domingo, 29 de outubro de 2017

Tá bonito de ver

Ipirá não é flor que se cheire / É espinho de gravatá / É cepa de mandacaru / Um camboeiro de palmatória / Tem perfume de catingueira / com doce-mel de umbuzeiro / Sua natureza é seca / Simples assim.
O município de Ipirá está encravado no semi árido. Ipirá tem problemas centenários que refletem atraso e subdesenvolvimento. O IDH do município de Ipirá é vergonhoso, seja pelo Índice Firjan, do CEI ou qualquer outro medidor. Quem tem culpa no cartório? Deus, o Diabo e o Povo. Até mesmo, a ignorância de todos e de todas contribui para que a vida seja travada do jeito que é.
Na propaganda oficializada do gestor Marcelo Brandão, o município de Ipirá foi colocado nas nuvens. As prioridades de Ipirá são concretas, verdadeiras e substanciais. As prioridades do prefeito Marcelo Brandão são ilusórias e só existem na fantasia e na imaginação. “Tá bonito de ver” e difícil de viver no #OrgulhoDeViverAqui  do prefeito Marcelo Brandão.
O banner “Tá bonito de ver” 03 ambulância novas com recursos próprios. Estamos navegando desse jeito. A administração dos macacos quando comprava um ônibus com recurso próprio fazia um estardalhaço que parecia que tinha adquirido uma nave espacial. Parece coisa do outro mundo comprar três ambulâncias com recursos de uma prefeitura que recebe 10 milhões de reais por mês.
Sexta-feira, 27/10/17, 18 h, acidente com três motos no Contorno, a ambulância que deu o socorro chegou só com o motorista. Ipirá tem necessidade real de pelo menos uma ambulância do SAMU (tem duas na garagem).
O banner “Tá bonito de ver” Requalificação Total das Unidades de Saúde do município. Quem tem necessidade de marcar uma consulta é quem sabe o que é bom prá tosse e a precariedade do serviço de saúde no município de Ipirá. Para tirar uma tomografia computadorizada, o paciente tem que ir de ambulância para Itaberaba. Ipirá tem necessidade real de aparelhos que tirem radiografias.
O banner “Tá bonito de ver” Novo CEO – Centro de Especialidades Odontológicas. Recebeu da administração dos macacos com 4 cadeiras odontológicas e os ‘loros’, hoje tem 2 cadeiras e está recuperado. Não é obra genuína, trata-se de recuperação e Ipirá tem necessidade de um CEO com dezenas de cadeiras e até um CEO móvel. Fazer o que? É uma necessidade real.
O banner “Tá bonito de ver” Recuperação de pavimentação por toda a cidade. Essa gestão não colocou um palmo de asfalto na cidade. Concluiu um pedaço de calçamento na rua da rádio FM. Tem menos calçamento do que a administração de Jota Oliveira.

O banner “Tá bonito de ver” mais de 400 km de recuperação de estradas vicinais. Tá dizendo que recuperou uma distância equivalente a Salvador e Morro do Chapéu (391,2 km). Nesse item, o gestor conversou e muito. Falou de estradas vicinais em Santa Catarina, fez um projeto piloto de 1 km para o Ipirazinho. Na tecnologia catarinense não fez um km e o município continua necessitando de recuperação em mais de 400 km de estradas vicinais.

O banner “Tá bonito de ver” Açude de Salgado – feito com recursos próprios. Aqui está a única obra de peso da gestão. Prometeu 6, já fez a primeira em um ano, é um bom início. O município tem necessidade real de pequenas barragens nos rios que cortam nossa região, estilo Encantado e Trapiá.

O prefeito pode estar nas nuvens, mas Ipirá continua na terra em situação de precariedade em tudo o que você pensar. Ainda estamos na era do carro-pipa e o prefeito tem sido vagaroso neste quesito; não resolvemos o problema do saneamento básico, a obra do esgotamento está parada; a água não cai na torneira todo dia; a energia não é suficiente para qualquer empreendimento um pouco mais exigente.

A administração atual tem duas obras: um açude no Salgado e o complemento de um calçamento na rua Eloi Marques. Ipirá tem prioridades que a gestão não consegue enxergar: 1. A reforma da Casa do Estudante em Salvador. 2. A reforma do Mercado de Artes. 3. Uma ambulância da SAMU. 4. O matadouro de bovinos. 5. Uma faculdade pública.


