sábado, 26 de março de 2022

É DE ROSCA. (66)

Estilo: ficção

Modelo: mexicano

Natureza: novelinha

Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a fase do artista prefeito Dydudy.

Capítulo 66 (mês de novembro 2019)(atraso de quase  dois anos) (um por mês)

 

A Guerra da Ucrânia está completando um mês. É uma chacina contra a população ucraniana. Um genocídio em escalada avassaladora. Uma fábrica polvorosa de viúvas e crianças órfãs. Lastimável, mais do que isso, de imediato é necessária uma Declaração de Paz final e irrevogável, para a satisfação dos milhões de crianças vítimas da insanidade dos governantes.

 

Um míssil supersônico russo lançado contra a capital da Ucrânia foi desviado por tiro de espingarda de um soldado ucraniano, que pegou de relapada no míssil e este mudou de rumo, tomando o destino da velha Europa e veio em direção à América do Sul, estacionando num ponto sobre a cidade de Ipirá, em posição de ataque.

 

O míssil supersônico, que viajou numa velocidade de 600 km por hora, procurou identificar o alvo, dando um baculejo e fazendo um interrogatório preliminar: - [mãos ao alto] [abra as pernas] [quem é você?]

 

- Sim senhor, seu míssil! Eu sou uma pessoa do bem, nunca matei ninguém, aqui, nunca matei um boi, uma vaca, nem um bezerro de vaca, nem mesmo, um bengo. Eu não sou contra o seu trabalho lá na Ucrânia, o que o senhor fizer tá feito. Todo mundo mim conhece aqui em Ipirá e todos sabem que eu fico na minha, sem mim incomodar com nada. Eu tenho 30 anos e sou conhecido por Matadouro de Ipirá e posso dizer que sou famoso aqui em minha bela cidade, mas se o senhor mim bombardear vai acontecer uma Terceira Guerra Mundial.

 

O míssil supersônico observava de forma apurada e panorâmica todo o ambiente, entrou em contato com seu chefe Putin na Rússia e comentou com aquela voz grossa:

- [Chefe Putin!] [o alvo aqui é vagabundo, conversador e gosta de ameaçar] [ta todo pintado e capinado, mas não tem um pé de pessoa] [o quê?] [bombardear a praça mais importante de cidade, a Praça da Bandeira?] [mas, chefe Putin! Tem um amigo meu que mora lá, ele escreveu o livro: ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’] [Como conseguir esse livro?] [você pode adquiri-lo no Amazon.com é fácil] [Quem vai narrar o estrago que vamos fazer na cidade de Ipirá se morrer todo mundo na Praça da Bandeira?]

 

- Ta bem! Mantenha atenção redobrada sobre o alvo. Converse com o prefeito Dydudy prá ele mandar um exército para defender o Matadouro de Ipirá, porque eu não vou entrar numa Terceira Guerra Mundial por ter derrubado uma porcaria e sem matar, pelo menos, meia dúzia de pessoas – disse o presidente Putin da Rússia.

 

Quando Zelensky, presidente da Ucrânia, soube que a Rússia estava em posição de ataque sobre o Matadouro de Ipirá, ele disse categoricamente:

- Aquele filho da putan, que é presidente da Rússia, o Putin (a mãe de Putin pode ser dona Putan) quer bombardear o Matadouro de Ipirá, que tanto benefício tem proporcionado aquela cidade, com emprego, garantia sanitária de carne de qualidade, produção para venda até no exterior. Vou falar agora, com meu amigo Biden, porque se o míssil atingir o Matadouro de Ipirá ele vai declarar a Terceira Guerra Mundial e é isso o que eu estou querendo faz um mês.

 

- O quê? Bombardear o Matadouro de Ipirá! Esse Putin está doido! Como é que o mundo vai entrar numa Terceira Guerra Mundial por derrubar uma coisa inútil, sem serventia, uma porqueira daquela. Ô, mai fren Zelensky! Converse com mai fren prefeito Dydudy para ele colocar um exército e civis para defender o Matadouro de Ipirá. Se o filho da putan do Putin bombardear o povo do nosso mai fren prefeito Dydudy vou declarar a Terceira Guerra Mundial – disse o presidente da potência imperialista norte-americana, o Biden;

 

O prefeito Dydudy tomou logo as providencias e resolveu montar a Guarda Municipal de Ipirá com 20 mil pessoas, sendo, 14 mil eleitores e o resto ‘de menor’; o comandante vai ganhar ‘dois salários mínimos de prefeito’ (um salário mínimo de prefeito é R$ 22.600,00). Êta, que a macacada foi nas alturas: “agora é nós!” “agora é nossa vez!”   

