Qualquer
candidato não deve omitir a verdade, porque ele deve ser probo para o que se
propõe. Ele não pode deixar de mencionar ou descrever aquilo que é exigido por
lei; não pode ocultar com fraude o que é requerido pela instância eleitoral. Ele
não pode deixar de fazer, dizer ou escrever algo que condiz com a verdade. Ele
não pode deixar de lado, não considerar o que regulamenta o processo eleitoral.
Ele não pode se manifestar no desprezo pela ética e no agravo da decência
pública. Ocorrendo o desvio, a renúncia ao pretenso é o caminho factível em
prol da honradez e da dignidade que deve perdurar na atitude humana.
Um
candidato quando declara em juízo para fins eleitorais que possui um patrimônio
no valor de 20 mil reais, não condizente com a sua realidade, ou se ele
declarou um milhão, quinhentos e setenta e dois mil reais, extrapolando a sua
realidade, eles podem estar, ou melhor, cada qual pode estar:
-
CORRETÍSSIMO; se a justiça não requer fidedignidade para tal prestação de
informação.
-
CORRETO; se houver a pretensão e a possibilidade de ratificar a informação a
posteriori.
-DUBIEDADE;
na medida em que subvertem a informação com um dado impreciso que gera e
inspira desconfiança para com atos vindouros, desde quando, este fato ou
procedimento deliberativo serve de critério ou justificativa para se antever
práticas posteriores.
-SUSPEIÇÃO;
o que querem e o que pretendem? Por que assim agiram? O que está por trás dessa
intenção? Que garantias podem ter o cidadão-eleitor de um compromisso com o bem
público por quem assim age? Que garantia de responsabilidade pode passar alguém
que assim se comporta? O cidadão-eleitor tem o direito de indagar e de
indignar-se.
Nem
começou e, vejam bem, em que enroscada encontra-se “Buscando a Cidadania”,
junto a um candidato que maquia uma informação ainda no processo eleitoral, é
justo que “Buscando a Cidadania” explique-se. Se não tem porque explicar-se que
dê o seu parecer. Porque esse fato é:
- IRRELEVANTE;
a informação diante da Lei Eleitoral não tem obrigatoriedade de procedência,
nem necessidade precisa, nem mesmo carece de exatidão dos valores, nem a
cobrança rigorosa da comunicação. É só para constar.
-
RELEVANTE; a integridade do gestor público é demarcada nas suas ações primárias
e elementares, onde devem transparecer responsabilidade, transparência e
credibilidade.
-
PROMISCUIDADE; na medida em que quebra um vínculo de confiabilidade e demonstra
a aridez de um caminho nebuloso onde os riscos são componentes e atributos de
uma incerteza imanente.
Vinte
mil reais é o preço de um jogo de jante e de quatro pneus do carro de luxo. Um
milhão, quinhentos e setenta e dois mil é o preço do tão grandioso sonhado
sonho alvissareiro que não sai do juízo; enquanto isso, “Buscando a Cidadania”
enfiado numa aliança sem programa, por mera visualização política e busca de
cargos, abona alguém que não passou pelo seu crivo condenatório, quando assim o
fez, mas que hoje, responsabiliza-se pelo cumprimento de obrigação do abonado
nos grandes atos; os pequenos ficam entregues ao destino.
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