sábado, 30 de setembro de 2017

S.O.S. CASA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ!

O prefeito Marcelo Brandão quebrou o gelo e recebeu em seu gabinete os estudantes ipiraenses que residem em Salvador. O prefeito agiu corretamente e de forma democrática ao conceder audiência e manter uma conversa aberta, reta e livre com os estudantes, olhando nos olhos, de forma respeitosa. Muito bem prefeito!

A Câmara de Vereadores cumpriu um papel interessante nesse episódio, porque fez o meio de campo entre os estudantes e o prefeito, fazendo com que a porta do gabinete do Executivo fosse aberta aos estudantes para o diálogo. A Câmara de Vereadores pode ter um papel muito mais importante e significativo junto a comunidade ipiraense.

O prefeito Marcelo Brandão, na audiência, enxugou o gelo. Não apresentou uma solução para o problema da residência dos estudantes em Salvador. Foi enfático ao dizer que não vai promover nenhuma reforma na Casa dos Estudantes, enquanto não fizer a reforma da PRAÇA do Mercado, que é a sua prioridade.

Empurrou o problema com a barriga, lá para frente, no meu entender, no colo do próximo mandato ou prefeito (2020). Vê se pode? O prefeito atual está cozinhando um galo de 46 anos com vela. O prefeito Marcelo Brandão deu mostra, claramente, nesta conversa, de que Ipirá está estancada, que nem jegue na frente de carreta. Jacu & macaco quebraram Ipirá literalmente.

Primeiro ponto, Ipirá não tem condições de tocar duas obras prioritárias, com recursos próprios, ao mesmo tempo. No dizer do prefeito Marcelo Brandão, ou uma ou outra; primeiro uma, depois a outra. Um município que recebe dez milhões por mês chegar a esse ponto é ficar com a cuia na mão. O que está acontecendo com o dinheiro público do município? Essa turma do jacu & macaco colocou Ipirá no redondo do calango.

Segundo ponto, trata da prioridade do prefeito Marcelo Brandão, que é fruto da sua cabeça, de uma pirotecnia da presunção do desejo do prefeito e não da realidade concreta de Ipirá, da necessidade real da sociedade ipiraense. Entenda a situação: o Mercado de Arte pega fogo e cai no colo do prefeito, que não tem recursos públicos municipais para fazer a reforma do mercado aí, num passe de mágica, num sonho mirabolante, o gestor botou na cabeça que vai fazer a requalificação da Praça do Mercado e não somente a reforma do mercado. Triplicou o problema.

Na realidade, a reforma da casa em Salvador sobrou para o atual gestor. A Casa dos Estudantes representa o prosseguimento e aperfeiçoamento educacional da juventude popular de Ipirá nas universidades da capital. Trata-se de EDUCAÇÃO em nível superior. Aí o gestor municipal de Ipirá deixa o gelo derreter, a casa não terá a reforma e não receberá nenhum estudante no próximo ano. Para os próximos anos, não se sabe bem o que teremos pela frente, vislumbra-se a certeza da incerteza, porque a prioridade do prefeito é fazer o maior espaço público de eventos do interior da Bahia.

Entre a educação e eventos; a preferência do gestor é pela requalificação da Praça do Mercado, que se tornará um ‘salão de festa’, mesmo sem ter recursos para fazê-lo, nem mesmo, estaduais ou da União. Aí, a administração de Marcelo Brandão tem a gestação de dois grandes problemas gêmeos e poderá entrar em estado de eclampsia e terminar em coma ou morte se, em três anos, não realizar as reformas do Mercado de Arte e da Casa dos Estudantes e deixar dois entulhos como herança maldita.

A reforma da casa sucumbirá com o entulho das paredes caídas, porque o dinheiro público de Ipirá será aplicado na feitura deste ‘salão de festas’ e depois, em EVENTOS para justificar a existência e a necessidade desse salão de festas. Será o efeito dominó: para não ser uma coisa inútil, vai ter que fazer uma festa atrás da outra.

É uma situação complicada e o gelo vai derreter dessa maneira. O dinheiro público de Ipirá será jogado fora ao encher os bolsos de cantores famosos e espertalhões que farão as contratações, enquanto a sociedade padece. Será um rio de desvio de dinheiro público. E o pior! Tudo em nome da altivez e pela arrogância de um gestor.

A luta dos estudantes carentes de Ipirá será longa. É chegado um momento de conscientização, mobilização e luta para garantir os direitos da juventude popular e carente de Ipirá.