O povo da zona rural padece de água e o carro-pipa não dá conta de suprir a carência da população, enquanto isso, o prefeito luta pelo aumento da sua diária, para colocá-la no top das diárias públicas do Brasil, conforme demonstra uma análise comparativa muito bem feita e pertinente do vereador Caryl Oliveira, demonstrando que na administração pública de Ipirá a coisa tá ruim de ver.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

É DE ROSCA (34)

É DE ROSCA. (34)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 34 (mês de março 2017)(atraso de 7 meses) (um por mês)

O Matadouro de Ipirá estava em seu berço esplêndido, local que já está há precisamente 25 anos, sem nenhuma utilidade e serventia até hoje. O prefeito Marcelão, logo cedo, ia passando em frente ao matadouro em direção à Baixa Grande, quando ouviu uma voz:

- Prefeito Marcelão! Prefeito Marcelão! Para onde V. Exa., esta indo?

- Não lhe interessa. Eu vou prá onde eu quero e não tenho nenhuma satisfação para lhe dá.

- Tenha calma, prefeito Marcelão! Eu não quero briga com V. Exa., eu quero ser seu amigo, eu quero paz com o prefeito da cidade. Eu só perguntei para onde V. Exa. ia.

- Bom, ta certo! Vamos encerrar esta rixa, de hoje em diante você, seu Matadouro de Ipirá é um grande amigo que eu tenho nesta terra. Respondendo a sua pergunta, eu estou indo para Salvador, vou visitar meu grande amigo, prefeito Neto.

- Nesta direção V. Exa. está indo em direção pra Baixa Grande, para Salvador é ao contrário, é prá lá. Vamos para a prefeitura, eu vou acompanhá-lo – falou o Matadouro de Ipirá.

O Matadouro de Ipirá ficou espantado e pensando: “O que é que está acontecendo com o prefeito Marcelão? O homem ia prá Baixa Grande e estava pensando que ia prá Salvador!” Os dois foram para o gabinete do prefeito no Paço Municipal e ao chegarem o prefeito Marcelão foi solícito:

- Seu Matadouro de Ipirá! Sente aqui na minha cadeira de prefeito e leia o meu projeto de aumento de impostos para Ipirá, cujo decreto já encaminhei para a Câmara.

O Matadouro de Ipirá leu, leu e teve algo que lhe chamou atenção, assustado ele falou:

- Oxente, prefeito Marcelão! Aqui tem aumento de cobrança de impostos de barraca de praia e de sombreiro de barraca de praia!

- Ipirá não tem a orla? Se tem orla tem praia, se tem praia tem barraca, se tem barraca tem sombreiro, se tem sombreiro vai ter imposto.

- Mas, prefeito Marcelão! Tá aqui, cobrança de imposto do carro-guindaste que puxa avião, vê se isso ta certo?

- Seu Matadouro de Ipirá! Eu penso no progresso desta terra e já estou vivendo esse esplendoroso futuro.

- Alto lá, prefeito Marcelão! Sinceramente, isto aqui, parece uma cópia da gestão do prefeito Neto de Salvador que fizeram uma cópia, um ctrl z, e esqueceram de adaptá-la, mas vamos resolver isso, liga para o prefeito Neto e...

- Buá, buá, Liga não, Matadouro de Ipirá! Eu não quero ouvir falar na palavra Liga, eu não agüento essa Liga.  

- Calma, prefeito Marcelão! Não chore não, homem de Deus! Então passe um e-mail para o prefeito Neto e pede para ele fazer logo a indicação de um candidato ao governo para que V.Exa., possa pedir voto, se ele indicar um candidato judeu é melhor para...

- Buá, buá, candidato Judeu não, eu não quero ver nenhum Judeu na minha frente, k ô, k ô, k ô...

- Pare de chorar, prefeito Marcelão! O que importa é a união da gente e ...

-  Buá, buá, União de jeito nenhum, eu não quero União, caô, caô...

- Não chore não, prefeito Marcelão! Esqueça essa terra, vamos viajar, vamos para Salvador, vamos nos divertir, vamos assistir uma partida de futebol, vamos assistir uma partida do Leônico de Salvador e ...

- Buá, buá, Leônico eu não quero ouvir nem falar, k ô, k ô...

- Calma, prefeito Marcelão! Peça ajuda a Jaildo do Bonfim que ...

