quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

PASSANDO BATOM NA BOCA DE CACHORRO

Foi um final de semana de muita violência em Ipirá; isso é bastante lastimável. Resta-me relatar mais uma grave atrocidade ocorrida em nosso município, desta vez, uma chacina terrível ocorrida na zona rural, que deixou onze corpos, com quatro perfurações no pescoço de cada um, estirados num lamaçal de sangue.

 

Um grupo de oito meliantes ficou na espreita e montou uma emboscada que favorecesse a um ataque eficaz, feroz e fatal, que não deixasse nenhuma brecha de escapatória ou de salvação àquele agrupamento.

 

Os velhacos, amotinados e agachados, escorregaram sorrateiramente por entre os arbustos de forma camuflada e escondidos pelas sombras posicionaram-se em ponto de ataque.

 

A ação violenta foi concretizada de forma avassaladora, apoiando-se no elemento surpresa e com base na sua natureza rude, violenta e obsessiva, que usa a força bruta como meio para manter o seu terror.

 

O cerco e o ataque violento facilitaram a boa execução da mortandade e demonstrou o tamanho da crueldade, da ruindade e da perversidade utilizada no dilaceramento e estraçalhamento dos corpos. Foi um ato predatório medonho.

 

Naquele instante, a matilha mostrava a sua outra natureza. Quando um cachorro ataca e mata uma ovelha, ele o faz para sentir o gosto do sangue quente, transformando-se num cachorro-vampiro. Vira um matador em série, podendo matar dezenas de ovelhas num único ataque, simplesmente pelo vício de matar para sentir o gosto do sangue quente. Nestes casos, a solução é pena de morte ou prisão perpétua.

 

Todo cachorro da roça é um matador de ovinos? Não. Tem uma propriedade no Rio do Peixe, que a amizade entre um borrego e um cachorro é tão grande que quando passa uma moto pelo terreiro, os dois disparam atrás do veículo, até cansarem, aí os dois retornam, lado a lado, para a sede da fazenda. Vale a lembrança de que existem os cachorros que pastoreiam o rebanho auxiliando o homem no manejo dos animais.

 

A população de cães tem crescido muito no município de Ipirá. Na zona rural, quando não são alimentados pelos seus donos ficam zanzando pelo campo e atacam outros animais. Na zona urbana, enchem as ruas com seus corpos esqueléticos, barrigas murchas, com tripas ralando-se e consumindo-se, ao tempo que se infestam de doenças. As ruas de Ipirá estão ficando abarrotadas de cachorros largados, vivendo nas ruas da cidade em situação de abandono e famélicos.

 

Como seus antecessores, o prefeito Dudy permanece insensível ao problema. Infelizmente, uma prefeitura que fatura mais de 120 milhões de reais por ano, não tem condições de organizar uma campanha efetiva de castração em massa de cachorros em Ipirá. Essa é a questão: não pode ou não quer?

 

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