Cem
dias de governo. Independente 3 x 3 União em jogo de 180 min. Prefeito 4 x 4 Vereadores,
com um prefeito em suspensão e quatro vereadores suspensos, em jogo cheio de
armação. O prefeito foi vaiado pela torcida do União. Não é nenhuma novidade;
faz parte do jogo dos jacus e dos macacos.
Como
seria bom se esta seca tivesse somente cem dias de governo; seria ótimo! Pois
que, o império da seca tem mais de cinco anos em constante ação, acabando com
tudo. O catingueiro está sem dá prosa e nem a quem reclamar; não tem apelo, nem
santo que faça milagre. Nos céus, são ouvidos moucos; em Brasília, é conversa
fiada. Essa estiagem está estorricando a terra, dizimando rebanhos, impedindo a
produção e dilapidando patrimônio. Sem muita delonga, está acabando com a zona
rural do município de Ipirá. Olha que esta situação já vem espezinhando há anos
e de forma inclemente. Este aperto que o produtor esperava para agosto 2013
começou em março 2013, não existe previsão para acabar nem a seca, nem o aperto,
mas para acabar a zona rural não precisa nem fazer previsão. O aperto do
prefeito só tem cem dias.
Cem
dias de governo e o prefeito agindo com seu staff no beco da Palhocinha verificando
in loco o que está sendo feito para o bem do município. Esse beco poderá ser
nossa salvação, principalmente para quem tem medo daquele dito popular: “beco
sem saída” e além do mais, nada melhor do que aquele outro dito popular: “quem
engorda o boi é o olho do dono.” Daí só deve sair coisa boa.
Ruim
mesmo está na região do Rio do Peixe e adjacências que sofrem absurdos, não com
os cem dias de governo, mas com os cinco anos de seca, sendo assim, o Rio do
Peixe, sem esquecer adjacências, ficou num beco sem saída, porque não tem nem
boi para engordar os olhos do dono. Veja que situação! Se o prefeito não olhar
para esse beco estará tudo perdido. A perdição do Rio do Peixe não é de hoje,
nem de ontem, sem virar beco, não foi visto pelos cem dias, nem na manhã
seguinte.
Nesses
cem dias de governo, significativo para o beco, nada promissor para o rio,
assim sendo, muito pouco para adjacências. Enquanto o império da seca desmantela
a zona rural, tem gente que desmantela a fortaleza do paço municipal e afunda
nos tacógrafos dos ônibus municipais, que estavam estacionados no pátio da
prefeitura, que virou e vira estacionamento privado e pago quando o Axé Vavá
tem festa grande. Parece que é roubo encomendado de gente do meio. Jacu e
macaco é problema para o município de Ipirá, tanto na elite que gosta da fatia
gorda, como na malandragem que come sobejos da mesa. Em cem dias de governo,
isso ainda não pode ser considerado desmando com a coisa pública. Desmando é
não lembrar que o Rio do Peixe existe em cem dias de governo. Assim pensa o
rio.
O
Rio do Peixe é um rio sem prestígio. Não tem prestígio, mas é passagem de água,
que é um bem essencial para regiões que sofrem impacto da seca. É mais fácil
fazer uma viagem à lua do que uma barragem no rio. Água corre livre, sem
barreiras, barragem, impedimento e água vai para o mar, a terra fica
estorricada. Governo de cem dias não corre livre, não tem tempo para ver a
água, está preso no beco, buscando saída, não vê a água que escorre, nem a
terra estorricada. Que sorte! Nada melhor do que um governo de cem dias, num
beco.
Governo
de cem dias quando se livra do beco cai na praça. O rio fica com água na boca,
não pode ser beco, muito menos praça. É chato não ser visto em cem dias no
beco. A saída é a praça, principalmente se a praça foi reformada tem pouco
tempo. Reforma-se o que foi reformado. Termina-se uma obra faz-se outra. A
brinquedoteca da praça é uma porcaria feita pelo antecessor Diomário, dinheiro
jogado fora. Pouco importa, vamos jogar dinheiro dentro, no Ponto Cidadão.
Ipirá não tem outro local para funcionar esse ponto, só tem a praça. Macaco
constrói, macaco destrói. No Rio do Peixe não adianta nem pensar. Na praça vai
ficar visto e revisto, até para as barracas que vendem café, mingau e bolo. A
praça será um cortiço. O Rio do Peixe não serve nem para cortiço.
Que
triste sina a do Rio do Peixe, não serve para nada. Não serve para cortiço,
muito menos para Ponto Cidadão, nem mesmo para ser rio, só porque não é beco,
nem praça. O governo dos cem dias pede para a deputada Neusa Cadore conseguir
fábricas para Ipirá. O governo estadual negou dois galpões para a fábrica de
Ipirá. Vixe qui probrema! Ainda bem que nem uma fabriquinha não vem para Ipirá
nem a pau. Imagine que situação! No local das fábricas, o ex-prefeito Diomário
construiu casas populares, se chegar uma fabriquinha, aí o governo de cem dias
vai ter que desfazer a obra do antecessor. Isso tudo é coisa de prefeito que
quer ficar preso no beco, sem ouvir o povo antes de fazer a obra.
Um
conselho: prefeito Ademildo Almeida, do PT, faça ponto no Rio do Peixe, não é
nada demais, ademais com esse ponto, V. Exa. tornar-se-á mais cidadão, pois
poderá contemplar a terra árida e observar bem observado que a terra está
virando deserto e um rio seco que não tem nem ao menos uma lágrima para
derramar por uma Ipirá que se depaupera. Enquanto o prefeito está num beco,
Ipirá cai em ruína na zona rural. Quem sabe se V.Exa. não vai chegar à
conclusão que devemos esperar a chuva! Viva o beco!
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