sábado, 21 de maio de 2022

VITÓRIA DO PREFEITO DUDY

Continua em jogo o reajuste salarial dos professores, um direito que não pode ser negligenciado, escamoteado e pisado.

 

Fazendo uma rápida retrospectiva. Um diálogo entre a prefeitura de Ipirá e a APLB-Sindicato foi iniciado. Na verdade um diálogo ensebado, por falta de empenho e interesse do governo municipal, que resultou, até o momento, em um beco sem saída.

 

O percurso escolhido pelo atual prefeito é, por todos os efeitos, até o momento, incompatível com a negociação necessária, desde quando, a falta de uma oferta concreta e satisfatória gerou um descontentamento crescente e nessa condição de espera indefinida e sem uma perspectiva clara de negociação a greve foi deflagrada.

 

As manifestações tomaram as ruas. O prefeito Dudy refugiou-se no fecho do ecler, que protege o despreparo e cala a voz. Escondido em sua redoma e sem querer sentar para resolver o problema, os manifestantes foram até sua residência, numa manifestação pacífica e democrática, sem deixar de salientar que a polícia estava de olho e de prontidão para a defesa do patrimônio particular.

 

O professorado virou inquilino do paço municipal. O prefeito, sem trato para a negociação, judicializou a greve e apelou para a Justiça. Da mesma forma que alguns disseram: “foi um erro ir fazer forró na frente da casa do prefeito” eu poderia dizer: “foi um erro o prefeito entrar na Justiça.” Não foi! Nem um nem outro.

 

Numa contenda democrática por direitos, cada qual usa das armas que estão ao seu dispor. A Justiça deu quinze dias para o sindicato manifestar seus esclarecimentos; ao passo, que a mesma Justiça atendeu uma liminar determinando o retorno imediato, caso contrário, haveria uma multa de dez mil reais por dia. A Justiça ratificou uma interpretação que não resolve a contradição de forma eficaz ao formatar uma decisão com mais intenção do que isenção. O prefeito municipal achou-se vencedor.

 

Quando os poderosos estão diante de movimentos paredistas costumam fazer uso exacerbado das forças repressoras do Estado e do uso de instrumentos legais, como a ordem de um juiz. A conexão entre os mecanismos de coerção do Estado e demais poderes é bem alinhavada.

 

Os professores podem estar indignados com a atuação do poder municipal e com a tomada da decisão judicial. Tudo isso faz parte do processo. O que a categoria não pode é ficar perdida e sonolenta em relação às disputas e decisões dos poderes. O desafio é continuado.

 

O prefeito Dudy continua devedor, em razão de ter negligenciado o interesse da categoria dos profissionais da educação, que não pode ficar cansada da tentativa de virar a mesa. Faz parte da luta.

 

O prefeito Dudy não respeitou a determinação da Lei e não assume sua responsabilidade. Os professores continuam em estado de greve, mesmo em sala de aula, porque os seus direitos não podem ser usurpados, tem que ser negociados.

 

O prefeito Dudy não pode achar que está tudo terminado e que pode permanecer mudo em relação às expectativas dos professores. Ele não pode desconsiderar o diálogo entre as partes interessadas. A melhor solução tem que ser embalada e despachada na mesa de negociação. A luta está apenas começando.

 

Não se pode apostar muito na gestão de Dudy. É um governo atrapalhado e perdido. Mas é possível erguer-se o direito de interrogá-lo e os professores poderão fazê-lo. É um governo que tem por característica principal servir de correia de transmissão dos recursos públicos para o setor privado, por meio de privatizações e da terceirização.

 

É melhor ser empresário da prefeitura do que vereador. Em Ipirá tem licitação de quatro milhões, que deixa uma margem de lucro com boa gordura para o empresário, que tá se lixando para o voto.

 

O vereador tem como objetivo maior manter o voto do eleitor e isso tem um custo elevado, que deixa o vereador nessa dependência constante. Quando o vereador cair na real, ele vai querer ter uma empresa (é bem melhor!) para participar do bolo, que ele não sente nem o cheiro, mesmo sendo vereador.

 

O vereador tem que ficar esperto com o governo Dudy. Nesta gestão está acontecendo o desmonte da máquina pública, como a tal extinção de cargos, que serão substituídos por funcionários de empresas. O retrocesso está na ordem do dia. Os vereadores vão ter que acompanhar de perto o controle dos cofres públicos, que absolutamente está com os tutores do poder e o vereador não tem nem informação. Ipirá não agüenta mais essas administrações de jacu e macaco, sem compartilhar com os vereadores e com a população.

