Você está ligado na situação? A pandemia já provocou mais de quatrocentos mil mortos no Brasil. A forma mais rudimentar de vida espalhou-se por arrabaldes. Da China para Ipirá. Sem pagar passagem, viajou clandestinamente em algum bem nutrido pulmão humano, agasalhado no bem-bom de uma poltrona em um avião supersônico.
Chegou e espalhou-se com a mesma rapidez. Não tem um
brasileiro que não tenha um parente ou conhecido como vítima de seu ataque. Desmantelou
estruturas estabelecidas. Arruinou alguns setores da economia; desarrumou o
sistema educacional; desvendou as deficiências do sistema de saúde pública.
Mostrou o desgoverno no comando da nação. A tarefa é reconstruir.
Falou-se em ‘efeito manada’, subestimou-se a gravidade
da doença e negou-se a VACINA SIM como medida eficaz ao problema.
Uma CPI da Covid foi instalada no Senado Federal
para apurar omissão e descaso diante da pandemia e que provocaram o afogamento
do sistema de saúde. Se isso for coisa séria vai virar um vulcão nas
instituições políticas e paralisar o país por um bom tempo.
O desemprego também amarrou seu jegue em Ipirá, aqui
em nosso município tem um número acentuado de trabalhadores que não encontram
um dia de trabalho, sobrevivem pelo biscate, quando aparece. É uma situação difícil,
num país que mantém um desemprego gigantesco na casa dos quatorze milhões.
Outro visitante indesejável que chegou chegando à
nossa terra e botando prá lá foi a tal da inflação. Os preços dispararam como
nunca desde o Plano Real; na alimentação o preço detonou; o material de
construção ganhou altura na hora da compra; o gás de cozinha poderá ser
substituído pela lenha em muitos lares; a gasolina virou ouro.
A sopa tornou-se intragável: o preço da gasolina
está azedo; a pose de porreta do dólar está derramando o caldo; o tal do
mercado insuflado até o pescoço, tenta agir como se nada estivesse acontecendo,
fecha os olhos para o humano das camadas populares e agracia o bolso das
classes dominantes. O Estado é quem procura contornar a situação.
Com desemprego na fita e carestia na vida, a panela
fica vazia e a famigerada fome bate na porta de milhões e milhões de pessoas, com
cara e barriga de gente. Ipirá tem mais de dez mil famílias no Cadastro Único do
Programa Bolsa Família. As filas do Auxílio Emergencial são enormes e dobram a
esquina. A fome ameaça e atormenta muita gente em Ipirá.
A diferença entre um bilionário em dólar e um
cidadão que só tem o dia e a noite é tão acentuada, igualmente vergonhosa e
indecente que o presidente americano Joe Biden encaminhou uma proposta ao
Congresso americano para taxar esta pequena casta milionária como forma de
redimir essa grande massa populacional descartável, desprezada e humilhada que
vegeta na sociedade deles e enche a dos demais humanos.
O prefeito Dudy tem toda essa barricada na sua
frente: pandemia, desemprego, inflação, fome. Fazer o que, prefeito?
Com a CPI da Covid não podemos esperar muita coisa do
governo federal. O governo estadual também tem um caixa liso e muita despesa.
Desse mato não sai coelho. Ano que vem será ano eleitoral, dizem que é perdido.
O prefeito está atolado nisso até o pescoço.
O prefeito Dudy tem muita carne de pescoço
atravessada na sua garganta: um racha no grupo da macacada e uma administração
amarrada no poste.
Não sei se o prefeito Dudy tem sabedoria política suficiente
para desatar o nó. O líder Diomário encontra-se afastado por conta da brisa do
mar, do saboreio de caranguejo e da deliciosa moqueca de lagosta para não ficar
se estressando com coisas de macaco.
O líder Antonio Colonnezi vem colocando nas redes
sociais a precária condição da saúde pública de Ipirá, que caminha por terreno
minado. O prefeito Dudy não dá a menor importância, mostra-se indiferente
diante dos comentários do grande líder.
O líder Jurandy Oliveira fica só na moita, não diz
que está bonito ou feio. Só observa e fica só no bote. A vice-prefeita Nina
observa e fica encantada com a posse do vice-governador do Rio de Janeiro
Cláudio Castro, que virou governador. Nas viagens do pensamento, todos os
sonhos podem ser realizados.
O prefeito Dudy embrenhando nas sombras da vaidade
de quem chega ao poder, tal qual o ex-prefeito Marcelo Brandão, navega na corda
bamba, mais prá lá e bem prá cá, sem conseguir, até o momento, se desligar do
fantasma e da fantasia administrativa do ex-prefeito Marcelo Brandão.
O Ipirá do prefeito Dudy tem a cara do ex-prefeito
Marcelo Brandão, que o diga a ‘casa do fifó’ fincada no jardim da Praça da
Bandeira, sem servir para nada.
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