 

O prefeito Dydudy foi firme e mostrou que é um administrador que não enverga a palavra:

- Não quero ninguém da macacada nessa Guarda Municipal e o comandante-chefe-maior será o ex-prefeito Marcelão.

 

Êta, que já prestou! A macacada virou o ‘zinguim do Capeta’ e inundou o programa ‘Papo Real’ de áudio:

- O nosso programa recebeu uma enxurrada de áudio, para reproduzi-los levaremos seis meses, por isso, vamos passar só dois deles: “ô voto perdido que eu dei nessa desgr... (plim)”; “como é que pode, meus irmãos macacos, a gente não consegue uma lavagem de roupa nesse governo!”. Tão vendo aí, é aquele papo: é agora Ipirá! É agora!... É agora!... Olha o é agora no que deu. Tem mais, não aceito esse emprego para ganhar salário mínimo. Vocês acham que eu vou querer salário mínimo? – retrucou o locutor ex-prefeito Marcelão.

 

O prefeito Dydudy tomou as providências necessárias para armar o povo e foi dizendo:

- Não adianta a macacada reclamar, na Guarda Municipal só vai ter jacu; agora vamos fazer uma licitação para comprar badogues para armar o povo, aí eu só quero participando empresa de empresários macacos.

 

O empresário-macaco que ganhou a licitação não parava de reclamar:

- Esse povo de Ipirá fica falando o que não sabe e, muito menos, entende. Eu só ganhei um salário mínimo com a venda de badogues para a prefeitura. Eu vendi cem mil badogues a mil reais cada um, mas o que as pessoas não enxergam é que o preço da borracha foi lá prá cima com a demanda desse tipo de arma (badogue de guerra) e a forquilha retirada na floresta amazônica ficou escassa e o preço subiu, além do mais, com gasolina nesse preço, o lucro da gente some na fumaça.

 

O míssil supersônico estava em posição de ataque, no aguardo do destemido exército, formado pela jacuzada, se aglomerar na área do Matadouro de Ipirá. O prefeito Dydudy pensava “tomara que esse bicho da Rússia funcione bem, pelo meu querer, eu não quero que fique um jacu vivo nesta terra” agora vou conversar com meu amigo Biden:

- Alô, meu broder Biden! Eu estou precisando da ajuda dos Estados Unidos porque a minha cidade de Ipirá, que eu amo tanto, está com milhares de mísseis apontados em sua direção. Mande ajuda em dinheiro-dólar porque aqui a gente tem passado um perrengue danado, faz mais de um ano que eu não vejo um dólar na prefeitura. Herdei uma herança maldita da administração passada. Não sei como vou pagar o aumento dos professores. Meu broder Biden! Venha aqui em Ipirá pra gente batê um baba. Meu broder! Agora, vou tirar um cochilo para o meu sonho não acabar.

 

Fazer essa novelinha demorada e enrolada não é fácil. Faltaram 13 capítulos para o prefeito Marcelão e para o prefeito Dydudy está no sexto capítulo, formando um total de 19 capitulos vencidos e atrasados.

 

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Dydudy.

 

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

 

terça-feira, 22 de março de 2022

PAU-DE-ESPETO OU O POPULAR PAU-DE-BOSTA

O menino Maranhão morava no Campo do Gado, denominação popular da antiga Praça Duque de Caxias. No horário da janta, o menino Maranhão encontrava-se sentado junto à mesa, tomando café, comendo pão com manteiga, batata doce e bolachão.

 

A fuzarca chegou à praça e em frente à residência do menino Maranhão parou estrategicamente, anunciando as boas-vindas aos brados: “porrada!”, “vai ter porrada!, “eu quero ver briga”. Gritos e mais gritos. Barulheira, barulho, gritaria, confusão e muita zoada.

 

A fuzarca é irresistível. A barulhada é um apelo que vai no íntimo da natureza humana atingindo em cheio a curiosidade da pessoa. O ruído é tão envolvente, que o poder de atração é amplificado, parecendo até o trio elétrico de Ivete Sangalo tocando ‘Poeira’.

 

O menino Maranhão pegava um pão numa mão e uma batata na outra, o café não ia porque ele não tinha mais uma mão, e partia apressado em direção à porta da rua.

 

Na praça, encontrava um impasse: os dois brigões em prontidão tentando resolver o problema, porque um deles carrega um pau. “Largue o pau se você é homem e venha!”- dizia o outro.

 

“O que é que você quer, seu merda! Segura esse pau aqui, que ele vai ver.” – dizia um valentão.  O menino Maranhão na sua ansiedade de ver e contribuir para a bagaceira gritava: “eu seguro!”

