sábado, 27 de agosto de 2022

POR QUE CAÍRAM DOIS VEREADORES EM IPIRÁ?


Uma pessoa fez um comentário que não achei pertinente: “o PT de Ipirá fez ‘sacanagem’ ao tirar os dois vereadores do grupo do deputado Jurandy Oliveira da Câmara de Vereadores, desde quando, são coligados!”

 

Será que é assim mesmo? Só uma pergunta: quando o deputado Jurandy Oliveira requisitou todos os ‘cargos de confiança’ do Ciretran de Ipirá junto ao governador Rui Costa, que prontamente atendeu, não foi ‘sacanagem’? O pessoal que caiu era da esquerda local. Por acaso, o deputado não percebeu que eram coligados?

 

Assim, a roda gira. O PT de Ipirá entrou com uma ação e quem cassou os diplomas e mandatos dos vereadores foi o Tribunal Superior Eleitoral TSE. Não tem o que discutir. Houve fraude na cota de gênero. Se quiserem outra discussão tem que ser sobre a questão da culpabilidade do fato.

 

Os dois vereadores (Ernesto e Rafael) foram eleitos e bem eleitos, através do voto popular e com votações expressivas. Estavam fazendo um trabalho bem visto pela população; não eram submissos ao prefeito de plantão e representavam uma renovação na Câmara de Vereadores. Isto é praticamente inquestionável. Ganharam e não levaram até o final. Mas, por que perderam os mandatos? Quem foi o grande culpado? Três hipóteses podem ser verificadas e cabe ao leitor escolher a sua:

 

Primeira, amadorismo. Total falta de noção das coisas, fazendo tudo de qualquer jeito, sem nenhum planejamento e de qualquer forma. Assim sendo, aconteceu um fato imprevisível (zero voto), que deu no que deu. Seria uma fatalidade, fruto de um amadorismo primário, nada mais do que isso.

 

Segunda, esperteza. Quem organizou a chapa tinha plena consciência da questão da ‘Cota de Gênero’, tanto que colocou 30% de candidatas femininas, para ter o direito de preencher o restante da chapa com candidaturas masculinas. Não imaginou que ‘zero voto’ poderia dar zebra. Ora, ora, se zebra desse! Manda quem tem dinheiro, grupo, voto e poder, sendo que, neste caso, quem tem o poder é o deputado, que daria a volta por cima. Pois bem...!

 

Terceira, o quinta-coluna. Esta é a mais improvável. O prefeito Dudy, os líderes Antônio e Dió resolveram colocar uma pessoa de confiança para organizar a chapa de vereadores do grupo da vice-prefeita. Uma ajuda substancial, naturalmente! Essa pessoa apontada resolveu agir como quinta-coluna para prejudicar o grupo da vice-prefeita. Como essa pessoa da confiança de todos poderia prejudicar uma ‘parte do grupo’ (da vice) que deveria ser prejudicada? Fazendo o que faz um quinta-coluna, minando por dentro.

 

Colocando uma candidata (zero voto) na chapa, levando essa informação para alguém, que divulgaria o ocorrido para que os interessados entrassem na justiça e o TSE zerasse todos os votos da chapa. Simplesmente assim: não pode haver candidato-laranja na chapa.

 

O grupo da macacada mantém esse ritmo de samba atravessado, que quase ninguém entende muito bem como é essa coisa: é a derrubada deliberada de um líder; é a queda da prefeita para o vice; é o escanteio de um candidato forte ao executivo municipal. E nesse samba do crioulo doido, quem sabe se não estava em gestação um golpe para derrubar o prefeito atual? Tudo é muito imprevisível. Mas, que o prefeito Dudy ficou bastante aliviado, lá isso ele ficou!

 

Fato consumado; com dois vereadores do PP cassados, o candidato mais votado do PT vai assumir uma das vagas com um pouco mais de 390 votos. Pela primeira vez, a esquerda de Ipirá terá duas cadeiras na Câmara de Vereadores de Ipirá. Os números dizem que poderia ter muito mais. Na última eleição municipal, o PCdoB teve 2.300 votos e o PT 1.900, que somados são 4.200 votos, o suficiente para dois vereadores.

 

Pois bem, agora o PT, PCdoB e PV formam, obrigatoriamente, uma Federação de Partidos, sendo que, esse casamento só poderá ter divórcio depois de quatro anos. Se esta federação trouxer uma candidatura como a de Roberval (+ 400 votos) que foi candidato pelo ‘laranjal de dona Nina’, ficaríamos com a possibilidade de três vereadores e formando uma chapa completa com o número total de candidatos, respeitando a lei e sem candidatura-laranja, sem dúvida ficaríamos com a probabilidade de quatro vereadores.

