sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DEMISSÕES.


Vou começar por Brasília, pelo Congresso Nacional, quarta-feira, 14/10/13, votação para aprovação do piso salarial nacional de 950 reais para os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate à Endemias. Fiquei impressionado com os argumentos dos líderes do governo que afirmaram que a União não tinha como manter esses salários e que só havia condições se os municípios arcassem com esse custo. Entenda uma desgraça dessa! A União que concentra toda a arrecadação do país não pode pagar; os municípios, com pires nas mãos, é que podem? Durma com um barulho desse e diga que a noite foi um sossego. Pense em seu sono.

Saindo de Brasília chegamos ao município. Cá o couro está comendo, porque a Prefeitura Municipal de Ipirá está demitindo um certo número de funcionários municipais. O prefeito argumenta que é para haver um ajustamento entre a folha do pessoal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Onde eu quero chegar? Na argumentação do prefeito Ademildo pelo programa do rádio: “que sempre aconteceram demissões em Ipirá neste período e que essas demissões são normais.” Também pelo rádio, o prefeito disse que as demissões já foram discutidas, explicadas e justificadas. Até agora eu não participei desse debate e quero dar meu palpite. Não sei onde é que está a normalidade, mas é o mesmo que dizer que “pimenta nos olhos dos outros é refresco.”

É tudo por causa da Lei. A Lei é quem leva a culpa. Demite-se porque é necessário chegar a 54% na folha. Engraçado é que essa preocupação em encaixar esse limite na folha só vale para o final do ano fiscal, para outubro, novembro e dezembro, depois desse período, volta-se admitindo os que foram demitidos. Entenda um troço desse! Isso é que uma coisa fajuta.

A análise da situação não pode ficar simplesmente reclusa à Lei. Vejamos: o prefeito tem conhecimento da Lei, mas mesmo assim, ele entope a folha de pessoal da prefeitura de cabo-eleitoral e eleitores do grupo. Quando chega o final do ano ele tem que desentupir a folha, aí tome-lhe demissão. Veja que malandragem, ele consegue enrolar a Lei por mais de nove meses. Que Lei é essa?  Essa Lei é uma brincadeira! E o funcionário demitido? Fizeram do funcionário um puxa-estica.

Como? Não é assim? Vou colocar de outra forma: No período eleitoral, o grupo que está no poder (jacu ou macaco) enche a prefeitura de cabo-eleitoral e a folha ultrapassa o limite. Acontece a necessidade de ajustar o índice, demite-se funcionários. Depois de janeiro, volta a admiti-los. Enrola-se os funcionários e a Lei; cria-se um clima de tensão entre o funcionalismo com tamanha irresponsabilidade. Entenda isso tudo como uma esculhambação.

A discussão termina aí? Não. O prefeito pode até argumentar que não vai ser preso por causa dos funcionários, que são demitidos para salvar o prefeito. O prefeito é o artista, o sabido, o rei, o poderoso; enquanto o funcionário é o bobo da corte, o babaca, o tolo. Quem tem culpa no cartório?

O prefeito encurralado e pressionado pelo líder político do grupo, pelo fato de estar fazendo demissões de seu pessoal, procura uma outra  maneira para baixar o valor do volume de salários e atingir o índice: corta as comissões dos cargos de confiança por vários meses e incrementa uma política rigorosa de corte de vantagens; de arrocho salarial; tem até o boato de devolução de gratificações, coisa nunca vista ou imaginada. Tem até boato de que quem tem 40 h na Educação vai perder 20. Não acredito que isso vá acontecer.

Onde é que o calo dói? Na vida dos trabalhadores, digo eu. E você diz: “no pé?” Onde está o pé? O pé de tudo isso é a campanha milionária que se faz em Ipira. Aí é que está o mal de todos os males.Quanto é o custo verdadeiro de uma campanha em Ipirá? Quem banca a campanha? De onde vai sair o dinheiro para bancar uma campanha?

É isso que eu quero que você entenda. A campanha de Ipirá é milionária e suicida. Quem ganha a eleição acha que é da prefeitura que deve sair o dinheiro para pagar a dívida da campanha, pode ser jacu ou macaco. Pelo bem de quem a candidata Ana iria gastar uma dinheirama para eleger um prefeito petista? Só na boca-de-urna, no sábado, foram mais de 300 mil reais. Quem vai pagar a conta? Você diz: “a prefeitura.”

