quinta-feira, 17 de abril de 2014

NA CURVA DO REDEMOINHO.

Com a greve da polícia o risco riscado prolonga-se. Dor de cabeça para o governador; aperto para o prefeito. Trio sem polícia é barril. Muito cuidado, prefeito Ademildo! Porque a casa é de barro e o espeto é de graveto.


O poder político no município de Ipirá é oligárquico, de família mesmo, e tem um conjunto de preceitos estabelecidos no crivo dos interesses dessas oligarquias que sacramentaram um conluio secreto, irrevogável e imexível. Uma mão lava a outra.

 
Jacu não enfia a faca no coração de macaco e vice-versa. A farsa não aprofunda as questões. É tudo um faz-de-conta que fica nas beiradas dos fatos. Um disse-me-disse que morre ao dobrar a primeira esquina. Aí, aparece o prefeito Ademildo, que não tem o  sangue dessas famílias que dominam Ipirá, e atira na Clínica Santa Helena, rompendo com o trato secreto e confidencial do jacu e macaco. Foi o maior erro que V. Exa. cometeu nesta terra, principalmente se não tiver o respaldo da verdade.

 
Eu digo erro, porque ao romper o acordo tácito do sistema jacu/macaco, V. Exa. não será perdoado. V. Exa. está exposto no olho do redemoinho; é gerente de um poder municipal que tem por base os vícios do esquema jacu/macaco. O vídeo que circula pela cidade é uma mostra disso. Saiu o agiota (ilegal, imoral e indecente) e entrou em campo o empresário-genérico (que pode ser legal, mas provavelmente imoral e indecente), talvez tenha sido um dos motivos da renunciante Ana ter deixado o barco antes do tempo, mas em tempo, ao ter pela frente o sistema jacu/macaco, uma couraça paternalista e patrimonialista para alguns. Um sistema arcaico, desmoralizado e que desmoraliza.

 
Eu digo erro, porque V. Exa. está dentro dessa coisa e, bem provável, sem saída e sem retorno. Imagine, se um jacu suceder ao seu governo! Vão vasculhar suas contas até encontrarem um indício; se não encontrarem, é muito simples, plantam uma mentira, inventam algo e jogam o barro na parede. A questão será espinafrar a sua moral. V. Exa. que já foi vítima da maledicência do jacu e do macaco, sabe muito bem como isso funciona. Abra o olho, prefeito!

 
Pensar num sucessor jacu para a sua administração é coisa de tirar o sono. Agora, de causar pesadelo até em quem não consegue dormir é o que estão fazendo na sua administração: sem entrar em detalhes, em determinada área e, acredito, sem Vosso conhecimento, estão acontecendo coisas cabeludas. Procure verificar. V. Exa. sabe que eu não invento. Eu vi o documento. Se vire! Abra o olho, prefeito!

 
Redemoinho é vento passageiro. Se o governador não fizer sucessor, a administração municipal entrará num furacão. Se o sucessor de V. Exa. for um jacu, o furacão entrará num tornado e num ciclone ao mesmo tempo, com V. Exa. no olho. Bata três vezes na madeira, prefeito! Paca, tatu, cutia não! Repita três vezes, prefeito! Se fosse o macaco-ninja Diomário nada disso seria isso, é nenhuma. Pulava de lado e dava uma banana para o governador derrotado. Isso é macaco/jacu, prefeito! Ou não é assim?

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