OS CÃES LADRAM.
Interessante. O dia em que meu pensamento pensou, mas não falou, quando deveria falar mais do que pensar. Fui abordado por um conhecido, que me disse:
- Você seu Agildo, que fala de tudo, por que nunca falou do cartel do gás de cozinha em Ipirá ?
Naquele instante fiquei três p: parado, perplexo e pensativo; buscando uma resposta que não aparecia de nenhum jeito. Meu pensamento viajou para dentro de si, numa reflexão intensa e intempestiva: "será que estou sendo agraciado com a responsabilidade de trazer à tona todo e qualquer problema existente no município de Ipirá ?" Isso é impossível, não deve e não pode ser assim. Gritar é um pressuposto da cidadania e não é um pertence de uma só pessoa, mas de todos ou de qualquer munícipe, sem nenhuma exclusividade.
Enquanto eu pensava para responder, meu interlocutor conhecido encurralava-me no meu pensamento, que girava buscando, a todo custo, desembaraçar-se, mas a metralhadora verbal interlocutora desferia uma rebombada atrás da outra:
- Eu estou por dentro do que está acontecendo. O gás em Ipirá custa 35 reais, enquanto ali no Bravo é 27 reais. Em Irecê é 28 reais. Por que aqui tem esse preço ? é por causa do cartel.
Meu pensamento estava estancado numa encruzilhada impiedosa e não sabia se respondia que não sabia de nada, como fazem os governantes desse país, ou se recriminava-me pelo fato de nunca ter ido saber o preço do gás no Bravo. A resposta não se apresentava à minha língua e o conhecido interlocutor lascava o verbo da maneira que achava mais apropriada:
- Você não fala da máfia do gás de cozinha em Ipirá, porque você é conivente, tem o rabo-preso com essa gente graúda e tem medo.
No meu pensamento, fiquei até agraciado de certa forma, pelo fato de fazer postagem num blog, e este ser reconhecido, de certa forma, como um porta-voz e levantador dos problemas da comunidade, mas virar a lama e desinfetar uma sociedade corrompida como a nossa, sem a menor dúvida, é tarefa de muita gente e de muita ação cidadã.
Meu pensamento continuava em busca da resposta adequada e própria, que insistia em não sair, mas conseguiu visualizar a caravana dos mafiosos do gás de cozinha passando, enquanto dois cães, eu e meu conhecido interlocutor, ladravam desesperadamente; repentinamente, meu interlocutor pulou para o cortejo de príncipes, princesas e pequenos-burgueses formadores do cartel do gás de cozinha em Ipirá e, sorrindo alvissareiro, deixou-me latindo... latind...latin... e assim vamos chafurdando nessa imundície e engasgando com essa podridão que impera na sociedade capitalista. Eu espero continuar com meu latido, agora, eu juro por tudo, se estivesse a par desse abuso econômico não me negaria de fazer um artigo de repúdio e indignação. Fora isso e a tempo, resta dizer, que de gás eu sou apenas um simples consumidor.
Interessante. O dia em que meu pensamento pensou, mas não falou, quando deveria falar mais do que pensar. Fui abordado por um conhecido, que me disse:
- Você seu Agildo, que fala de tudo, por que nunca falou do cartel do gás de cozinha em Ipirá ?
Naquele instante fiquei três p: parado, perplexo e pensativo; buscando uma resposta que não aparecia de nenhum jeito. Meu pensamento viajou para dentro de si, numa reflexão intensa e intempestiva: "será que estou sendo agraciado com a responsabilidade de trazer à tona todo e qualquer problema existente no município de Ipirá ?" Isso é impossível, não deve e não pode ser assim. Gritar é um pressuposto da cidadania e não é um pertence de uma só pessoa, mas de todos ou de qualquer munícipe, sem nenhuma exclusividade.
Enquanto eu pensava para responder, meu interlocutor conhecido encurralava-me no meu pensamento, que girava buscando, a todo custo, desembaraçar-se, mas a metralhadora verbal interlocutora desferia uma rebombada atrás da outra:
- Eu estou por dentro do que está acontecendo. O gás em Ipirá custa 35 reais, enquanto ali no Bravo é 27 reais. Em Irecê é 28 reais. Por que aqui tem esse preço ? é por causa do cartel.
Meu pensamento estava estancado numa encruzilhada impiedosa e não sabia se respondia que não sabia de nada, como fazem os governantes desse país, ou se recriminava-me pelo fato de nunca ter ido saber o preço do gás no Bravo. A resposta não se apresentava à minha língua e o conhecido interlocutor lascava o verbo da maneira que achava mais apropriada:
- Você não fala da máfia do gás de cozinha em Ipirá, porque você é conivente, tem o rabo-preso com essa gente graúda e tem medo.
No meu pensamento, fiquei até agraciado de certa forma, pelo fato de fazer postagem num blog, e este ser reconhecido, de certa forma, como um porta-voz e levantador dos problemas da comunidade, mas virar a lama e desinfetar uma sociedade corrompida como a nossa, sem a menor dúvida, é tarefa de muita gente e de muita ação cidadã.
Meu pensamento continuava em busca da resposta adequada e própria, que insistia em não sair, mas conseguiu visualizar a caravana dos mafiosos do gás de cozinha passando, enquanto dois cães, eu e meu conhecido interlocutor, ladravam desesperadamente; repentinamente, meu interlocutor pulou para o cortejo de príncipes, princesas e pequenos-burgueses formadores do cartel do gás de cozinha em Ipirá e, sorrindo alvissareiro, deixou-me latindo... latind...latin... e assim vamos chafurdando nessa imundície e engasgando com essa podridão que impera na sociedade capitalista. Eu espero continuar com meu latido, agora, eu juro por tudo, se estivesse a par desse abuso econômico não me negaria de fazer um artigo de repúdio e indignação. Fora isso e a tempo, resta dizer, que de gás eu sou apenas um simples consumidor.
Um comentário:
Tenho pena de certos empresários que fazem do lucro rápido e fácil a meta principal em suas empresas.E para atingir esses objetivos eles são capazes de fazer qualquer "negócio".Não sabem certamente que um dia a "casa cai".Tah na Bíblia,toda riqueza será bem vinda e duradoura se for conquistada pelo trabalho honesto.Deus jamais desejou que todos sejam pobres para conseguir a salvação.Quantos homens acumulam fortunas e quando chegam ao topo olham para trás e sentem orgulho de tudo que contruíram com muito suor,trabalho e honestidade acima de tudo.Meu avô materno foi um homem assim.Não acumulou fortuna,mas um pequeno patrimônio que até hoje serve de apoio financeiro aos nove filhos que ele deixou ,inclusive à minha mãe.Juventino Simões Ferreira,valentense,meu GRANDE avô.Alguns "empresários" precisam saber que dinheiro ilícito é como furacão:Chega rápido ningém sabe nem de onde veio,mas também vai rápido deixando tudo no chão.E não é fácil recomeçar do zero para reconstruir os estragos de um furacão.Juízo, minha gente!pé no chão...família com saúde e travesseiro macio é o que a gente tem que ter nessa vida.O resto é ilusão.
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