 

O Vitória do prefeito Dudy é um time da terceira divisão, que se encontra na zona do rebaixamento, com um pé no atoleiro da quarta divisão. Um time desarticulado, que muda de diretores, de treinador, de jogadores e nada é nada. Não consegue reagir. Ninguém sabe o que é que está acontecendo. Que urucubaca é essa? Uma coisa é certa: para sair dessa inhaca da desgraça é preciso muita conversa, conversa, conversa e muita conversa. Acredite quem quiser.

 

sábado, 14 de maio de 2022

PREFEITO DUDY ESTÁ NO RABO DA COBRA

As conversas entre o poder público municipal e a APLB Sindicato /Delegacia Sertânea- Ipirá estão em andamento. O prefeito Dudy definiu-as como produtivas. Não deixa de ser um bom sinal, mas o prefeito não acrescenta um ‘ai’ e a greve continua.

 

Quando o prefeito Dudy assumiu o mandato afirmou, em boas palavras, que recebeu uma prefeitura quebrada. Todo gestor do jacu ou do macaco quando faz a entrega da chave do poder municipal só entrega o bagaço. Por que é assim? Por que tem que ser assim?

 

Recentemente, o financeiro da prefeitura afirmou que a casa estava arrumada no quesito ‘recursos financeiros’ e que poderia fazer festas com tranqüilidade, sem nenhuma possibilidade de prejudicar o pagamento dos funcionários da prefeitura.

 

Agora vem a bomba: eles dizem que a prefeitura não pode pagar o piso salarial dos profissionais da educação. Aqui, abre-se a ferida da gestão Dudy e a bomba está no seu colo.

 

Os repasses do FUNDEB para o município de Ipirá em 2021 ficaram na casa de R$ 48.495.200,24

 

A previsão do FUNDEB para o município de Ipirá em 2022 está prevista para 62 milhões de reais. Um pulo de 48 para 62.

 

Em 2021, a complementação da União do FUNDEB ficou na ordem de R$ 13.233.446,24 para fechar a conta, da mesma forma, que a prefeitura faz termo de aditivo, que tem por finalidade o reajuste do valor de ARP para manter o equilíbrio econômico-financeiro de contrato em função da readequação do preço originalmente pactuado do produto. Isso aqui é para o empresário, aquilo lá é para os trabalhadores da educação.

 

O prefeito tem preferência pelo empresariado. A linha básica da gestão é tornar-se uma correia de transmissão dos recursos públicos para o setor privado, através de terceirização e privatização.

 

Se a educação fosse o foco do prefeito, ele faria um esforço grandioso para cumprir a LEI e pagar o piso dos professores. O piso é LEI, não cumpri-la é contravenção.

 

O prefeito não apresentou um jogo de cintura suficiente para impedir a deflagração da greve, pisou na bola, não apresentou uma proposta para a categoria, enquanto o sindicato parcelou o índice proposto pela LEI, o prefeito ficou duro na queda, não acrescentou nada. Sem refletir, preferiu uma tensão desnecessária.

 

Esta semana, o prefeito Dudy salientou que estava indo ao encontro do governador Rui Costa em Amélia Rodrigues e depois iria até a CONDER para verificar projetos para Ipirá. Dizendo ele que são boas notícias.

 

Administrar Ipirá é algo complexo e difícil, quando o prefeito Dudy diz que vai visitar o governador é sinal que ele retornará com um rosário carregado de promessas. Simplesmente promessas.

 

Quando o prefeito Dudy afirma que vai à CONDER significa que ele deu mole e chegará atrasado para tirar leite de uma vaca e encontrará o peito seco, assim sendo, o balde permanecerá vazio.

 

A gestão do prefeito Dudy não tem uma única obra genuinamente própria, parece o gerenciamento de uma fabriqueta de pneu recauchutado reaproveitando uma carcaça danificada.

 

Anote aí: telhado do Mercado de Arte; complementação do Centro de Abastecimento; iluminação da entrada da cidade, uma solicitação ao governador na gestão macaca de 2012 e manutenção dos serviços cotidianos, como tapar buracos, pegar o lixo, passar máquina na estrada, saúde, educação e calçar ruas. Faz um básico merecedor de muitos questionamentos.

 

Vive a naufragar, sem saber desatar o nó. Se não souber negociar com a APLB-Sindicato perderá a simpatia do professorado. Se não souber atuar politicamente para as Eleições de outubro 22 sua gestão sucumbirá de vez com a derrota do seu candidato ao governo. Observe, quanto esparro vive o prefeito!

 

Se no atacado de sua gestão o prefeito bate a cabeça, no varejo não fica por menos. Até as informações contábeis para o TCM e Portal estão batendo a cabeça. Que é isso prefeito?