- Buá, buá, Jaildo do Bonfim é contra mim, caô, caô...

- Eu já não sei o que fazer, prefeito Marcelão! Chegou um e-mail de Neto para V. Exa.,”Prefeito Marcelão, a nossa última notícia é a vitória de Cristiano Ronaldo como jogador do ano, 6 x 4 Messi, 6 a 4, prefeito Marcelão, um abraço, craque Neto da BAND” ...

- Uai, uai, 6 a 4 não, eu não agüento 6 a 4, nem, adianta a minha prefeitura não vai contratar esse Cristiano Ronaldo e Messi para jogar no campeonato daqui de jeito nenhum, k ô, k ô ...

- Prefeito Marcelão! Eu acho melhor V. Exa. não pedir voto; na escolinha vestiu a camisa da equipe verde e a azul ganhou; pediu voto na FM tomou 6 a 4; em 2018 se pedir para Neto vai tomar um K ô...

- SAIA DA MINHA CADEIRA SEU MATADOURO DE IPIRÁ! EM 2018, VOCÊ VAI TER QUE TRABALHAR, SUMA DAQUI SEU TREM RUIM...

Suspense: Vixe, e agora? Veja que situação: Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa?  O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou a março de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está completando 2017, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.


Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

sábado, 21 de outubro de 2017

É DE ROSCA. (33)

É DE ROSCA. (33)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 33 (mês de fevereiro 2017)(atraso de 8 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava cansado da viagem e seu corpo exigia um descanso compensatório que lhe recarregasse a bateria para enfrentar os problemas desta terra de frente e com o nariz empinado. Deitou, dormiu e acordou assustado, eram batidas fortes e contundentes no portão do fundo e na porta da frente de sua residência; pensou: “esses eleitores jacus não me dão mais sossego, agora aparecem pela frente e por trás.”

- Abra a porta, prefeito Marcelão! Venha que eu vou te dá o paraíso florido e cheiroso – falou o governador Rui.

- Abra o portão, prefeito Marcelão! Fique comigo que eu te darei o Céu – falou o prefeito Neto.

- Êta zorra! Agora é que eu me arrombei, se eu errar nessa escolha vou ficar enfiado no inferno até o pescoço. E agora, como é que eu vou me sair desse balaio de gato? – indagava o prefeito Marcelão em voz alta.

Começou a andar nas pontas dos pés e pensava numa saída dinâmica e positiva para aquela situação: “Eu vou é prá minha prefeitura.” As batidas na entrada e saída da casa aumentavam, ele caminhou em direção a um muro lateral e saltou-o feito um campeão de salto sem varas.

Quem passava na rua naquele momento e flagrou aquele salto monumental ficou estarrecido: “Aquele lá num é o prefeito Marcelão? Êta qui o sujeito ta dando mais pinote do que pipoca na pipoqueira de Gerson.” Outra pessoa não deixou por menos: “Lá ele! O homem ta saltando até cerca.”

O prefeito Marcelão chegou ao Centro Administrativo, foi para o gabinete do prefeito, sorridente, alegre e feliz: “Agora, que eu estou na minha prefeitura, eu sou um homem realizado na vida! Vê lá se eu vou ficar esquentando a cabeça com aqueles dois lá, o tal do Rui e o Neto! Mas, menino! Quem botou espinho em porco que trate de pentear! Vou fazer um decreto agora mesmo baixando o meu salário, sou o único prefeito que fez isso nessa terra.”

Abriu a porta do gabinete e tomou aquele susto. Tinha alguém sentado na cadeira do prefeito Marcelão. Aí o que era bom virou uma tempestade. O prefeito Marcelão ficou vermelho, verde do incrível Hulk, amarelo e azulão. Ficou parecendo uma cobra cascavel no bote, uma onça mostrando as garras e um pitbull dando uma mordida. Ouviu-se o grito:

- SAIA DA MINHA CADEIRA JÁ! AQUI QUEM MANDA SOU EU E MAIS NINGUÉM!

O balaio de gato estava formado. O vulto deu um salto de gato escaldado e caiu na cadeira que estava ao lado e foi dizendo:

- V. Exa., prefeito Marcelão, não me dê esporro não, que eu não gosto! V. Exa., aumentou as diárias, viaja prá lá e prá cá e eu fico aqui em Ipirá sem fazer nada. Num ta vendo que isso num ta certo?