 

Para você compreender melhor: se Roberval estivesse no PT seria o vereador a tomar posse. Para uma candidatura como a de Roberval ser eleito vereador pelo grupo do jacu ou do macaco seria e é necessário mais de mil votos e olhe lá! Mas, não trata só de números.

 

Não é que a jacuzada esteve à pique de perder todos os seis vereadores eleitos! Escapou por um triz! E dessa vez foi a macacada que armou o bote, mas por um golpe de sorte, o vereador Suita descobriu em tempo e evitou o afundamento do Titanic da jacuzada. As duas lideranças da jacuzada (Luiz Carlos Martins e Marcelo Brandão) não moveram um palito para evitar o colapso.

 

Por isso, essas lideranças estão perdendo credibilidade. Observem que, nestas eleições, cada vereador tem o seu deputado e o líder Luiz Carlos tem o seu candidato a deputado federal e não tem nenhum vereador para ajudá-lo. Marcelo Brandão colou no candidato federal do vereador Suita, assim sendo, não vai poder mostrar se, isoladamente, tem farinha no saco.

 

Tem muita coisa por acontecer e estas Eleições de outubro 2022 deixarão marcas impressionantes: o apelo à militância salvadora; os números vão falar mal de muita gente; quem está na fita para ser falado é o candidato Zé Chico, que poderá ser um carro-pipa de laranjada, misturado com marmelada e adoçado com melaço de cana. Isso tudo, só se ficar na casa do zero voto (em Ipirá), aí eu vou dizer quem foi o chefe apoiador.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

LARANJA MADURA NO ‘LARANJAL DE DONA NINA’



“...Laranja madura na beira da estrada, tá bichada ou tem marimbondo no pé...” É o que diz a canção de Ataulfo Alves. A casa caiu! E por causa de uma ‘laranja madura’ do “laranjal de dona Nina” caíram dois vereadores.

 

Nesta terça-feira (23/08/22) em Sessão Plenária do Tribunal Superior Eleitoral aconteceu o julgamento de um recurso (Arespi 060047482/Ipirá-BA), cujo relator foi o ministro e presidente do TSE Alexandre de Moraes.

 

Com uma votação de 7 a 0, o TSE determinou a nulidade de todos os votos dos partidos PP e PSB, nas eleições proporcionais de 2020, em Ipirá, consequentemente, a cassação dos registros e dos mandatos dos vereadores Ernesto da Nova Brasília e Rafael Teixeira, além do recálculo do quociente eleitoral, para determinar a posse dos dois novos vereadores que tomarão posse.

 

O presidente do TSE foi enfático ao apontar que isto sirva de exemplo claro para as próximas eleições, de forma que a FRAUDE na cota de gênero não ocorra de forma nenhuma, nem no pensamento, muito menos na intenção.

 

É evidente que os vereadores Ernesto e Rafael foram bem votados (mais de 900 votos cada) e estavam fazendo um bom trabalho na Câmara de Vereadores, mas pecaram em não acompanhar o que estava acontecendo dentro da chapa do seu partido PP. Vamos até considerá-los inocentes ou portadores da ‘boa-fé sem pestanejar’. Boa-fé objetiva e subjetiva em quem coordenava e organizava o processo eleitoral do seu partido. Aqui está o erro dos vereadores.

 

Alguém errou feio! Quem? Talvez o coordenador da campanha, que formulou essa chapa! Talvez o espertalhão que achou que “isso passaria batido”, que ninguém ia levar em conta essa artimanha. Apelaram de uma forma barata e mesquinha. O TSE determinou como fraude eleitoral e os dois vereadores foram cassados. Quem é o culpado?

 

Os dois vereadores eleitos foram os verdadeiros e únicos prejudicados. Quem fez a lambança, seja lá quem foi, sequer foi penalizado. Inclusive, a vice-prefeita que diretamente não recebeu um só voto e continua no seu posto, desde quando os votos da majoritária não foram nulos, até porque o partido PP não recebeu voto para prefeito, mas a madeira cantou na eleição proporcional e sobrou nas costas dos dois vereadores, porque ‘alguém’ cometeu a besteira de colocar uma ‘candidatura-laranja’ achando que não era nada grave. Que imbecilidade! Quem pagou o pato?

 

É bom lembrar que a chapa de vereadores da jacuzada, também, correu o risco de receber uma chapuletada daquelas, quem salvou o barco do naufrágio foi o vereador Suíta que conseguiu um advogado com competência para virar o jogo. As lideranças do grupo (Luiz Carlos e Marcelo) cruzaram os braços. Ia ser o Titanic da jacuzada!