Eu vou mais longe e digo: “os gastos da campanha vencedora quem paga é você, funcionário municipal e professor; é você que não fez nenhum conchavo nesse sentido; é você que foi demitido e seu salário vai sobrar nos cofres; é você, diretora, que vai ficar sem receber sua comissão x tempo.” Entendeste como é o lance.

Quem é o sacrificado neste grande “negócio eleitoral” que é entregar uma prefeitura ao esquema de jacu ou macaco para governar Ipirá, é você que foi demitido, seja lá por que tempo; você que teve sua comissão cortada por alguns meses. Você que tem seus salários arrochados porque quem está com mais de 54% não pode conceder nem 0,01% de aumento. Entenda essa zorreta, porque vão dizer-te que a lei não deixa.

Eu quero que você entenda bem esse negócio cavernoso que é a prefeitura de Ipirá nas mãos de jacu e macaco. Onde está o rombo de qualquer prefeitura neste país? Não é no salário do funcionário. Você, funcionário, nunca recebe além dos seus direitos e do seu salário mensal. E por incrível que pareça, a Lei está vigiando acompanhando com rigor a massa salarial. A Lei está de olho nos 54%. Os funcionários municipais são prejudicados e sofrem por isso. São penalizados pela incompetência dos gestores e pelo esquema de patifaria.

Onde está o rombo de qualquer prefeitura neste país? Está no superfaturamento das obras; nas licitações de serviços como o lixo, remédios, transporte, festas, informática, etc.; nas compras de materiais e serviços. Nestas áreas a Lei não morde como deveria morder e é por essa e outras que você vê empreiteiros, comerciantes, prestadores de serviços, empresários colados na prefeitura e nenhum deles quer ser funcionário público e você em sua ingenuidade pensa: “é para participar de esquema.” Não, não é! É para não ser demitido e não ter a comissão cortada.

No leilão do campo gigantesco de Libra, no pré-sal da bacia de Campos, o Brasil está entregando 80% do petróleo e ficará com 20%. Tem gente que diz que é um ótimo negócio. Péssimo para a saúde e a educação do País que depende dessa grana. Neste final de semana, no Hospital de Ipirá, faltou uma seringa para dar uma injeção numa criança. Observe que isso ainda não foi denunciado pelo Conexão Chapada. Tudo isso é culpa do pré-sal.

domingo, 20 de outubro de 2013

FALÁCIAS CABELUDAS.

 

Falácia ! Você sabe o que isso significa? Pouco importa. Mas mentira cabeluda todo mundo compreende o que é. Sinceramente, se existe a mentira cabeluda, também deve existir a mentira careca, que deve ser lisa, ensaboada e pode ser escorregadia e nem precisa de lubrificação.

Onde quero chegar com tudo isso? A duas falácias, mas não é uma falaciazinha qualquer não, são duas grandes falácias, ou melhor, gigantescas falácias, por sinal, de duas grandes autoridades locais.

Todas duas são veiculadas constantemente pela rádio Ipirá FM. Uma delas é o prefeito e a outra quer ser prefeito. Vamos começar pela última. Marcelo Brandão entrou com um processo na Justiça Eleitoral contra a coligação vencedora, se não estou mal informado, por compra de votos no pleito eleitoral. Tenho a impressão que macaco / jacu não olha para o rabo.

Marcelo Brandão afirma ou pelo menos mantém viva a esperança de seu eleitorado de que a justiça vai destituir o atual prefeito e ele vai pongar na sua cadeira. Eu, sinceramente, não acredito que isso aconteça. Sabemos que a justiça é lenta, para não dizer, morosa e vaga; obedece a trâmites e a intromissões. Nada mais justo do que ficar nesse reme-reme até chegar uma nova eleição em 2016. Querendo ganhar no tapetão. Se fosse possível dar um conselho, diria eu, que ingresse com embargos infringentes, que desta forma, anda mais rápido do que com silogismos fundamentados na realidade.

Chegando em 2016, então, neste exato momento, estará chegando o momento exato de complementar sofisticamente o sofisma e fechar a coisa com chave de ouro: “Não conseguimos tirar o prefeito pela justiça que não é justa, mas vamos tirá-lo pelo voto, que é justo.”(mesmo sendo comprado). É assim que anda a roda da vida em Ipirá, montada na falácia e na amnésia popular.

