segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MOSQUITO VOANDO BAIXO.




O principal assunto de Ipirá neste momento é o Aedes Aegypti. Pelo menos é o mais preocupante. É uma cidade com sinal de alerta piscando. Carimbadíssima como  Zona de Risco. Não acredito que Ipirá vença o mosquito, devido ao seu necessário sistema de reservatório de água em todas as unidades domiciliares.

O Chicungunya tem uma carga maléfica devastadora. Uma de suas branduras fica por conta do sono raso que provoca, complementado por pesadelos e delírios alucinantes, quando o vitimado fica no limite mais fragilizado entre o ser e o deixar de existir. Olhos travados desobedientes; boca emperrada sem obedecer; o pensamento à deriva em mar revolto com colônias de bilhões de  vírus (chico, zica, dengue, cefalia) atacando de forma dominadora, com a destruição impiedosa de quem reina proveniente de grande desgraça.

A consciência estava absorvida pelo inconsciente. Esta batalha infernal era travada dentro do meu universo: “eu vou levá-lo!”, “ele vai comigo!” Quem é que suporta bilhões de vozes dizendo isso no seu pé de ouvido? Eu não sou de ferro, esbravejei: “Ô, REBANHO DE DESGRAÇA! DECIDAM O QUE É QUE VOCÊS QUEREM!” Foi minha salvação. Acordei, fui mijar, a urina parecia cerveja colocada num copo, era pura espuma. Olhei bem olhado e pensei: “Olha as desgraças que querem mim tirar desse mundo!” Na baixa madrugada fui andar na Praça da Bandeira. Espero vencê-los com o Lenovo.


“O combate ao mosquito tem sido executado com perfeição pela prefeitura”. Eles acham que é assim e acreditam no que falam. Fazer o quê? Mosquito não respeita mestria e perícia feita de boca. A ação é de extermínio, caso contrário.

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