quarta-feira, 30 de abril de 2014

BEM-AVENTURADOS SEJAM OS VOSSOS FRUTOS!

 
Da terra fértil brota jaqueira, mangueira, bananeira e tudo mais. Aroeira, Angico e Mulungu e muito mais. Tudo que se planta nasce. Assim é a Mata da Caboronga. Assim deveria ser a Mata da Caboronga. Assim caminha a Mata da Caboronga: padecendo. Não é fácil levar pancada, muito menos receber golpe atrás de golpe; sentir dor. Pode a natureza sentir dor?
 
A Mata da Caboronga registra danos e acumula prejuízos. A água sumiu; escondeu-se nas profundezas da terra. O sangue deixou de escorrer com gratidão pela terra. O desmatamento vai andando, às vezes galopando, na maioria das vezes, sentenciando a degradação e a decadência. A natureza só tem a perder, com dor ou sem dor.
 
A Mata da Caboronga experimenta um declínio com uma paciente resignação. Consegue tolerar o tolerável e agüenta mais do que é possível suportar. Não é tarefa fácil recompor a Mata da Caboronga. Não é tarefa fácil matar a Mata da Caboronga. A resistência tem raiz profunda. Os mateiros não aceitam. Muitas pessoas não admitem. A mata não se permite.
 

No meio da mata, plantou-se uma semente diferente. A Reserva Ecológica Caboronga Rachel Carson está sendo implantada. Esta semana, brotou da terra uma nova planta: um ANFITEATRO, bem no meio da mata. Aberto à natureza, sob os olhares protetores da Lua e do Sol; benzido pelos pingos da chuva; acariciado pela bisa da noite. Seja bem-vindo anfiteatro. Uma centelha para a cultura.

A cultura humana pode regozijar-se por ter o seu santuário. Teatro, música, poesia, aulas, palestras, cultos, exposições, mitologia e ciências encontraram o solo da mata e ganharam o seu espaço. A casa velha em fase de restauração será mantida em sua originalidade. Funcionará um laboratório com microscópio; uma biblioteca; uma sala para botânica e zoologia; sala de informática; uma lojinha de souvenir. Ecologia, História, Botânica, Zoologia, Ética, Direito poderão aflorar no meio da mata. Seria interessante que tivesse uma sala para a implantação de um museu.

Tem muita coisa para acontecer. Nunca tinha pensado em escrever uma peça de teatro. Fui sensibilizado. O texto da peça já está pronto. Caso tenha que acontecer, acontecerá no meio da mata, em um anfiteatro e num cenário ao ar livre, com caixas de som brotando das árvores como mangas de uma mangueira da Caboronga. Não pode ter nada mais original e natural. A Mata da Caboronga agradece.

sábado, 26 de abril de 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL OU ESTADUAL? É NENHUMA...


Como conseguir uma Universidade pública e gratuita para Ipirá? Quem sabe lá como é que essas coisas acontecem? Não é tarefa fácil. Quisera fosse uma bolha de sabão flutuando perante mãos, era só agarrá-la, mas desponta como uma utopia em nevoeiro denso. Universidade é impossível. Faculdade? Talvez!

Ipirá tem muita vereda para caminhar-se, não é a imagem que querem passar. Itaberaba levou a reitoria da Federal da Chapada. Alagoinhas abocanhou, em promessa e bem abocanhado, a reitoria da Federal do Nordeste da Bahia. Nada mais justo. As coisas acontecem assim: quem tem mais gabarito é sempre contemplada nos finalmentes.

A situação de Ipirá não é nada convincente. Ipirá encontra-se circunscrita na era do atraso. Uma cidade que não conseguiu sair, ainda, da vergonhosa situação de não ter rede de esgotamento sanitário em pleno século 21. Depois de décadas de atraso neste aspecto parece que, finalmente, estão a redimir. Espero que adiante vá. Pelas condições de infra-estrutura da cidade seremos postergados sempre.

