segunda-feira, 25 de junho de 2012

O QUE ACONTECEU?


É hora de definições. O prazo extingue-se no dia 30 de junho e as devidas convenções
estão marcadas para esta data. O que tinha que acontecer, já aconteceu. O candidato não pode morrer na véspera de uma convenção. Ocorreram conversações entre a jacuzada, o PT e o Renova. O objetivo era a unificação de uma candidatura para as eleições municipais em Ipirá. Evidentemente, que cada qual tem a sua pretensão política.

Vamos aos fatos: o PT e o Renova demonstraram uma inclinação determinada pela cabeça de chapa, para muitos uma pretensão sem cabimento, desde quando são agrupamentos com menor densidade eleitoral. Provavelmente estão certos os que assim pensam. Naturalmente, estão corretas as agremiações menores em querer uma projeção mais favorável aos seus propósitos e não existe uma obrigatoriedade lógica do agrupamento menor favorecer de forma obstinada ao segmento mais denso, nem tampouco o majoritário concordar com o menor. Ninguém é obrigado a nada. Todos podem seguir o seu próprio caminho. Tchau e bença.

Os caminhos são definidos pela conjuntura do momento, pelo bom senso e pela visão política. A lógica dita a sabedoria para quem gosta de pensar um palmo além do nariz. Está claro: o grupo majoritário só terá a vitória se tiver a adesão de grupos externos e de setores da situação. Se não acontecer isso, o grupo majoritário vai nadar, nadar e morrer na praia, com doze, treze, quatorze mil votos. E daí? Vai ter essa votação, mas vai ficar fora do poder municipal mais quatro anos. O adversário macaco vai ficar mais forte economicamente e poderá acontecer o mesmo politicamente. O grupo majoritário vai esperar 2016. Se falhar vai esperar 2020. Brincando, brincando! Ligeirinho chega-se a vinte aninhos fora do poder. Com o tempo deixa-se de ser alternativa de poder. Já era.

 Marcelo Brandão foi incisivo: era o pré-candidato da jacuzada. Não tiro seus méritos e sua legitimidade, dentro do seu grupo. Numa composição mais ampla, essa legitimidade deixa de ser imperativa. Em determinados momentos o candidato Marcelo mostrou-se flexível: “não sou impedimento para a união deste agrupamento”, foi categórico ao dizer que “abria mão de sua pretensão a candidato e que o PT e o Renova poderiam indicar quem seria o pré-candidato da coalizão de forças.” Daí foi definida uma pesquisa e o indicado foi Eraldo da Constrolux.

 O PT de Ipirá superado nas pesquisas refluiu para um comportamento oportunista na figura de seu presidente Carlinhos Baiano, que preferiu a máxima de Mané Rádio: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Sem cabeça na jacuzada, o PT arreganha-se pela vice da macacada, cuspindo num indicativo de sua assembléia de que não seria vice de ninguém. O PT tem uma minoria que passa por cima e não respeita a decisão da maioria. E vida que segue.

Marcelo Brandão reconduziu-se à sua posição original e é o candidato da jacuzada com a obrigação de vencer as eleições, para tal, terá que enfrentar uma batalha de grandes proporções e inúmera dificuldades: subverter a defecção interna; ser fator de atração perante a macacada; baixar a rejeição perante o eleitorado; não sendo possível vencer, pelo menos manter um patamar acima de dez mil votos, caso contrário será o responsável direto pela derrota e declínio de um grupo oligárquico chamado jacu, pois a sociedade no geral e as pessoas que militam os grupos e partidos políticos anseiam por democracia e participação. A abertura política é uma necessidade da população. Ou abre ou morre. Mas, com tudo isso, não tiro e não elimino o direito de Marcelo Brandão ser o candidato natural de seu grupo; querendo ampliar a conversa toma outro sentido.

 O movimento RENOVA IPIRÁ continua firme na sua trajetória de fazer o bom combate, discutir com a população um programa de governo voltado para o progresso e desenvolvimento do nosso município e ser uma alternativa política para todos os ipiraenses que queiram e vislumbre uma Ipirá mais humana.

Um comentário:

Ivo Barretto disse...

Certamente Agildo o povo de Ipirá saberá escolher o candidato que melhor reflete os seus anceios. O candidato sem vícios, amarras, conchavos ou postura imperativa. De fato, o grupo dos jacus até que tentou uma composição, mas o seu Pré candidato Marcelo Brandão não quis crer que nesse momento e seu papel de grande comunicador poderia ser substituído pela ação de um grande articulador e condutor de um processo político onde o povo de Ipirá sairia vitorioso. O PT, mais uma vez por conta dos interesses mesquinhos de uma "meia dúzia de 4", tomou o caminho diverso daquele construído ao longo de seus 26 anos de existência em nossa cidade.Salvo raríssimas exceções, o PT de Ipirá perdeu a cara, a ideologia e o espaço político. Será um sub grupo dentro da poderosa estrutura da macacada que tem na condução do processo figuras de importância e relevância política e que jamais darão ao PT a oportunidade de galgar degrau maior senão o de ser Vice. Vamos esperar 2016 para ver com que cara irá às ruas a "meia dúzia de 4", falar em tradição histórica - política.
O RENOVA como sempre foi de meu desejo, segue com independência, altivez e compromisso com a verdade. Sozinhos nunca, temos um número de amigos e defensores desse projeto que nos credeciam a acreditar ser possível sonhar com um novo momento, uma nova ordem.
RENOVA IPIRÁ.