sexta-feira, 21 de junho de 2013

6 MESES – 15 DIAS + (X + Y) + PT = PREFEITO ADEMILDO.



“Em uma decisão democrática, ficou definido na manhã dessa terça-feira (18/06), que o Ponto Cidadão de Ipirá vai mesmo ser instalado na praça Roberto Cintra (antiga praça da Bandeira).” Afirma a nota da prefeitura.
 
“O prefeito decidiu abrir votação entre as pessoas presentes à Câmara de Vereadores. Por maioria absoluta a decisão de instalar o equipamento na praça foi mantida.” Continua a nota da prefeitura.
 
“Por maioria absoluta”. Diz tudo. Irretocável, inquestionável, suprema verdade. Na Audiência Pública, quantos votos foram a favor? 50. É bom que se diga, a maioria era de funcionários da Prefeitura que deixaram o trabalho para rezar no querer do chefe. Missa encomendada. 50 votos a favor de ... Não! Não é a favor do Ponto Cidadão! Esse serviço de documentação era prestado em Ipirá na década de 1970; por prestígio e boa vontade do jacu e macaco deixou de ser. “Vamos acabar com este sofrimento, acabar com esta era de atraso”, salientou Ademildo.
 
Tirar documentos em nossa cidade não precisa de votação, toda a população de Ipirá concorda com o referido; 60 mil votos. E essa votação de 50 votos foi prá que? Para a escolha do local, para o Ponto ficar na Praça da Bandeira. Perdeu para 500 assinaturas no Abaixo Assinado para não ser na Praça da Bandeira. Perdeu para os 1000 jovens que abraçaram o prédio da brinquedoteca, que não querem que esta vire ponto de tirar documento e continue como está.
 
O “movimento dos 20 centavos” (Passe Livre) é uma lição para todos os governantes e está mostrando que a vontade do povo é mais significativa que a vontade impositiva de um gestor, mesmo que camuflada, mesmo que disfarçada em decisão de maioria. Não venham dizer que Abaixo Assinado é imposição e vontade de gestor é a salvação auspiciosa e glorificada.
 
O prefeito sabe que tirar documento pode ser em qualquer espaço e área da cidade, não necessariamente no centro, mas ele quer no centro. Por que no centro? Por capricho do prefeito. Pode ser. O gestor não é bobo, ele era vice, virou prefeito por circunstância ou por acordo na calada da noite, mas de uma forma ou de outra não recebeu votação e sente falta desse lastro. Chegou ao cargo de prefeito rebocado pela prefeita. Governa com macacos, não tem respaldo popular, muito menos um programa para governar esse município. E tem mais, sabe que não vem obra de peso para o município de Ipirá neste governo de Wagner.
 
Daí a necessidade de visualização, de aparecer, de mostrar uma  administração que para a população é uma incógnita e uma desconfiança. Será que ele sabe administrar uma cidade? Será que ele está preparado para administrar essa cidade? A população indaga. Aí ele tem que se mostrar a esse público. Na rua do fundo ninguém vê, tem que ser na praça, embora a identidade tirada na praça tenha a mesma validade da tirada em qualquer outro logradouro.
 
O prefeito Ademildo vai destruir o único ponto positivo da reforma feita pelo ex-prefeito Diomário na Praça da Bandeira, a área de lazer no fundo da igreja, que está pronta e funciona a contento. Destrói-se o que está pronto para se fazer tudo de novo na Praça São José. Dinheiro público desperdiçado.
 
A situação urbana de Ipirá merece uma reflexão mais apurada. O centro da cidade está ficando estrangulado pela falta de estacionamento e de organização. A cidade tem que estender seus equipamentos para áreas periféricas como uma forma de desenvolver outros espaços urbanos. A cidade não pode ficar amarrada a espaço limitado e fechado como se fosse o único recinto apropriado, tem que ocupar o espaço que se doa como uma forma de incrementar uma nova zona de influência, de domínio e exploração. A sede da Prefeitura em um extremo, o Centro de Abastecimento em outro e o Estádio de Futebol em lado diverso. Isso é uma necessidade estratégica para desconjuntar o perímetro urbano central.
 
O povo de Ipirá é quem decide; assim tem que ser. Democratismo na base do “faz de conta que o povo decide”, assim não tem que ser.  O movimento de protesto em Ipirá foi um acontecimento de grande êxito, desde quando foi um grito de uma juventude que começa a cobrar os direitos do povo brasileiro, aqui e acolá. Aqui em Ipirá não se grita por 20 centavos, aqui não tem transporte público, mas por causa de 28 bilhões gastos em estádios, numa cidade de saúde horrorosa e uma educação precária, tão precária que um vereador disse que: “escola é como área de traficante, quem entrar morre”. Vê se pode. É daí que vai sair a educação de qualidade da administração do prefeito Ademildo, do PT. A luta é contra a corrupção e contra a PEC 37 que quer tirar o poder de investigação do Ministério Público. Seria deixar que as raposas tomassem conta do galinheiro.

2 comentários:

Fábio Leite disse...

Missa encomendada, Agildo! Esqueceu de mencionar que esses 50 votos foram encomendados,pois, a maioria absoluta dos presentes eram de pessoas que ocupam cargos comissionados, secretários, diretores, vice-diretores e secretários escolares. #VERGONHAIPIRÁ

Rogerão da tora disse...

FIZ UM SUGESTÃO NO FACEBOOK PARA Q O PONTO CIDADÃO FOSSE INSTALADO AO LADO DO CARTÓRIO ELEITORAL O Q UNIRIA O ÚTIL AO AGRADÁVEL JÁ Q OS JOVENS TIRARIAM O TÍTULO DE ELEITOR, A CARTEIRA DE RESERVISTA(NO CASO OS HOMENS)EM LUGARES JUNTOS UM DOS OUTROS. INFELIZMENTE MEU PALPITE NÃO PREVALECEU MEU CARO AGILDO!