o prefeito, porque no ‘Papo
Reto’ ficou no reme-reme das festas. Que o digníssimo não fique de braços
cruzados.
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