 

Colocava a batata junto do pão e estendia o braço para perceber que sua mão escorregava na madeira e deixava uma massa melenta grudada na palma da mão, que ele levava ao nariz e sentia o fedor insuportável.

 

A mesma velocidade utilizada na saída era a do retorno porta à dentro, com um choro miúdo no lugar da alegria contagiante de instantes atrás. “Eu não disse menino incardido pra tu tomá teu café, tu saiu prá quê? Agora tu vem com essa inhaca do capeta, tu vai tomá um banho de criolina para largá essa fedentina.” - Dizia sua mãe.

 

“De criolina, não!”- dizia o menino Maranhão. Sua mãe não deixava de graça: “vai sim! Quem mandou tu deixá o café pra se misturar com essa catrupia da fuzarca. Tu toma jeito menino levado da breca. No dia que tu se misturá com essa fuzarca, tu vai vê o que é bom pra tosse. Que essa fuzarca vá fazer suas istripulias na casa do deputado.”

 

A fuzarca desceu a rua e dobrou a esquina que dá no casarão do deputado Jurandy Oliveira, que ouviu a cantoria: “ô deputado JO, eu vim aqui só prá te vê; só prá sabê, o qui tu vai fazê?”

 

“Vamos lá deputado Jurandy, que é nosso eleitorado!” – disse a vice-prefeita Nina. O deputado Jurandy respondeu de imediato: “não vice-prefeita Nina, apague a luz e não faça barulho que essa gente é da fuzarca. O Leãozinho aprontou das suas e sou eu quem pago o pato”.

 

Vamos deixar a brincadeira de lado, porque a situação não é de festejo e o deputado Jurandy Oliveira está numa sinuca de bico e pra onde correr vai ter prejuízo.

 

O deputado Jurandy Oliveira tem como primeiro e mais importante objetivo eleger o filho MO como deputado estadual. O segundo, em importância, dos seus objetivos é contribuir para eleger o governador. O Leão jogou a água do banho fora, juntamente com o menino.

 

Duas questões são evidentes: uma candidatura de Jerônimo ao governo é inferior a uma candidatura do Wagner. A outra, a saída de Leão enfraquece o grupo do governo e fortalece a candidatura de Neto. O deputado coloca isso tudo na balança.

 

SE a candidatura de Jerônimo não deslanchar e virar um fiasco, a candidatura do filho do deputado vai ficar no gargalo e vai ter dificuldade, porque vai nadar contra a correnteza.

 

SE a candidatura de ACM Neto ganhar volume, ele poderá virar governador, assim sendo, a candidatura do filho MO poderia nadar a braçadas nos braços do futuro governador. É tudo o que o deputado JO quer.

 

Mas a dúvida é atroz. Como e quando deixar e se afastar do PT da Bahia, agora ou mais tarde?  A falta de uma certeza deixa o caminho com neblina densa.

 

A candidatura de deputado do filho é o agora. Qual o melhor caminho para elegê-lo? O depois é a questão do governo do Estado, basta aderir ao governador eleito.

 

Seu filho foi beneficiado pelo governo do PT, quando exerceu cargos importantes. Como deixar o PT agora? Se sair poderá perder os votos conquistados nesta área de atuação.

 

Que dilema vive o deputado JO! Não é fácil. Poderá arriscar e perder o olho. O apoio do líder Antonio Colonnezi é garantido, tanto faz no céu ou no inferno.

 

Como garantir o apoio do chefão ex-prefeito Dió para o seu filho se ele ficar com Neto?

 

Como garantir o apoio do prefeito Dudy para o seu filho se ele apoiar Neto? Só se o prefeito Dudy for muito inocente para não entender uma desgraceira dessa.

 

O prefeito Dudy está com o senador Otto para o que der e vier. Se o deputado JO ficar com a candidatura de Neto e, este virar governador, a gestão do prefeito Dudy sofrerá um colapso e quem será diretamente reforçado em Ipirá, não tenham dúvida, será o líder da jacuzada Luis Carlos Martins.

 

E a macacada? Vai votar num candidato a deputado estadual, que apóia ACM Neto, que vai reforçar e levantar a jacuzada, que vai botar pocando no prefeito macaco Dudy?

 

Só se o prefeito Dudy fosse muito besta para cair numa esparrela dessa. Uma coisa é certa, SE o deputado JO apoiar ACM Neto ele estará jogando contra a gestão do prefeito Dudy. Naturalmente estará com o governador eleito em janeiro 23 e em 24, provavelmente, com a jacuzada. Não tem nada claro, motivo pelo qual o deputado Jurandy Oliveira tem que dizer à população, qual é a sua, porque a fuzarca não merece nenhuma atenção.