 

Prefeito Dudy! Verifique o que está acontecendo e  conserte o vazamento! Observe prefeito: folha de pagamento - mês de fevereiro 22 - para o TCM, um funcionário, com salário base de R$ 1.276,00 e vantagem pecuniária de R$ 6. 757,80.

 

Folha de pagamento – mês de fevereiro 22 – para o Portal, o mesmo funcionário, com salário base de R$ 1.276,00 e proventos de R$ 8.033,80. O mesmo funcionário com duas informações. Como é que pode uma inconsistência dessa?

 

Em abril 22, a informação não bifurcou: o mesmo funcionário, com salário base de R$ 1.276,00 e com uma vantagem pecuniária de R$ 12.888,26 e não é professor.

 

Será que na prefeitura não tem nenhum funcionário com tempo disponível para fazer um serviço? Pegar os impressos no setor de Tributos, grampear os carnês de IPTU, classificá-los por rua e distribuí-los. Só isso! Não tem ninguém disponível? Aí, a prefeitura contratou uma EMPRESA (a tal da terceirização), que cobrou 22 mil reais. Esse é o jogo jogado.

 

A manifestação passou pela residência do prefeito, que ficou entocado. Na passagem pela residência da vice, ela saiu da toca e foi insinuante ao comentar que tinha culpa porque seus votos serviram para eleger esse prefeito, que tem um bloco de seis vereadores contrários aos seus caprichos administrativos, ao tempo que necessita do apoio de cinco vereadores da jacuzada (da jacuzada, sim!) para não receber um canto de carroceria e perder o mandato.

 

O prefeito está todo enrolado, sua situação é simplesmente esquisita. Se seu candidato ao governo do Estado sofrer uma derrota, sua gestão entrará num buraco.

 

Dos cinco vereadores da jacuzada, que são os atuais correligionários e sustentadores do mandato do prefeito, não tem um que acompanhe o prefeito na votação do seu candidato a deputado estadual, federal e ao governo do Estado, são adversários políticos, então os novos amigos cavarão a cova de sua gestão . É muita falta de traquejo político. O prefeito está no rabo da cobra.

 

sexta-feira, 6 de maio de 2022

A GREVE (é grave) / (é grave) A GREVE. O PREFEITO NÃO ENTENDE ISSO!

Aconteceu! Esquentando os festejos juninos, uma rádio FM local tocou o forró da cantora Clemilda: “seu delegado prenda o Tadeu / ele pegou a minha irmã e... crau” / “toda moça da cidade já tem medo do Tadeu / ele é um animal, mais feroz que já nasceu / quem foi na conversa dele geralmente se perdeu” / “minha irmã que era alegre. De repente entristeceu / ele fez tantas promessas, depois desapareceu...” Arrocha Clemilda!


A prefeitura de Ipirá tem um advogado daqui, que ganha quase sete mil reais por mês. Prá quê?


Na hora de mostrar serviço, a prefeitura tem preferência por um advogado de fora. Por quê?


Qual dos dois seria o mais eficiente no auxilio ao prefeito para evitar uma tempestade? O advogado daqui conhece a nossa realidade; o de fora nem tanto!


O prefeito Dudy trouxe um advogado de fora. O advogado da prefeitura trabalha por pão sem se importar com essa humilhação. Eu digo o seguinte: eu não assisto jogo do Bahia na série B, só quero saber o resultado. O Bahia é time de série A. É muita humilhação, a greve aconteceu!


O prefeito Dudy vai se ajoelhar no confessionário do papa para contar seus pecados políticos. O que será que ele vai contar?


O papa vai se chamar advogado Tadeu. O que ele diria? “Sua benção, Sua Santidade! Eu fui um simples vendedor de fumo, recentemente, eu ganhei uma eleição com mais de seis mil votos de frente, coisa inacreditável, nunca vista aqui, um verdadeiro milagre. Administrar minha cidade, sempre foi meu sonho. Vou ser diferente, vou fazer diferente, esse é meu compromisso com o povo de minha terra! Vou prestar conta de todo dinheiro que entrar na prefeitura em praça pública, de três em três meses. A transparência será a marca da minha gestão. Faremos um novo município. A Sua benção, sua Santidade!”


O advogado local sabe que a atuação política do prefeito Dudy tem a força de uma carreta de oito eixos descendo um abismo: no ato de posse, brigou com a vice, hoje os dois sobrevivem como o gato e o rato; rompeu com o apoio ao deputado estadual apoiado pelas lideranças da macacada; perdeu quatro vereadores da sua bancada; perdeu o líder do prefeito, até agora não encontrou substituto.