- Ora, seu Matadouro de Ipirá! Vê lá se eu vou querer um trem rúim na minha cola! Tu tens que ficá é aqui no teu pijí e, tem mais, eu tenho três anos para dá um jeito em você, seu dia vai chegar Matadouro de Ipirá. Aqui não é macaco não, aqui é jacu e jacu sabe administrar. É nóis.

- Qolé, prefeito Marcelão! Seu primeiro ano de gestão V. Exa. não chutou no gol uma só vez, não atacou, não botou uma bola na trave, foi tudo chute fora com uma légua de distância, ficou só destruindo no meio de campo com uma marreta e passando o pau no que tinha o cheiro de macaco. Não bote seu capacete pra meu lado não, que não dá certo.

- Fique na sua, seu Matadouro de Ipirá, eu já estou pensando no ano que vem, vou fazer o maior campeonato de futebol que já teve em Ipirá, o prêmio vai ser uma Ferrari que eu vi lá em Roma. O time que quiser contratar Neymar vai ter todo o meu apoio. E você seu Matadouro de Ipirá, vá se preparando que sua batata está cozinhando!

- Êta, que V. Exa., fala muito, seu papo é reto!

- Eu que não fizesse isso, não estaria onde estou hoje e você vai ser inaugurado no ano que vem; da Micareta você não passa.

Suspense: Vixe, e agora? Veja que situação: Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa?  O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou a fevereiro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está completando 2017, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.


Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

sábado, 14 de outubro de 2017

MINGAU QUENTE SE COME PELAS BEIRADAS

O tiro foi na cabeça para estragar os miolos. Se a intenção era fazer um desarranjo intestinal, já o fez. Observe que estou referindo-me a um acontecimento que virá acontecer em 2020, mas está acontecendo neste momento para deixar bem claro que não tem prá ninguém, desde já.
Dentro das condições objetivas do município de Ipirá. A LEI ELEITORAL, que vigorará em 2020, botou pocando, porque não deixará nenhuma brecha para que a esquerda local (PT e PCdoB) faça um vereador no próximo pleito municipal. Com a proibição das coligações e com a permanência do coeficiente eleitoral, essas duas regras impossibilitarão uma representação desses partidos na Câmara Municipal de Ipirá.
Os dois partidos unidos sempre tiveram uma representação na Câmara e toda vez que se separaram perderam esta representação. A partir de agora, por força da lei, não haverá mais coligação. A configuração será outra.
Vamos começar pelo PT em Ipirá. Com a ajuda da coligação sempre teve um mandato na Câmara. Chegou a ter um prefeito, um vereador e secretários municipais em Ipirá, num momento que tinha um presidente da República e um governador do Estado. Hoje, em Ipirá, o PT local está na maior pindaíba, não tem um vereador para servir de consolo. Com a nova Lei Eleitoral não terá a menor chance, a não ser que...
Por que o PT não cresceu em Ipirá? Sei lá! Eles dizem que cresceram, que chegaram ao Executivo local, etc e tal, quando se juntaram à macacada. O que eu observei foi que o partido perdeu muita militância aguerrida e séria quando se juntou aos macacos e isso fez e faz uma diferença muito grande na qualidade do partido. Perdeu a qualidade e a quantidade não foi para lugar algum, encolheu.
O RENOVA IPIRÁ foi uma das melhores experiências na política de Ipirá nessas últimas décadas, em quatro anos teve um desempenho eleitoral que se igualou, em votos, aos mais de trinta anos do PT. Eu digo foi, porque o RENOVA se espatifou no último pleito quando se juntou aos macacos e não tem engenharia política que faça o milagre de juntar os cacos.
Nesse trajeto todo, de forma objetiva e prática, restou uma representação na Câmara de Vereadores que é exercida por Caryl Oliveira, da coligação do Renova que foi para a macacada. Com a nova Lei proibindo coligação a dificuldade para se chegar a uma representação é absoluta.
Hoje, o PT e o Renova são apêndices da macacada. Tudo enfiado e atolado no mesmo buraco. O que acontecerá? Os pequenos partidos e partidos de aluguel desaparecerão no Brasil. Qual será o reflexo disso em Ipirá? Os vereadores de Ipirá, para sobreviverem, entrarão em um partido grande (PMDB / PSDB), não terão outro recurso, que será controlado na base da rédea curta por um cacique oligárquico e o vereador ficará submetido a um cabresto com bridão para ferir a boca, caso ele tente contrariar os interesses das oligarquias. O vereador não terá mais o controle partidário e perderá os últimos resquícios de vontade própria e o seu poder de chantagear será diminuído.
Como o PT de Ipirá vai embaçar essa situação e dizer que ta de boa? Aí é fácil, basta filiar Diomário Sá e os seis vereadores da macacada no PT. Aproveitem a oportunidade porque eles ainda aceitam, desde quando o PT ainda é o partido do governador. Se perder o governo do Estado, essa gente (Diomário & Cia) não aceitará entrar no PT nem pra ser recebido ao som de violino e pisando em tapete vermelho.
Mas, pouco vale pensar em 2020, sem passar por 2018. Aí quem esquenta a cabeça é Marcelo Brandão. Esquenta a cabeça? Besta é quem pensa que o prefeito Marcelo Brandão esquenta a cabeça. O município pegando fogo, assolado pela seca, em estado de emergência e de calamidade pública, o povo da zona rural precisando de água de carro-pipa até ‘umas zora’ e o prefeito do município viajando, ninguém sabe pra que banda, mas o gestor está viajando uma viagem para refrescar a cabeça. Acreditemos.
Acreditemos, porque se o governador Rui Costa sair vencedor em 2018, o prefeito Marcelo Brandão vai ter um resto de mandato com as mesmas condições que teve neste primeiro ano: vai ter que governar com recursos próprios e sem apoio do governo estadual. Nem Satanás, carregado das melhores intenções, consegue governar um município como o de Ipirá sem apoio do Estado e da União. Se Marcelo Brandão não fez nada neste primeiro ano, assim será a batida da pedra no resto de mandato. Aí, o gestor terá que apostar a calça e a cueca em 2018.
É verdade que o governo Rui Costa não fez nada por Ipirá, pode ter feito lá por Salvador, mas por Ipirá o homem é devedor. Mas, não tem porque Ipirá ter esperança nesse ACM Neto; essa gente do DEM, ligada a Geddel e a Temer tira é o direito do povo e ninguém vai comer H e queixo dessa gente. Agora, o gestor Marcelo Brandão tem que apostar todas as fichas no Neto. Apostar e ganhar aqui em Ipirá, senão perde a média e não vai ficar bem na fita com o Neto.
Não sei como é que está a pesquisa no estado, mas de pouca valia ela é, devido à longitude do tempo. Quem ganhará em Ipirá? Sei lá. Rui Costa tem um grande cabo eleitoral em Ipirá, o deputado Jurandy Oliveira que dentro das suas limitações contribuirá com quase nada para uma eventual vitória de Rui em Ipirá, embora o governador pense que ele seja o ‘cara’; Diomário tem que chover chuva no seu roçado para ele botar a cara no sol; Antônio Colonnezi é mais chegado a Zé Ronaldo e não gosta muito do perfume rançoso do petismo.
A perdedeira de Ipirá está no fato de Ipirá não decidir zorra nenhuma. A perdedeira do prefeito de Ipirá está no fato do seu candidato ao governo  perder no Estado, mesmo ganhando em Ipirá (não adiantará nada), ou pior, ganhando no Estado e perdendo em Ipirá (o prefeito será um fraco).
O prefeito Marcelo Brandão vai ter que esquentar a cabeça em 2018, a não ser que faça como o deputado Jurandy Oliveira, que mudou de partido mais uma vez (agora é PROS), mas mantém com firmeza e grandeza os seus princípios ideológicos; é e sempre será o partido que estiver no poder.
O prefeito Marcelo Brandão tem pisado com muita vontade no pescoço de muitos jacus que votou nele; essa turma está mostrando certa contrariedade e já demonstra uma vontade de dá um ‘sapeca ioiô’ no prefeito e a primeira oportunidade será em 2018.

Prefeito Marcelo Brandão! O prato de mingau está fervendo, se V. Exa. colocar a boca vai esfolar a língua. Ninguém gosta mais de prefeito do que o governador Rui Costa e não se incomode com o PT de Ipirá, porque eles estão com os dois dedos no nariz e não distinguem mais o ranço de macaco ou de jacu.

sábado, 7 de outubro de 2017

MANIFESTO EM DEFESA DA JUVENTUDE IPIRAENSE E DA CASA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ

Para abordar esse tema, nada mais pertinente e salutar do que um breve esboço sobre a educação e suas oportunidades no que tange ao município de Ipirá, terra de catingueiro, marcada pela estiagem e castigada pela carência. A escola primária desfraldou-se dos seus assentos e das suas letras no final do século XIX e a escola Góes Calmon, na década de 1920, foi o grande marco dessa situação.