A outra falácia é do prefeito Ademildo Almeida: “esse governo será um governo vitorioso, vai ser a maior gestão que o município vai conhecer.”

Durma com um barulho desse! Eu não sabia que o distinto era tão bom de prosa. Está chegando próximo a um ano de governo e não acontecem as coisas porque “esse alarde todo é político, que não querem ver o nosso governo acontecer. Se a gente vai construir um Ponto Cidadão, querem acabar com o Ponto Cidadão”. Acabar com o Ponto Cidadão! Sinceramente, não dá para entender.

O prefeito começou igual a uma locomotiva, a todo vapor. Na posse tinha conseguido 200 km de asfalto, coisa que dava para asfaltar de Ipirá ao céu; hoje, se contenta com um feito inédito, “vamos começar a pavimentação asfáltica da estrada do Malhador, 2 km e 300 m.”

O prefeito afirma que o Estado não está fazendo obra neste período, por uma série de contradições: falta de dinheiro.

Mesmo assim, o prefeito disse que teve uma surpresa muito grande e “vai quebrar a cidade toda.” Calma, não é o que você esta pensando! É que foi relicitado o esgotamento da cidade para uma obra de 40 milhões, a maior obra que Ipirá já viu. Sim!

Não é crime perguntar: essa é aquela obra do saneamento da cidade do prefeito Diomário? Hum! Estou entendendo. Antes não foi, agora vai. Obra que durará dois anos! Hum! Dá para sacar o lance. O governador vem assinar a Ordem de Serviço! Bem bolado. Ipirá já viu esse filme antes.

O Hospital de Ipirá é uma questão estrutural. Qual é o lugar que a saúde pública vai bem nesse país? O Hospital de Ipirá custa 800 mil reais por mês, esse custo inviabiliza toda a administração, todo o governo e isso é responsável pelo alto índice de pessoal e outras mazelas. Vixe, Nossa Senhora Mãe de Jesus Cristo! Salve Ipirá dessa má hora! No meu entendimento, o homem aqui da terra disse que o Hospital de Ipirá está uma boa merda e que o povo de Ipirá vai ver U.T.I. funcionando neste hospital! Desse jeito o povo de Ipirá vai ter que tomar muita garapa para ver se engole esse va-ta-pá.

Depois dessa aí de cima, só estou esperando o prefeito dizer, em seu programa, que está com 20 milhões de reais em caixa e não sabe onde vai gastar tanto dinheiro. O Hospital é só 800 mil.

Não podia deixar de lado o SAMUR. Sumiu? Não sumiu. Agora, a culpa é de Feira de Santana. É que Ipirá faz parte no ponto de vista da saúde da micro região de Feira de Santana e que nenhum município está com seu SAMUR funcionando  porque a base do SAMUR em Feira de Santana precisa sofrer uma adequação para que possa funcionar o SAMUR. Entendeste? É preciso chamar o SAMUR para salvar a base de Feira, enquanto isso, o SAMUR de Ipirá está na vista. Tem festa, tem desfile de SAMUR. O povo de Ipirá tem que tomar muito xarope para não ficar doente e não precisar de SAMUR que apresentou sete vagas de médico para o concurso de REDA e não apareceu ninguém. Arreda com tanto Reda.

"No Parque de Exposição, teremos uma grande corrida de cavalos, de porte nacional, anunciada para o Brasil inteiro." Vê se tem jeito um troço desse. Corrida no Hipódromo da Gávea e nos Jardins, em São Paulo não tem tanta publicidade, aqui é que vai ter! Arreda com tanta falácia cabeluda. Não tem jeito: “oh, garçom! Bota duas doses de xarope para ver se a cabeluda desce goela abaixo!”

sábado, 12 de outubro de 2013

SE CONSELHO FOSSE BOM...


O melhor programa de rádio em Ipirá é o “Palavra do Prefeito”. É minha opinião; é como se fosse a “Voz da Prefeitura”. Dá no mesmo. Na semana passada, no programa no. 4, o prefeito Ademildo lascou o xis na administração da segunda gestão do ex-prefeito Luís Carlos Martins. Falou com cátedra e conhecimento de causa. Aliás, quem mais conhece as mazelas das administrações Antônio Colonnezi e Luís Carlos Martins é o atual prefeito Ademildo, que foi vereador no período e fez um acompanhamento meticuloso e uma fiscalização rigorosa sobre essas gestões.