Coloco duas sugestões para apreciação dos estudantes: 1. Que os estudantes mantenham-se em Assembléia Permanente, até que suas reivindicações sejam atendidas pelo Poder Público; 2. Que os sábados e domingos, em Salvador, na residência atual (alugada), sejam utilizados para informações, conversas, palestras, debates, seminários, etc, envolvendo a participação de ex-residentes e simpatizantes da causa.

Aproveito para fazer um apelo aos ex-residentes. A situação é grave e preocupante. É necessário arregimentar forças em prol da causa da Casa dos Estudantes. Seria interessante que ex-residentes e simpatizantes fossem até a residência alugada (rua Teodoro Sampaio, 163, Barris, a rua do Salete) para receber informações e prestar solidariedade.

Seria interessante que todo ex-residente fizesse uma declaração de apoio a residência, por escrito ou em vídeo, é só gravar no celular e jogar na rede. Se quiserem mim dá essa honra, farei questão de fazer a postagem neste blog, bastando para tal, colocá-la em “comentários”, no final da postagem do blog.

sábado, 23 de setembro de 2017

NO OLHO DO FURACÃO

A administração do prefeito Marcelo Brandão está batendo a cabeça no prego, e o pior, dentro do próprio governo. Pela manhã deu entrada num ofício solicitando uma licença; à tarde, deu entrada em outro ofício revogando o primeiro. O governo solta nota: "As notícias veiculadas levianamente de que o prefeito de Ipirá havia pedido afastamento do cargo, é simplesmente mentirosa...Mas, o líder do governo na Câmara deu entrevista e confirmou a existência da solicitação da licença. Observe que lambança!

Não é bem um pedido de afastamento do cargo, isso pode ser mentiroso, mas um afastamento por licença pode ser bem verdadeiro; isso faz parte da lambança. Nove meses de gestão e o governo já está cansado e precisando de uma licença. Férias com nove meses, vê se merece? Até agora, a administração não disse para que veio, apesar de mostrar que veio para muita conversa mole. Nisso tudo, nem uma obra para destacar.

A administração do prefeito Marcelo Brandão parece que corre perigo, mas perigo maior corre Ipirá. Os macacos fizeram de Ipirá uma casa de farinha; a jacuzada fez de Ipirá uma casa de fazenda. Isso apareceu como alegorias dos últimos festejos juninos, ficou até bonito, mas eles amarraram a cidade nesse mourão e parece que o município tem um jegue na boca de um sapo e estão enterrados nesse chão. Mas que macaco & jacu representam a desgraça de Ipirá, lá isso, eu não tenho duvida e explico.

Observe o esparro que jacu & macaco estão preparando para Ipirá. O macaco acionou a administração do jacu Marcelo Brandão no TRE, até aí tudo normal. O macaco canta vitória com placar de 7 a 0.  Aí começa o aperto do gestor Marcelo Brandão e a desgraça de Ipirá. Vou colocar o carro na dianteira dos bois. Que não seja uma ilação e tenha fundamentação jurídica, o prefeito Marcelo Brandão terá direito a recurso numa instância superior, o TSE.

No Supremo, uma questão como essa não poderá correr à revelia, senão a casa cai, então, tem que ter um causídico de excelência. Quanto cobra um advogado para atuar no Supremo? Tenho a impressão de que é algo em torno de um milhão de reais. Quem vai bancar isso para salvar o mandato do prefeito Marcelo Brandão? Se Geddel estivesse na ativa seria uma boa opção, mas no momento, ele está preso e liso, motivo pelo qual é carta fora do baralho.

Será que a ‘Sagrada Famíla’ tem cabedal disponível para bancar essa causa? Um milhão e cinqüenta e seis mil reais é o que ganha um prefeito em seu mandato de quatro anos em Ipirá. No frigir dos ovos, significa que o prefeito vai trabalhar mais de três anos de graça.

Mas, o problema é que significará muita humilhação perder a cadeira de prefeito de graça e sem reação. Quem vai pagar esse almoço de pato? A ilegalidade empurra para o dinheiro público bancar a conta. Como é que a prefeitura municipal vai patrocinar um mandato que parece que não vale dois tostões? Na ótica e prática de jacu & macaco tudo isso é normal, natural e legal, mesmo sendo uma escrachada sem-vergonhice. Os recursos públicos são verbas para a saúde, educação e melhorias da cidade.

