domingo, 20 de fevereiro de 2011

INSS QUER GRILAR PRAÇA EM IPIRÁ (01).

Quando os vendedores ambulantes apresentam-se na Praça querendo tirar o sustento da sua família são considerados como destruidores que querem acabar com a praça. NÃO PODE.
Quando o INSS vai destruir e acabar uma Praça! AÍ PODE.
Que Lei do Cão é essa?
Pela Lei do Cão o povo está ferrado. Vamos aos esclarecimentos do prefeito Diomário Sá, que apresentou uma nota “Aos moradores da Praça Santana”, com dez pontos, vamos analisar um por um. Primeiro ponto.

1. O prefeito Diomário havia se comprometido a fazer uma reforma na Praça Santana. Ao iniciar os trabalhos foi procurado pelo INSS que lhe exibiu uma escritura pública de doação de uma área de 600 metros quadrados no centro da Praça, assinada pelo ex-prefeito Roberto Cintra, devidamente registrada.

Pensando pela Lei do Cão: quando o prefeito Diomário comprometeu-se a fazer a reforma na Praça Santana ele não tinha conhecimento do tal documento do INSS, pois se o tivesse não teria se comprometido, se esse documento era do seu domínio agiu como Judas na tal reunião. Procura fazer crer que foi pego de surpresa. Ele era carne e unha com o ex-prefeito Roberto Cintra. Para ele não saber teria que ser um segredo fechado a sete portas. Acreditar não paga vintém.

O INSS não comprou a Praça, mas apresentou um documento registrado, como todo grileiro que procura apossar-se de terras alheias, mediante “verdadeiras” escrituras de propriedades, assinada pelo ex-prefeito Roberto Cintra, que foi prefeito de 1982 a 1988. O INSS veio para Ipirá na década de 90, na gestão do prefeito Amenar Costa, e bem antes de aqui chegar já estava com um documento de doação de um bem público assinado por um ex-prefeito! Isso está cheirando a gato do tamanho de um jumento. Tudo parece indicar que o INSS exigiu como moeda de troca, um terreno, se assim não foi, torna-se necessário que se apure a autenticidade e veracidade deste documento passado na cara do atual prefeito.

Suponhamos que o documento seja verdadeiro, torna-se necessário que verifiquemos a legitimidade. Não se trata de uma doação de um terreno qualquer, mas da doação de uma praça pública. Um prefeito tem poder para dar qualquer espaço público a quem quer que seja ao seu bel prazer? Um prefeito no seu querer individual pode suprimir um bem público consagrado? Um prefeito é o dono da coisa pública em demérito da coletividade? Um prefeito pode utilizar-se do seu arbítrio em detrimento do povo?

Se pode tudo isso, tudo é possível e legítimo; se não pode tudo, alguma coisa é questionável e o direito do povo não pode ser violado. Se o prefeito com seus vereadores subordinados podem tudo, naturalmente, cria-se um estado ou caráter do que é incerto para o lado da cidadania. O que está posto pela tradição, cultura, vivência e experiência popular não vale nada e pode muito bem ser desfeita, desmanchada, acabada, retalhada, desalinhada, desatada, quebrada, desfigurada, arruinada, extinta, dissipada, anulada, derretida, fragmentada, basta sua majestade o ditador prefeito querer.

A incerteza é que predomina na mente das pessoas; a capitania hereditária dos prefeitos é a única e impreterível verdade. Eu fico pensando: “o povo da Praça da Bandeira já pode ficar com o redondo piscando” só de imaginar que qualquer prefeito com seus asseclas vereadores podem doar um lado da praça para uma igreja evangélica, o outro lado para o seu time de futebol, o fundo da praça para uma zona, e a frente para uma obra insignificante qualquer.

Lembro-me quando cercaram a Praça da Bandeira para a reforma de quase um milhão de reais, encontrei meu espaço reduzido, naturalmente, fiquei com a vista curta, um compensado impedia a visão nítida dos objetos situados além do tapume. É o que querem fazer com os moradores da Praça Santana.

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