 

A fuzarca, que não é besta nem nada, correu para a Ucrânia para ver briga, que é o que mais importa para essa turma. A devastação da Ucrânia transformou aquele país num inferno para seu povo.

 

A fuzarca encontrou os três poderosos chefões do mundo, (Putin, Biden, Zelensky) num castelo, tomando uísque e comendo caviar. Armaram a tramóia, prepararam os paus e deixaram tudo pronto, na certeza de que tudo daria certo, dali sairia uma Guerra Química ou uma Guerra Biológica ou uma Guerra Nuclear, quem sabe as três juntas, numa inocente Terceira Guerra Mundial, para a alegria e regozijo da fuzarca.

sexta-feira, 18 de março de 2022

FUTEBOL DE IPIRÁ

Devido à pandemia da Covid-19, o futebol de Ipirá ficou suspenso e parou completamente. Infelizmente, os acontecimentos recentes criaram uma situação ainda mais difícil.


Nessa condição especial, a presidência da Liga Desportiva Ipiraense (LIDI) foi assumida por Normando Freitas Nascimento, também conhecido por Mug, que ficou 45 dias à frente da entidade.


Mug teve uma atuação exemplar: recuperou a sede da entidade, que parecia um pardieiro e manteve o foco e o objetivo principal de sua curta gestão: realizar a Eleição para a presidência da LIDI. O presidente Mug o fez de forma brilhante e passou a presidência ao seu sucessor.


Luís Pereira (Poró) deu uma contribuição importante para que esse processo tivesse um bom e esperado resultado. Poró evidenciou a “necessidade de valorizar as categorias de base do futebol de Ipirá, que perdeu muito quando esqueceu as divisões de base e que os melhores resultados de Ipirá no Intermunicipal aconteceram como fruto dessa valorização da base.”


Gilney Sampaio (Nei), Diretor de Esporte do Município de Ipirá, argumentou que “está empenhado em trabalhar junto com a LIDI e que esse trabalho em conjunto será para o bem do futebol de Ipirá.”


Antônio Carlos Sampaio (Pelé) frisou que “esse é o momento da retomada do futebol de Ipirá e que Antônio Carlos Alves (Dum) é um jovem competente, que nasceu no esporte e vai fazer um bom trabalho em parceria com a Secretaria de Esporte.”


O prefeito Divonilson Santos (Dudy) reafirmou “a necessidade da reconstrução do esporte em Ipirá depois de um período muito difícil, devido a Covid-19; que o estádio municipal será reformado e que o próximo campeonato em Ipirá deve dar prioridade e valorizar o esporte amador.”


O prefeito Dudy salientou que “dará todo apoio ao trabalho da LIDI, que, ele tem certeza, será transparente e realizará um campeonato pensando nos esportistas e no engrandecimento e valorização dos atletas locais, da prata de casa, da base. Terá apoio total do Poder Municipal.”


O atual presidente da LIDI, Antônio Carlos Alves, também conhecido por Dum, eleito por unanimidade, conseguindo 16 votos dos clubes filiados à Liga, tornando-se o mais jovem presidente da Entidade.


O presidente Antônio Carlos (Dum) foi preciso nas suas colocações: “vou administrar com transparência para o fortalecimento e melhoria de todos os clubes filiados.” Dum afirmou que: “tem consciência de sua responsabilidade” e agradeceu ao “apoio e incentivo recebido de todos os clubes e que vai honrar a confiança depositada em sua pessoa.”


O futebol de Ipirá tem uma característica que não observamos nas grandes metrópoles (Rio, São Paulo, Salvador, etc), em nossa modesta cidade, as torcidas adversárias ocupam o mesmo espaço nas arquibancadas e não ocorre um só conflito. Isso não acontece nos grandes centros, lá é uma guerra.


O campeonato de Ipirá é uma atração para os atletas das outras cidades, porque eles sabem que aqui eles recebem o acordado. Agora, estamos num momento especial, não é conveniente trazer um atleta de Porto Seguro, com a gasolina nas alturas, para jogar os custos lá em cima. Não tem clube que pague.


Antônio Carlos (Dum) é uma pessoa dedicada, responsável e capacitada para fazer um bom trabalho e realizar um campeonato municipal atrativo, como um produto bacana para a alegria e lazer da comunidade local.