Observe, leitor, que o prefeito Marcelo Brandão foi eleito pelo voto do povo. Chama mais atenção, que os chefes da macacada estão silenciosos; o deputado Jurandy Oliveira não move um dedo; Antônio Colonnezi não faz questão; Diomário Sá não se abala. Por que? Porque a trama para dominar Ipirá e tirar todas as vantagens possíveis passa pela aceitação da regra do jogo dos dois grupos, o jacu & macaco: a campanha tem por base a compra de voto e a administração é um meio de tirar proveito próprio, em detrimento da população.

Sabe quando Marcelo Brandão vai denunciar, na Justiça, toda falcatrua que houve nos doze anos da macacada? Nunca. Sabe quando a macacada vai agir e denunciar, na Justiça, contra as irregularidades da gestão Marcelo Brandão? Nunca. O que consegue vir à tona servirá de teatro mundano e chinfrim no período de campanha. Esse pacto silencioso, restrito a um domínio reservado para alguns poucos, impenetrável e incompreensível para o povão em virtude do jogo de interesse financeiro que o cerca. Esse esquema jacu & macaco é o câncer que atrofia o município de Ipirá.

E quem tomou a iniciativa? O PT-macaco. Está quebrando o pacto e jogando lama no esquema jacu & macaco. Se essa ação tiver resultado prático positivo, sujará e romperá o contrato subentendido, que está no interesse, na prática e na mente das elites que conduzem o esquema jacu & macaco, embora não esteja expresso, nem legalizado cartorialmente. A quem favorece essa causa? O PT-macaco o fez no sentido de agradar aos graúdos, às oligarquias dos macacos. Agiria contra candidato macaco nas mesmas condições? Não. Quanto custará a causa, se vencedora? Quem pagará o pato? Mais uma vez a prefeitura está no alvo.

Mas, a gestão de Marcelo Brandão bate com a marreta na própria cabeça quando, na prática administrativa, dá a palavra e assina o documento que vai reformar a Casa do Estudante Ipiraense em Salvador; de repente, voltou a palavra e jogou sua assinatura na lata de lixo, como se faz com uma assinatura falsificada, ‘do Paraguai’. Age de forma reprovável e irresponsável administrativamente. Uma lambança sem tamanho.

Certo, que a ‘Sagrada Família’ nunca precisou, nem precisa da Casa dos Estudantes. Quem precisa da Casa dos Estudantes são os filhos das camadas populares de Ipirá. O filho e filha de dona Maria, de seu João, de seu José, de dona Joana; os filhos do povo.

A Câmara de Vereadores de Ipirá teve um posicionamento correto, responsável, louvável e grandioso ao ficar solidária aos estudantes carentes de Ipirá; significa que estão do lado das famílias humildes que elegem os vereadores, pois essas pessoas, em potencial, são as que precisarão da residência, não os ricos das famílias abastadas. O prefeito não vê assim, não reconhece assim, porque não pensa assim.

Os vereadores ficaram do lado do povo e são intermediários e mediadores legítimos nessa retomada de conversação democrática entre o prefeito e os estudantes. O prefeito Marcelo Brandão não mostra um posicionamento democrático, está preso ao retrovisor do atraso, quando fica num rem,rem,rem sem fim:  “por que vocês não reivindicaram a reforma da casa nesses doze anos?” Reivindicaram, inclusive, no programa do locutor Marcelo Brandão. Agora, a casa está caindo. V.Exa., Marcelo Brandão é o prefeito, não pode esquecer disso.


O município de Ipirá tem problemas; a sociedade carente de Ipirá tem reivindicações; o prefeito tem que começar a administrar o município de forma democrática e com participação popular. Esse é o seu grande problema e não as férias.

sábado, 16 de setembro de 2017

SUICÍDIO EM IPIRÁ

Quando o prefeito Marcelo Brandão assumiu a gestão municipal em Ipirá parecia movido por um entusiasmo novo e um propósito elevado, de fazer uma “Ipirá boa para se viver”. Embora muitos não acreditassem, não podemos negar esse impulso inicial.

O candidato Marcelo Brandão na sua arremetida em busca do voto, visualizou na juventude o seu alvo preferido e fez, praticamente, um pacto de sangue com a juventude ipiraense, de maneira que no seu livrinho de campanha assumia abertamente que o jovem seria a preocupação maior do seu governo. Teve muita gente que não acreditou em nada disso, embora, ninguém possa negar que esse era um dos seus mais elevados compromissos.