Também, perduramos com décadas de atraso na questão do ensino superior. Já ouvi esse pleito por inúmeras bocas, por anos a fio. O desejo é candente. Os meios para atendê-lo são insuficientes. Tem que ter muita reza. Um bozó também ajuda. Uma mandinga bem encomendada poderá fazer a diferença.

Uma coisa é certa, toda a estratégia utilizada até agora, gorou. Muito pouco do que foi realizado conseguiu tornar-se um referencial concreto. A solicitação de uma autoridade municipal esbanjando prestígio e reconhecimento perante as autoridades governamentais superiores não surtiu o resultado esperado. Nem balançou a roseira.

Em tempo, apresentaram um desvio de rota para buscar uma Universidade para Ipirá. Incluíram parcela da população na luta pela reivindicação. Foi uma caminhada importante, desde quando, não tenha sido barra forçada para fazer palanque, desvirtuando o objetivo e formatando um espetáculo de vendedores de fumaça, ao criarem uma expectativa no vazio, que desembocará, mais tarde, numa frustração coletiva. A Universidade é coisa muito séria e complexa, não é um faz-de-conta. Desse palanque não espirra coelho, muito menos Universidade.

A Universidade Federal do Nordeste ainda não foi aprovada, será uma delonga de uma década ou mais. Terá uma abrangência em quatro territórios e mais de cinqüenta cidades disputando seu quinhão. Vai ser um pega prá capar. Ipirá não tem tido um desempenho favorável neste tipo de disputa, devido a precariedade de nossa infra-estrutura. Quais são as forças que irão defender Ipirá nessa empreitada?

Para ser simples e direto: faculdade para Ipirá é uma questão de vontade política. Um campus da UNEB seria o mais prático e razoável, mas não existe interesse concreto, firme e determinado do governo estadual para que isso aconteça, assim sendo, a UNEB é carta fora do baralho.

Sem uma Universidade Estadual na mira, resta o pulo do gato, apela-se para uma Universidade Federal, em vias de ser implantada ou não. Coisa para o futuro, talvez, longínquo, cheio de etapas, de interesses e de percalços. Quem irá defender Ipirá nessa contenda?

Vou ser direto e intransigente: sendo uma questão de vontade política, então vamos agir, também, politicamente. Uma faculdade da UNEB seria a opção mais prática e com maior possibilidade de acontecer em Ipirá. Quantos deputados estaduais e federais conseguiremos arregimentar para essa idéia? O deputado Afonso sozinho não terá força suficiente para concretizar esse objetivo nesse jogo de interesses de deputados. Cada qual vai defender sua região ou sua cidade preferida. Quem tiver a unha maior sobe na parede. Isso é jogo político.

É muito simples; vamos ser claros com todos eles: só terão votos dos simpatizantes da Universidade para Ipirá se o campus da UNEB tornar-se uma realidade concreta em Ipirá, até as eleições!

“Tu tá doido, sujeito! Já prestou! Primeiro, tem que ter o voto, para depois lutarem pela Universidade em Ipirá. Essa é a ordem das coisas”

Não tem Universidade para Ipirá na agenda do governo do Estado. Na do governo federal? O que você acha? Eu penso que o povo de Ipirá terá que fazer muitas caminhadas e gastar muita sola de sapato para desfazer a fumaça que turva a população.

domingo, 20 de abril de 2014

O ANIVERSÁRIO DA CIDADE.

 

5h da manhã. Soltaram uma barulheira infernal. Parecia até, que algum lunático tinha baixado na ‘pacata’ Ipirá para importunar os viventes. Na quinta-feira da Paixão, colocaram um som 11h da noite. Hoje, 5h da manhã. Isso não deixa de ser uma aflição intensa e demorada, mas, você termina caindo na real. Hoje é 20 de Abril.

20 de Abril. Uma data cívica. Lembro-me de Educação Moral e Cívica, isso já foi disciplina curricular. 20 de Abril! bastaria ser algo ligado ao cidadão como parte integrante da comunidade. Bastava isso e estaria de bom tamanho, mas virou o ‘aniversário da cidade’. Aí, já dá para saber como é: aniversário é aniversário. Tem bolo e presente.