Recuperar o estádio municipal, com um bom gramado; estruturar um campeonato que empolgue as torcidas e atraia o patrocínio público e privado; tudo isso, com o apoio de todos os clubes. Em bloco todos crescem, cada um correndo para seu lado, todos ficam fragilizados.

 

terça-feira, 15 de março de 2022

NOVELA PELO RÁDIO

Os garotos do pós-Camisão (conhecida por Ipirá) não eram trombadinhas, mas ficavam, aos montes, amotinados na Praça da Bandeira, numa fuzarca sem comparativo no tempo e no espaço.


Um garoto mais sabido fazia dois traços no chão e dizia: “a mãe de um e a mãe do outro!” Pronto; aquilo tinha um significado além da vã psicologia.


O garoto mais arredio passava o pé numa linha e dizia impropérios ao menino que estava e continuava sentado, sem predisposição para um conflito. Não queria briga.


Uma sugestão era o suficiente para agitar o ambiente: “ô Nofe! Tu fica calado, porque se Paulo Belo for em casa bebê um copo d’água, tu vai vê o teu!” Era o suficiente para Paulo Belo levantar e falar: “Espere aí, não corra não, que eu vou em casa bebê um copo d’água.”


Quando Paulo Belo retornava, o tempo fechava. Era tapa, murro, pontapé, pernada, dentada, à torto e a direito. No dia seguinte, estava tudo apaziguado no grupo da praça.


Os machucados no corpo não impediam que os dois brigadores entrassem em acordos diplomáticos: “seu moço! Quer jogar no meu time?” perguntava Nofe. Estava estabelecida a coexistência pacífica.


O que você quer: uma guerra biológica, uma guerra química ou uma guerra nuclear? Uma linha vermelha era riscada no mapa-múndi e Putin falava: “a Otan não pode passar dessa linha”. Zelensky retrucava: “a Otan vai passar dessa linha!”


A Otan, um entulho da Guerra Fria, avança para a Europa Oriental, não tem linha que a detenha. O presidente Biden vocifera; “se cair um traque num país filiado à Otan, pode ficar sabendo, vai levar bombão por cima do focinho!” A ONU fica submissa à política hegemônica da grande potência americana. Paz que é bom, nada!


Zelensky diz que: “os russos estão sofrendo baixas em seu exército como nunca sofreram antes e vão ser derrotados. Os ucranianos têm mais é que enfrentar os tanques na frente das batalhas.” Será que é isso mesmo? Será que tem que ser assim mesmo?


Zelensky reclama apoio dos exércitos dos países da Otan o tempo todo, pouco importando se o mundo vai entrar na Terceira Guerra Mundial. O apoio de exércitos para lutar não chega à Ucrânia e Zelinsky coloca seu povo na linha de frente.


A Ucrânia só recebe das grandes potências armas de guerra, que custam bilhões de dólares. Não existe almoço sem custo. A Ucrânia vai ter que pagar essa conta. As potências da Otan negociarão gás natural, trigo, fertilizante e petróleo como moeda de troca.


Putin continua na sua investida sanguinária, colocando um país do porte da Ucrânia na berlinda, transformando-o num monte de escombro. Mais de um milhão de crianças ucranianas estão aterrorizadas e jogadas num mundo-cão.


É uma guerra imperialista. A grande potência EUA quer manter sua hegemonia no mundo a qualquer custo. Os governantes dos países capitalistas defendem os interesses de suas empresas multinacionais de armamento bélico, petrolíferas e gás natural que disputam o mercado para obterem lucros.


Os dois lados estão contratando mercenários, os carniceiros da guerra, que são manipulados para realizarem todo tipo de trabalho sujo e imundo da guerra.


Existem empresas que contratam pessoas para fazer o jogo sujo na linha de frente das batalhas. São bandidos, delinqüentes e criminosos que estão presos, além de marginalizados da sociedade capitalista, que aceitam dinheiro para fazer a matança da guerra. Essas empresas ganham fortunas. No pós-guerra essa gente torna-se um grande problema. Só sabem matar.


A linha de defesa do PSG entregou o ouro. O goleiro pegou a bola com os pés, perdeu para o atacante do outro time, que deu ao companheiro para fazer o gol. A linha de frente do PT da Bahia, também, quer entregar o ouro.


O senador Jaques Wagner lançou a própria candidatura à sucessão do governo do estado. Tudo bem! O homem tem cacife. De uma hora para outra, deixou de ser. O homem perdeu a coragem. Ninguém sabe se foi a pesquisa; a vontade de Lula; acordo com o adversário ou outra assombração medonha, que lhe meteu medo.


