segunda-feira, 15 de junho de 2015

TAPANDO BURACO.



O jogo mudou muito pouco: acabou a reeleição para o executivo; o mandato de prefeito passará para cinco anos em 2020. Então, teremos eleições para prefeito em 2016, 2020, e em 2025; assim, os interesses dos candidatíssimos e dos pretensos continuam como dantes; vivos e em alta, sem rabichola.

Eleições 2016. Falta, apenas, um ano e meio para o gestor Ademildo terminar esse mandato. Evidente que ele tem interesse em continuar, até mesmo, porque tem garantido o direito à última reeleição para o pleito municipal.

Em que circunstância encontra-se o prefeito Ademildo neste momento? Trata-se de um rei num tabuleiro de xadrez esperando o cheque-mate. Não é segredo que o prefeito é um estranho no ninho da macacada. Não conta com o apoio a cúpula em hipótese alguma e ainda não se deu conta disso. Foi colocado de escanteio há muito tempo. A cúpula do grupo não valoriza e não dá respaldo a nenhuma ação da administração. A cúpula não pede segredo para afirmar que ele não terá apoio e aguarda uma pesquisa que o governador Rui vai mandar fazer em cinqüenta cidades. O critério pesquisa passa uma esponja na candidatura do prefeito para 2016. O prefeito, por sua vez, pensa que quem segura a caneta é quem dá os ordenamentos.

Ainda no campo da politicagem, a situação não é nada agradável junto aos vereadores da situação. Três vereadores demonstram, sem cerimônia, um descontentamento profundo e irreversível para com o executivo municipal: “O prefeito não garante a palavra, diz uma coisa agora e outra depois” foi o que disse um vereador em sessão da Câmara. Isso cai mal e desacredita, ao tempo, que tira o crédito que ainda resta. O prefeito deve achar que não tem a palavra irreversível no dicionário dos vereadores.

Junto a população a situação não é nada promissora. Acredito que sua aprovação é de um dígito, porque a língua do povo corta dobrado pra cima da administração, fala da situação do município e descaso administrativo em diversas áreas. A questão da epidemia de não se sabe se dengue em nova faceta ou chico, ou zica assolou a cidade e até hoje mantém as suas seqüelas mostrou o tamanho do buraco da saúde em Ipirá. A buraqueira da cidade é sintomática. Poeira quando está estiado e lameiro quando chove. A população vai fazendo a sua opinião e criando o seu senso comum com base na realidade. Eu só sei que aonde vamos a madeira canta.

Pelo andar da carruagem parece que temos um governo decididamente sem rumo. Todo mundo sabe que chegou a prefeitura sem voto, embora pela legalidade. Todo mundo sabe que é um governo sem respaldo popular. Além do mais, patina nas promessas. Na posse ele disse: “Afonso disse para eu não dizer, mas a língua está coçando e eu vou dizer: Ipirá conseguiu 200 km de asfalto.” Quando ele disse isso faltavam quatro anos, hoje falta um ano e seis meses. De bom grado é o tempo que falta para o cumprimento da promessa porque se espremer o calendário só tem mais uma Micareta e um São João.

Parece que Ipirá entrou numa aventura sem precedentes e o gestor fica montado no macaco dando esporada no vazio do bicho e chicotada no lombo para que o bicho (macaco) aprenda que tem dono e entenda quem é que manda. Não se sabe onde isso vai dar, mas é bom que se reflita e tire-se da situação a melhor lição possível.



O município de Ipirá é um município complexo e complicado, encontra-se num beco sem saída com essa dobradinha (jacu/macaco) que fez da cidade um curral eleitoral e de sua gente um rebanho de gado. Ipirá encontra-se fora da cogitação das políticas públicas de desenvolvimento de Estado e Federal, por isso, o desenvolvimento de Ipirá está nas mãos de sua própria gente e não de uma só pessoa, de um ‘salvador da pátria’ ou coisa parecida. Ipirá não pode cair no ‘Conto do Vigário’.

Um comentário:

GLEIDSON disse...

Cada dia pior Ipirá, impressionante como nada muda. Infelizmente.