Fico imaginando como seria um bolo com 159 anos de comprimento e depois, a confusão que seria para definir a maior dimensão horizontal de sua superfície ou a dimensão vertical que se pode observar a partir do eixo de sua orientação. Seriam 159 anos de andares. Olha, deixa quieto! Esquece esse negócio de bolo. Bolo é só confusão! Também, pudera! Essa idade é mais gato do que documento de certos jogadores de bola. São 159 anos com documento passado para vila; se levarmos em conta o temporão de arraial e de povoamento, isso é tão velha quanto a nobre e gloriosa Cachoeira. Longe disso.

Sem bolo, restam os presentes. Quem sabe: Montadora de carro chinês; Matadouro da Friboi; um Parque Industrial, com muitas fábricas, muitos empregos; Curtume para exportação; Hospital no nível do Sírio-Libanês, com U.T.I. fazendo o impossível; SAMU funcionando sem trancos e barrancos; Escola Técnica Federal da boa; Pólo de uma Universidade Federal com curso de Medicina; 100% Esgotamento Sanitário; Asfalto em toda zona (urbana e rural); um Aeroporto Internacional; uma Penitenciária de Segurança Máxima. Pensando bem pensado: quem vai dar esses presentes? Muito mais rápido chegaremos a primeiro de Abril do que a esse bendito vigésimo dia do aniversário. Esquece isso, que nada disso é isso.

Vamos a algo mais interessante: o Índice de Desenvolvimento Humano deste município nestes 159 anos. Nesse patamar a coisa vai de bem a bem melhor: atingimos uma renda per capita de 30 mil reais/mês. Não se consegue viver com menos disso numa cidade em que o alface está custando 3 reais um moio no Centro de Abastecimento. Nisso não temos inveja nem da Europa, que está passando uma pindaíba do cão. Assim sendo, vejamos e convenhamos, haja fuzarca, fuzuê e outros bereguedês.

É assim mesmo e desse jeito, Ipirá. Mas, com todo merecimento de que o município de Ipirá é digno, com afeto e admiração, um presentaço: o II SEMINÁRIO DA CABORONGA. Não é simplesmente um simples seminário, trata-se de um Seminário Internacional, quando personalidades do Velho Continente estarão aqui em nossa terra: professor Dr. Christian Peisker virá da Suíça; professor Dr. Jorge Quesada vem da Espanha. Teremos brasileiros, sim: Társis Wallace Rodrigues Lemos e professor Dr. Manoel Falconery Rios Júnior. O que tem Ipirá para atrair essas personas gratas em qualquer parte do planeta Terra? Virão fazer o quê, em Ipirá?

Trarão um presente imensurável. Entregarão algo precioso e valioso em qualquer parte do planeta para que a humanidade não chafurde: a experiência e o saber, com temas relevantes. O tema do Meio Ambiente será um ato convergente, tão intrínseco que está à vida em todas as suas nuances, tratado como um Direito Humano e um Dever de todos os homens e mulheres. O Meio Ambiente e Sustentabilidade como essência da vida. A Educação Ambiental como um instrumento racional de mudança e de continuidade da espécie humana. A Ética e Espiritualidade como essência da existência. Nenhuma humanidade sobreviverá pela negação e desprezo para com essa temática. Ipirá não poderia receber um presente melhor.

ECOÉTICA DA CABORONGA. Ecologia e ética, imprescindíveis ao Ser Humano. Sem isso, o homem vira bicho-brabo. Caboronga é o coração do município de Ipirá. Coração e pulmão. É um eco-sistema encravado no semi-árido. Diferente em tudo e agora ainda mais, com a Reserva Ecológica Caboronga Rachel Carson. Um anfiteatro no meio da mata. Um laboratório no meio da mata. Um sonho no meio da mata. Uma esperança brotando da terra fértil como uma jaqueira exuberante. Parabéns Ipirá.