O governador Rui Costa tentou arrumar a defesa: Leão ficaria plantado no governo; Otto assumiria a cabeça de chapa e Rui iria para o Senado. O treinador Wagner desclassificou a arrumação e jogou farofa no ventilador. Colocou em campo um jogador da base do PT, o Jerônimo.


A macacada de Ipirá ficou ouriçada: “como ficar colado em árvore que não dá sombra?” O que vai acontecer em Ipirá? O que vão fazer as lideranças macacas? Eu antecipo. Anote aí e vamos acompanhar os acontecimentos:


Diomário Sá, o chefão do grupo, vai dizer que o PT deu mole, que parece um time amador. O ex-prefeito Dió não entra em bola dividida, se não tiver mingau no prato ele não mete a colher. Na campanha, apresentará uma desculpa memorável: a idade precisando de descanso e mais de 300 doenças do dedão do pé ao ultimo fio de cabelo.


O deputado Jurandy Oliveira é homem de partido, segue o Leão. Se o Leão não for ele vai. Grande vencedor não fica em barco furado. Pular de galho é a esperteza maior do deputado ensaboado, que joga a eleição da sua vida, lançando o filho. Não vai nadar contra a maré para agradar a uma falsificada paixão de dezesseis anos. Aquele abraço governador!


Antônio Colonnezi, uma liderança hesitante que nunca foi PT e aproveitará o momento para se livrar de um fardo na sua vida. Foi um pesadelo que lhe tirou o sono. O que ganhou com o PT? Nada. Pagará com a mesma moeda na campanha.


O prefeito Dudy poderá ficar num mato sem cachorro. O fardo da campanha ficará nas suas costas. Nesse jogo, poderá nadar, nadar e morrer na praia. No final do ano poderá ficar sem o apoio do governador do Estado por dois anos. Jogo duro, corpo mole na campanha. Adesão com colação no governador de plantão para a sua gestão não ser enterrada faltando dois anos. Essa situação equivale a rebaixamento para a série D.


Eu comecei esse artigo com os meninos da Praça da Bandeira, porque eles não perdiam a novela, naquele tempo, pelo rádio: ‘Jerônimo, o herói do sertão’ e vamos com as trombadinhas da vida. 

quinta-feira, 10 de março de 2022

A GUERRA E O TEMPO

Guerra, Guerra, Guerra! A única solução é a paz.


A Covid-19 matou mais de 6 milhões de pessoas no mundo. A ordem da guerra é matar e destruir. Uma crise humanitária de grande porte.


O cenário é de filme de terror. O ambiente é de terra arrasada. Destroços e mais destroços. Miséria atrás da miséria. Dor e dores.


A migração forçada já ultrapassa os dois milhões de pessoas; é grande e crescente o número de viúvas e a orfandade vai deixar uma mácula na raça humana. Mais uma derrota da humanidade.


Quem alimenta esse conflito são os interesses econômicos. Os vencedores despontam dos escombros: as multinacionais da indústria bélica dos países ricos; as multinacionais do gás natural e petróleo. O aumento de commodities beneficia os setores produtores. Os consumidores pagam os preços.


A situação não é confortável para ninguém. O governo brasileiro já projeta o litro da gasolina a R$ 10,00. Um míssil contra a população.


A inflação está em alta há bastante tempo e não é uma coisa temporária. Não tem estrago maior do que uma guerra. O impacto pode ser além do temporário.


O tempo de guerra. Demolir e arruinar o que estava construído. Arrasar e devastar uma nação.


Depois de certo tempo, fazer aparecer uma frente de reconstrução para o capitalismo investir seus capitais e obter lucro e mais lucro. Um arranjo e uma organização da irracionalidade, que domina seu tempo.


O tempo... O tempo atravessa a vida. Tem boca de gente que é boa em amaldiçoar. Saia de baixo, porque uma praga bem jogada faz um estrago de guerra: ‘eu te entrego ao tempo’.


O prefeito Dudy está entregue ao tempo. Pensando bem, o tempo do prefeito Dudy pode ser fracionado e dividido em pedaços. O ano de 2022 chegou ao meio para o prefeito Dudy, faltam seis meses para o desfecho e finalização.


Janeiro e fevereiro já foi; março está indo; outubro está chegando. Ano de eleição é curto para qualquer prefeito, no caso do gestor Dudy é um cobertor curto, na medida que cobre os pés, a cabeça com o pescoço aparece.


O problema do prefeito Dudy está no desencontro que acontece na cobertura do edifício, desde quando o senador Jacques Wagner pendurou as chuteiras, fechou os olhos e está entregando a camisa de titular da sucessão ao primeiro que encontrar pela frente.