Não deixava passar nada, sempre o vereador Ademildo trazia a verdade à tona e o resultado mostrava um quadro avassalador e muito triste para Ipirá. Tem razão o atual prefeito Ademildo quando diz que não quer nem falar da segunda administração do gestor Luís Carlos; que sente vergonha daquele período; é verdade. Foi uma coisa malamanhada e melancólica; entregue ao caos e ao descaso completo.

Naquele período, a agiotagem assaltou a Prefeitura Municipal de Ipirá; não pagou a conta de fornecedores; passou o calote até em funcionários municipais (oh, categoria de trabalhador que sofre é essa de funcionário público, quando não recebe calote é demitida!); a corrupção grassou de ponta a ponta e o gestor ficou com a ficha mais suja do que pau de galinheiro.

Agora, se o atual prefeito Ademildo não tomar cuidado e não abrir os olhos, sua atual gestão ficará pior do que o segundo mandato de Luís Carlos. Bem pior! Bem pior, inclusive do que a administração de Antônio; pior do que a de Diomário; pior do que as gestões de Luís Carlos, Antônio e Diomário juntas. O atual prefeito Ademildo está parecendo Dom Quixote de La Mancha, um personagem de Miguel de Cervantes, que se achava o bam, bam, bam, impregnado numa luta lendária e visionária que só ele enxergava. Cuidado, prefeito Ademildo! Abra os olhos, homem!

O prefeito não quer saber de conselhos, mas eu vou colocar dois conselhos para ele seguir ou não. Isso é lá problema dele. CONSELHO no. 1: Prefeito! Pense no seu futuro político, faça um jeito de captar uns 300 mil reais da prefeitura, todo mês, para fazer um caixa 2 de campanha. Isso é fácil, uma comissão aqui, outra ali, no final do mandato, haverá dinheiro suficiente para a próxima campanha. Isso todo mundo faz. Isso é praxe.

CONSELHO no. 2: Prefeito! Aproveita uma quarta-feira, 6h da manhã e vá fazer uma visita ao local onde são vendidos ovinos e caprinos em Ipirá. Fica ali, junto ao Centro de Abastecimento. Vá ver com seus próprios olhos como é tratado o principal produto de Ipirá. Vá ver como está o ouro e o diamante de nossa terra, prefeito! Não custa nada, vá lá e converse com os produtores e compradores ipiraenses. Não deixe de trocar umas palavrinhas com a turma de outras cidades que toda quarta-feira comparece à Ipirá para ajudar e contribuir com o desenvolvimento desta terra.

Prefeito! Se V. Exa. fizer o Parque de Vendas de Animais no Parque de Exposição, V. Exa. não estará construindo a sua melhor obra; estará construindo a melhor obra possível de Ipirá nestes últimos tempos, pela necessidade e pelo poder de impulsão e desdobramento para a economia local. Pense bem, prefeito! A conjuntura que se vive, não permite grandiosos sonhos, mas pode-se fazer o que é possível.

O prefeito Ademildo tem juízo e não quer fazer uma administração pior do que o segundo mandato de Luís Carlos. Não é verdade, prefeito? O primeiro conselho acima é de um filhote da corrupção. Prefeito! Fique longe dessa gente. Não escorregue nessa casca de banana, porque V. Exa. poderá sujar e deixar uma nódoa tão forte na sua ficha que nem sabão Omo poderá remover, além do mais, tem gente que está doida para ver isso acontecer para fazer uma grande festa e galhofa. É o revanchismo. Cuidado com o revanchismo, prefeito!

O segundo conselho pode ser um bom conselho. Quem sabe se V. Exa. não vai aprender mais sobre a realidade de Ipirá? Sobre sua principal produção e qual é o tratamento que recebe esse ótimo produto no local de venda. Quem sabe se V. Exa. não vai se sensibilizar?  Quem sabe se V. Exa. não resolve dá uma dimensão maior e diferente para esse produto especial de Ipirá?

Olhando para a essência e a força da produção local, Ipirá poderá sofrer um surto de desenvolvimento. Uma feira de animais organizada poderá imprimir o município de Ipirá para um desenvolvimento verdadeiro. Com atos necessários e possíveis uma gestão poderá se diferenciar do caos que foram as administrações de Antônio, Luis Carlos e Diomário. Ipirá clama com urgência um novo tempo de verdade e concreto. Ipirá precisa de uma “pista” para os ovinos e caprinos. Não é de corrida! É de venda. Ipirá aguarda o seu posicionamento, prefeito.

domingo, 6 de outubro de 2013

UM ARREMEDO DE HIPÓDROMO.