Com a presença de Robson Miguel, o violonista no.1 do mundo, acontecerá o II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ECOÉTICA DA CABORONGA, a ser realizado no Centro Cultural Elofilo Marques, no dia 26 de Abril de 2014 (no próximo sábado). Parabéns Ipirá.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

NA CURVA DO REDEMOINHO.

Com a greve da polícia o risco riscado prolonga-se. Dor de cabeça para o governador; aperto para o prefeito. Trio sem polícia é barril. Muito cuidado, prefeito Ademildo! Porque a casa é de barro e o espeto é de graveto.


O poder político no município de Ipirá é oligárquico, de família mesmo, e tem um conjunto de preceitos estabelecidos no crivo dos interesses dessas oligarquias que sacramentaram um conluio secreto, irrevogável e imexível. Uma mão lava a outra.

 
Jacu não enfia a faca no coração de macaco e vice-versa. A farsa não aprofunda as questões. É tudo um faz-de-conta que fica nas beiradas dos fatos. Um disse-me-disse que morre ao dobrar a primeira esquina. Aí, aparece o prefeito Ademildo, que não tem o  sangue dessas famílias que dominam Ipirá, e atira na Clínica Santa Helena, rompendo com o trato secreto e confidencial do jacu e macaco. Foi o maior erro que V. Exa. cometeu nesta terra, principalmente se não tiver o respaldo da verdade.

 
Eu digo erro, porque ao romper o acordo tácito do sistema jacu/macaco, V. Exa. não será perdoado. V. Exa. está exposto no olho do redemoinho; é gerente de um poder municipal que tem por base os vícios do esquema jacu/macaco. O vídeo que circula pela cidade é uma mostra disso. Saiu o agiota (ilegal, imoral e indecente) e entrou em campo o empresário-genérico (que pode ser legal, mas provavelmente imoral e indecente), talvez tenha sido um dos motivos da renunciante Ana ter deixado o barco antes do tempo, mas em tempo, ao ter pela frente o sistema jacu/macaco, uma couraça paternalista e patrimonialista para alguns. Um sistema arcaico, desmoralizado e que desmoraliza.

 
Eu digo erro, porque V. Exa. está dentro dessa coisa e, bem provável, sem saída e sem retorno. Imagine, se um jacu suceder ao seu governo! Vão vasculhar suas contas até encontrarem um indício; se não encontrarem, é muito simples, plantam uma mentira, inventam algo e jogam o barro na parede. A questão será espinafrar a sua moral. V. Exa. que já foi vítima da maledicência do jacu e do macaco, sabe muito bem como isso funciona. Abra o olho, prefeito!

 
Pensar num sucessor jacu para a sua administração é coisa de tirar o sono. Agora, de causar pesadelo até em quem não consegue dormir é o que estão fazendo na sua administração: sem entrar em detalhes, em determinada área e, acredito, sem Vosso conhecimento, estão acontecendo coisas cabeludas. Procure verificar. V. Exa. sabe que eu não invento. Eu vi o documento. Se vire! Abra o olho, prefeito!

 
Redemoinho é vento passageiro. Se o governador não fizer sucessor, a administração municipal entrará num furacão. Se o sucessor de V. Exa. for um jacu, o furacão entrará num tornado e num ciclone ao mesmo tempo, com V. Exa. no olho. Bata três vezes na madeira, prefeito! Paca, tatu, cutia não! Repita três vezes, prefeito! Se fosse o macaco-ninja Diomário nada disso seria isso, é nenhuma. Pulava de lado e dava uma banana para o governador derrotado. Isso é macaco/jacu, prefeito! Ou não é assim?

sábado, 12 de abril de 2014

PARQUE DE VENDAS DE ANIMAIS EM IPIRÁ-BA.







Observe as quatro fotos. Qual é a diferença entre elas? A resposta é muito simples: de um lado, progresso e desenvolvimento; do outro, atraso e conservadorismo.

A venda de animais, junto ao Centro de Abastecimento de Ipirá, era uma pedra no caminho; bem no meio do caminho do desenvolvimento da pecuária em Ipirá. Era um bem retratado retrato do atraso.