No playground do edifício, precisamente Ipirá, o prefeito Dudy está em plena recreação infantil, observando o desvario da cúpula da cobertura, em dissonância com o entusiasmo delirante da cúpula da macacada nos andares de baixo.


Se o candidato ao governo for o senador Jacques Wagner quem encabeçará a campanha em nosso município será o ex-prefeito Diomário. O prefeito Dudy irá de contrapeso.


Se for o senador Otto Alencar quem tomará a cabeça da campanha em Ipirá será o prefeito Dudy, que goza de uma amizade forte e pessoal com o senador e não precisará mais do ex-prefeito Dió nas audiências com o governador, caso eleito. Um abraço para o Dió.


Se for qualquer petista (Jerônimo, Moema ou Solla) ficará por conta do PT local, que será lembrado na hora de pegar o peão com a unha quebrada por dezesseis anos. E a cúpula da macacada?


O deputado Jurandy Oliveira e o líder Antônio Colonnezi devem estar procurando o telefone e o endereço do outro candidato para passá-los ao prefeito Dudy, que se encontra brincando de pegar a cobra venenosa pela cabeça. O tempo do prefeito Dudy poderá acabar em dezembro de 2022. Entenda quem quiser!


Fevereiro de 2022 foi legal para a gestão. A prefeitura teve uma Receita Orçamentária de R$ 12.917.921,72


As empreiteiras ganharam: uma R$ 514.736,19 e a outra R$ 110.839,73 ultrapassando o INSS que recebeu R$ 559.155,16.


A Embasa ganhou R$ 46.138,94 pela água e perdeu feio para a gasolina R$ 175.083,50 que deverá ser um verdadeiro tiro na cabeça, com o retorno às aulas, transporte para universitários, inflação dos combustíveis e a desvalorização do real.


Mesmo com tanta chuva, as transportadoras ganharam um dinheirão; uma R$ 89.284,60 e a outra R$ 20.620,00.


Três escritórios de advocacia faturaram: um R$ 7.000,00 o outro R$ 13.400,00 e o outro R$ 14.000,00. Empresas de Consultoria receberam: uma R$ 12.500,00 outra R$ 8.000,00 e a outra R$ 5.249,38. Essa turma faz mesmo o quê?


O Tribunal de Justiça da Bahia recebeu R$ 123.796,50 no dia 10/02/22. A conta Diversos Servidores Comissionados do Gabinete Municipal abocanhou R$ 64.732,72 em quatro pagamentos.


Prefeito Dudy! Observe um pagamento do dia 01/02/22 de R$ 56.996,00 para uma pessoa do sexo masculino e não consta nenhum detalhe sobre a prestação do serviço.


A sociedade ipiraense aguarda sentada, para não cansar, a prestação de contas em praça pública como foi prometida pelo prefeito Dudy.


quinta-feira, 3 de março de 2022

ENTRE O INFERNO E O PARAÍSO

Os Senhores da Guerra estão de prontidão, intocáveis e impassíveis vão determinando e impondo suas vontades de detentores do poder. São eles quem decide que vai ter guerra.


As almas simples da população civil vão se afogando num oceano de agonia, desespero, incerteza e desesperança num assoalho de indiferença, onde padecem de dor. São as verdadeiras vítimas do infame bombardeio.


Qualquer guerra é um tormento terrível. A guerra imperialista é cruel em todos os sentidos pela sua expansão e poder de fogo para tomada de territórios e riquezas das nações, num total desrespeito à soberania e independência e liberdade dos povos. Populações são atiradas no caldeirão do inferno.


Juntando as peças do quebra-cabeça. Os vencedores verdadeiros começam a aparecer da cortina de fumaça:


Os interesses das corporações multinacionais americanas de gás natural e petróleo, que possuem o desejo de invadir os mercados da Europa para vender suas exportações nessa área. Quem é o concorrente? A empresa estatal russa que fornece mais de 30% para a União Europeia.


A Alemanha e a França compram 40% de seu gás da Rússia. “Pagam bilhões de dólares para os russos e depois querem receber ajuda americana para sua segurança contra os inimigos russos”. Esse é o argumento dos Estados Unidos.


Os interesses das corporações multinacionais americanas e europeia da indústria bélica, que vendem uma produção de armas, num valor de 3 a 6 bilhões de dólares ao governo americano, que as fornece ao governo ucraniano para alimentar a guerra.


O Estado norte-americano paga essa compra de armas com dinheiro do contribuinte deles ou fica devedor. O governo ucraniano recebe e joga essas armas nas mãos da população civil masculina do seu país. Vai ter que pagar a conta. Se perder a guerra, ficará com a ‘terra arrasada’ e com uma alta dívida a pagar. Essa indústria bélica lucra, vive e sobrevive de guerras.


