segunda-feira, 4 de setembro de 2017

BOM DE PAPO

O prefeito Marcelo Brandão pode ser até bom de papo; ele pode ser até um ótimo sonhador, mas que ele está metido numa camisa de sete varas, lá isso ele está. A coisa não está muito boa para o seu lado de administrador. Quem persegue o homem é a realidade concreta.

O prefeito Marcelo Brandão pode até pensar que o problema de Ipirá é ser uma cidade malamanhada e com feiúra; bastando apenas uma boa maquiagem para resolver o problema. É chover no molhado. O “choque de ordem” do abafa exonerou-se nos primeiros meses e “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.” O homem continua batendo a testa na realidade concreta.

O prefeito Marcelo Brandão não apresentou, nem apresenta, nada de novidade, o homem fica ciscando, ciscando e não descobre uma coisa nova, aí fica jogando peteca, tira o CEO de lá bota prá cá; tira a Secretaria de Saúde de cá e bota prá lá. A conversa é que a prestação de serviço melhorou. De boca ou de fato? Porque a UPA capenga na falta de material para atendimentos simples.

O prefeito Marcelo Brandão não apresenta nada de novo, não é porque não quer, vontade até que ele tem, mas é porque não pode. O homem está amarrado no pé da mesa. Não conta com o governo do Estado da Bahia e esse governo fajuto e golpista do Michel Temer o que faz é tentar tirar a corda do próprio pescoço, tá lá se incomodando, nem procurando saber como é que vai Ipirá. A realidade é pirracenta.

O governador Rui pouco ou nada apresentou em Ipirá, mas eu quero ver um governo federal, seja lá quem for, da corja do PMDB ou PSDB, fazer por Ipirá mais do que Lula e Dilma, (casas populares, creches, UPA). Aí o prefeito Marcelo Brandão fica num canto de cerca. Do governo federal (esse ou o que vier) não pode esperar muita coisa. Desse mato não sai coelho.

Para melhorar o quadro para o seu lado, resta a mudança no governo do Estado da Bahia. O prefeito vai ter que deixar o couro e o osso na campanha do DEM. Para mostrar serviço vai ter que vencer em Ipirá. Se vencer em Ipirá e perder no Estado é o mesmo que dá um tiro de garrucha e receber um de canhão. A realidade tem dessas coisas.

O próximo ano será ano de eleiçôes. Como sempre um ano perdido e difícil. O prefeito viverá o seu gargalo. Se amarrar o cadarço do seu sapato de mau jeito vai sentir o calo gemer. Vai viver na perrenga com dez milhões de receita própria por mês. A folha do pessoal pega uma boa fatia. O coração da gestão MB, o setor de licitação, entrega uma boa bocada.

Aí, restam os poucos recursos próprios e o prefeito não está bem na fita com a jacuzada ansiosa. A administração conta vantagem porque cortou os aluguéis de casas e carros com locadores macacos. Agora é a vez da jacuzada levar a vantagem esperada. Esse é o miojo cremoso de jacu e macaco em Ipirá, enquanto a população se estrepa.

Se o município de Ipirá depender exclusivamente de recursos próprios significa que vai viver com a cuia na mão e que seu prefeito será um alpinista sem céu, porque queiram ou não, aceitem ou não, o nosso atraso é grande, estamos em plena Era da necessidade de Saneamento Básico; de uma Energia Elétrica suficiente para tocar qualquer projeto sem perigo de racionamento ou de ficar sem energia e de água da Embasa na torneira todo dia e o dia todo.


A gestão do prefeito Marcelo Brandão não pode engolir um elefante, mas se engasga com um mosquito. A mais recente é que deixou a Embasa cortar a água do Parque de Exposição por causa de uma conta de sete mil reais, justamente quando está programada uma grande corrida para o “Hipódromo de Ipirá” em outubro. É muita lambança e eu fico até desconfiado que Ipirá não vê a cor de dez milhões por mês. É muito menos.

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