domingo, 13 de novembro de 2016

PLANO 241 ou 55?

Que mal vem ou virá a Marcelo Brandão, neste mundo? Nenhum. Nem mesmo juntando os 49 capetas do inferno poderão abalar a tranqüilidade, a serenidade e a bonança do ilustre prefeito eleito em Ipirá.

Fez maioria na Câmara de Vereadores. Maioria essa que, na medida em que venha consolidar-se numa maioria submissa e lagartixa, poderá fazer com que Brandão venha deitar e rolar ao bem-querer e belo prazer das venturas da vida. Marcelo Brandão não tem nada a perder, já ganhou o que tinha e queria ganhar.

O mesmo não podemos dizer de Ipirá, que continua na berlinda, metida em sete varas; roendo as unhas; à beira do abismo. Sua precariedade é fratura exposta. O Índice de Desenvolvimento Humano IDH de Ipirá é 0,549; sua colocação no Brasil é 5.209º. entre (5.508 municípios no Brasil); 371º. entre (415 municípios no Estado da Bahia). São números cruéis, implacáveis e impiedosos, que ferem na alma, no coração e na esperança do nosso município.

Em Educação, o nosso município está colocado em 5.329º. no Brasil e 348º. no Estado da Bahia. Em saúde estamos em 5.374º. no Brasil e 331º. na Bahia. Pegando o IFDM-consolidado ficamos em 4.819º. no Brasil (Firjan), mas pode ser pelo PNDU, IBGE, IPEA, CEI, EJP os números são esses. São estatísticas ridículas, humilhantes e dilacerantes. Um escárnio com a nossa gente, porque traspassa a esperança e sonega a vida. Brandão, jamais será uma vítima dessa situação, mas, hoje, ele é o responsável pela contenção e melhora desse quadro. Isso significa uma espinha de tubarão atravessada na garganta de qualquer prefeito.

A quem Marcelo Brandão vai apelar? Para o governo do Estado? Para o governo Federal? Os tempos estão bicudos. Essas PEC 241 e 55 criaram um clima de incerteza num cenário nada agradável. Vão cortar na Saúde e na Educação para não faltar nos cofres dos banqueiros. Vão fechar as torneiras para as prefeituras. Há muito que Ipirá vive de promessas dessas esferas superiores. Só prometimentos e nada.

Marcelo Brandão vai pisar numa casca de banana, rogo para que não quebre a cara. Essa situação de crise econômica, de déficit público, com esses cortes orçamentários em áreas vitais para a população alimentam tempos difíceis de grana curta. Vejam que não é nada fácil e que o presente é duvidoso, ou nada promissor.

A prefeitura de Ipirá recebeu em transferência R$ 56.341.908,12 em 2016, até setembro. Uma grana contingenciada por baixo e comprometida por cima. A prefeitura de Ipirá é um ente pré-falimentar que sobrevive de repasses e tornou-se uma capitania do grupismo jacu e macaco. É aqui que reside o pecado original de qualquer prefeito. É o aluguel do carro, da casa; é o contrato da segurança, do transporte da água, escolar; das empreiteiras ‘meia-boca’; do lixo; do empreguismo na máquina; da contemplação dos aliados, etc e tal. Nesse esquema não tem dinheiro que dê, não sobra nada, ‘tudo é do nosso grupo, é a nossa vez’. Tudo para satisfazer aos amigos, comparsas, aliados, afilhados, aos espertos e espertalhões. Vida que segue no cascalho que nada dá.

O prefeito Marcelo Brandão não será a próxima vítima de seus inimigos; esses já sumiram todos, escafederam-se, hibernaram e só sairão da toca daqui a quatro anos, para agirem como as hienas famintas e se lambuzarem do cadáver putrefato de Ipirá, se assim constar.

O prefeito Marcelo Brandão, só e somente só, poderá ser a próxima vítima dos seus arroubos, das suas bizarrices e da sua excentricidade. Quem mais poderá atrapalhar o prefeito? Os seus amigos; a incompetência que o rodeia; o seu próprio grupo, na medida em que se torne uma ave de rapina, esfomeada, cheia de volúpia, voltada para o seu próprio sustento.


Ipirá não tem mistérios como muitos sugerem e acreditam. Tem uma estrutura de politicagem corrosiva, que torna o seu tecido social postergado e é esse o abacaxi que Marcelo Brandão vai ter que descascar. Não será nada fácil. Que Deus o ilumine e coloque-o bem distante dos seus 49 capetas do inferno e da indiferença dos distantes.

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