A
notícia do final 14 que foi uma bomba e deve ter causado um certo impacto surdo
foi a predisposição do deputado Jurandy Oliveira em colocar seu nome para
prefeito em 2016, daqui a dois anos.
Daqui
a dois anos! E ele já está pensando em ser candidato a prefeito! É o típico político
profissional que dorme e acorda pensando em eleição. Pensando bem, na eleição
dele. Tem que ser ele. Nunca se observa Jurandy lançando um outro nome. Tem que
ser o dele e só deixa de ser pretendente na cinza, quando é colocado de
escanteio pelo grupo e não tem mais jeito; aí ele se conforma parecendo um bom
menino, mas encontrando a porta aberta quer entrar.
Não
é que o deputado Jurandy não tenha esse direito. Tem! Mas, venhamos e
convenhamos, Jurandy é o deputado que tem mais mandato estadual na Bahia,
correndo atrás de Manoel Novaes, o Rei do São Francisco, que tem doze mandatos
federais e, Jurandy somando mais um mandato entrará direto no guiness book como
o único a ter nove, dez, onze, sei lá, mandatos. Neste aspecto, Jurandy tem a
preferência, não tem concorrente à altura e não se descarta o direito
adquirido.
Agora,
prefeito! O deputado tem esse direito dentro da legalidade? Tem. É no mínimo
questionável a prerrogativa do direito decorrente da autoridade de quem já foi.
Algumas perguntas que não se tem o costume de fazê-las, mas que deveriam ser
postadas como critérios à escolha dos pretendentes: Qual é o perfil que deve
ter um candidato a prefeito de Ipirá? Os grupos em Ipirá precisam renovar suas
candidaturas? O município de Ipirá necessita e tem que dar chances a jovens e
promissoras experiências? O município ganha esperança e renovo com essas
candidaturas batidas e vezeiras?
Que
a pretensa candidatura à prefeito do deputado Jurandy não seja fruto do
orgulho, da vaidade pessoal e do personalismo excludente. Que não seja! Que não
seja um blefe! Que não seja um barro na parede para ver se cola! Que não seja
nada disso.
Que
sejam razões políticas. Aí é outra conversa. Uma conversa bem simples e direta.
A possibilidade do grupo da macacada lançar um nome puro-sangue, representativo
e da própria essência dos macacos esgotou-se, é zero cal, principalmente,
depois da famigerada e mal explicada renúncia de Ana Verena. Só resta, justamente,
o deputado Jurandy Oliveira. Diomário é laranja na estrada.
Outra
conversa bem simples e nutritiva começando com algumas perguntas: Por que essa
pretensão se o atual prefeito Ademildo ainda falta dois anos de administração?
Essa conversa não é precipitada? Essa conversa não desgasta o atual prefeito
Ademildo? O que representa politicamente uma conversa dessa?
No
mínimo, a macacada está doida para que o prazo de validade do prefeito Ademildo
passe logo; que termine logo; que voe feito um Boeing no oceano Índico em período
de tempestade. Uma pergunta bem simples: Mas, a administração do prefeito
Ademildo não é a melhor administração que já aconteceu em Ipirá? Só na cabeça
do prefeito Ademildo, para a macacada não. Espremendo o bagaço da laranja fica
um suco vencido para ser jogado fora. Ademildo não é o candidato do agrado da
macacada nem a pau.
Com
um nome forte (Jurandy) apresentando-se para a sucessão, resta quase nada ao
prefeito Ademildo, a não ser precaução. Não aceite pesquisa, nem votação para a
escolha; porque você será derrotado e bem derrotado, ai vai ter que faltar com
a hombridade e a lealdade à ética, tendo que acatar a vontade da jacuzada por
vingança. Não vá por aí! Só tem uma chance para o atual prefeito Ademildo ser o
candidato da macacada: no grito, com o podão e o facão na mão e cortando
pescoço. Não sendo assim, Jurandy Oliveira lançou seu nome para pavimentar e
asfaltar a candidatura de Diomário. O grupo da macacada não tem muita saída à
vista.
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