O ímpeto do administrador municipal Marcelo Brandão parece que esmaece na primeira pressão. Aquele arrebatamento súbito dos primeiros dias mostrou-se efêmero no desenrolar das semanas. Não custa nada lembrar, que os canais de oposição sistemática aos doze anos de governo dos macacos foram, justamente, este blog e o programa Conexão Chapada com o comando do locutor Marcelo Brandão.

Não é que deva prevalecer aquela máxima: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido.” Vale muito mais a palavra ofertada e compromissada como um princípio básico e elementar das pessoas de bom senso e honradas. É justo que a juventude de Ipirá tem que ser uma das prioridades de qualquer governo que se preze nesse município.

Evidente, que o prefeito Marcelo Brandão não está administrando um paraíso, sem dúvida, ele tem nas mãos um município cheio de problemas estruturais de décadas e mais décadas, mas, sem a menor dúvida, tem também, problemas de hoje, de agora, urgentíssimos, que requerem uma solução imediata e urgente. E esses problemas caíram no colo de Marcelo Brandão, porque ele foi eleito prefeito do município e a ele cabe o esforço para solucioná-los.

Nessa hora, vale muito a maneira e o espírito de como o problema social deve ser encarado. O prefeito Marcelo Brandão parece que aderiu ao avesso do avesso. Não ouve e não dá voz à grande maioria dos que confiaram em sua capacidade, em sua pessoa e deram-lhe um voto de confiança. Está dando as costas a essas pessoas. Está mostrando um desprezo monumental pelos seus. Isso é o fio de navalha que corta qualquer pescoço.

Não se governa sozinho e com a cabeça de ‘Salvador da Pátria’. Quem assim o faz tem fôlego curto. Se o governante escuta e conversa com as pessoas, acata e contempla as reivindicações sociais da sociedade, ele estará fazendo o que o povo quer e, fazendo o que o povo quer, estará realizando um bom governo. Na ação democrática de quem administra está a solução dos problemas. O povo tem que participar.

O gestor Marcelo Brandão chegou ao poder municipal com o pensamento alto. O que poderá um gestor fazer com dez milhões de reais mensais?  Seu pensamento voa muito alto: ônibus de graça para os moradores da 20 de abril; sopão para quem passa fome; mesas na ladeira da Caboronga para piquenique; requalificar a cabeça do Monte Alto para turismo; açude na cidade para ofertar peixe; uma Praça de Turim na Praça da Bandeira; uma biblioteca no Puxa, etc e tal.

A realidade concreta pregou uma peça no prefeito Marcelo Brandão; não eram dez milhões todo mês e jogou no seu colo a reforma e manutenção dos ônibus que levam os estudantes para as Universidades em Feira; a reforma da Casa dos Estudantes de Ipirá em Salvador e a reforma do Mercado de Arte incendiado. O gestor ficou embananado, sem saber o que fazer. A Micareta e o São João deixaram a prefeitura sem lenço, sem documento e sem dinheiro. Já era. Já foi.

O ponto que eu quero chegar é o da Casa do Estudante em Salvador. É o maior patrimônio que a juventude popular de Ipirá possui. É um porto seguro e a certeza de um amanhã. O prefeito Marcelo Brandão tomou a atitude correta e alugou uma casa nos Barris para providenciar a reforma da casa no Tororó. Atitude necessária e inquestionável. Repentinamente, o prefeito voltou atrás; deu uma rabichola e preferiu fugir ao compromisso assumido e faltar ao prometido, a reforma. Abstraiu-se de conversar com os estudantes.

Isso é antidemocrático. As três reformas são prioridades para o município de Ipirá, porque são necessárias a setores da sociedade ipiraense e isso independe de quem esteja ocupando a cadeira de prefeito.

O gestor Marcelo Brandão tem que ter a capacidade de reabrir e manter o canal de conversação com os estudantes residentes na casa em Salvador. Tem que ter a sabedoria e a grandeza de um gesto democrático, o que demonstrará respeito ao povo de Ipirá e um compromisso amplo e verdadeiro com este município.

Eu vou ser muito sincero, prefeito Marcelo Brandão! Não podemos fechar os olhos para atitudes de arrogância, de desprezo, de capricho e superioridade de qualquer governante, seja ele quem for, macaco ou jacu, seja por infantilidade ou porque carregue no sangue o  DNA de coronel ou de oligarca.