A juventude da década de 1940, no município de Ipirá, estava reduzida às primeiras letras e não por porventura à triste sina de retirantes nordestinos para SP, RJ, MG. Raros e contados de dedos foram os casos que se distanciaram dessa situação e conseguiram ingressar num ginásio. Todos os elementos com um cabedal de conhecimento e com status na sociedade de catingueiros eram extramuros e oriundos de outras localidades, que aqui chegaram e foram assentando a mala de couro e usufruindo de privilégios.

Na década de 1950, a juventude de Ipirá teve como destino o Rio de Janeiro e São Paulo para o trabalho na construção civil e no setor de serviços, nunca a educação foi tida como um canal de fluxo promissor de uma vida diferente. Para a questão do estudo alguns poucos; eram filhos de coronéis, de profissionais liberais ou de raros fazendeiros, que enveredaram pelo trajeto do estudo. Feira e Salvador acolheu-os satisfatoriamente.

Na década de 1960, foi implantado o ginásio em Ipirá. Neste período, Brasília passou a ser vista como uma chance nova para o jovem ipiraense. O estudo começou a ganhar um certo espaço, evidente que o ginásio na cidade ampliou e abriu horizontes, quem o fazia procurava novas chances em Feira de Santana, o Curso Normal era um chamativo para a juventude de Ipirá, tanto feminina como masculina.

Na década de 1970, veio a Escola Polivalente e o gérmen da residência em Salvador já povoava cabeças e alimentava os sonhos de muitos jovens. Em Ipirá não tinha o colegial, que era o condicionante para o vestibular e a universidade. A semente que era a Casa dos Estudantes brotou, abrindo um novo e potencial horizonte.

Até então, só fazia universidade filho de rico e a Casa do Estudante veio para quebrar esse paradigma e quebrou de forma concreta e precisa. O jovem de família carente e filho das camadas populares podia sair de Ipirá para Salvador com a finalidade bem definida do estudo.

O objetivo era o colegial e depois a universidade. A Casa do Estudante era o ponto de apoio e a mola propulsora nesse sentido. A juventude de Ipirá, que não tinha rumo certo passou a ter um porto seguro e a canalizar para a educação o principal meio de construção de sua vida. O jovem ipiraense tinha a garantia de uma certeza e a convicção de que a correnteza se dirigia no rumo da educação superior.

A Casa do Estudante nunca foi mordomia, constituiu-se no amparo e no banco que substanciava sonhos, esperanças e vocações. Era uma viga contra a exclusão e o privilégio no tangente ao curso superior. Tudo tornou-se possível. Perdura por décadas e sobrepõe-se a gerações. Uma lição de dificuldade, cidadania e direitos humanos.

Os motivos de ontem são as necessidades do hoje. A Casa do Estudante continua sendo uma viva referência para o jovem Ipiraense, oriundo das camadas populares e filhos de trabalhadores. O marco da casa do estudante representa a existência fora da ordem, do enquadramento e da mesmice estabelecidos por estruturas exclusivistas dominantes em nossa terra.

Hoje, a Casa do Estudante corre risco.

Senhor prefeito, que circunstancialmente encontra-se no poder público municipal de Ipirá, não corte o sonho do jovem ipiraense; não suprima as possibilidades dos estudantes que querem ir adiante no estudo; não elimine esperanças da juventude carente desta cidade; não interrompa o caminhar do jovem catingueiro; não sonegue os direitos da juventude de nossa terra; não crie um obstáculo à travessia de uma juventude que batalha com dificuldade, sacrifício e determinação. A Casa do Estudante de Ipirá é essa ponte.


Mais do que nunca, é imprescindível que se defenda um proceder com retidão: a Casa do Estudante de Ipirá tem que ser reformada e é uma prioridade, isso não pode e não deve ser relegado a um próximo mandato. Negar e negligenciar essa ação é aplicar um corte profundo na jugular de uma juventude que pede passagem. VIVA A CASA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ, o maior e melhor patrimônio da juventude ipiraense.