domingo, 26 de dezembro de 2010

O TRIO DE OURO.


A rebelião branca está em curso. O “trio de ouro” quer fazer do Legislativo um poder livre do chicote, do domínio e da interferência do Executivo de Ipirá. A liberdade já seria “terra à vista” se não fosse a oposição. A oposição ao prefeito virou situação, não era oposição, e o “trio de ouro” que era situação posicionou-se contrário ao Executivo. Se os vereadores que se diziam oposição mantivessem a posição, o tiro seria bem na testa do Executivo, que baixaria a crista.

Politicamente, a bancada oposicionista da Câmara comete um erro elementar, pois seria o primeiro momento e bom motivo para impor uma derrota ao prefeito e levá-lo a um desgaste profundo. Fez o inverso, pisou na bola. Vacilou. Não tem méritos para ocupar o lugar que está a ocupar.

Um Legislativo autônomo e independente seria altamente positivo para a democracia em nossa terra e na medida em que estivesse disposto a dizer não ao poder impositivo e centralizador do Executivo ipiraense estaria tomando uma postura alvissareira para o município de Ipirá. Mais do que nunca se faz necessário um Legislativo livre do guarda-chuva de ferro do Executivo.

Nos bastidores, a rebelião branca apresenta manchas de sangue, desde quando, o prefeito Diomário sempre atira ao ventilador um argumento que apresenta “um trio de ouro querendo vantagens pessoais”, mas na batalha em campo aberto, principalmente, nos meios de comunicação, ficou bastante claro que o desejo do “trio de ouro” é pelo atendimento às promessas de campanha feita pelo prefeito Diomário e a um acatamento às reivindicações das comunidades. O poder concentrador do prefeito Diomário descarta por completo esta proposição: “não tem recurso” diz ele.

O ponto de discórdia foi a eleição para o corpo diretor da Câmara. O prefeito que por que quer o vereador Edgar Batista na presidência. O “trio de ouro” rejeita e apresenta Weima Fraga como oponente. O prefeito não aceita e não quer de jeito nenhum, mesmo Weima tendo sido seu secretário até um mês atrás e pertencente ao grupo. O prefeito Diomário sai da reta e diz que não tem nada a ver com a eleição da Câmara, na verdade está no olho do furacão.

O impasse está na ordem do dia. A pretensa vantagem e força do prefeito Diomário cai por terra com a necessidade da Câmara votar o Orçamento 2011, em segundo turno. O “trio de ouro” bate pé firme e não vai aprovar o Orçamento 2011, que se cair, obrigará o prefeito a administrar com os valores do Orçamento de 2010. Se o prefeito Diomário deixar a peteca orçamentária cair estará cometendo o seu maior vacilo, pois deixará para trás 8 milhões de janeiro 2011, mais 7 de fevereiro 2011, ou seja, de um total de 15 milhões só poderá utilizar 5 e 10 ficará guardado para 2012. Assim sendo, o prefeito Diomário está sentado em uma bomba com pavio aceso, e entre o seu vacilo e o vacilo dos vereadores oposicionistas é preferível que ele mande para o inferno o vacilo dos vereadores oposicionistas e festeje Weima presidente.

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