A conversa é salutar e bem-vinda. Janelas e portas fechadas esconderão o cadáver de quem no desespero dá preferência ao suicídio político-administrativo, que deixará marcas de sombra de um prognóstico de desgraça e desventura. Um ato doloso de uma administração poderá trazer tristeza, angústia e amargura para uma juventude. O prefeito não pode ultrajar o lado democrático e esperançoso do radialista.

domingo, 10 de setembro de 2017

ARRUMA A MALA AÊ

“Arruma a mala aê; arruma a mala aê.” Agora, eu entendo a gozação do povo, com esta música, contra os perdedores nas eleições. Arruma a mala e se pique prá Papuda.

Fico preocupado com Geddel, que estava preocupado em nome do seu pai, do seu filho e do Espírito Santo e, também, com o numerário que mofava no apartamento em malas, maletas, caixas e caixotes. Pablo Escobar era desse jeito, enrolava os dólares em plástico e guardava-os escondendo em buracos, paredes e onde conviesse. No AP tinha mais dinheiro do que a prefeitura de Ipirá recebe em cinco meses.

Isso tudo lembra rombo. Rombo na Previdência, nos Ministérios, nas estatais e até na desgraça se essa gente meter o bico ou o dedo. Tem até o roubo do leite. Não sabias? A vaca era magnífica e dava 20 litros todo dia, o larápio chegava toda noite e surrupiava 20 litros de leite; quando o dono chegava pela manhã para tirar o leite, desleitava 20 litros. Nunca percebeu. Ninguém nunca notou nada. A vaca chamava-se Pré-Sal. O Pré-Sal é uma vaca de leite. Tira e repõe. Agora o leite azedou.

Ninguém sabe, ninguém viu. Ninguém falou porque é pacto. Muito me admirou o discurso de um vereador de Ipirá, na Câmara Municipal, que quebrou o pacto quando disse: “Se os vereadores continuarem a receber dinheiro de deputado essa corrupção na esfera federal não acaba nunca.” Fique  pensando: “Não é que o vereador de Ipirá tem razão!” Acabava lá em cima e cá embaixo.

Ninguém tira uma coisa da minha cabeça: “Quem tem voto é o vereador.” O vereador pode ser comparado a um pára-choque da sociedade; ou a um vaqueiro do curral eleitoral; ou a um doido-varrido; ou a um inconseqüente que dá o que tem e o que não tem. Dá, dado, sem querer nada em troca, só e somente só, o voto. É o tal do serviço prestado. O vereador é um assistente social mal remunerado.

Mal remunerado, porque não tem dinheiro que dê para atender e suprir esse serviço prestado no reino da necessidade. O povo carente em qualquer necessidade procura o vereador, que não pode negar fogo. O serviço prestado tem custo elevadíssimo. Se fizer a vontade, se não for seletivo e abrir a mão, até a Casa da Moeda vai à falência. Os proventos da vereança é uma merreca em tal empreitada. Vereadores da situação jogam os custos nas costas do Poder Executivo que banca a despesa. Saúde é o carro-chefe.

Não tem prefeitura que agüente um lava-jato para limpar a frota que opera no município. Nem o da Justiça. A Lei da Justiça determinou um custo de 110 mil reais para cada candidato à prefeito 2016 em Ipirá. Ora, ora, nem jacu nem macaco tomaram  conhecimento. Oh, mala de Geddel! Foi pelo menos uma mala daquelas (não aquelas) para cada um dos dois candidatos e a Justiça aceitou as prestações de contas. Eleições são caras, custam malas de dinheiro e tornaram-se o germe da corrupção. Não se pratica democracia sem eleições. A República está enfiada no esgoto.

Lava-jato não é tudo. Todos querem acabar com a Lava-jato. O que vale mesmo é o artigo 171 do Código Penal. Quem tiver 171 quadrilheiros no Congresso em Brasília não perde o poder de jeito nenhum. Fora Temer e os mais de 171 da quadrilha.

O desfile da Independência teve o seu merecido desfibrilamento. Ninguém entendeu muita coisa, nem mesmo, a meninada que carregava os cartazes. Mas que “tava cheio de bichim bunitim” lá isso tava. O Samba Boiadeiro parecia um trio elétrico arrastando a massa. A massa gosta de ser arrastada.

A Casa do Estudante foi frenética, lutadora e saiu no grito. Se não gemer morre com a parede caindo por cima ou morre de tanto esperar. Tem que gritar muito.

Com o prefeito Marcelo Brandão do jeito que vai e pelo andar da carruagem vai ser assim: 2017, não vai fazer nada porque o ano já está acabando; 2018, não terá muito o que fazer, porque teremos eleições; 2019, vai fazer muito pouco, porque vai se preparar para as eleições do ano seguinte; 2020, em ano de eleições não se faz muita coisa. Calma pessoal! Não é bem assim, o digníssimo prefeito poderá fazer uma meia-sola na cidade e teremos Micareta, São João e Revèllion.