Uma sentença equivocada tem como desfecho uma intempestiva esbugalhada. Por exemplo: “Na seleção de Ipirá só jogará atleta ipiraense.” A regra não determinava assim, não deu outra! Ipirá foi desclassificada, praticamente, na primeira fase do Intermunicipal.

Outra sentença: “Na pista de corrida do Parque de Exposição só vai correr cavalo registrado.” Se for seguir a regra, não vai correr cavalos pertencentes aos ipiraenses. Não vai dá outra! O fogo de palha do início vai virar uma corrida de caju em caju.

Tudo está sendo “projetado” para o Parque de Exposição de Ipirá. Estão construindo cinco pistas e dezesseis baias aproveitando e substituindo galpões, com sistema de ar Sprinte, com cocheiras esterilizadas, com banheiras para cavalo, etc e tal, só falta fazerem uma sauna para tirar o estresse do animal. Estão construindo e destruindo.

O tratamento VIP justifica-se, pois, trata-se de cavalos de corrida Puro Sangue Inglês ou Quarto de Milha de meio milhão de reais ou mais. Seus proprietários são os Dudas, os Otos e outros ricaços, todos de fora. Quem em Ipirá vai comprar um cavalo por esse preço? Desconheço. Mas, também, reconheço que quem deve estar estribuchando de raiva lá no inferno é a égua Menininha, aquela que só comia chocolate, que deve estar imaginando: “No meu tempo não tinha esse tratamento de baia cinco estrelas!”

Quantas corridas grandiosas acontecerão nesta pista? A da inauguração e, talvez, mais umas duas, depois, entrará na corriqueira brincadeira local, uma corrida com apostas, de tempos em tempos.

O Parque de Exposição de Ipirá servia para uma exposição de três dias, de tempos em tempos. Uma área subutilizada. Vai servir para três dias de programação de corrida de cavalo, de tempos em tempos. Continuação da subutilização. Preste atenção ao que eu vou escrever agora: “Esta obra não durará seis meses”. Ficará obsoleta; superada; vencida pelo tempo e entregue ao tempo; sem prosperidade; inútil, bem antes do fim dessa administração. Observe que nem começou e eu estou dizendo isso. É coisa sem prosperidade. É um esporte. É jogo de aposta. Tem custo elevado. É caro. Será a obra inútil no. 51 da Radiografia (estou na 17).

Que a pista de corrida seja um apêndice do Parque de Exposição. Que a exposição, que está superada na nossa realidade, seja um aditivo ao Parque de Exposição. Tudo bem. Que este Parque de Exposição transforme-se num Parque de Vendas de Animais, inicialmente às quartas-feiras, gradativamente incorporando outros dias, dentro de um projeto que o leve a tornar-se um dinâmico pólo de vendas de animais, é uma questão vital para Ipirá. Que esta seja a principal atividade deste Parque de Exposição, para soerguer a economia rural de Ipirá, que está à beira da insolvência, da inoperância, da inatividade, do descaso, da improdutividade, esgotada e precisa de um incentivo concreto e eficaz do poder público.

Ipirá necessita de algo que dinamize e soerga a combalida economia da zona rural, com a mesma certeza de que a seleção de Ipirá, sem alguns reforços nunca irá mais longe do que foi em 2013. Afirmo que corrida de cavalo não dará sustentação à economia rural de Ipirá, é apenas uma brincadeira, um esporte como o futebol. Ipirá precisa de uma atividade econômica forte para a zona rural ganhar credibilidade e incentivo para voltar a produzir com segurança. O comércio de animais é esta atividade, porque é a garantia de que vale a pena produzir e não a corrida de cavalo. Esse é o bê-a-bá que o prefeito petista tem que entender.

Hipódromo é a utilização do dinheiro público numa obra que vai satisfazer a uma pequena-burguesia prazerosa e de fora. Ipirá necessita é de obra que favoreça diretamente ao agricultor familiar, ao pequeno e médio produtor rural, (o grande, também, será beneficiado) que necessita de um Parque de Vendas de Animais no inútil Parque de Exposição de Ipirá. É uma das poucas obras possíveis neste município que poderá alavancar a economia de Ipirá como um todo.