A ONU controlada pela narrativa norte-americana aponta o dedo na cara do autoritarismo russo, ficando numa posição fechada de xeque-mate e sem abertura e flexibilidade para se colocar na projeção de uma paz imediata. O afunilamento no caminho da paz representa uma abertura enorme na vereda da guerra prolongada.


A OTAN, que é um entulho da Guerra Fria, comandada pelos Senhores e generais famintos de guerra, desde quando, sobrevivem de conflitos bélicos, coloca-se como exclusivamente defensiva, mas não vacila em montar cercos militares e cinturões de mísseis diante de possíveis concorrentes da potência mundial norte-americana na questão do mando na ordem mundial.


O presidente Zelensky não titubeia em lançar o povo ucraniano com corpo, coração e sangue para enfrentar tanques russos na linha de frente de uma guerra, usando coquetel molotov ou armas sem o devido treinamento.


O presidente Putin, na sua arrogância imperialista, invadindo um país irmão e provocando uma tragédia humana equivalente a qualquer guerra localizada em algum território atingido por bombas destruidoras.


O presidente Biden fica tirando uma de ‘santo’ e ‘bom moço’, mas não consegue esconder sua arrogância imperialista como dirigente de um país belicoso que quer impor e manter sua hegemonia no mundo a qualquer custo.


Quem vai pagar a conta? O maior banco da Rússia quebrou, uma falência provocada pela imensa quantidade de saques.


O cidadão comum perdeu sua moradia na Ucrânia depois que o edifício foi atingido por um míssil.


A desgraceira está feita! Por ironia da desgraça, o banco receberá bilhões de dólares para recompor seus ativos e o cidadão ficará por conta dos achados e perdidos da guerra.


Nada é fácil e o momento é de uma complexidade enorme. O futuro é construído dentro de circunstâncias impostas pelos poderosos. São milhões de refugiados e um monte de órfãos e viúvas em formação.


Estão dando um nó no pescoço da humanidade. A guerra está refletindo em todo o mundo. Podemos ter uma crise humanitária avassaladora em larga e profunda escala. A carência de alimentos será ampliada e extensa, com preços nas alturas, em decorrência de uma inflação galopante.


Quem arcará com os custos da guerra? O cardápio é indigesto para o povo. A despesa é muito grande, uma montanha de dinheiro. No prato principal estão a alta do preço do dólar, das commodities, principalmente, o petróleo. A sobremesa está salgada pela inflação. As conseqüências são terríveis para o povão e ingredientes como fome, miséria e destruição de vidas implicam num flagelo humano.


A implantação de uma inflação ‘plantada’ será a forma de arrancar recursos da população mundial para pagar uma conta de um almoço que o povo não comeu. È assim que se forma a catástrofe humana duradoura.


Putin, Biden e Zelensky são os ‘Senhores da Guerra’, que se portam como verdadeiros deuses e não como estadistas em condições e com capacidade de contribuir para a busca efetiva e urgente de paz.


O equilíbrio da paz mundial está na gangorra. Os deuses que controlam o planeta são deuses de merda.


Quem poderia ser um mediador para o entendimento mundial? Não tenham dúvidas, o prefeito do município de Ipirá, conhecido por Dudy é um homem de sorte, bem que ele poderia estar em turismo pela Ucrânia neste momento, sem dúvida, estaria no inferno. Mas ele encontra-se num paraíso chamado Ipirá, administrando um município que recebe mais de 120 milhões de reais por ano.


Este ano o prefeito Dudy terá a sua prova de fogo na política e tem que mostrar competência.


O senador Jacques Wagner jogou a toalha na questão da candidatura ao governo do estado da Bahia. O provável substituto poderá ser o senador Oto Alencar.


E daí, o que isso tem a ver? Sem o PT na cabeça, o ex-prefeito Diomário perde o brilho e a força para levar, apresentar e falar pelo prefeito diante do governador petista. A partir desse momento será diferente.


O prefeito Dudy é o ‘menino de ouro’ do senador Oto e, agora, o prefeito poderá encontrá-lo até na fazenda, sem o amparo do ex-prefeito Diomário. Aqui começa o ostracismo do ex-prefeito e o prefeito atual Dudy poderá ser o novo chefão da macacada, para isso, terá que se esforçar e dar todo sangue na campanha eleitoral para o governo do Estado, deste ano. Se o senador Oto virar governador o atual prefeito estará no Céu, se o Neto vencer será o inferno.