Durante muito tempo representou um limite sem solução; uma coisa presa numa redoma sem saída, dominada por um pensamento arcaico, fechado e conservador que não conseguia sair de seu próprio contratempo.

Lá, no Centro de Abastecimento, a porteira estava fechada. Era a consagração da mesmice, não ia para lugar algum. Não havia perspectiva. Significava um atrofiamento permanente a caminho de uma morte anunciada.

Ipirá estava e encontra-se, ainda, atravancado, mesmo sendo detentor de uma riqueza inigualável, incomparável e sem par: caprinos e ovinos. É justamente nesta riqueza que poderá estar a saída do estado de esgotamento em que vive a economia rural do nosso município. Um simples tripé: Matadouro, Parque de Vendas, pequenas Barragens em rios e riachos. A produção de cabras e ovelhas tornar-se-ia a alavanca principal.

O novo local de vendas de animais em Ipirá significa a abertura da janela para o vasto horizonte. É a construção de algo novo com perspectivas benfazejas, promissoras e alvissareiras.

A primeira tarefa é a demarcação e consolidação da feira no dia tradicional (quarta-feira). Não se pode perder de vista que se trata de uma construção. No local anterior a feira perdurava por três horas e raramente prolongava-se por mais tempo, geralmente, não ia além das 9h da manhã.

Ir até o meio-dia poderá ser um objetivo a ser alcançado nesta caminhada e nesta nova trajetória determinada com uma medida ousada, importante e decisiva para a produção rural de Ipirá. A atual gestão municipal acertou com a medida, agora, é cuidar da administração para o nosso município viver novos tempos.

sábado, 5 de abril de 2014

JOGANDO LAMA NO VENTILADOR.


Ontem, sexta-feira (04/4), no Programa Prefeitura de Ipirá, na FM, o prefeito Ademildo detonou a Clínica Santa Helena de uma forma implacável. Tirou o couro e espichou. Foi um verdadeiro massacre. Foi uma denúncia desmoralizante. Vilipendiou e defenestrou a Clínica Santa Helena.

De início, faço algumas indagações diante de algumas dúvidas. Esse é um assunto para um prefeito tratar num programa de rádio? O prefeito pode arrolar qualquer tema e assacar contra a honra de quem bem entender num programa pago com dinheiro público? Existe algum inquérito, sindicância, ato administrativo ou coisa semelhante para apuração dos fatos? Tramita algum procedimento em juízo com todos os atos necessários, desde o início da causa, com a petição inicial, até a conclusão do processo, através de um julgamento? Está sob a custódia de sigilo até a apuração dos fatos?

Diante destes questionamentos, ficam outras dúvidas. Se, por acaso, o prefeito não tem amparo legal no ato delatório e na divulgação, via mídia, de algo ignorado e secreto, não fica propenso a arcar com os ditames da lei? Será que no parâmetro do poder judiciário os cofres públicos não poderão arcar com uma indenização por danos morais e de imagem da clínica? Seria mais um precatório por irresponsabilidade na ação lingüística? A justiça é cabível e plausível nesta ação?

Neste tiroteio detonador, a quem o prefeito quer atingir: o político Luís Carlos ou a Clínica? O achaque direto, certeiro, contundente foi contra a clínica, a quem o prefeito atacou sem dó nem piedade. Isso ficou claro. Dessa forma, o ato tem desdobramentos políticos inevitáveis, pois a clínica foi ferida profundamente na jugular da decência e da ética, enquanto o político Luis Carlos ficou são e salvo das agruras.

O ex-prefeito e político Luis Carlos não encontra um lastro amplo de defesa na sociedade local; diferentemente da Clínica Santa Helena, que possui empatia com a comunidade, que nutre a simpatia da população, que encerra uma ligação afetuosa com o povo, além do que, representa uma esperança e aspira a confiança das pessoas nos momentos mais difíceis e de grande necessidade. O prefeito bateu na clínica e atingiu uma história e uma tradição em Ipirá. Eu acredito que tenha sido um grande erro político.