 

A queda dos dois vereadores vai balançar o coreto na politicagem de Ipirá. Isso terá conseqüências inconciliáveis, ontem, hoje, amanhã, antes, depois e sempre. Na queda, a macacada rachou bem rachado. O grupo do deputado Jurandy Oliveira não vai querer ver a cara do prefeito Dudy.

 

É bem provável que o prefeito Dudy tenha ficado satisfeito, radiante e feliz, pois conseguiu se livrar de dois vereadores que não rezavam na sua cartilha. Mas, daqui pra frente, do ‘laranjal de dona Nina’ ele só vai chupar limão.

 

As lideranças da macacada (Dió e Antônio) não tiveram capacidade para desativar o laranjal, agora vão tomar um garrafão de garapa de limão, com laranja amarga para adoçar a cangibrina na boca de uma eleição que precisa de muitos braços e muitas bocas para levantar o grito. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

A NOVA CASA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ

O prefeito Dudy assinou o “contrato” para a compra de uma ‘nova’ casa em Salvador para ser utilizada como residência estudantil de jovens ipiraenses que necessitam de um apoio concreto para que possam fazer um curso superior na capital do Estado. Metade do caminho já está percorrido.

 

A outra metade é o fechamento desse compromisso com a realização do pagamento do valor estabelecido, que significará a concretização e efetivação da compra. Feito isso é prego batido e ponta virada. É aquela situação, ajoelhou tem que rezar e se rezar com fé cumprirá o compromisso.

 

É uma casa adequada, grande, com oito sanitários, apropriada para sua finalidade, localizada no bairro dos Barris, parte central da cidade, tendo um preço razoável: R$ 680 mil reais. Um valor modesto para uma prefeitura que gasta dois milhões de reais num São João. É só um comparativo de valores.

 

É bom salientar, que o deputado Daniel Almeida, do PCdoB, conseguiu R$ 200 mil reais para ser adicionado à compra desta residência, através de ‘Emenda Parlamentar impositiva’ que o Executivo federal terá a obrigação de pagar até o dia 31 de dezembro de 2022, seja qual for o partido do deputado proponente. Não deixa de ser uma ajuda considerável e substancial.

 

A população de Ipirá tem que observar o seguinte: se esta casa fosse adquirida dentro do esquema jacu ou macaco, não sairia por menos de um milhão de reais. O grande prejuízo de Ipirá está nesse sistema.


Foi formada uma comissão, que visitou mais de quarenta imóveis em vários bairros, fez uma seleção e definiu por esta dos Barris, com este valor de R$ 680 mil e sem o acréscimo de um centavo. Se os recursos públicos forem aplicados com transparência, as coisas acontecerão e sobrará dinheiro para calçamento, saúde, etc.

 

A residência do Tororó, também, casa própria, entrou em processo de deterioração ao longo dos anos e não sofreu as reformas necessárias no devido momento, inclusive, por dois ex-prefeitos, que foram ex-residentes da Casa dos Estudantes de Ipirá, de quem muito se esperava, mas que tiveram uma postura de indiferença e descaso em relação à residência estudantil.

 

Com o passar dos anos, a situação foi declinando e chegou ao ponto de ficar inabitável, virou um escombro, com risco de desabamento, surgindo daí a necessidade urgente de uma reforma.

 

A gestão do ex-prefeito Marcelo Brandão alugou outra casa, mas colocou uma pedra e engavetou a tão necessária reforma. Manteve a existência da residência, mas retroagiu na situação de casa própria para a condição de inquilino. A solução encontrada ficou amarrada no aluguel, que foi o ponto máximo atingido pela sua gestão.

 

O governo atual, do gestor Dudy, superou a opção de reforma e foi muito além, quando colocou em aberto a possibilidade da compra de uma nova casa, fato que está por se concretizar ou melhor, concretizado e praticamente definido. O prefeito Dudy foi determinado, teve uma sensibilidade precisa e um compromisso eficaz, que traz tranqüilidade, segurança e bem-estar para os jovens estudantes, filhos das camadas populares de Ipirá.

 

A Câmara de Vereadores de Ipirá foi uma fortaleza inexpugnável na luta em defesa da Casa do Estudante de Ipirá, sempre atenta, reconhecida e na defesa da reforma da casa ou da compra de uma nova casa, de maneira rente, com compromisso fechado com a juventude carente, da zona rural e urbana, do nosso município, que precisa dar continuidade aos seus estudos, fazendo um curso superior.

 

Viva a AEIPI! A casa do estudante de Ipirá é um patrimônio da juventude ipiraense. Um lugar seguro nos obstáculos da cidade grande; onde o jovem ipiraense tem o apoio da convivência com os da sua comunidade ipiraense para ser o suporte para um salto maior, com base na educação que qualifica o lado humano de cada pessoa.