O Grito dos Excluídos não deixou de graça, mostrou indignação. Pelo visto, tem muito mala atormentando e agoniando a vida do povo brasileiro, sendo assim, tem muitas malas para serem arrumadas e despachadas, via Sedex-camburão para a Papuda, sem direito a recibo de retorno. Que mofem por lá, as malas e seus donos.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

BOM DE PAPO

O prefeito Marcelo Brandão pode ser até bom de papo; ele pode ser até um ótimo sonhador, mas que ele está metido numa camisa de sete varas, lá isso ele está. A coisa não está muito boa para o seu lado de administrador. Quem persegue o homem é a realidade concreta.

O prefeito Marcelo Brandão pode até pensar que o problema de Ipirá é ser uma cidade malamanhada e com feiúra; bastando apenas uma boa maquiagem para resolver o problema. É chover no molhado. O “choque de ordem” do abafa exonerou-se nos primeiros meses e “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.” O homem continua batendo a testa na realidade concreta.

O prefeito Marcelo Brandão não apresentou, nem apresenta, nada de novidade, o homem fica ciscando, ciscando e não descobre uma coisa nova, aí fica jogando peteca, tira o CEO de lá bota prá cá; tira a Secretaria de Saúde de cá e bota prá lá. A conversa é que a prestação de serviço melhorou. De boca ou de fato? Porque a UPA capenga na falta de material para atendimentos simples.

O prefeito Marcelo Brandão não apresenta nada de novo, não é porque não quer, vontade até que ele tem, mas é porque não pode. O homem está amarrado no pé da mesa. Não conta com o governo do Estado da Bahia e esse governo fajuto e golpista do Michel Temer o que faz é tentar tirar a corda do próprio pescoço, tá lá se incomodando, nem procurando saber como é que vai Ipirá. A realidade é pirracenta.

O governador Rui pouco ou nada apresentou em Ipirá, mas eu quero ver um governo federal, seja lá quem for, da corja do PMDB ou PSDB, fazer por Ipirá mais do que Lula e Dilma, (casas populares, creches, UPA). Aí o prefeito Marcelo Brandão fica num canto de cerca. Do governo federal (esse ou o que vier) não pode esperar muita coisa. Desse mato não sai coelho.

Para melhorar o quadro para o seu lado, resta a mudança no governo do Estado da Bahia. O prefeito vai ter que deixar o couro e o osso na campanha do DEM. Para mostrar serviço vai ter que vencer em Ipirá. Se vencer em Ipirá e perder no Estado é o mesmo que dá um tiro de garrucha e receber um de canhão. A realidade tem dessas coisas.

O próximo ano será ano de eleiçôes. Como sempre um ano perdido e difícil. O prefeito viverá o seu gargalo. Se amarrar o cadarço do seu sapato de mau jeito vai sentir o calo gemer. Vai viver na perrenga com dez milhões de receita própria por mês. A folha do pessoal pega uma boa fatia. O coração da gestão MB, o setor de licitação, entrega uma boa bocada.

Aí, restam os poucos recursos próprios e o prefeito não está bem na fita com a jacuzada ansiosa. A administração conta vantagem porque cortou os aluguéis de casas e carros com locadores macacos. Agora é a vez da jacuzada levar a vantagem esperada. Esse é o miojo cremoso de jacu e macaco em Ipirá, enquanto a população se estrepa.

Se o município de Ipirá depender exclusivamente de recursos próprios significa que vai viver com a cuia na mão e que seu prefeito será um alpinista sem céu, porque queiram ou não, aceitem ou não, o nosso atraso é grande, estamos em plena Era da necessidade de Saneamento Básico; de uma Energia Elétrica suficiente para tocar qualquer projeto sem perigo de racionamento ou de ficar sem energia e de água da Embasa na torneira todo dia e o dia todo.


A gestão do prefeito Marcelo Brandão não pode engolir um elefante, mas se engasga com um mosquito. A mais recente é que deixou a Embasa cortar a água do Parque de Exposição por causa de uma conta de sete mil reais, justamente quando está programada uma grande corrida para o “Hipódromo de Ipirá” em outubro. É muita lambança e eu fico até desconfiado que Ipirá não vê a cor de dez milhões por mês. É muito menos.