Pensou que acabou? Tem mais: o prefeito nunca reuniu com o grupo que o elegeu; não dá atenção merecida a nenhuma liderança da macacada, talvez ache, que a vitória de meia-dúzia (vezes mil) tenha sido fruto da sua figura abençoada; não tem uma obra própria encaminhada, até o momento, apenas faz reparo na herança maldita deixada pelas gestões passadas.


Para complicar mais ainda, o prefeito está coloiado com cinco vereadores da jacuzada, que não votaram nele, nem vão defender sua bandeira nas Eleições de outubro 22, (como é que pode?) tudo isso, para ver se consegue uma governabilidade sem trompaços.


Que situação! Peca feio na assistência social, na saúde e na educação. Deixa a desejar e muito! O advogado local sabe que ele está num buraco, se brincar ele já perdeu a confiança de mais de seis mil daquela frente eleitoral. O advogado de fora pensa que ele está nas nuvens.


Assim o prefeito Dudy vai enganando ao papa advogado Tadeu e a si próprio, parece que vive no mundo da Lua. A greve aconteceu. Se o prefeito tivesse mais habilidade e preparo para a conversa teria ganho, pelo menos, mais tempo para pensar e reparar uma situação que prejudica as crianças e a juventude de Ipirá.


A proposta da APLB-Sindicato abriu mão do retroativo de janeiro a março 22. O aumento de 33,24% parcelado em 6 x 5,54% (abril + agosto a dezembro 22, portanto seis meses). No frigir dos ovos, o aumento ficaria efetivamente em 12,78%. O prefeito não entendeu e disse que ia conversar com seu financeiro, que meteu a bola entre as pernas do prefeito. Já foi!


Quatro empreiteiras receberam da prefeitura de Ipirá, a importância de R$ 1.125,310,26  -------------( a primeira R$ 521.408,41 – a segunda R$ 472.139,20 –-- a terceira R$ 113.038,65 – a quarta R$ 18.724,00 –) falta informações, não tem nada que diga quais são as obras destas empresas.


Aquela empresa famosa do transporte de água não recebeu nada em abril 22. Duas empresas apareceram nessa área do transporte –uma R$ 352.435,10 (transporte escolar) outra R$ 179.124,85 (não tem informação do tipo de serviço) ------ totalizando R$ 531.559,95


Em abril 22, a prefeitura de Ipirá pagou ao INSS o valor de R$ 622.686,08 isso aí inclui o calote que as administrações passadas passaram no INSS e o prefeito atual é quem vai arcar com o pagamento. Eles acham isso normal e não uma irresponsabilidade, agora o ferro come no prefeito atual.


No mês de abril 22, a prefeitura gastou de gasolina a quantia de R$ 396.824,42.


Prefeito Dudy! No dia 5 de abril 22, uma empresa com o nome invocado levou R$ 402.224,04. Não tem nada informando o que essa firma faz. Assim é difícil!


Tem uma cooperativa que emprega médico de Feira de Santana que recebeu R$ 93.256,63 no dia 06 de abril 22. Não tem nenhuma informação da quantidade de médicos. Essa o prefeito quer substituir por uma cooperativa de empresários da macacada.


Para você entender como funciona essa privatização do projeto apresentado: 100 funcionários de salário mínimo  (R$ 1.212,00) total R$ 121.200,00 + encargos.


Como fica com a privatização: a prefeitura pega dos recursos públicos R$ 121.200,00 + encargos + (lucro do empresário exemplo R$121.200,00) total (vamos colocar R$ 300.000,00 e repassa para um empresário (se for macaco melhor), que não entra com nada para fazer um pagamento que seria feito pela prefeitura de R$ 121.200,00 + encargos. Assim, até o capeta muda o pelo. Isso levanta a guia de qualquer empresário liso.


Uma empresa de aluguel de máquinas papou R$ 313.309,54 – o gabinete do prefeito gastou R$ 104.291,50 – de consultoria a prefeitura gastou R$ 37.458,64 com quatro empresas e uma empresa de serviços de educação levou R$ 121.142,50 (não tem o que foi feito) – dois escritórios de advocacia de fora pegaram R$ 20.400,00.


Não colocaram os gastos da festa do aniversário da cidade com todos os detalhes ou de forma bruta. Uma empresa pegou R$ 40.000,00 para pagar ao cantor da festa de Coração de Maria (isso consta).


É muita grana: doze milhões por mês e dizem ao prefeito que não tem como pagar aos professores e o pior, o prefeito acredita. De onde você estiver, segura e arrocha aí, Clemilda! Esse doutor Tadeu já aprontou demais.