sábado, 20 de dezembro de 2014

METENDO A COLHER NA SOPA!

Uma sessão na Câmara de Vereadores de Ipirá pegando fogo. O limite traçado para os vereadores de Ipirá é o de presidente da Câmara e no máximo vice-prefeito. Mais do que isso nem a pau. Candidatura de prefeito nem no sonho. Devido a isso, ser presidente da Casa é uma briga de foice e facão, mas democraticamente escrevendo, uma oportunidade única de dois em dois anos.

O panavueiro ocorreu, sem turbulência, bem mais no campo da situação que não conseguiu manter a unidade, muito menos a unanimidade. Duas chapas encabeçadas por vereadores de uma situação dividida bateram testa. Nesse balaio de gato como se comportou a oposição?

A oposição, mesmo com tudo nas mãos, estava mais dividida do que se possa imaginar e bem distante da máxima: ‘a união faz a força’. Demonstrou que não segue uma linha de ação unificada. Uma oposição de sete recebendo apoio de um vereador da situação ou dando apoio tornar-se-ia majoritária (7 + 1= maioria) no poder legislativo. Sem união, cada qual por si, a coisa ficou desse jeito: em uma chapa a jacuzada ficou com uma vice e a 1ª. Secretaria; na outra chapa, a jacuzada ficou com a 1a. e 2ª. Secretarias. Qual das duas é a mais representativa? Nas duas ficou sem o poder.

Será que o Poder Legislativo Municipal agiu com autonomia e independência? Não! Até porque os cabeças procuraram as lideranças. Então vamos ver quem meteu a colher na sopa pela atuação das lideranças dos jacus e macacos.

O prefeito Ademildo. Esse não é líder dos vereadores. Nesse aspecto é a pessoa menos indicada para qualquer decisão, é carta fora do baralho e não tem peso para meter o bico. O vereador que poderia ser uma referência da intenção do prefeito ausentou-se estrategicamente. Essa ausência leva a duas suposições indagativas: o prefeito é tão fraco que não consegue liderar nem o vereador do PT ou o prefeito, percebendo que seu candidato ia perder, refugou igual a mula quando vê cobra no caminho? Não se sabe ao certo quem o prefeito apoiou. Será que o Executivo lavou as mãos e deixou para o Legislativo resolver seus problemas? Tai uma coisa que eu gostaria de acreditar. 
  
Entra em campo o trio de ouro: Diomário, Jurandy e Antônio. Aí o bicho pega e decide a parada. Se esse trio não interferiu de jeito nenhum, aconteceu um verdadeiro milagre em Ipirá: pela primeira vez, o Legislativo ficou livre e independente nessa secular história. Nem tomando um surra de cansanção eu acredito nisso.

Se esse trio interferiu foi para o lado vencedor, é óbvio. Deu um escanteio em Weima e Deteval. Um canto de carroceria daqueles que o sujeito não entende se a cacetada foi no lombo ou na cabeça. Os dois vereadores ensaiaram carreira solo, aí o trio deu aquele cascudo “oh, seus meninos! Respeitem o trio e perguntem antes o que vocês vão ter que fazer, oh pirralhos!” Só fica a vontade de dar o troco mais tarde, pelo menos foi rompido esse laço de fidelidade plena, absoluta e inquestionável.

Faça de conta que você não sabe de nada. Agora é a vez de Luiz Carlos, chefe da jacuzada, decidir. Vocês acham que ele vai ficar no lado oposto ao trio de ouro? Qual nada! Ele ficou contra Divanilson e seguiu o mesmo caminho do trio de ouro, garantiu e consolidou a vitória de Aníbal, reforçando a força do algoz (grupo adversário). Jacu e macaco engatado.

Politicamente, Divanilson articulou corretamente para o grupo. Qual seria a melhor opção para esvaziar o poder do adversário político para o próximo pleito? O chefe descaracterizou e desprezou a ação do vereador Divanilson, talvez, sem reunião e sem debater o assunto. Cacique também erra. Só fica a vontade de dar o troco mais tarde, pelo menos foi rompido esse laço de fidelidade plena, absoluta e inquestionável.

No sistema oligárquico, quem tem o controle do voto é o vereador, que é a alma do sistema. O vereador tem uma força que desconhece, mas também, tem uma necessidade ilimitada de recursos para fazer valer o clientelismo que é a garantia do voto, que dará status, poderio, força e prestígio político ao prefeito e ao líder. Vereador é o garimpeiro. O dono da mina é a liderança política.

Rebelar-se poderá ser um bom sinal. A busca de um novo caminho (uma terceira força) poderá ser um bom sinal de valorização, respeito e de liberdade. Fora isso, nesse sistema oligárquico, um vereador só chegará a prefeito se pegarem o prefeito Ademildo nos seus erros e equívocos administrativos. Aí teremos o seu afastamento e o presidente da Câmara, Aníbal, assumirá o cargo. Fora isso, queremos desearos a todos un feliz año nuevo. Para nosotros, 2015 será un año de ilusión y nuevos proyectos.

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