terça-feira, 22 de março de 2016

PRÉ-DUDY

Agora, tudo indica, deixou a esfera da boataria e virou verdade: Dudy jogou a toalha. Reunião à tarde e deflagração da notícia à noite. Verdade ou falsidade? Estou indo na crista da onda. Muitos pensam que não, mas Dudy tem suas razões e não são poucas. Era um pré-candidato jogado à própria sorte e esforço, entregue ao compasso do “se vira nos 30”. Nunca foi acompanhado pelas lideranças do grupo da macacada em suas visitas à zona rural e na hora de meter a mão no bolso para tirar a jararaca fazia-o sozinho. Estava metido num esparro. Uma boa reflexão e a conclusão não podia ser outra: “Quem vai nessa é coelho, não eu!”

O problema não está em Dudy, está no grupo da macacada, que convive com um desgaste natural de 12 anos consecutivos na administração do município e vem de uma serie de trapalhadas nas ultimas eleições 2012, quando trocou as mãos pelos pés e escapou da derrota por milagre, aos 49 minutos do segundo tempo. Aquele lengalenga: “É Antonio, não é”, “É Ana, ela não quer”, “É 11, é 22”. Criou uma situação emblemática que resultou numa renúncia, que sem justificativa clara, nunca foi bem explicada. Isso criou um desgaste novo e entraves que repercutiram e tem tido um forte desdobramento nos dias atuais.

A macacada tem contra si o desgaste e a pressuposição de que a opinião pública caminha para um remanejamento do poder. Isso é fatal. Nestas condições desfavoráveis que se apresentam, qualquer nome que seja do grupo macaco que se arvorar a ser um pré-candidato do grupo estará pegando um rabo de foguete para carregar um caixão sem alça, principalmente, depois que Diomário garantiu que não é mais candidato a nada em Ipirá e deixou um vácuo, sem nenhuma cortina de anteparo para o grupo. O macaco, por si só, não tem um nome competitivo, Dudy era o melhor nome do grupo, percebeu a fragilidade organizacional da macacada e o esparro em que estava metido; caiu fora. Qualquer outro nome do grupo dos macacos não terá a mesma força de Dudy. É um fato.

É necessário que se diga, que o grupo da macacada para vencer os pleitos anteriores teve uma estratégia de aliança que o levou à vitoria. O macaco não pode se separar do PT local, seria o mesmo que entregar a rapadura a Marcelo Brandão. E na conjuntura atual, eu não acredito que essa aliança tenha condições para chegar, talvez seja necessário uma ampliação do leque e, para tal, um grupo oligárquico como a macacada não pode perder sua principal característica e deixar que as decisões não passem por Diomário, Antonio Colonnezi, Dinovaldo, Jurandy Oliveira e o prefeito Ademildo. O contrário seria um ato temerário e a abdicação do poder municipal antes mesmo de jogar o jogo, ou seja, estariam jogando a toalha. Ipirá está calmo e tranqüilo; o Brasil  está pegando fogo.


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