sexta-feira, 13 de março de 2015

IPIRÁ E O SONHO.


Falta 1 ano e 10 meses para terminar a gestão do atual prefeito de Ipirá, Ademildo Almeida. O que Ipirá pode esperar?

Em 2016, o município vai ganhar um laticínio que será o maior do país. Com investimento de quase R$ 10 bilhões, a projeção é que gere 7 mil empregos diretos. A Agri Brasil, dona do empreendimento, pretende produzir na área um milhão de litros de leite por dia, retirados de 200 mil vacas de alta produtividade, que serão importadas dos Estados Unidos. Parte dessa produção vai ser exportada para a China, mas também será vendida no mercado interno.

Os sócios reuniram-se com o secretário de Agricultura, Paulo Câmara. O governo do estado deve dar à empresa os incentivos fiscais do programa Desenvolve. Também se comprometeu a ligar a BR-349 com o empreendimento.

Jaborandi é um município do oeste baiano com menos de dez mil habitantes. Jaborandi conseguiu desbancar concorrentes de peso, também interessados na empresa. (notícia do jornal A Tarde 09/03/15).

É isso que o ipiraense tem que compreender. Tem oito anos que Ipirá tenta botar para funcionar um laticínio chinfrim no Ipirazinho e não consegue. E a autoridade que não entende do riscado fica dizendo que Ipirá é pólo leiteiro, ‘nem se fosse leite de sapo’.

Para simples comparação: o maior investimento de Ipirá é de 42 milhões de reais, o esgotamento sanitário. O empreendimento de Jaborandi totaliza 10 bilhões de reais. O projeto da ponte Salvador/Itaparica está orçado em 7 bilhões de reais. E Ipirá é um espetáculo!

Recado do governo Rui é escrito com caneta de ouro: “a Bahia não tem como tomar empréstimos, já que não receberia o aval da União por causa da situação nacional. Sendo assim, só sairão as obras que estão em andamento.”  Diante do alerta claro do governador Rui sobre o período de aperto financeiro e até de possíveis futuras medidas mais duras do que as já implantadas, ficará inviável conduzir prefeitos e vereadores do interior ávidos por obras e serviços para audiências com secretários do estado. No mínimo sairão de lá de mãos abanando. (notícia do jornal Tribuna da Bahia 05/03/15)

Imagine o prefeito Ademildo ávido por obras abanando e assoprando brasa molhada para fazer fogo! O que Ipirá tem pela frente? Qual é a posição de Ipirá na agenda do governo do Estado? Nem o secretário e muito menos o governador lembraram de Ipirá. É interessante perguntar às autoridades: Ipirá está na zona de progresso ou na zona de assistencialismo? Essa é a resposta primordial. Fora da realidade mais rigorosa sobra o rigor da tentativa de mistificação.

Uma coisa transparece como uma grande lição para quem quiser aprender: não existe ‘salvador da pátria’ para o município de Ipirá, essa foi a grande mentira que jacu e macaco implantaram nesta terra.

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