Ouvindo bem o programa, não senti muita convicção no prefeito. Deu para perceber que ele iniciou uma cruzada contra a Clínica Santa Helena e busca, desesperadamente, apoio e solidariedade nesta batalha. Apelou para a Câmara de Vereadores. Quer debate sobre a questão. Quer que as pessoas se pronunciem.

Como eu disse acima, não senti firmeza no prefeito. O prefeito atacou sem dó nem piedade a Clínica Santa Helena, ao tempo que dizia não ser do seu feitio fazer esse tipo de denúncia, transparecia até que estava constrangido em fazê-lo, parecia até, que queria tirar uma de bom samaritano. Por vezes entrou em contradição ao citar ‘indícios’ de fraude. São fatos verdadeiros ou indícios?

Uma coisa é certa, o prefeito Ademildo voltou a ser o paladino da verdade e da moralidade, mesmo coabitando em terreno movediço. Teve a coragem de fazer um ato temeroso, nunca feito antes: uma denúncia pública contra a fraude cometida por uma clínica.

Com essa denuncia, quebrou indubitavelmente o pacto silencioso e secreto existente entre jacu e macaco; um acordo não revelado que é a razão de ser, tanto do jacu quanto do macaco; uma conciliação sigilosa que dá proveito, que é frutífera, lucrativa, útil, proficiente, tanto para jacu como para macaco, e que resulta sempre no que se espera. O macaco-ninja Diomário jamais cometeria uma ação dessa, por larga experiência, por entender a fundo a farsa que é jacu / macaco e que esse tipo de acordo não se quebra.

Com essa denúncia o prefeito deu um tiro no pé e acertou a cabeça... não foi a do dedão... é a sua própria cabeça. Virou alvo sem proteção do esquema jacu-macaco, justamente num momento que existe até vídeo de macaco se lambuzando com as benesses da prefeitura no seu governo. Acorda prefeito!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

EM TEMPO.


Nesta quarta-feira (2/4), aconteceu a transferência da feira de animais do Centro de Abastecimento para o Parque de Exposição. Podemos afirmar que a transferência foi um sucesso. Evidente que não representa a melhora no índice de comercialização em alto patamar agora, neste momento; no entanto, representa a melhoria das condições de comércio para que se atinja um elevado grau de comercialização em pouco tempo. Transferiu-se a feira de animais e, também, seu nível de comércio.

O local escolhido e montado pelo ex-prefeito Diomário para que funcionasse a feira de animais foi um chiqueiro de qualidade ordinária, sob o sol e sujeito ao lamaçal no período mais chuvoso. Local sem perspectiva de nada. Ipirá não merecia tamanho descaso. A gestão do prefeito Ademildo fez a mudança usando a racionalidade e uma visão futurista. O local da feira melhorou de forma significativa e a tendência é melhorar o nível de comercialização.

No Parque de Exposição, a situação é completa e totalmente diferente. Os animais são colocados em currais de madeira, em áreas de sombra e com perspectiva de crescimento comercial e desenvolvimento econômico. Abriu-se uma janela para a salvação e a retirada da zona rural de Ipirá do gargalo de dificuldade em que se encontra, com um ponto de venda estratégico para os animais. O produtor rural poderá investir melhor no seu produto, pois terá a visibilidade necessária para fazer a sua comercialização. Criou-se um alento para o progresso de Ipirá.

É isso! No meu ponto de vista, a transferência foi realizada a contento. Agora, a tarefa é organizar e ajustar as medidas necessárias para que se viabilize a consolidação e o crescimento.

É imprescindível a contabilidade da quantidade de animais que adentrem ao parque e a sua origem por região e municípios. É essa estatística que dirá se o negócio está prosperando e evoluindo. É necessário que exista a preocupação com a segurança e o transporte coletivo no período de funcionamento da feira. Não custa nada ouvir a opinião das pessoas que tiram o sustento nesse ramo de negócio e são freqüentadores assíduos do local onde são vendidos os animais em Ipirá. A perspectiva é das melhores. Há esperança.