domingo, 1 de julho de 2012

PÓS LAS CONVENCIONES.


1º. de julho, tudo está como dantes no quartel de Abrantes. Daquilo que falaram tiramos as nossas conclusões. Nada mais justo, aliás, justíssimo, por sinal. Embora, fico buscando e imaginando o que de fato se potencializará como a verdadeira sinalização, nestes próximos três meses, e não tem muito o que especular, “Las Convenciones” determinaram: será o foguetório.


Falaram em grupo com “patrimônio de quatorze mil votos”. Fico imaginando
que não é fácil diluir isso num processo mental, sem uma manifestação
escrita ou oral, a não ser que estejamos afetados por desordem ou
desequilíbrio da mente, desde quando, devemos entender o patrimônio como
um conjunto de bens móveis ou imóveis (gado, casa, carro, etc), com valor
econômico apreciável, de pertencimento a uma pessoa. Voto é representação de cidadania e pertence à consciência do cidadão.
Quem pensa em patrimônio não cede, não entrega, não oferece, prefere perder, principalmente, quando o que será distribuído entre os herdeiros, é gerador de desacordo. Busca-se uma liderança. É um caminho traumático e de desalinhamento. Busca-se uma “diferença para mais” que passe da medida dos quatorze. Está fora das hostes do patrimônio, não tem como consegui-la. Procura-se um vice. Ninguém quer. Apela-se para uma chapa caseira. É o mais puro sinal de fragilidade. Quem não soma, perde. É um grande equívoco colocar-se um candidato goela abaixo. Quando isso acontece, nada custa fazer um julgamento baseado em indícios e aparências: estou vendo o enterro de um grupo oligárquico.


Aliás, a vida é mudança. Lembro-me de um rapaz, que em suas meditações
e reflexões políticas e filosóficas profundas, questionava indignado o fato de
Luís Carlos Prestes ter feito uma aliança política com Getúlio Vargas, desde
quando, Getúlio tinha entregue Olga Benário, que era companheira de
Prestes, ao nazismo alemão para ser trucidada nos campos de concentra-
ção.Esta aliança era concebida como espúria, infame e vil na sua maneira de
ver as coisas da política. Era um rapaz puro, muito bem intencionado e
imbuído de princípios que motivam e orientam o comportamento humano no
campo do respeito à essência de valores éticos em qualquer instância e
circunstância social. Chegava a ser romântico.


Sem dúvida a vida é mudança. Lembro-me de um rapaz que era um comba-
tente exemplar, aguerrido, intolerante e implacável com o desmando, com o
descaso e com a roubalheira cometida por administradores públicos.
Combatia sem pestanejar a má administração, a apropriação indébita de
fundos e valores públicos. Não negligenciava diante da malversação do
dinheiro do povo. Denunciava e representava no Ministério Público. Não
fechava os olhos para o calote que qualquer prefeito passasse nos
funcionários e nos fornecedores; contestava a irresponsabilidade
administrativa, o nepotismo e a falta de respeito com os munícipes.
Era incansável e intolerante com a má gerência pública.


A mudança faz parte da vida, seja lá em que vida for, principalmente na
política. Acontece o mensalão. Partido político vira camisa suada que se
troca a cada instante. Carlista é prima-dona do poder galeguista. Lula
abençoa e santifica Maluf. Tudo é permitido. Acabou o pecado político.
Lembro-me do rapaz, que no desprezo aos princípios inatos da consciência,
rebusca-se no princípio aristotélico da contradição (“nada pode ser e não ser
simultâneamente”) e na sua generalização pela observação empírica, manda
para o inferno a personalidade que não transige, que não faz concessão, que
é inflexível, que é intolerante; que se vale pela austeridade e pela rigidez na
observância de seus princípios. Achou melhor passar o corretivo no passado
e avalizar o porvir.


Nas mudanças que acontecem, alguém perde e outros ganham. Quando isso acontece, nada custa fazer um julgamento baseado em indícios e aparências: em aliança sem princípio e programa, a duração é passageira, temporária e transitória, não suporta uma disputa eleitoral para deputado. Pelos bastidores virão os algozes. Tudo isso será fruto da vitória da matilha dos lobos. Lembro-me do rapaz ...


O grande derrotado de “Las Convenciones” foi o ex-deputado Jurandy Oliveira. Em toda ocasião que se propôs candidato à prefeitura de Ipirá, teve o pescoço arrancado pelo cutelo do prefeito Diomário. O prefeito é a força. Eu não digo que o prefeito humilhou o deputado, mas que desconsiderou, desconsiderou. O deputado pode até não ver dessa forma, mas que o deputado foi preterido na questão da cabeça de chapa, foi. Nesse caso vamos até ponderar: contra “o homem” não tinha boca para o deputado, mas não considerar a sua opinião sobre a vice foi um descalabro. Se a turma do deputado tivesse ficado calada, não tinha transparecido derrota ou descaso para sua opinião. Mas, deputado! Nem tudo está perdido, V. Exa. vai ganhar muito mais lá fora, em outras  duas cidades, (uma vaga na Assembléia Legislativa) do que aqui (uma sonora aposentadoria) em Ipirá. Para o futuro deputado Jurandy Oliveira, com todo respeito, desejo uma boa aposentadoria na política de nosso município e em tom de brincadeira, para o meu amigo Jota Oliveira, eu quero dizer o seguinte: com o PT aí dentro da macacada, o bolo inchou e uma chance agora só em 2050. Política é assim: uns ganham, outros perdem e a vida continua renovando.



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